Tais textos não falam da idade do José e dizem que ele e Maria não transaram até o nascimento de Jesus (Mateus 1:25). Após o 12º ano de vida do garoto, José não é mais mencionado. Maria, nos Evangelhos, é quase zero à esquerda. Marcos só a cita por duas vezes: uma (6:3) com (e a outra (3:31) sem o nome; João, também, em só duas (2:1.12 e 19:25); Mateus faz mais citações (1:16; 18; 20; 2:11 e 13:55) e Lucas as estica (1: 27; 30, 34. 38. 39, 41, 56, 2:5; 16, 19 e 34). De suas parte, o Novo Testamento faz seis, sendo só três pelo nome.
Mais aterrorizante para os critãos foi o que escreveu o filósofo grego Celso de Alexandria, em 170 Depois de Cristo, no livro A Verdadeira Palavra. Acusou Jesus de ter sido “um oportunista que explorava Madalena e outras mulheres que patrocinavam o seu sustento e suas andanças com as apóstolos”. Pior: o fez de pobretão que se empregara, como servo, no Egito, onde teria aprendido mágicas, para se exibir em sua terra, onde "ficou popular e juntou seguidores". Mas bem pior foi acusar Maria de ter traído o marido José, transando com o soldado romano - Tibério Júlio Abdes Pantera -, porta-estandarte da Coorte I Sagitariorum, que estava estacionado na Judeia. Ele não diz se o sujeito era o pai de Jesus, mas afirma que este teria inventado a história de nascido de mãe virgem, mesmo contrariando a tradição judaica.
Há indícios nos Evangelhos de histórias que circulavam sobre a ilegitimidade de Jesus como filho de José e de que a sua mulher seria uma adúlteram pois os judeus daquele tempo identificavam filhos pelo nome do pai, e Marcos nomeia todos os membros da família de Maria, sem mencionar José, deixando Jesus sem pai conhecido. João (8: 41) cita uma discussão entre Jesus e fariseus, na qual estes o acusam de ter nascido de transa da mãe fora do casamentom história que circulava entre judeus e gregos.
Maria e Patnera reproduzidos de www.youtube.com
Maria virgem (ou não), e Jesus filho ilegítimo (ou não) não eram questões relevantes para os primeiros cristãos, até surgirem dúvidas sobre a paternidade biológica do rapaz. A mais antiga menção a Maria está, verdadeiramente, na Carta de São Paulo aos Gálatas, na Bíblia, mas muito superficialmente. Diz que Jesus nasceu de uma mulher – Mateus também diz-, mas sem citar o nome dela.
Ainda não existia a Bíblia organizada, com hoje, no Século IV (Depois de Cristo), quando muitas perguntas precisavam ser respondidas e muitos dos textos alterados na tradução. Mateus, por exemplo, usava a versão grega do Antigo Testamento - e não o hebraico original –, que mencionava uma jovem grávida, a almah. Para historiadores do Século II -DC, um acidente de tradução - a Bíblia grega fora base para a tradução latina - criou a virgindade de Maria, transformando "jovem" em "virgem" - o mais fica por conta da fé de cada um.
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