Vasco

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terça-feira, 14 de junho de 2022

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - PARIS-1957

                                                14 DE JUNHO


O goleiro Carlos Alberto Cavalheiro e o zagueirão Ortunho foram aos gramados europeus buscar canecos

A data 14 de junho é uma das mais importantes na história internacional cruzmaltina. Em 1957, o time do técnico Martim Francisco botou na roda o considerado melhor time do mundo, o espanhol Real Madrid, na decisão do Torneio de Paris. história da 
 O Torneio de Paris fora projetada, pelos franceses, para ser a principal do seu calendário. Para tanto, convidaram o quatro melhores times europeus e mais quatro sul-americanos, que se enfrentaram no Estádio Parc des Princes. Até  1959, quando surgiu a Copa Intercontinental, foi a única disputa com status de mundial de clubes. Na seleção dos convidados, levou-se em conta que o Vasco era o único campeão sul-americano (1948) e o campeão carioca de 1956; o Real Madri ganhara três títulos europeus (1955/56/57), além do bi da Pequena Copa do Mundo e do Campeonato Espanhol; o Rot-Weiss Essen tinha o título alemão da temporada e o Racing Club de Paris vinha sendo um dos melhores times da França.
A rapaziada chegou a Paris procedente de uma cansativa viagem ao Caribe e aos Estados Unidos. Na bagagem, levava vitórias sobre a seleção de Curaçao (2 x 1), e o Hakoach, em Nova York (6 x 2). Mesmo desgastada, a equipe encantou 52 mil espectadores, em 12 de junho, mandando 3 x 1 sobre o Racing – gols de Pinga, aos 13; Livinho, aos 22, e de Vavá, aos 67 minutos. Os anfitriões só conseguiram chegar às redes na penúltima volta do ponteiro do relógio do juiz. Enquanto isso, o Real goleava o Rot-Weiss, por 5 x 0.
FAVORITOS NO PAPEL -  A decisão, contra os espanhóis, foi à noite, perante 38 mil almas. Para a imprensa francesa, os merengues eram os favoritos. E pareciam mesmo, pois, aos quatro minutos, Di Stefano aproveitou-se da bobeada do zagueiro Viana e abriu o placar. O técnico Martim Francisco, porém, sabia que tinha um time habilidoso, capaz de domar o adversário no toque de bola. E deu a resposta, aos 16 minutos, quando o lateral Dario serviu ao zagueiro Ortunho, que mandou Pinga correr, para receber o passe, ir até à linha de fundo. Dali, o José Robles cruzou para trás, onde estava Válter Marciano, que empatou: 1 x 1. Doze minutos depois, Pinga lançou e Vavá, que virou o placar: Vasco 2 x 1, resultado do primeiro tempo.
 Para a etapa final, o Real Madrid voltou decidido a recuperar a honra de melhor do mundo. Empatou, aos oito minutos, com Mateos. Depois daquilo, Gento deu uma cabeçada em Pinga, generalizando uma briga, por 10 minutos. Reiniciado o jogo, Ortunho entrou pra quebrar Mateos. Era clima de guerra. Tanto que os cruzmaltinos não permitiram a substituição de ‘quebrado’, pois os espanhois já haviam feito as duas trocas regulamentares da época.
 E a ‘guerra’ prosseguiu. Aos 21 minutos, Válter Marciano fez um passe, de curva, para Livinho, pela esquerda do ataque vascaíno. Bem marcado, Livinho deu um toque na bola, pelo alto, encobrindo o goleiro: 3 x 2. Aos 39, colocando o Real Madri “pra dançar”, como se dizia, quando um time “dava um baile” no outro, Válter aumentou: 4 x 2. Aos 44, Kopa fechou o placar: Vasco 4 x 3, jogando com: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Valter Marciano; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga. O Real Madrid foi: Alonso; Torres, Marquitos (Santamaria), Lesmes e Munoz; Ruiz e Mateos; Kopa, Di Stefano, Rial (Marshal) e Gento.

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