Vasco

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quarta-feira, 8 de abril de 2015

CALENDÁRIO DA COLINA - 7 E 8 E 9 DE ABRIL

7 DE ABRIL 
A data 7 de abril marca um dos momentos mais significativos da história cruzmaltina – e, também, do país. O Vasco da Gama discordou da postura racista dos clubes da elite – Fluminense, Flamengo, Botafogo e América – que exigiam a dispensa de seus negros e operários, e deixou claro que preferia não disputar o Campeonato Carioca de 1924, a ter que sacrificar 11 jovens que o ajudaram a conquistar o título na elite estadual, em 1923. O presidente vascaíno, José Augusto Prestes (foto) avisou que um ato público que o maculasse, jamais seria praticado pelo seu clube, pelo ofício Nº 261, enviado à Associação Metropolitana de Esportes Athleticos-AMEA.
  Com a recusa do clube em aceitar discriminações houve a segunda cisão no futebol carioca. Os quatro “grandes” criaram a Associação Metropolitana de Esportes Athléticos (AMEA), incluindo o Bangu, que era suburbano, mas seus atletas tinham empregos definidos, e excluíram o Vasco, acusados de manter jogadores com ocupações “duvidosas”.
A “Turma da Colina”, então encarou Vila Isabel, Carioca,  Palmeiras-RJ, River, Andaraí,  Mackenzie, Mangueira, Engenho de Dentro e Bonsucesso, os filiados à Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, e conquistou o seu segundo título no futebol carioca, após já tê-lo feito, em 1923. Era bi. Enquanto isso, o campeonato da AMEA era disputado por tricolores, rubro-negros, alvinegros, banguenses e americanos, juntamente com os seus aliados São Cristóvão, Brasil e Helênico.
  Para ser campeão antiracista, o Vasco venceu os 16 desafios que encarou, tendo por treinador o uruguaio Ramon Platero. O time-base foi: Nélson, Leitão e Mingote; Brilhante, Claudionor e Arthur; Pascoal, Torterrolli, Rusinho, Cecy e Negrito.  Confira outros grandes feitos na data:        




VASCO 4 X 0 TUNA LUSO-PA - O "Almirante" já havia incursionado pelo norte do país. E mandado duas pancadas no time cruzmaltino paraense: 7 x 2, em  8 de março de 1953 e 2 x 1 no 30 de março de 1955, amistosamente. Nos 7 de abril de 1955, o garoto do placar trabalhou quatro vezes, trocando números no Estádio Leônidas Sodré de Castro, em Belém. era o terceiro amistoso da história desse “encontro de sangue lusitano” .

VASCO 2 X 0 BEKSITAS -  No 7 de abril de  1956, o Vasco excursionava pela Europa. E deu um pau nos turco, amistosamente, em Istambul: 2 x 0, coma gols marcados por Ademir Menezes e por Vavá, em uma quarta-feira. Na foto, o time de uma das árticas do giro, mas o que jogou na data teve foi escalado, pelo técnico Martim Francisco, com esta formação: Hélio (Ernâni), Dario (Cléver) e Haroldo; Orlando e Beto; Maneca, Ademir, Vavá (Iedo), Artoff (Parodi), Pinga (Laerte) e Dejayr, Técnico: Martim Francisco  :



 Vasco 3 x 2  Madureira - Valeu pelo Estadual-1996, na casa do adversário, à carioca Rua Conselheiro Galvão. Foi um jogo de pouco público – 1. 486 , que pagou o insuficiente – R$ 14 430, 00 – para cobrir as despesa da partida. Válber, aos 38  minutos do primeiro tempo, Pimentel, aos 14, e  Assis, aos 20 da etapa final tempo marcaram para a "Turma da Colina" do dia: Carlos Germano; Pimentel. Sídnei, Rogério (Zé Carlos) e Bill (Zinho); Leandro, Nelson, Juninho e Válber; Nilson e Dioney (Assis). O treinador era Carlos Alberto Silva. (Fotos reproduzidas de www.crvascodagama.com.br). Agradecimento.


Este foi  o Vasco que lutou e venceu os preconceitos contra negros, analfabetos e brancos pobres no futebol brasileiro 


                                                              8 DE ABRIL
 Nos 8 de abril, o Vasco venceu três eternos rivais cariocas: Bangu, Botafogo e  Portuguesa, a “Zebra da Iha do Governador”. Também, goleou o paranaense Iraty. Mas a maior vitória na data foi sobre o uruguaio Peñarol, na casa do adversário, que era a base da “Celeste”, a campeã mundial-1950.
Aquilo foi uma espécie de lavagem de alma do brasileiro, que via os 2 x 1 uruguaios, de virada, no último jogo da Copa do Mundo-1950,  como uma grande tragédia nacional. Principalmente, porque a nossa campanha fora muito superior. Abrimos placar, jogando pelo empate. Mas havia “un gran capitan” pelo caminho, Obdúlio Varela, que calou uma nação, carregando a taça do mundo.

VASCO 3 X 0 PEÑAROL - O prélio, em 1951, apitado pelo uruguaio Cataldi, auxiliado por Latorre e Otonelli,  foi vista como uma revanche do Mundial.  Para a torcida brasileira, o "Jogo da Vingança". Vingada! Os carioca esqueceram-se de suas predileções por clubes e foram às ruas saudar os  "vingadores",  na volta ao Rio de Janeiro.
 O Peñarol, com nove jogadores da Celeste que batera a Seleção Brasileira, no 16 de julho, começou o jogo melhor. O Vasco, que só não tinha Chico, do  jogo daquela fatídico dia, mas com Friaça, que voltara a São Januário, após passagem pelo futebol paulista, começou a reagir quando Maneca entortou Obdúlio Varela.  Balançou o corpo, intuindo buscar o jogo pela direita, mas  driblou "El Gran Capitan", pela esquerda, e aplicou-lhe a chamada "caneta", fazendo a pelota passar por entre as suas pernas.
Os 65 mil presentes ao Estádio Centenário ficaram atônitos. Mais ainda quando Friaça, aos   25 minutos abriu o placar, para Ademir Menezes, também, entortar Obdulio Varela, à entrada da área, aos 54, e  Ipojucan, aos 83, completarem o serviço. O Vasco vingu o futebolbrasileiro, dirigido por Oto Glória e formando com: Barbosa, Augusto e Clarel; Ely do Amparo, Danilo e Alfredo (Jorge); Tesourinha, Ademir (Ipojucan), Friaça (Jansen), Maneca e Djayr. O Peñarol alinhou: Máspoli; Matias Gonzáles e Romero; J. C. Gonzáles, Obdúlio Varela e Oturme; Ghiggia, Hohberg, Míguez (Abadie), Schiaffino e Vidal (Pérez). O árbitro foi o uruguaio Cataldi, auxiliado por Latorre e Otonelli. OBS:O Peñarol é um tradicional freguês vascaíno. Em 17 confrontos, caiu em nove ocasiões (52,94%), sofrendo 31 gols, à média de 1,82 por partida. 


VASCO 2 X 0 BOTAFOGO - Mais um freguês pelo caminho. Este foi batido em 1979, igualmente, em um domingo, mas no Maracanã. O rival até colaborou, marcando um gol contra, oferecido por Militão – Paulinh Pereira marcou o outro, no clássico assistido por 44.406 pagantes. O treinador era o gaúcho Carlos Froner e a rapaziada esta: Leão; Paulinho Pereira, Abel Braga, Geraldo e Marco Antônio ‘Tri’; Helinho, Toninho Vanusa e Carlos Alberto Garcia; Wilsinho (Osnir), Roberto Dinamite e Paulinho.

VASCO 3 X 0 PORTUGUESA-RJ jogou-se no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Gover­nador-RJ, em 1987, com Wilson Carlos dos San­tos apitando, sob a escuta de 7 274 pagantes. Tita, aos 13, e Roberto, aos 26 e aos 41 do primeiro tempo resolveram, logo, a parada. O time do técnico Joel Santana saiu do continente armado com: Acácia; Paulo Roberto. Donato, Morôni e Mazinho; Dunga, Geovani (Fernando) e Tita; Mauricinho, Roberto (Vivinho) e Romário.

VASCO 5 X 1 IRATY - A  golada valeu pela Copa do Brasil e foi de virada. Aconteceu em São Januário e classificou os "meninos" para as oitavas-de-final. Morais iniciou a reação, mas o grande destaque da pugna foi o atacante Valdiram, mandando três pancadas ao filó. De sua parte, Edílson “Capetinha” acendeu o espeto e espetou o seu primeiro tento com a camisa cruzmaltina. A peleja, em 2006, teve apito de Edson Esperidião-ES e público de 2.958.  O quadro dia: Cássio; Wagner Diniz (Claudemir), Fábio Braz, Jorge Luiz e Diego; Ygor, Andrade, Morais e Ramon (Abedi); Edilson e Valdiram (Ernane). Técnico: Renato Gaúcho.
 (foto reproeduzida de http://www.netvasco.com.br/). Agradecimentos.

                                                                     9 DE ABRIL

 Atravessou a Ponte, passou por um Campo Grande, espalhou o "Pó-de-Arroz"  e torceu o pescoço do "Galo", com 1 x 0 pra cima do Atlético-MG, em 1939. Foi o que aprontou a "Turma da Colina", nos 9 de abril, quando bateu, ainda, no uruguaio Peñarol, em 1963. Mas todos estavam acostumados a serem afundados pelo "Almirante" malvado.  


VASCO 5 X 1 CAMPO GRANDE rolou, amistosamente, em 1961, e é o maior placar cruzmaltino na data. Aconteceu em um domingo, no Estádio Ítalo del Cima, a casa do adversário, com um dos gols marcados pelo zagueiro Hércules Brito Ruas, filho de um atacante que jogava com o nome de Ruas e que dizia-se o verdadeiro inventor da “bicicleta”. Além de ter balançado a rede do “Campusca”, foi o maior zagueiro-artilheiro da Colina, em uma só temporada, durante 44 anos: sete gols, em 1967, marca só superada por Dedé (Anderson Vital da Silva), em 2 outubro de 2011, nos 2 x 2 com o Corinthians, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. Vasco e Campo Grande  se enfrentaram, amistosamente, somente, em quatro ocasiões. As três primeiras em Ítalo del Cima e a última em São Januário: 18.04.1948 – Vasco 6 x 0; 13.03.1960 – Vasco 6 x 1; 09.04.1961 – Vasco 5 x 1 e 04.12.1969 – Vasco 3 x 0.


9 de abril de 1963 - Vasco da Gama 3 x 2 Peãnarol-URU - Torneio Pentagonal do Chile-1963. Os uruguaios foram batidos no Estádio Nacional de Santiago, durante a segunda apresentação da rapaziada na competição, com gols de Joãozinho (2) e Célio Taveira. Na estreia, em 31 de março, no mesmo local, houve empate, por 2 x 2, com a chilena Universidad Católica. No dia 11 de abril, foi a vez de outro clube local, o Colo-Colo, cair: 3 x 1. E a moçada fechou a sua participação na disputa ficando nos 2 x 2 com o time da Universidad de Chile. Como não  houve data para uma decisão contra este último adversário, os dois foram proclamados campeões. O time-base vascaíno, dirigido por Jorge Vieira, alinhou: Humberto Torgado; Joel Felício, Russo (Barbosinha) e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico: Joãozinho, Célio Saulzinho (Vevé) e Ronaldo.  


VASCO 3 X 1 PONTE PRETA foi jogo domingueiro, no Maracanã, válido pela primeira fase do Campeonato Brasileiro-1978. Roberto Dinamite deixou duas “pipocas” na jaula da “Macaca”, aos 58 e aos 65 minutos, depois de Paulinho ter iniciado a brincadeira, aos 37. Treinado por Orlando Fantoni, a "rapaziada malévola", impiedosa, era: Jair Bragança; Orlando “Lelé”,  Geraldo, Gaúcho e Marco Antônio: Zé Mário, Helinho (Paulo Roberto) e Zanata; Guina (Alcides)  Roberto Dinamite e Paulinho.





 (Foto reproduzida de http://www.crvascodagama.com.br/. Agradecimentos.

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