Vasco

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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

FIGURAÇAS DA COLINA - BOLÃO

 Em 16 de julho de 1922, a torcida cruzmaltina comemorou uma goleada, por 8 x 3, sobre o Carioca, pelo Campeonato Estadual da Segunda Divisão. A metade das bolas no filó saiu dos pés de Claudionor Corrêa, que tinha o apelido de "Bolão". Portanto, jogava um bolão. Tanto que fora uma dos investigados pela Comissão de Sindicância da Associação Metropolitana de Esportes Athléticos (AMEA), sob a acusação de receber dinheiro para defender o Vasco.
Por sinal, para livrar o "Almirante" daquela "inquisição da bola", os comerciantes portugueses informavam aos "inquisidores" que os jogadores investigados trabalhavam em seus estabelecimentos. E que estavam fazendo serviços externos, quando não eram vistos no recinto". Mas o Claudionor  trabalhava, realmente. Na Companhia Fábrica de Botões e Artefatos de Metal.
Claudionor "Bolão" conquistou muitos fãs durante o Campeonato Carioca de 1922, quando a rapaziada vascaína carregou o caneco da Série B e ele foi o artilheiro da disputa, marcando 14 tentos, jogando adiantado. Fundamental na subida da equipe à elite do futebol carioca, para conquistar o bi-1923/1924. No entanto, Bolão ficou devendo. Marcou só dois gols, em 14 jogos (11 vitórias, dois empates e uma queda) deste time-base: Nélson, Leitão e Cláudio (Mingote); Nicolino, Claudionor e Arthur; Paschoal,Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito – em 1922, era: Nélson, Mingote e Leitão; Arthur, Bráulio e Nolasco; Paschoal, Pires (Dutra), Bolão, Torterolli e Negrito.
Em 1924, Claudionor colocou mais goleiros pra chorar: quatro tentos, atuando em 14 das 16 partidas, todas vencidas pelo Vasco, que mandou 46 pelotas no saco, e só deixou passar nove. "Bolão" seguia titular, neste time-base: Nelson, Leitão e Mingote; Brilhante, Claudionor e Arthur; Paschoal, Torterolli, Russinho, Cecy e Negrito.
Ao que tudo indica, o treinador uruguaio Ramon Platero achava que "Bolão era indispensável ao seu time. Até 1927, o manteve em sua linha média. Confira:
1925 – Nélson, Espanhol (Cláudio) e Leitão (Mingote/José Manoel); Brilhante (Sílvio), Bolão e Arthur; Paschoal, Fernandes (Milton), Russinho (Jorge), Torterolli e Negrito (Patrício)
 1926 – Nélson, Espanhol (Sá Pinto) e Itália; Nesi, Bolão e Arthur; Paschoal, Torterolli, Russinho, Milton (Tatu) e Negrito (Dininho).
1927 - Nélson, Espanhol (Brilhante) e Itália; Nesi, Bolão e Rainha (Sá Pinto); Paschoal, Torterolli, Russinho, Tatu (Galego) e Negrito (Badu).

RECADO AO LEITOR: o "kikenauta" Raimundinho Maranhão pediu para mudar o nome desta série, pois não lhe agradava CLUBE DOS ESQUECIDOS. Segundo ele, ficava parecendo que o torcedor vascaíno é um ingrato, não toma mais conhecimento de quem ajudou a fazer a história do clube assim que o atleta pendura as chuteiras.
 O "Kike" aceita a tese filosófica do amigo, embora pondere que seria muito difícil um torcedor nascido em 2.000, por exemplo, curtir antigos ídolos, como Ademir Menezes, Bellini, Pinga e outras feras feríssimas, mesmo sendo um pesquisador. Mas atende à sugestão do glorioso Raimundinho Maranhão, pois quem manda aqui é você, vascaíno, cruzmaltino, cruzcristense, cruzcristiano, etc.
O "Kike" ainda coloca ESQUECIDOS neste "post" do Dario, para deixar você ligado na série. A partir de amanhã, será  só FIGURAS DA COLINA. Combinado? Apôijz tá!  

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