Vasco

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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

NO MUNDO (DO ESTADO) DA COPA. DITADORES ROLARAM BEM A BOLA

                      O presidente Vargas explorou legal a força do futebol 

No dia 17 de junho de 1970, dois fatos entraram para a história do Brasil: a vaga da Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo, com 3 x 1, sobre o Uruguai, vingando o "Maracanazo" de 1950, e a humilhação imposta por guerrilheiros urbanos ao regime militar do general Garrastazu Médici, obrigado a trocar 40 "subversivos" presos, pela liberdade do embaixador alemão Ehrenfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben, de 61 anos. 

  A dobradinha Estado-futebol, no Brasil, vem desde o inicio do século 20. Na década-1930, o presidente Getúlio Vargas (foto), como fazia Benito Mussolini, na Itália, viu na modalidade um bom meio de transformação de um povo e de consolidação do seu regime de matizes fascistas. Quando tentou estatizar o esporte, para transformá-lo em veículo de aspiração nacional, Getúlio, sem querer, apressou a profissionalização dos futebolistas brasileiros.

Em 1934, o governo Getúlio Vargas emplacou Lourival Fontes, o homem forte da propaganda do regime, na chefia da delegação brasileira na Copa do Mundo, na França, após calar a imprensa, sobre as críticas ao boicote dos jogadores profissionais à Seleção. Antes em 33, Getúlio determinara que o futebol no país seria amador e o atleta um trabalhador. Assim, de 1934 a 39, se tivesse medidas para anunciar aos trabalhadores, seria em estádio de futebol, para mexer com as massas. Pra coroar seu projeto, que passava pela miscigenação social, "escalou"sua filha, Alzira, como madrinha da seleção que iria à Copa de 38. Veio um terceiro lugar e a consideração do sociólogo Gilberto Freire, de que o futebol brasileiro era uma expressão de democracia racial.
João Goular também beliscou a sua parte em 1962 
Getúlio caiu , na década 50, e a relação Estado-futebol só voltou a ser turbinada depois que João Goulart, o Jango (foto, segurando a taça), achou que o seu governo populistas tivesse apoio popular e penetração nos meios sindicais. Rolou a bola para o general Medici tirar mais proveito da situação do que Getúlio.
 Bom de bola como atacante do time juvenil do Bagé, na juventude, Médici era apaixonado e sabia tudo de futebol. Inclusive, tirar partido político dele, a partir da sua obsessão de desenvolver um mandato mais popular do que o “governo provisório” de 15 anos de Getúlio Vargas. Se bem que a patota dele também fizera o mesmo, com os cinco atos institucionais que lhe deram poderes divinos.
ORDINÁRIO, MARCHE! - Veio a Copa-70 e a seleção brasileira estava totalmente militarizada, até no corte de cabelo. O chefe da delegação era o brigadeiro Jerônimo Bastos e a comissão técnica incluía os capitães Cláudio Coutinho e Raul Carlesso, além do "espião" e ex-supervisor major José Bonetti. Sem falar que usou a Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, para vários trabalhos.
O general Medici telefonava frequentemente aos tricampeões
Médici estava no auge do seu poder, convivendo com crescimento no emprego e na expansão demográfica, mesmo com um estratosférico crescimento da da dívida externa, propulsionado pela corrupção militar. E aconteceu o 17 de junho. O embaixador alemão Von Holleben, sequestrado seis dias antes, por "subversivos" armados, fora trocado por inimigos do governo, num momento em que ele era a pátria de chuteira em torno da Seleção".
 Médici telefonou a cada um dos jogadores, após os 3 x 1 Uruguai, e os militares distribuíram nota oficial à imprensa, dizendo que "o ato terrorista no Brasil fora condenado pelos jogadores da Seleção". Ganhar a Copa, era fundamental, para Médici (foto/D)consolidar o seu projeto de popularidade total.
O Brasil trouxe a taça e o general seria imbatível, se houvesse eleição, segundo o então líder sindical Luis Inácio Lula d Silva, lembrando que havia muito emprego sobrando. Como jogador de futebol era alienado, politicamente, como a maioria da população brasileira, o futebol era um bom meio para o regime encobrir as tortura e prisões do regime. Tri e bola fora.

NO MUNDO (DAS FERÍSSIMAS) DA COPA. JAIRZINHO, UM "FURACÃO" NO MÉXICO

                               FOTOS REPROUZIDAS DE MANCHETE 

Jair Ventura Fiho, o camisa 7 do time brasileiro campeão da Copa do Mundo-1070, no México, é o único atleta a fazer gols em todas as partidas desta competição. Marcou (2) contra a (então) Tchecoeslováquia; Inglaterra (1); Romênia (1); Peru (1); Uruguai (1) e Itália (1). Nascido no 25 de dezembro de 1944, em Duque de Caxias-RJ, ele disputou três Mundiais - os outros em 1966, na Ingtlaterra, e em 1974, na (então) Alemanha Ocidental. Além do título que foi chamado por "tri", ele ganhou, dos mexicanos, o apelido de "Furacão" e também, o caneco do Torneio do Sesquicentenário da Independência do Brasil, chamado por Mini Copa - realmente, uma autêntica. Por sinal, ele marcou o gol do título brazuca, na decisão, contra Portugal.  

                        NA FOTO ABAIXO, JAIRZINHO-70 ABRAÇADO POR PELÉ

O começo canarinho do Jairzinho foi em 1963, pela equipe olímpica, tendo por ela três vitórias, um empate e dois gols. Pelo time principal, estreou em 6 de junho de 1961, amistosamente, em Brasil 2 x 0 Alemanha (então) Ocidental, sbstituindo Mané Garrncha, diante de 143. 315 pagantes, no Maracanã.        Jairzinho atingiu 100 jogos  - e 40 gols - com a camisa do escrete nacional, dos quais a FIFA considera só 25 oficiais, descontando os amistosos. Totalizou 72 vitórias, 15 empates e 13 escorregadas. O seu batismo canarinho foi em 1963, pela equipe olímpica, tendo por ela três vitórias, um empate e dois gols. Pelo time principal, estreou em 6 de junho de 1961, amistosamente, em Brasil 2 x 0 Alemanha Ocidental, sbstituindo Mané Garrncha, diante de 143. 315 pagantes.         


terça-feira, 29 de novembro de 2022

NO MUNDO (DOS MASCOTES) DA COPA. CHIQUINHO ABRE ROTA PARA FULECO

                              REPRODUÇÃO DA REVISTA O CRUZEIRO

 O capitão Bellini e o chefe da delegação brasileira Paulo Machado de Carvalho tietem Chiquinho

Esta é uma das histórias da Seleção Brasileira só conhecida por sobreviventes da torcida brazuca de 1958.  Antes da Copa do Mundo-1966, na Inglaterra, não havia mascotes alusivos à competição. Foi quando a FIFA-Federação Internacional de Futebol Associado os instituiu, e os ingleses estrearam a moda com o leãozinho Willie, usando uniforme do english team. Vale ressaltar, porém, que,  durante o Mundial-1958, na Suécia, houve um boneco segurando uma bola, o que o fez de precursor da mascotada. Vale dizer, também, que deve-se creditar parte do lançamento dessa moda aos brasileiros. Seguinte: para dar sorte ao time canarinho naquele Mundial sueco, alguém teve teve a ideia de produzir um boneco que recebeu o nome de Chiquinho e foi uniformizado com uma jaqueta contendo o emblema da (viação aérea) Panair do Brasil - trouxe os campeões mundiais pelo voo 273, plilotado pelo Comandante Bugner. O glorioso Chiquinho pode ter levado sorte aos craques canarinhos - azulões, na final -, mas não escapou da molecagem carioca. Foi roubado - sumiu, desapareceu, escafedeu-se. Mas foi localizado por um repórter da revista O Cruzeiro, para estrelar gloriosas fotografias na página da semanária, que não perderia, por nada, o roteiro de uma autêntica "malandra história de espionagem desportiva".   

Durante a segunda Copa do Mundo que promoveu, a de 2014, o Brasil escalou o boneco Fuleco no time dos mascotes  oficiais da disputa. Passadas 64 temporadas mascoteiras, digamos que ele seja neto (ou bisneto) do não-oficial Chiquinho. Tá valendo! 
  

NO MUNDO (DOS NÃO CONVOCADOS) DA COPA. CBD TIROU MESTRE ZIZA DE CENA

                              REPRODUÇÃO DA REVISTA O CRUZEIRO

O treinador Tim (Elba de Pádua Lima) acompanhou Zizinho (E), numa tarde diferente, na visita à La Gioconda, no Museu do Louvre, em Paris.  

Maior craque do futebol brasileiro pré-Pelé e eleito o melhor da Copa do Mundo-1950, disputada aqui pelo Brasil, o meia Zizinho, do Bangu, esperava ser convocado para o Mundial-1954, na Suíça. Mas não foi chamado. Motivo: contou a revista ‘O Cruzeiro’, de 19 de junho de 1954, que ele teria sido riscado do mapa da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol) por ter levado à chefia da delegação que participava do Campeonato Sul-Americano-1952, em Lima, no Peru, a reivindicação de prêmio maior do que os Cr$ 2.000 mil cruzeiros pelos 8 x 0 Bolívia, sob a alegação de que, durante o Pan-Americano, o menor premiação fora e Cr$ 2.500,00.

 De acordo como repórter da revista, Luiz Carlos Barreto, o chefe da delegação brasileira, o escritor José Lins do Rego, autor de livros festejados, como Menino de Engenho e Doidinho, por exemplo, chamara Zizinho por “moleque”  e  “negro-sem vergonha”, e prometera “fazer a caveira” do atleta junto à CBD, em seu relatório. A revista não descobriu se o Zé Lins  fizera o que prometera. Mas o certo foi que “o embaixador o bicho” como chamou o Zizinho, tornou-se uma ovelha negra para a entidade. Pelo meio do rolo, chegou-se a falar que a entidade descobrira ter Zizinho – e outros famosos – jogado uma partida amistosa, de um time amador de Niterói-RJ, com arrecadação em favor do Partido Comunista do Brasil. Zizinho confirmava as peladas por tal time, mas jurava que a grana arrecadadas seria para ajudar ferroviários com problemas de saúde e instituições de caridade.

No bar Val  d´Ísère, junto comum colega de time, Zizinho passeia 

- Nunca fui, não sou e jamais serei comunista. Poderiam ter arranjado uma desculpa melhor, como, por exemplo, que já estou velho para defender a Seleção Brasileira – estava chegando aos 33 de idade.

 Eram extas as razões da CBD (o treinador era Zezé Moreira) para não convocar Zizinho para a Copa do Mundo-1954: Didi era uma espécie de Zizinho mais jovem e mostrava-se muito eficiente no sistema demarcação por zonas; temia-se que o prestígio de Zizinho junto aos demais jogadores o tornasse uma espécie de técnico número 2 antes do jogo e número 1 quando a bola rolasse; Zizinho tinha aversão ao sistema tático de Zezé Moreira e resistia cumprir ordens de qualquer comandante. Com isso, o Conselho Técnico da CBD tirou responsabilidades do treinador e vetou qualquer possibilidade de convocação do meia banguense.

Zizinho vestiu a camisa da Seleção Brasileira, pela última vez, em Lima, no Peru, durante o Campeoanto Sul-Americano-1952.   

Fora da Seleção Brasileira da Copa-1954, o extraordinário Zizinho declarou a O Cruzeiro  não ter a mínima expectativa de ser selecionado, depois do que ocorrera em Lima-1952, quando os jogadores foram acusados, ainda, de cachaçadas e mulheradas. Antes de ir à Suíça, torcer pelo Brasil, passou por Paris e foi ao Museu o Louvre, visitar telas como La Gioconda e a estátua de Vênus de Milos. Garantiu o repórter já citado acima que, ao encontrar o atleta no Bar Val d´Ísere, do museu, um garçom que sabia tudo de futebol, o indagou: “Porque monsieur Zizinhô ne fait-il pas partie de l'équipe nationale brésilienne? - resposta com a história das fofocas do futebol brasileiro que, no Mundial Suiça-1954, obteve estes resultados: 5 x 0 México; 1 x 1 Iugoslávia e 2 x 4 Hungria.  

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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

NO MUNDO (DO PATROCINADOR) DA COPA. VENCER VALE UMA BOA GRANA APARECER

Brasil 1 x 0 Inglaterra, em 07.06.1970, no Estádio Jalisco, em Guadalajara

Em épocas de Copa do Mundo muitas empresas colam a sua imagem à da Seleção Brasileira. É a melhor maneira de ficar na boca e nos olhos do povão. Em 1970, com o time canarinho batendo em quem pintava pela frente, patrocinadores sobravam para dividir as glórias no placar com a sua marca. Caso desta reportagem das revista Manchete, que estampou este recado por ocasião em que chegou as bancas mostrando a vitória do Brasil sobre a Inglaterra. Acima, temos Pelé em ação e abaixo Rivellino. Este foi o jogo mais duro da saga do tri, no México-70, quando a moçada teve Jairzinho marcando o tento da vitória, aos 59 minutos (14 do segundo tempo). Foi o pega do campeão do Mundial anterior com o que seria por ali. 



NO MUNDO (DAS FERAS) DA COPA. DINO E ORLANDO MOSTRARAM LÁ "COM´É´QUI É!"

                          

                          REPRODUÇÕES DA REVISTA O CRUZEIRO

O apoiador Dino Sanil (acima) e o zagueiro Orlando Peçanha de Carvalho (abaixo) foram dois dos campeões mundiais na Suécia-1958. São-paulino, Dino atuou nos dois primeiros confrontos do Mundial-1958 - Brasil 3 x 0 Áustria e Brasil 0 x 0 Inglaterra -, sendo trocado pelo santista Zito. Talvez, Dino Sani não foi a mais um Mundial por ter passado grande parte de suas carreira na Argentina e na Itália, de onde, antigamente, jogadores brazucas não eram convocados. Ainda mais por ter voltado ao futebol brasileiro, aos 34 de idade, já veterano. Nascido no 23 de maio de 1932, Dino totalizou 13 jogos e um gol pelo time canarinho. Segue vivo e com saúde, aos 90 de idade, residindo na capital paulista.     
Nascido em Niterói-RJ, Orlando viveu entre 20 de setembro de 1935 a 10 de fevereiro de 2010, tendo disputado, além da sueca, a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra, totalizando sete partidas  - Brasil 3 x 0 Áustria; 0 x 0 Inglaterra: 2 x 0 URSS; 1 x 0 País de Gales; 5 x 2 França; 5 x 2 Suécia e 1 x 3 Portugal -  nas duas competição. Formou zaga vascaína, com Bellini, no escrete nacional-1958, presente nas seis partidas do Mundial sueco. Em 1966, com um oturo cruzmaltino, Brito.  

  

domingo, 27 de novembro de 2022

VASCODATA - COPA DO MUNDO


MO MUNDO (POSSESSO) DA COPA - AMARILDO

                          REPRODUÇÃO DA REVISTA FATOS & FOTOS

Aos 21 de idade, o atacante Amarildo, do Botafogo, não se intimidou quando foi avisado de que substituíria o contundido  "Rei Pelé" na partida de 6 de junho de 1962, contra a Espanha, no Estádio Sausalito, em Viña del Mar. Encarou o desafio e, de quebra, marcou os dois da vitódria (de virada) que classificou a Seleção Brasileira à segundas fase do Mundial do Chile.  Amarildo Tavares da Silveira, nascido em Campos-RJ, no 29 de julho de 1940, mostra nesta foto  de comemoração de um tento contra os espanhóis um aspecto do que valeu-lhe o apelidá-lo "O Possesso". Ao Kike da Bola, ele explicou-se: "Eu era, realmente, muito transtornado durante as partidas". Às vésperas da sua prova de fogo, o lateral Nílton Santos chamou-lhe no canto e disse-lhe: "Você vai fazer de conta que estará jogado uma partida do Botafogo. Olhando para um lado, verá eu e o Zagallo; para o outro, o Ddi e o compadre Garrincha. Logo, metade do time que você está acostumado a jogar". Durante a final, contra a então Tchecoeslováquia, um tcheco lhe acertou uma porrada maldosa e ele reagiu, prometendo: "Seu filho da puta. Vou lhe quebrar a cara". Ouvindo aquilo, de perto, Nílton Santos o segurou, gritando: "Não vai, não. Se quiser quebrar a cara de alguém, quebre a minha, e depois a gente conversa. Quer ser expulso de campo e entregar a taça pra eles?". Amarildo foi acalmado e ainda marcou um dos dois gols brasileilros, vonltando com três na conta e campeão mundial  (a seleção foi bi).   

sábado, 26 de novembro de 2022

NO MUNDO (DOS AMIGOS & INIMIGOS) DA COPA. ZAGUEIROS DISPUTAVAM POSIÇÃO.

                

                        REPRODUÇÃO DA REVISTA FATOS & FOTOS

A história dos zagueiros Hideraldo Luís Bellini (E) e Mauro Ramos de Oliveira tiveram muitas semelhanças. Foram capitães em times pelos quais jogaram e na Seleção Brasileira, tendo cada um erguido a Taça Jules Rimet durante as conquistas de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile. Na primeira, Mauro foi reserva de Bellini, enquanto na segunda o fato se inverteu. Mesmo com a disputa pela posição de zagueiro central - como era chamado o homem-base da zaga -, eles sempre foram gandes amigos, como mostra esta foto de uma caminhada pela concentração chilena do escrete nacional. A amizade deles, inclsive, continou após as suas aposentadorias. Visitavam-se com frequência. Detalhe-1:  Mauro começou a se destacar nacionalmente no São Paulo FC, clube que foi o penúltimo da carreira de Bellini; 2 - os dois começaram a vida profissional defendendo a Esportiva Sanjoanense, de São João-SP. Nascido em Poços de Caldas, o mineiro Mauro viveu de 30 de agosto de 1930 a 18 de setembro de 2002, enquanto o paulista Bellini esteve por aqui entre 7 de junho de 1930 a  20 de março de 2014.

NO MUNDO (DAS BRUXAS) DA COPA. O TIME DE CANARINHOS COM AS ASAS QUEBRADAS

     Jogador de futebol costuma caçoar com o colega que passa tempos tratando de contusão, na enfermaria do clube. Diz que ele foi levado pelo “time do chinelinho”, isto é, trocou as chuteiras por calçado leve. E este tem sido um tem trazedor de muitos dilemas para a Seleção Brasileira, como no recente caso de Neymar e Murilo, que saíram da estreia nesta Copa-2022, em Brasil 2 x 0 Sérvia, com tornozelos inchados e que os deixará, no mínimo, duas rodadas sem jogar.

O primeiro “chinelista” por quem a torcida brasileira lamentar muito foi o ponta-direita gaúcho Tesourinha, do Vasco da Gama. Seria o titular absoluto de sua posição durante o Mundial-1950, em gramados “brazucas”.  Pertinho da competição começar, ele sentia terrível dor em um dos joelhos. Tiraram a radiografia e foi constatado menisco fraturado. Cortado, cedeu vaga ao corintiano Cláudio, que não jogou. O treinador Flávo Costa preferiu escalar na vaga do “Tesoura” o lateral vascaíno Alfredo dos Santos. Depois, o meia, também vascaíno, Maneca, e, por último, o são-paulino Friaça, que erra centroavante. Nenhum especialista, portanto, na vaga.

Escritos deixados em revistas e jornais da época, afirmam que, com o Tesourinha – Osmar Fortes Barcellos - Barcelos – em campo, dificilmente, o Brasil levaria 1 x 2 Uruguai, dentro do Maracanã, e perderia a Copa. Todos se lembravam de que ele havia sido o melhor jogador do time brasileiro campeão sul-americano-1949 e era fera, feríssima – viveu de 03.061921 a 17.06.1979.

Pelé deixa o gramado, em 1962, acompanhado pelo médico Hílton Gosling e o terinador Aymoré Moreira

 A segunda visita da “bruxa” à Seleção Brasileira foi perto do embarque para a disputa da Copa da Suécia-1958. Em amistoso, contra o Corinthians, o lateral-esquerdo corintiano, Ari Ercílio quase arranca um dos joelhos do garoto Pelé, que só não foi cortado porque o médico Hílton Gosling o bancou, confiado na recuperação do organismo de um jovem de 17 de idade. Então, Pelé atou da terceira parida em diante, e o restante da história todos a conhecem. Mas, em 1962, Pelé não fugiu da “bruxa”. Jogava a segunda partida do Mundial do Chile, quando uma distensão muscular, em Brasil  0 x 0 Tchecoeslováquia o tirou do restante da competição.

 Em 1966, com a Copa na Inglaterra, pela terceira vez, Pelé foi atingido pelos raios da maldade. Em Brasil 2 x 0 Bulgária, na estreia, apanhou tanto que não deu para ir ao segundo jogo: 1 x 3 Hungria. Voltou na terceira partida – Brasil 1 x 3 Portugal – e fizeram dele peteca, o espanando geral. Se tivesse sido condenado a chibatadas, como nos filmes antigos, teria apanhado menos, com certeza.

 Veio 1970 e um dos mais destacados atacantes, o ponta-direita Rogério Hetmanek, do Botafogo, foi cortado, igual a Tesourinha, nas vésperas da Copa. Por um problema muscular que a medicina de hoje curaria em pouco tempo. Em 1974, a “bruxa” tirou Clodoaldo e Carlos Alberto Torres do time, duas figuras pesos pesados do time do tri, em 1970, no México. Em 1978, a bola da vez foi Rivellino, principal jogador do time, que disputou a primeira partida  - Brasil 1 x 1 Suécia “ só pode voltar na penúltima – Brasil 3 x 1 Polônia e na última – Brasil 2 x 1 Itália, que só serviu para ele ser “campeão moral”.

 Em 1982, com a Copa do Mundo na Espanha, mais uma vez, na janela do torneio, a “bruxa” pintou. E carregou Careca, o mais talentoso dos nossos atacantes. Foi substituído por Roberto Dinamite, do Vasco da Gama e que não ficou nem no banco dos reservas. Em 1986, novamente com um Mundial no México, o bafejado pelo bruxuleante destino foi Zico, um dos maiores craques brasileiros de sua geração. Recuperava-se de cirurgia em um dos joelhos°, ao entrar frio, contra a França, perdeu um pênalti e “ajudou” o Brasil a ser eliminado. Em, 1990, Romário foi à Copa (segunda) da Itália para jogar poucos minutos. Passara longo tempo tratando de contusão que não sarava totalmente.

FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA PLACAR - AGRADECIMENTO

Mal, fisicamente, Zico perdeu um pênalti, contra a França, e "ajudou" eliminar o time brasileiro do Mundial México-1986

 Em 1994, nos Estados Unidos, perdemos o zagueiro Ricardo Gomes durante treino contra o Canadá, também às vésperas do Mundial. Em 1998, na segunda Copa da França (primeira em 1938) houve o caso da convulsão sofrida por Ronaldo Fenômeno pouco antes da final, contra os anfitriões. O choro pelos 0 x 3 França ficou, mas não deixou de abalar o time que pareceu ter esquecido de muito do que sabia.

 Entre 2002 a 2010, enfim, até que a “bruxa” deu um tempo. Mas não perdoou, em 2014, com a Copa, novamente no Brasil. Por ali, um zagueiro colombiano quase quebra o espinhaço de Neymar pelo meio. Sem o seu principal jogador, a rapaziada levou 1 x 7 Alemanha e 0 x 3 Holanda, nos jogos seguintes. Agora, é com o mesmo Neymar que a história se repete. Como nas vezes em que Pelé foi o alvo. De coincidência, ambos vestiam a camisa 10.   

                   


sexta-feira, 25 de novembro de 2022

NO MUNDO (DO CHORORÔ) DA COPA. A TURMA QUE CAIU NA PEIXEIRA DA CBD

                      FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA O CRUZEIRO

Antigamente, a Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol) convocava número excessivo de ateltas para os treinos visando a Copa do Mundo. Sem olhar para o politicamente correto, com o passar dos treinos ia dispensando rapaziada até definir  quem considerava merecer ir ao Mundial. Em 1962, por exemplo, foram chamados 41 jogadores concorrendo viagem ao Chile. Pertinho o embarque, sobraram os defensores Joel e Rildo (Botafogo); Calvet (Santos); Djalma Dias (Palmeiras) e os atacantes Germano (Flamengo) e Quarentinha (Botafogo). Na foto, Germano se despede dos companheiros que ficaram. Para a imprensa que cobria a Seleção Brasileira, dispensas em momento impróprio, batendo forte no peito dos cortados.     

NO MUNDO (DAS RECLAMAÇÕES) DA COPA. JUIZ ANULA GOL LEGAL DOS CANARINHOS

   IMAGENS REPRODUZIDAS DA REVISTA MANCHETE ESPORTIVA 

Em 3 de junho de 1978, no Estádio Mundial-78, na agentina Mar del Plata, o árbitro Clive Thomas, do País de Gales, anulou gol cabeceado pelo flamenguista Zico, complementando cobrança de escanteio, da direita, pelo cruzeirese Nelinho, alegando ter apitado antes do toque do craque brazuca. Em razão daquilo, a FIFA o afastou da competição, alegando que ele deveria encerrar a partida antes ou depois de concluída a cobrança do esquinado. O iten estava claro no manual de recomendações recebido pelos 32 apitadores da 11ª Copa do Mundo.  E a partida terminou valendo  Brasil 1 x 1 Suécia, com o tento canarinho assinalado por Reinaldo José de Lima, do Atlético-MG.  

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

NO MUNDO (DAS GLOBAIS) DA COPA. ANA TAHÍS E RENATA SILVIERA QUEBRAM TABU

Em 20 Copas do Mundo - de 1930 a 2014 -, só os homens haviam narrado jogos de futebol pelo rádio e a TV.  Em 2018, durante o Mundial da Rússia, as mulheres passaram a ter vez, por intermédio da Fox, de que selecionou três delas para narrarem por um canal específico. As garotas passsartasm por um cursinho de narração, em treinamentos com jogos de várias modalidades, além de narrações em estúdio. Narraram, também, para a TV da Confederação Brasileira de Futebol-CBF, os jogos da Copa América Feminino, quando as canarinhas ganharam o certame pela sétima vez.

Renata, Isabelly e Manuela reproduzidas
 de www.eucosmico.com.br
 As três selecionadas, que disputaram com outras três - Natália Lara, Gaby Saboya e Luciana Zogaib - e foram anunciadas no dia 12 de junho de 2018, durante o programa"Narra quem sabe", sob o comando de Vanessa Riche. Entre elas estava Renata Silveira – além de Isabelly Morais e Manuela, que já radialista e repórter esportiva da Rádio Sociedade da Bahia, em Salvador –, sobre a qual  trataremos abaixo. Antes, vale assinalar que, até então, a única mulher a narrar competições esportivas para a TV brasileiras fora Glenda Kozlowski, da Globo, durante as Olimpíadas-2016, no Rio de Janeiro. Mas a emissora não deu prosseguimento ao projeto.
Para a Copa do Mundo da Rússia-2018, a Fox Sport anunciou  que a cobertura da Fox Sports-2 seria quase toda feita por mulheres, com a participação de apresentadoras e comentaristas que já faziam parte do time da emissora. Quatro temporadas depois, Renata Silveira entra na história, como primeira mulher a narrar uma partida de Copa do Mundo pela TV aberta brazuca.
 Rolou em 22 de novembro, uma terça-feira, no Estádio da Educação, em Al Rayyan, quando o Mundial Katar-2022 teve Dinamarca 0 x 0 Tunísia, ficando o seu primeiro grito de gol lhe proporcionado pelo volante alemão Ilkay Gündogan, de pênalti, em” Japão 2 x 1 Alemanha. Depois, Renata narrou Suíça 1 x 0 Camarões; País de Gales 0 x 2 Irã; Tunísia 0 x 1 Austrália; Japão 0 x 1 Costa Rica; Camarões 3 x 3 Sérvia e Holanda 3 x 1 Estados Unidos, tendo por comentaristas os ex-jogadores Richarlyson (ex-São Paulo), Formiga (seleção canarinha feminina) e Zé Roberto (ex-Santos) – ela transmitiu, ainda, jogos pelo site GE - GloboEsporte.

Renata foi, também, a primeira brasileira a transmitir, pela TV aberta da Globo, a Supercopa feminina – Corinthians x Grêmio-RS – e partida masculina - São Paulo x América-MG, da Série A do Brasileiro. Ela tornou-se global pelo final de dezembro de 2020 e estreou em 10 de março de 2021 – Botafogo 5 x 0 Moto Club-MA -, durante a Copa do Brasil, tendo por comentaristas Renata Mendonça e Paulo Vinícius Coelho, o PVC. Antes, no entanto, ao vencer um concuso da Rádio Globo - A Garota da Voz-, contr 77 concorrentes, narrou  jogos da Copa do Mundo-2014, entre eles Costa Rica 3 x 1 Uruguai e (a final) Alemanha 1 (0 x 0 ) Argentina (na prorrgação).  É graduadada em Educação Física e em pós-graduação em Jornalismo Esportivo.  

Meses depois estava narrando Dinamarca x Finlândia, em 12 de junho de 2011, pela Eurocopa, quando o dinamarquês Christian Eriksen desmaiou em campo, de forma chocante. Renata, que tinha Ana Tahís Matos e Paulo Nunes (ex-atacante de Flamengo, Grêmio-RS, Palmeiras, Corinthians e da Seleção Brasileira) segurou legal o longo tempo de paralização da partida. Comprovou que não estava ali por acaso.  

 Além de ter Renata Silveira mandando ver como narradora, a Copa do Mundo Katar-2022 teve mais uma quebra de amarras para as mulheres brazucas. Durante Brasil 2 x 0 Sérvia, em Doha, no Catar, hoje, no 24 denovembro, Ana Thaís Matos tornou-se a primeira brasileira a comentar o jogo do escrete nacional masculino pela TV aberta - Globo. Ela teve por parceiro de jornada o locutor Galvão Bueno (foto) e o também comentarista Leovegildo Júnior, ex-lateral da Seleção Brasileira e do Flamengo. "Nós saímos do lugar do entretenimento e passamos a ocupar o lugar de opinião dentro do jornalismo esportivo. Se você liga a TV de manhã e passa pelos principais canais de esporte, sempre vai ter uma mulher debatendo", lembrou a Ana.

Nascida, em São Paulo, Ana Thaís Matos passou pelo diário Lance e TV BandSports, antes de ser global, via Rádio Globo, em 2012. Depois, passou para a também global SporTV, onde iniciou-se em televisão, ganhando destaque pelo programa Troca de Passes. Em 2019, ela foi a primeira mulher a comentar um jogo do Brasileirão masculino -Santos x Athlético-PR e a comentar jogos na Copa do Mundo Feminina, também pela TV Globo – e lá se vão elas entrando na área. Hora de balançar a rede!



NO MUNDO (DO ÍDOLO) DA COPA - RIVA

REPRODUÇÃO DA REVISTA PLACAR - AGRADECIMENTO 


O paulistano Roberto Rivellino disputou as Copa do Mundo-1970/74/78, tendo ajudado a rapaziada a carregar o caneco de México-70 e sido "campeão moral" na disputa armada pela Argentina-1978. Explica-se: em 1978, o treinador do time canarinho, Cláudio Coutinhjo, se disse o vencedor da parada, por tê-la terminada invicto, em terceiro lugar, enquanto os campeões argentinos haviam levado 0 x 1 Itália. Já em 1974, na Copa da então Alemanha Ocidental, o também chamado Riva voltou com o quarto lugar. Rivellino disputou 120 jogos e marcou 40 gols pelo escrete nacional, em 81 vitórias, 27 empates e 12 escorregadas. Seus títulos, além da Copa-70: Taça Owaldo Cruz-1968 e 1976, contra os paraguaios; Copa Roca-1971 e 1976 (diante dos argentinos); Taça Sesquicentenário da Independênbciua do Brasil-1972 (espécie de um Mundialito); Copa Rio Branco-1976 (encarando os uruguaios); Taça do Atlântico-1976 (pega que teve Argentina e Uuguai pela frente)  e Torneio Bicentenário da Independência dos Estados Unidos-1976.     

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

NO MUNDO (DOS TROCA-TROCA) DA COPA. MOREIRAS E FEOLA ALTERNAM COMANDO

                  FOTOS REPRODUZIDAS DA REVISTA O CRUZEIRO

Durante a Copa do Mundo de 1954 na Suiça, o treinador da Seleção Brasileira foi Zezé Moreira, que havia sido goleiro do Flamengo,  Palestra Itália (atual Palmeiras) e Botafogo. Alfredo Moreira Júnior, o seu nome de registro e de batismo, chegou ao escrete nacional, em 1952, para ficar até 1955, tendo conquistado o Campeonato Pan-Americano-1952, no Chile. De sua parte, Vicente Ítalo Feola o substituiu para trazer o título da Copa de 1958, na Suécia. Treinador do São Paulo FC, em oito oportunidades, ele, também, foi atleta, tendo, por sinal, defendido este mesmo São Paulo. Em 1962, por motivos de saúde (matéria abaixo), Feola não pode ir ao Mundial, sendo substituído por Aymoré Moreira, irmão de Zezé e que, igualmente, voltou campeão mundial. 



NO MUNDO (DO CHILENINHO) DA COPA. VICENTE FEOLA NO TIME DO HOSPITAL

 

Jogador de futebol quando fica no Departamento Médico, diz-se que está no "time do chinelinho". Logo, o mesmo se poderia atribuir ao treinador, caso de Vicente Feola, que foi internado no apartamentoe 206 do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, quando os ventos do Mundial do Chile já pintavam por aqui. Acometido por uma nefrite aguda (processo inflamatório renal e raro), enquanto os seus rapazes faziam os últimos retoques para a busca do bi, ele ficava entregue aos médicos Piragibe Nogueira, Roberto Pires de Campos e Sílvio Bertacchi, e acompanhando os noticiário dos treinamentos e dos jogos amistosos por um rádio transistor e uma TV. Feola sonhava em poder embarcar para a Copa, no 20 de maio daquele 1962. Pelo telefone, mantinha contatos diários com o supervisor do escrete nacional, Carlos Nascimento. Mas não deu. Teve de ficar, em São Paulo, só como torcedor, enquanto Aymoré Moreira ocupava o seu cargo.    


terça-feira, 22 de novembro de 2022

NO MUNDO (DO VIZINHO) DA COPA - TIME CANARINHO GANHA TAÇA OSWALDO CRUZ

 

Em dois jogos, a Seleção Brasileira conquistou a Taça Oswaldo Cruz, em homenagem ao grande sanitarista brazuca. No Maracanã, em 4 de maio de 1958, o time do treinador Vicente Feola goleou os vizinhos, por 5 x 1, com gols maracados por Zagallo (2), Dida, Vavá e Pelé. Três dias depois,  houve empate, por 0 x 0, no Pacaembu, em São Paulo.  Os time canarinho das duas partidas foi quase o mesmo: Gilmar, De Sordi e Bellini; Zózimo e Oreco; Dino Sani e Didi; Joel, Vavá, Dida (Pelé) e Zagallo. Em São Paulo, o meia Moacir substituiu Didi, única troca durante o prélio que fez parte, também, dos preparativos da equipe que iria tentar o título da Copa do Mundo. na Suécia.       

NO MUNDO (DOS MESTRES) DA COPA - DIDI E KOPA ENCANTARAM TORCIDA DA SUÉCIA

 

O meia brasleiro Waldir Pereira enfrentou o francês Raymon Kopa, no dia 24 de junho de 1958, quando o venceu, por 5 x 2, e marcou um dos gols do time canarinho. Eles figuraram entre as mais expressivas figuras da Copa do Mundo da Suécia e mereceram os muitos aplausos recebidos. Os dois, no entanto, não atuavam com a mesma missão em seus times. O brasileiro era responsável por cadenciar o jogo e, tambérm, acender o poder de fogo dos companheiros. Por pouco, quase vestiram a mesma camissa. Quando Didi chegava, Kopa estava de saída do espanhol Real Madrid.   


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

NO MUNDO (DAS FERAS) DA COPA - PELÉ

                             REPRODUÇÃO DA REVISTA O CRUZEIRO

No dia 16 de maio, a Seleção Brasileira disputou o seu ultimo amistoso preparativo para a Copa do Mundo-1962, no Chile. Venceu o País de Gales, por 3 x 1, com gols marcados por Pelé (2) e Vavá e bola rolando no Pacaembu (Estádio Paulo Machado de Carvalho), em São Paulo. Por ali, esperava-se que Pelé fosse um dos maiores nomes do Mundial (ou o maior), havendo até promoções comeciais para os torcedores preverem quantos gols ele marcaria em gramados chilenos. Quem acertase, concorreria a prêmios. O "Rei do Futebol", no entanto, só marcou um tento: durante a estreia, em Brasil 2 x 0 México, no 30 de maio, no Estádio Sausalito, em Viña del Mar. Na partida seguinte,  no 2 de junho, ele sofreu uma lesão muscular, em Brsil 0 x 0 Tchecoeslováquia, e ficou de fora do restante da competião.    

NO MUNDO (DAS BELAS) DA COPA - VITÓRIA ALADA, AMORZÃO COM PAIXÃO DERRETIDA

                 REPRODUÇÃO DA REVISTA MANCHETE ESPORTIVA

O capitão da Seleção Brasileira, Bellini (E), o treinador Vicente Feola (C) e o goleiro Gilmar (D) exibem (tá na cara, né mesmo?) a grande conquista das Copa do Mundo-1958. O time canarinho, que foi azulão na parida final, quando escreveu 5 x 2 Suécia, antes de carregar a bela, bela da Copa, havia mandado 3 x 0 Áustria; 2 x 0 União Soviética; 1 x 0 País de Gales e 5 x 2 França. Além de ter ficado no 0 x 0 Inglaterrra. Mas, muito tempo depois, roubaram a bela dama dourada e fizeram o que os  atletas brasileiros fizeram com os adversário: botaram pra derreter!     

domingo, 20 de novembro de 2022

KIKECOPA - HISTÓRIAS DOS MUNDIAIS-1

 Começa, hoje, em Doha, no Qatar, a 22ª Copa do Mundo, que os franceses a chamam por Coupe de Monde e os ingleses falam World Cup. No Brasil, a galera dispensa o Mundo e fala só da Copa, instituição na qual já bebeu champanhe em cinco canecadas-1958/62/70/94/2002, oferecidas or supercraques como Pelé, Garrincha, Amarildo, Carlos Alberto Torres, Tostão, Jairzinho e Ronaldo Fenômeno, entre outros. 

Jules Rime em homenagem do portal www.semprefamilia.com.br

 Idealizada pelo francês Jules Rimet, presidente da Federação InternacionaldeFurebolAssociado -FIFA, a primeira Copa do Mundo foi disputada, em 1930, no Uruguai, escolhido por ter estar celebrando o centenário de sua independência política e por vencido os dois últimos torneios de futebol dos Jogos Olímpicos, em 1924/28, além de os outros inscritos - Espanha, Itália, Suécia e  Países Baixos (Holanda) -  desistido. 

 Do primeiro Mundial do futebol participaram sete selecionados das Américas  - Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Estados Unidos, México, Paraguai e Peru - e apenas quatro da Europa - Bélgica, França, Romênia e Iugoslávia. Para estes, além da longa viagem para a América do Sul e das altas despesas para cruzar o Oceano Atlântico, seus clubes não queriam ficara sem os seus principais atletas. Foi preciso Jules Rimet intervir e negociar com os franceses. No caso dos romenos, quem interviu foi o Rei Carlos II, que selecionou a equipe e negociou garantia de emprego com os patrões dos jogadores que viajassem. O mesmo ocorreu na Iugoslávia, com o Rei Alexandre I indo à luta, enquanto, na Bélgica, o trabalho coube ao vice-presidente da FIFA, Rodolphe Seeldrayers.

Jules Rimet viajou por navio, levando com ele o  troféu que continha o seu nome e quatro árbitros europeus, os belgas Jean Langenus e Henri Christophe, e o seu patrício Thomas Balway. Da sua parte, a delegação brasileira embarcou  no navio SS Conte Verde, Rio de Janeiro, em 29 de junho, e chegou ao Uruguai no 4 de julho.

       Foto reproduzida de www.ocuriosodofutebol.com.br - agradecimento

             Os uruguaios venceram os argentinos na partida final

 Quando rolou a bola, em casa, no calor de sua torcida, os uruguaios não desperdiçaram a chance da conquista do primeiro Mundial, vencendo a Argentina, na decisão. Por ali, a taça era posse transitória, até que alguma equipe o conquistasse por três vezes, sem precisar ser de forma consecutiva. E o caneco, construído pelo artesão francês Abel Lafleur, na forma de uma mulher alada - a Vitória Alada - ficou, definitivamente, com os brasileiros, que a trouxeram, em 1958/62/70, dos campos do mundo.

                                                    FICHA DA FINAL

30 de julho de 1930 – Uruguai 4 x 2 Argentina. Estádio: Centenário, em Montevidéu. Juiz: John L. Langenus-BEL. Público: 69.346. Gols: Dorado-URU, aos 12; Peucelle-ARG, aos 20; Stábile-ARG, aos 37; Cea-URU, aos 57; Iriarte-URU, aos 68, e Manco Castro-URU, aos 89 minutos. CAMPEÕES: Balesteros, Nasazzi e Mascheroni. Andrade, Fernández e Gestido; Dorado, Scarone, Castro,  e Iriarte, treinados por Alberto Suppice.  

PRIMEIRO GOL DA COPA

BRASIL DA PRIMEIRA COPA

Era 14 de julho de 1930, quando a Seleção Brasileira iniciou esta história. Levou 1 x 2 Iugoslávia, e foi eliminada do Mundial, seis dias depois, mesmo com 4 x 0 Bolívia,  pois os iugoslavos, também, mandaram o mesmo placasr pra cima dos bolivianos e ficram com melhor saldo de gols. A fraca campanha deveu-se, em parte, ao escrete nacional ter ido ao Uruguai sem alguns dos seus melhores jogadores, como Arthur Friedenreich, Feitiço e Del Debbio, por conta de brigas cariocas e paulistas.

 À época, o Rio de Janeiro era a capital brazuca e o grande centro financeiro, social, cultural e artístico do país. Mas São Paulo produzia o café, crescia economicamente e ficava com o nosso comando político. Com a Confederação Brasileira de Desportos-CBD tendo endereço carioca, os seus dirigentes não incluíram os da Associação Paulista de Esportes Atléticos-APEA na comissão técnica da Copa do Mundo e revoltaram os paulistas, que retaliaram negando a participação de atletas dos seus clubes no selecionado. Apenas um deles, o atacante Araken Patuska se encorporou ao grupo, porque estava brigado com o Santos, a sua agremiação.

    Reprodução do livro Seleção Brasileira - 90 anos, aparecendo na foto: Píndaro de Carvalho (técnico), Brilhante, Fausto, Hermógenes, Itália, Joel e Fernando (em pé, da esquerda para a direita); Poly, Nilo, Araken, Preguinho e Teóphilo (agachados, na mesma ordem).

  A Seleção Brasileira levou l5 dias viajando a bordo do navio italiano SS Conte Verede, rumo ao Uruguai, onde o inverno era forte. Desembarcou com preparo físico ruim e só um atleta se destacou, nos dois jogos, o vascaíno Fausto dois Santos, que ganhou o apelido de Maravilha Negra. Eram 12h45 locais quando o time brasileiro – Joel, Brilhante e Itália; Hermógenes, Fausto e Fernando Giudicelli; Poly, Nilo, Araken, Preguinho e Teófilo – adentrou ao gramado do estádio do Parque Central de Montevidéu, diante de 24.059 torcedores, que escutaram o apito do local Aníbal Tejada. O único gol da rapaziada foi marcado por Preguinho, aos 61 minutos, após 0 x 2, entre os 30 e os 35 minutos do primeiro tempo.  No 22 de julho, a rapaziada – Velloso, Zé Luís e Itália; Hermógenes, Fausto e Giudicelli; Benedito, Russinho, Carvalho Leite, Preguinho  e Moderato - melhorou a honra nacional, com gols marcados por Moderato, aos 37 e aos 73, e por Preguinho, aos 57 e 83 minutos. 

 


sábado, 19 de novembro de 2022

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

VASCO DAS CAPAS - 'MATADOR' PINGA

O atacante  vascaíno Pinga, isto é , José Lázaro Robles, figurou em muitas capas de revistas, por marcar muitos gols. Ele é o quarto maior artilheiro da Turma da Colina, com 249 bolas nas redes, em 454 partidas, só sendo superado por Roberto Dinamite (622 gols, em 1.025 jogos); Romário (321, em 414), e Ademir Menezes (281, em 396).  Pinga chegou a São Januário, em 1953, por lá ficando até 1961. Por aqui, ele é capa da semanária carioca Sporte Ilustrado, que circulou entre 1920 a 1956, tirando 976 edições. Pode-se consultar a coleção (empreto e branco) pelo site http://bndigital.bn.br/acervo-digital/sport-illustrado/182664