Jorge dos Santos Barbosa, o Barbosinha, foi o único vascaíno chamado pela então Confederação Brasileira de Desportos – trocou Desportos por Futebol, em 198.. – para os trabalhos na paulista Campos do Jordão, mas esteve na primeira lista de cortes. Indagado pelo repórter Tarlis Batista, se o corte havia prejudicado o seu rendimento no time vascaíno, ele respondeu, pelo Nº 177, de 28 de julho daquele 1962: “Sinceramente, não. A melhor prova é o fato de continuar no quadro principal do Vasco... Isto não é sinal de que continuo a produzir a contento do meu treinador”.
Barbosinha não perdia as esperanças de voltar ao escrete nacional. “Todo homem tem um ideal. O meu é integrar a seleção que representa o nosso país. Quase o atingi...espero concretizar o meu sonho no próximo Sul-Americano”, avisava, certo de não ter rendido o que podia durante os treinamentos canarinhos. “Estava um pouco nervoso e, por isso, não me foi possível produzir como de hábito”, justificativa que não valeu-lhe mais nenhuma outra chamada pela CBD.
A convocação de Barbosinha para os treinos do selecionado nacional fora chancelada pela sua grande temporada em 1961. Por votação solicitada pelo jornal “O Globo” e a “Rádio Globo”, ele foi escolhido o melhor quarto-zagueiro do futebol carioca – Castilho (Flu), Jair Marinho (Flu), Djalma (Ame), Barbosinha (Vasco) e Altair (Flu); Carlinhos (Fla), Didi (Bot), Garrincha (Bot), Henrique (Fla), Amarildo (Bot) e Zagalo (Bot) foi o time eleito.
Nascido em 23 de abril de 1935, Barbosinha viveu até 10 de junho de 2014, isto é, 79 temporadas. Além de zagueiro, jogou, também, como lateral-esquerdo, tendo sido vascaíno entre 1957 e 1965. Como, em seu tempo de atleta, um defensor não era muito de fazer gols, nas quase 250 partidas em que vestiu a jaqueta cruzmaltina marcou só quatro tentos. Mas teve as glórias das conquistas dos títulos dos torneio Rio-São Paulo-1958; Pentagonal do México-1963; Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro-1965 e Quadrangular Cinquentenário da Federação Pernambucana de Futebol-965.
Em 1963, Barbosinha viveu uma situação inusitada no Vasco da Gama. Levado a julgamento, por jogo violento, pelo Tribunal de Justiça da Federação Carioca de Futebol, além de não ter sido defendido pelo seu clube, este enviou advogado para acusá-lo de agredir um adversário e de usar da sua influência de capitão da equipe, para incentivar a indisciplina entre os companheiros. Como castigo, o Vasco tirou-lhe a braçadeira de capitão, o afastou do time titular e multou-o em 60% dos seus salários. Com tudo contra, o TJD aplicou-lhe uma outra muita, de Cr$ 3.500,00 (cruzeiros), valor nada desprezível para a época.
Solicitaria como sugestão , o seguinte: que passasem a publicar tambem o perfil dos atletas, com nome dos pais, altura , peso, etc . Faço esse pedido porque gosto de saber todos os detalhes de um atleta (estou fazendo um apanhado, com a ficha de muitos deles) , e tambem porque todos os sites e blogs, não são completos, com rarissimas exeções.
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