"O meu pai jogou pelo time juvenil do Democrata de Sete Lagoas-MG, que tinha por principal adversário o bela Vista, o clube do ex-atacante vascaíno Genuíno. Conta o "velho", vigoros zagueiro xerifão, que entrava no cara para quebrar, principalmente porque o via como um jogador comum, nenhum novo Pelé. Enquanto Genuino estava no juvenil do Bela Vista (rivalidade enorme como Democrata), o seu time mantinha a maior torcida na região. Era o time do povão, enquanto o Democrata se identificava com as elites e colecionador de um título de vice-campeão mineiro. Certa vez, em 1978, o nosso carro enguiçou em um trecho da BR-040. Arrumamos uma caraona e, ao entrar no carro do socorrista, este falou par o meu pai: "Ô praga, ocê num tá me reconhecendo, não?". O velho disse que não e o motorista retrucou: "As minhas canelas estão cheias das marcas das travas de suas chuteiras." Quem era o declarante? O Genuino. Mais um detalhe: aos 16 anos de idade, o meu pai foi convidado para jogar pelo Atlético-MG e América-MG , mas o meu avô não deixou. Na época, eram, os dois maiores clubes de Minas Gerais".
KIKE NO LANCE: Genuíno defendeu o Vasco da Gama, entre 1952 e 1953, após chegar ao Madureira, em 1951. Ao saber que seria negociado, ele ameaçou ir embora, dizendo ao presidente do "Tricolor Suburbano" que não aceitava seu clube ganhar dinheiro em cima dele, que nada lhe custara. E que nunca tinha visto se vender alguém.
Embora fosse um goleador, o sonho de Genuíno era ser motorista de caminhão. Brigava para dirigir o ônibus vascaíno, quando este estava preparado para levar os atletas aos estádios. No Kike de 29 de novembro de 2013 há uma grande matéria sobre ele. Confira.
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