O dia 25 de maio de 1930 não foi comum para o carioca. Durante o seu transcurso, as pessoas ficaram encabuladas pela visão de um objeto voador, em forma de charuto, deslocando-se pelo céu do Rio de Janeiro. Era o Graf Zeppelin D-LZ127, medindo 236,6 metros de comprimento, por 30 de altura, que chegava à capital brasileira, tendo deixado a Alemanha uma semana antes e feito escala, em Recife, no dia 22.
O Zeppelin foi desenvolvido pelo alemão (conde e general) Ferdinand von Zepellin, a partir de 1895, quando patenteou o invento (de 1887) do colombiano Carlos Alban. No dia de sua descida no RJ, o Vasco das Gama visitava o estádio da Rua Campos Sales e empatava, por 1 x 1, com o América, pelo Campeonato Carioca de Futebol, ainda não “oficialmente” profissional.
O jogo foi apitado por Carlos Martins da Rocha, o Carlito Rocha, figura folclórica e histórica do Botafogo – na época, representantes dos clubes apitavam partidas – e o tento vascaíno teve a assinatura de Mário Mattos.
Treinado pelo inglês Harry Welfare, o Vasco do dia da chegada do Zeppelin alinhou: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Paschoal, Paes (Ennes), Moacyr, Mário Mattos e Sant’Anna.
Naquela temporada, a “Turma da Colina” terminou o Estadual a um ponto (32 x 31) do campeão Botafogo, com uma vitória a menos (15 x 14) – há 88 temporadas.
O charutão Zepellin criou muita curiosidade quando cruzava o céu carioca, em sua chegada, após 12 dias atravessando o Atlântico, marcando a sua primeira viagem ao continente sul-americano. |
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