Antigamente, os speakers esportivos apelidavam atletas de futebol. Casos do goleiro Castilho, “O Leiteiro”, alusão a um leiteiro que comprara bilhete lotérico premiado; o “Apollo Nove”, festejando nave espacial norte-americana e o "matador" Dario, do Atlético-MG; o “Peito de Aço”, o artilheiro Flávio Almeida, do Inter-RS, e o “Galinho de Quitino”, o brigador Zico, do Flamengo.
Reprodução: Centro de Memórias Vasco da Gama |
Pernambucano, nascido no 17 de dezembro de 1947, Walfrido foi mais uma das apostas vascaínas em atacantes revelados na terra dele, casos de Ademir Menezes, Vavá, os irmãos Almir e Adílson Albuquerque, Juninho Pernambucano e Leonardo. Ele, no entanto, demorou a ganhar uma chance no time principal.
Quando foi escalado, Walfrido teria pela frente, no 5 de novembro de 1967, o melhor time carioca do momento, o Botafogo. Não se impressionou. Aos 27 minutos, chapelou um zagueiro e não deu chances de defesa ao goleiro alvinegro. Levantou a galera do “Almirante”. Na etapa final, ele fechou a conta: Vasco 2 x 0.
Quem era aquele grandalhão? Queria saber a torcida. Melhor resposta a moçada teria na rodada seguinte, quando o Almira mandou 4 x 0 Flamengo, com mais um tento do grandão. Mesmo assim, Walfrido ainda não emplacou.
Desde 1968, curtiu muito o banco dos reservas, quando jogou, deixou um pelo Estadual, em três prélios, e dois tentos pela Taça Guanabara. Totalizou sete bolas no filó, em amistosos. Juntando com os gols no Torneio Rio-São Paulo, assinalou 11, inclusive dois diante do Santos do “Rei Pelé”. Terminou lembrado para a Seleção Brasileira, aos 21 de idade. Só não entrou em campo.
Veio o 1969 e mais 14 tentos, entre jogos oficiais e amistosos. Seria, porém, em 1970, quando o Vasco da Gama chegava a 12 temporadas sem o título estadual, que Walfrido emplacaria pra valer. Pelos inícios da temporada era reserva. Até que o treinador Elba e Pádua Lima, o Tim, resolveu apostar nele, que correspondeu, indo à rede contra três times pequenos. No 30 de agosto, diante do Flamengo, debaixo de muita chuva, ele chegou primeiro na bola que havia parado em uma poça d`água no gramado do Maracanã. Fez o gol da vitória vascaína, por 1 x 0, e levou a galera vascaína ao delírio.
Em foto www.netvasco, ele tentou ser trinador da base do Vasco |
Com chuteiras penduradas, Walrido tentou ser treinador das divisões de base do Vasco (futebol/futsal masculino e futebol feminino), mas não foi longe, como esperava o locutor Waldir Amaral, que lhe arrumara o apelido de “Espanador da Lua”. No recente 5 de fevereiro deste 2010, Walfrido Campos Filho foi levado por uma pneumonia
Nenhum comentário:
Postar um comentário