Vasco
segunda-feira, 31 de julho de 2023
ALBUM DA COLINA - PÁGINA 1949 - NESTOR
domingo, 30 de julho de 2023
A GRAÇA DA COLINA - TELÊ VASCAINÍSSIMO
REPRODUÇÃO DE MANCHETE ESPORTIVA
sábado, 29 de julho de 2023
HISTÓRIA DA HISTÓRIA - CAMPEÃO-1974
Placar Nº 229, de 9 de agosto der 1974
A atitude de cartola e treinador cruzeirenses levou o Almirante a invocar o regulamento do Brasileirão, no tocante a invasão de campo, e levou o jogo decisivo para o Maracanã. Embora fosse considerado favorito, o quadro mineiro, muito nervoso, jamais mostrou-se o tal. De sua parte, os vascaínos tinham Zanatta cobrindo os seus zagueiros e imprimindo velocidade na soltura da bola, enquanto, pelas pontas, Jorginho Carvoeiro se superava e Luís Carlos Tatu Lemos ainda cavava ajuda a outros setores da equipe. Pra completar, Roberto Dinamite pesadelava a zaga alviceleste, que o prava com seguidas faltas.
Daquele jeito, o Almirante foi, com fúria, caçar a Raposa (apelido do Cruzeiro), bem distribuído no gramado e plantando a sua zaga com tão boa cobertura, por Alcir, Zanatta, Caravoeiro e Tatu, que os laterais, as vezes, até atacavam. No Cruzeiro, a defesa só tinha o lateral-direito Nelinho a contento. Seu meio-de-campo, preocupado em atacar, não cobria a defensiva e facilitava a vida vascaína, com seus zagueiros muito bem postados na marcação. Assim, o ataque da Raposa não criava chutes ao gol e a defesa se apurava por falta de cobertura. Resultado do primeiro tempo: Vasco da Gama 1 x 0.
Veio a etapa complementar, e o Cruzeiro empatou, da única forma que poderia: por chute de alguém que viesse de trás (Nelinho).Mas, como manteve-se como antes, o Vasco desempatou (por Jorginho Carvoeiro), tendo os dois times, ainda, um gol anulado, pelo árbitro Armando Marques, sem que ninguém entendesse as duas anulatórias.
Foi assim que Placar
contou Vasco 2 x 1 Cruzeiro que deu o
caneco aos vascaínos, lembrando que o Almira
empatara e vencera o “o melhor time gaúcho (Inter) e mineiro (Cruzeiro);
vencera o melhor time paulista (Santos) e empatara com o melhor time baiano
(Vitória)... E foi superior ao adversário na decisão”. De quebra, disse que o
Vasco da Gama não tinha um tiinho, lembrando que o goleiro Andrada defendera a seleção
argentina; o meia Peres passara pela seleção portuguesa, e Fidélis, Miguel,
Zanatta e Luis Carlos Lemos já haviam sido convocados pela Seleção
Brasileira, alé de Roberto Dinamit ter sido artilheiro daquele Brasileirão.
Esta - Alfinete (E) e Roberto Dinamite - foi uma das 14 fotos de Placar para a edição, além de capa e poster central com o Dinamite.
Vasco da Gama 2 x 1 Cruzeiro, durante noite de uma quarta-feira, levou 112.993 pagantes ao estádio, gerando arrecadação de Cr$ 1 milhão, 413 mil, 281 cruzeiros e 50 centavos, pela moeda da época. A arbitragem teve Armando Marques-RJ, com os bandeirinhas José Favilli Neto e Oscar Scolfaro, ambos-SP. Ademir Silva, aos 14 minutos do primeirio tempo; Nelinho, aos 19, e Jorginho Carvoeiro, aos 33 do segundo, marcaram os gols. O Almira alinhou: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanatta e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos Lemos, treinados por Mário Travaglini. O Cruzeiro foi: Vitor; Nelinho, Perfumo, Darci Menezes e Vanderley; Wilson Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha (Joãozinho) e Eduardo Amorim (Baiano). Técnico: Ílton Chaves.
sexta-feira, 28 de julho de 2023
TRAGÉDIAS DA COLINA - GÍLSON NUNES
Vasco da Gama estava há caminho de 12 temporadas sem ser campeão carioca. Foi uma entressafra que quase abalou a sua torcida, afugentando muita gente dos jogos. Em 1970, o presidente Agartyrno Gomes contratou Elba de Pádua Lima, o Tim, como treinador. Consagrado como um estrategista que mudava placares no vestiário durante o intervalo das partidas, o novo chefe do time pediu a contratação de Gílson Nunes, que era, também, um carregador de canecos, tendo sido campeão carioca-1964 e de 1969, e da Taça Guanabara do mesmo 69, pelo Fluminense.
De início, Gílson foi para São Januário, por empréstimo. Em campo, cumpria, rigorosamente, o plano tático que o Tim lhe entregava. Agadou tanto ao treinador que foi titular nos 18 jogos da campanha que levou a Turma da Colina ao título estadual tão perseguido. Dois 30 gols marcados em 13 vitórias, três empates e duas escorregadas, ele escreveu três, o terceiro durante a noite de 17 de setembro, no Maracanã, diante de 59.170 pgantes, em Vasco da Gama 2 x 1 Botafogo, resultado que antecipou o caneco a uma rodada do final do campeonato levantado por esdte time-bae: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luís Carlos Lemos, Valfrido, Silva c Gílson Nunes.
Reprodução da revista Grandes Clubes
Gílson Nunes queixou-se à imprensa e foi mandado emboraComo fora campeão, Gílson teve o seu passe comprado, por Cr$ 100 mil cruzeiros, uma boa grana para a época. Mas o que deveria ser uma outra grande temporada, em 1974, terminou não rolando. O Vasco trocou Tim por Mário Travaglini e este preferiu recuperar Luis Carlos Lemos, que andava com problemas psicológicos. O recuperou e Gílson foi para o banco dos reservas.
Lá pelas tantas, Luís Carslos Lemos
prcisou fazer uma cirurgia na gargante e ele achou que voltaria ao time.
Enganou-se: falaram em contratar Paraná, do São Paulo e, mesmo não o
contratando, ele nunca jogava, deixando de fatuar R$ 500 cruzeiros por partida
que jogase toda desde o início. Se entrasse no ecorrer da pugna não levava nada, estava em seu
contrato. Revoltado, Gílson Nunes denunciou a sacanagem à revista Placar, da Editora Abril. Resultado: foi
mandado embora de São Janauário, com, passe livre, o que, na época, significava
o final da carreira de quem o recebesse.
Carioca, nascido em 12 de junho de 1946, Gílson Siqueira Nunes começou a carreira, em 1963, pelo Bonsuesso. Depois do Vasco, defendeu, ainda, o América-RJ, clube em que pendudrou as chuteiras, em 1978.
quinta-feira, 27 de julho de 2023
REMA, VASCO, REMA - TERRA & MAR-1970
O Vasco da Gama ganhou o Campeonato Carioca de Remo-1970, com cinco vitórias na regata decisiva, quando precisava só de duas. Venceu a single-skif, com Belga; a double, com Belga/Pezinho; a dois sem, com Bancov/Érico; a dois com e a quatro sem, com a rapaziada demonstrando superioridade absoluta. Com tais triunfos, o Almirante ficou campeão carioca de terra e mar da temporada-1970, tendo os ramadores quebado tabu, de oito temporadas sem canecos, e o futebol, de 12 sem nenhuma faixa de casmpeão estasdual. Detalhe: Belga era o apelido de Edgar Gijsen, por ter ter nascido em Antuérpia, na Bélgica. Viveu de 29 de janeiro de 1940 a 31 de julho de 2008, por 68 temporadas. Pezinho, apelido de José Carlos Angeli. Só Mopi Bancov e Érico Vicente de Souza escaparam dos apelidos.
quarta-feira, 26 de julho de 2023
FERAS DA COLINA - BILÃO "TUMBIARA"
16 de junho de 1974 – Vasco da Gama 3 x 1 Internacional, no Maracanã, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro. Lá pelas tantas do segundo tempo, o treindor Mário Travaglni tira o ponta-direita Jorginho Carvoeiro e o substituiu por um sujeito negro, alto e forte. “Que é este”?, indagou um tocedor vascaíno ao companheiro do lado. “Porra, mermão! O Roberto Dinamite faz três gols e você quer saber quem é um cara desengonçado que entrou em campo?, protestou o indagado.
O cara era Bill, que já havia entrado no
decorer de seis partidas e tapado buraco, na ponta-esquerda, em outras seis.
Ainda nem tivera a sua imagem fixada pela maioria da torcida cruzmaltina, pois,
até pouco tempo, ele era um lateral-direito do Itumbiara, do interior de Goiás,
e o soldado Faria no serviço militar, em 1971. Cansado de jogar bem e nunca ser
notado pela imprensa, ele decidiu trocar de posição. Virou ponta-de-lança.
Emplacou e foi o principal artilheiro do Campeonato Goiano-1972, com 10 gols,
desbancando Lincoln, do Goiás, e Pagheti, do Atlético-GO, os maiores
desempregadores de goleiros do Estado. Ganhou, como seu fanzaço, o prefeito de
Itumbiara, Modesto Carvalho, que achou que o lugar dele seria no Vasco da Gama,
ao lado de Roberto Dinamite.
31 de outubro de
1973 - O Vasco da Gama foi ao Estádio Serra Dourada, em Goiânia, enfrentar o
Goiás, pelo Campeoanto Brasileiro. A preliminar teve o time do Itumbiara esfriando o sol e o vigoroso Bill marcando dois gols. Modesto Cavalho não perdeu tempo. Após o jogo
vascaíno, procurou o superintendente do clube carioca, Armando Abreu, e fez
camanha para ele levar o Bill, que tinha 21 na idade. O cara o levou, mas o
garoto quase não ficou em São Januário, devido ao alto preço do seu passe. Só ficou porque o
clube goiano concordou em dividir valor em 10 prestações. Negócio foi fechado,
o Bill do apelido colocado pela avó estreou em Vasco da Gama 0 x 0 Coritiba, do
20 de janeiro de 1974, pelo Brasileirão, na casa do adversário. Depois, jogava
hoje, sentava-se no banco dos reservas, amanhã, deixando o prefeitão de
Itumbiara injuriado, apupando o técnico do Vasco, por não acreditar em seu
ídolo.
13 de outubro de 1974 – O prefeito de Itumbiara ouviu pelo rádio que o treinador Mário Travaglini estudava lançar Bill no ataque do time que pegaria o Botafogo, pelo segundo turno do Campeonato Carioca, pois não gostara do que vira em Vasco 0 x 0 Bonsucesso, da rodada anterior. Assinou um checão particular, mandou um sobrinho ao banco descontá-lo e, de lá mesmo, ir a Goiânia comprar passagem para ele ir ao Maracanã, no domingo. Foi, mas Bil não saiu jogando, como ele ouvira pelo rádio. Voltou a apupar o Travaglini, ainda mais quando o Botafogo fez 1 x 0, aos 12 minutos - o Vasco empatou, por gol contra, de Marinho Chagas.
Placar clicou comemoração de golaço contra o BotafogoO relógio do árbitro Walquir Pimentel caminhava para o final da contenda, quando Travaglini chamou o Bill para substituir o meia Ademir Silva, tentando dar mais agressividade ao seu ataque. Aos 39 minutos, ele doinou a bola, pela meia-direita, driblou quem o combateu e partiu para o gol, em velocidade que o time jamais demosntrara durante a partida. Só parou com a bola na rede: Vasco 2 x 1 e a imprensa carioca considerando o tento um dos mais bonitos da temporada.
O prefeito de
Itumbiara vibrou mais do que todos os que estavam do seu lado, na arquibancada
do Maracanã. Depois do jogo, procurou a direção do Vasco e foi ao vestiário
abraçar o seu ídolo Bill, a quem fez questão de oferecer um “bicho” pelo golaço
“Dinheiro do seu bolso dele, nada do contribuinte”. Pelo menos, foi a história
contado pelo Bil, quando defendeu o Gama, daqui do DF, em 1987.
Oswaldo Faria, o
Bil, mineiro, de Araguari, nasceu no 3 de abril de 1953 e ganhou mais um “l” no apelido, passando a Bill, no
Vasco da Gama. Esteve vascaíno de 1973 a 1975, ciganando, depois, por Goiânia-GO,
Inter-RS, América e Tampico-MEX, Los Angeles Aztecs-EUA, Goiás-GO, Vila
Nova-GO, Atlético-GO, Trze-PB, Serrano-BA, Gama, Goiatuba e América, de
Morrinhos-GO. Saiu desta vida, em 22 de setembro de 2002, atropelado por um
automóvel, em Aparecida de Goiás, após 12 temporadas do seu fim de linha como
atleta.
Chamado pelos
repórteres e narradores de rádio/TV cariocas por Búfalo Bill, foi apelidado, também, por Bilão Tumbiara. Media
1m75cm de altura e pesava, normalmente, 78 quilos. Em Goiânia foi apelidado de
“O Fio Maravilha de Goiás”. Lembraram que, em Itumbiara, a riva de um bezerro
só vendera quando deram ao bicho o seu nome, o mais poplar da cidade. No Vasco
da Gama, fez parte do grupo campeão da Taça Oscar Wright da Silva, válida pelo
segundo turno do Estadual-1974, e do Campeonato Brasileiro-1974.
terça-feira, 25 de julho de 2023
SAULZINHO CONVOCADO PARA A SELEÇÃO DO CÉU. ARTILHEIRO PARTIU, HOJE, TCHÊ!
Saul Santos Silva tornou-se uma pessoa espiritual, aos 85 de idade, transformado por um acidente vascular cerebral-AVC. Nascido no 31 de outubro de 1937, na gaúcha Bagé, ele começou a carreira como juvenil do Bagé, passou para o rival Guarany e, do alvirrubro bageense, chegou ao Vasco da Gama, pelo qual foi o principal artilheiro do Campeonato Carioca-1962, com 18 gols. Esteve em São Januário, de 1961 a 1965, chegando a ser cotado para disputar a Copa do Mundo do Chile, na mesma temporada, mas não pode disputar a vaga de centroavante devido distensão na virilha que o paraou por quatro meses. Os seus títulos na carreira foram: pelo Guarany - campeão municipal de Bagé-1956/58/60; pelo Vasco da Gama: Toneios Pentagonal Internacional do México e Quadrangular Internacional de Santiago do Chile, em 1963; Quadrangular Internacional do IV Centenáro do Rio de Janeiro; Cinquentenário da Federação Pernambucana de Futebol e Taça Guanabara, em 1965; pela Seleção Brasileira: Taça O´Higgins-1966, contra o Chile, tendo o selecionado gaúho representado o Brasil.
segunda-feira, 24 de julho de 2023
ÁLBUM DA COLINA - GOLEIRO ITA
domingo, 23 de julho de 2023
VASCO DAS CAPAS - CAPITÃO BELLINI
sábado, 22 de julho de 2023
HISTÓRIA DA HISTÓRIA-JOGO DO SÉCULO-1
Penta campeão europeu, primeiro campeão mundial interclubes da FIFA e a caminho do seu oitavo título nacional espanhol (disputas da primeria divisão desde 1929), o Real Madrid tinha o time mais forte do planeta e visitaria o Brasil, pela primeria vez. Para enfrenta-lo, o jornal A Noite promoveu enquete para o toredor dizer qual clube gostaria de ver encarando os apelidados merengues. O América era o então campeão estadual – Fluminense, Botafogo e Flamengo o seguiram na classificação final da última temporada carioca -, mas, surpreendentemente, o Vasco da Gama foi apontado, por cerca de 35 mil votos, como o preferido para o desafio, o que gerou críticas à Confederação Brasileira de Desportos-CBD (atual CBFutebol) e à Federação Carioca de Futebol. Exceto a torcidas vascaína, ninguém via na Turma da Colina condições técnicas para para disputar tão difícil empreitada.
Assistido por João Havelange e Bellini (de branco), Allah Batista presenteia o presidente do Real Madrid, Santiago Bernabeu...
As críticas à escolha do Vasco da Gama para encarar o Real Mardid não paravam na sua quinta colocação no último Estadual. Incluía as suas fracas apresentações no recente Torneio Octagonal Internacional, contra times brasileiros, argentinos e uruguaios, quando perdera três e empatara dois dos seus sete compromissos. Só o colégio eitorado vascaíno era fora o mais eficiente da votação de A Noite, então, bola cheia pra sua patota!
... que aqui conversa com o vice de futebol vascaíno, João Silva
Enfim, com resultado do pleito confimado e amistoso marcado para a noite da quarta-feira, oito de fevereiro de 1961, no Maracanã, para receber, homenagear e prestar toda a assistência aos vivitantes, o presidente vascaíno, Allah Baptista, nomeou comissão formada pelos vice-presidentes Avelino Dias, de Comuniaões; Altino Telles, de Patrimônio; Agathyrno Gomes, de Relações Especializadas, e Edgard Campos, do Departamento Social.
Dois dias antes doi prélio, a delegação do Real Madrid desembarcou no aeroporto do Galeão, chefiada pelo lendário presidente Santiago Bernabeu e foi recepcionada por todas a diretoria cruzmaltina. Às sete da noite, foi homenageada, com coquetel, no salão de troféus da sede da Rua General Almério de Moura, que faz fundos com a São Januário, na presença das mais altas autoridades desportivas do país, entre elas o presidente da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol), João Havelange; os embaixadores no Brasil de Espanha, (Conde de Casas Rojas, e de Portugal, Manuel Farrajota Ferreira, e o governador do Estado da Guanabara (atual Estado do Rio de Janeiro), Carlos Lacerda – além do capitão do time vascaíno, Bellini, representando os colegas jogadores.
Bellini e Martim Francisco recepcionam Puskas (C) no Galeão
Em discurso improvisado, Allah Baptista falou sobre o “alto gru da amizade Brasil/Espanha” e presenteou os visitantes com medalhões de pratas, cinzeiros, flâmulas e publicações do Vasco da Gama. De sua parte, Santiago Bernabeu presenteou os diretores vascaínos com relógios suíços de série fabricada especialmente para o Real Madrid. Houve, ainda, visita às dependências do prédio-sededo clube e exibição de aqualoucos, no parque aquático cruzmaltino.
Por aquele momento em qu o Vasco da Gama andava pisando na bola, o seu time era treinado pelo argentino Abel Picabea. Contam as crônicas da época que o tal hermano era tão chato, mas tão chato que, se precisasse de um cara chato, ele não servia: era muito mais. Há até textos dizendo que ele fora demitido nem tanto pelos resultados negativos que mostravam o seu time perdendo por placares apertados – 0 x 1 Fluminnse, 0 x 1 Bangu, 1 x 2 Botafogo -, mas pela sua chatice. Então, dois dias antes do encontro com os merengues, foi contratado Martim Francisco, campeão vascaíno carioca-1956 e que já havia vencido o Real Madrid, amistosasmente, em duas ocasiões: 2 x 0, em 20.07.1956, e 4 x 3, no 14 de junho de 1957. E empatado – 2 x 2, em 19.06.1956.
Sem tempo para trabalhar a rapaziada, Martim Francisco comandou só um treino, viu o Vasco levar 0 x 2 no primeiro tempo do 8 de fevereiro, mas arrumou a casa, dentro do vestiário, no papo, durante o intervalo. O que aconteceu durante toda a partida que teve Pinga trocando cumprimentos e lembranças com Di Stefano (E), você fica sabendo no texto abaixo deste.
Todas as fotos foram reproduzidas da Revista do Vasco - Nº 8, de abril de 1961
sexta-feira, 21 de julho de 2023
HISTÓRIA DA HISTÓRIA-JOGO DO SÉCULO-2
Com a imprensa carioca badalando o encontro, os dois times iriam para o seu quarto duelo, um desempate, já que rolava uma vitória para cada lado e uma igualdade. Era o Jogo do Século, como a imrepnsa o promovia, mesmo com o Vasco saído de quinto lugar no Campeonato Carioca. Mais de 140 mil foram ao Maracanã, dos quais 122.038 compraram ingresso, gerando o maior público de jogo de um clube sul-americano.
Quando o árbitro argentino Juan Brozzi chamou os capitães Bellini e Gento para sortear a saída de bola, havia dezenas de fotógrafos pelo gramado, mas nenhum conseguia fazer Di Stefano posar. O estrelismo do Real Madrid era tamanho que os seus atletas nem cumprimentaram os vascaínos. Por protocolo, só os presentearam, com relógios de ouro - e receberam flâmulas.
Quando a bola rolou, o Real tinha Del Sol e Puskas, pela meia esquerda, deixando a direita para penetrações de Vidal e Canário, que infernizava a vida de Coronel. Aos poucos, Di Stefano foi mostrando precisão nos passes, inteligência nos deslocamentos e fazendo corridas inesperadas, para livrar-se dos marcadores. E distribuindo ordens. Seu treinador nem se manifestava, ao contrário do estreante técnico vascaíno, Martim Francisco, que gesticulava e berrava muito, segurando os suspensórios.
Com futebol rápido e brilhante, o Real Madrid agradava. Aos 14 e aos 15 minutos, fez 2 x 0, com gols de Del Sol e Canário. Reclamando muito do calor da noite carioca, os madrilenhos saíram para o intervalo, recebendo água mineral em suas cabeças. Para o segundo tempo, uma novidade: o árbitro usando camisa amarela, substituindo o preto total da etapa inicial, sugerido pelo bandeirinha Alberto da Gama Malcher – Eunápio de Queirós foi o outro – , para não ser confundido com os cruzmaltinos.
Pinga bateu pênalte e pigou na rede do melho time do mundo
Enfim, quem esperava por uma goleada do Real Madri viu o Vasco se superar. Aos sete minutos, Casado marcou gol contra, se enrolando durante jogada trabalhada pelo estrenate Da Silva. Aos 17, Pinga empatou, cobrando pênalti, sofrido por Delém. Depois, a Turma da Colina andou criando chances de gol e quase vira o placar. De quebra, a sua torcida vaiou Di Stefano, quando este foi substituído. E o duelo ficou nos 2 x 2, no placar e no total dos dos confronto.s
O Vasco foi: Humberto Torgado (Miguel); Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel: Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga. O Real Madrid teve: Dominguez; Marquitos (Michel), Santamaria (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento.quinta-feira, 20 de julho de 2023
TATU NA PELE DA GALERA DA ESQUINA
Ultimamente, tornou-se comum torcedores tatuados. Muitos com boa parte da pele exaltando o seu time e engrossando torcidas organizadas e uniformizadas. Por conta da violência que começou a fazer parte dos muitos grandiosos clássicos do futebol brasileiros, com brigas dentro e fora dos estádios, os torcedores tatuados começaram a ser vistos com parte indissociavável da bagunça. Mesmo assim, não há nenhum dispositivo legal proibindo a presença dos “tatus” em estádios ou torcidas organizadas. Em São Paulo, a Federação Paulista de Futebol proibiu as organizadas de levarem bandeiras e faixas para os jogos dos seus campeoantos, mas a portaria neste sentido não faz nenhuma menção aos tatuados.
O conhecimento da
tatuagem chegou ao mundo ocidental, em 1769, quando o navegador/cartógrafo inglês James
Cook visitou a Polinésia e viu os nativos usando o que eles chamavam por “tattow” - tatoo, em inglês -, a
colocação de camadas de cor preta sobre a pele, o “tattowing”, conforme anotou
em seu diário de bordo - e não demorou para encantar a nobreza europeia, que teve
entre um dos primeiros tatuados o Rei Edward VII, da Inglaterra (tataravô do
recém coroado Rei Charles-III ), que tatuou-se com a Cruz de Cristo) e o seu
primo Nicolau-II, Czar da Rússia, que preferiu um dragão. Mais tarde, pra a coisa ficar mais fácil, em 1891, o norte-americano Samuel O´Reilly patenteou a primeira
máquina elétrica para tatuagens.
No caso dos torcedores tatuados brazucas, eles usam de tudo o que o
aproximem do seu clube: escudo, bandeira, camisa, hino, data de conquista de
titulo, taças, etc. Para o sociólogo Luís Alberto Lago Filho, consultado pelo Kike da Bola, o torcedor faz da tatuagem
“prova da sua lealdade ao seu time”. Caso de Fábio Cássio, que disse (e aparece na foto acima da capa da revista carioca L!A+,
Nº 126, de 26 de janeiro a 1º de fevereiro de 2003), que só não tatuou a
caravela vascaína em seu corpo porque a sua mulher o impediu de gastar mais grana,
após a tatuagem de uma cruz vascainêra no braço esquerdo.
A modelo/influenciadora/musa vascaína Bia Feernandes vascotatuou o seu amor pelo Almirante na capa do Nº 159 da revista que você vê, de 2021
Tatuadores que fazem pnto na Estação Rodoviária (o coração de Brasília) gantiram ao Kike que a procura por tatuagens não aumenta quando o time está vencendo mais, ameaçando ser campeão. “O Vasco não vem bem, agora (penúltimo colocado no Brasileiro), mas o número de vascaínos que tatuo não é menor do que o de botafoguenses (time líder do Brasileirão)”, afirma Leonardo Torquato – sentdo assim, viva o time do “TatuVasco”.
quarta-feira, 19 de julho de 2023
LOBO CHUTADO PRA FORA DA ESQUINA DA COLINA. ALI, NÃO MORDEU, O BICHO PEGA!
Ainda bem que havia pouca gente: apenas 1.028 torcedores. Na tarde daquele dia – 16 de fevereiro de 1981 -, o treinador Mário Jorge Lobo Zagallo passou por uma grande decepção, ao ser mandado embora pelo Vasco da Gama. Logo ele, treinador campeão mundial na Copa do Mundo-1970; de Estaduais-RJ por Botafogo, Flamengo e Fluminense, e de cinco torneios – dois no extrior – pelo mesmo Vasco que o desempregava – totalizava, até então, 26 carregadas de canecos.
REPRODUÇÃO DE WWW.VASCONOTICIAS.COM.BR
Zagallo caiu por conta de time sem garras afiadas
Só que o futebol não vive, eternamente, de glórias. Há um jogador inconveniente, chamado “destino”, do qual os treinadores, as veazes, se esquecem de combinar coisas com ele Caso do velho Lobo que, entre o 12 de novembro de 1991 e aquela data fatal citada acima, deixou de sair de campo na frente do placar por seis contendas seguidas: 0 x 0 Fluminense; 1 x 1 Botafogo; 1 x 1 Tupi de Juiz de Fora-MG; 0 x 0 Santos; 0 x 3 Cruzeiro; 1 x 1 Rio Negro-AM e 2 x 2 Bragantino-SP. Para trás, havia três vitórias, mas outso três igualantes insucessos. Ficar em cima do muro era algo que a portugada de São Januário não topava, poisjz, poisjz, o pá! Afinal, pagava caro ao seu treinador que se tornava inimigo das vitórias.
A queda do Zagallo foi após Vasco da Gama 2 x 2 Bragantino-SP, pela primeria fase do Campeonato Brasileiro. Como sofreram os vascaínos – torcedores e cartolas – durante aquela pugna! Aos dois minutos, Soratoos animou, abrindo a conta; aos 24, os visitantes a igualaram; aos 37, Roberto Dinamite voltou a passar o “Basco” na dianteira. Mas, um minuto depois, o Bragantino voltou a empatar, ficando por ali - e pelo restante da partida – o trabalho do “garoto do placar”. Motivo mais do que suficiente para a galera querer arrancar a pela do Lobo. Ninguém culpou Acácio, Dedé (Cássio), Tosin, Jorge Luiz, Eduardo Cachaça, Zé do Armo, Luisinho Quintanilha, Tita, Wilsinho, Roberto Dinamite e Sorato.
Zagallo passou por aquele vexame. Mas, dez temporadas depois, cartolas e torcida cruzmaltina já estavam desalembrados de antigas escorregadas no tomate. E ele voltou a São Januário, para ganhar mais dois torneios – mixuriquinhas, é verdade. Mas o que vale é o que vai para o caderninho. Enquanto esteve vascíno, em suas duas passgens pela Colina, ele anotou 99 jogos à frente da rapaziada, com 49 vitórias, 34 empates e só 16 vezes deixando de vencer (ou de empatar). E viva o Lobo!
terça-feira, 18 de julho de 2023
MARTIM FALOU E LOGO VIROU MANCHETE
segunda-feira, 17 de julho de 2023
ÁLBUM DA COLINA - WILSON MOREIRA
Carioca,
nascido no 6 de março de 1935, Wilson trocou o Botafogo, pelo Vasco da Gama,
para provar que não era escalado na força do sobrenome. Disputou sete partidas
que valeram ao Almirante o
SuperSuperCampeonatoCarioca-1958, marcando cinco gols. Próximo passo? Real
Bétis, da espanhola Sevilha. Em 1960, voltou ao Brasil e jogou pelo Fluminense.
A seguir, o Vasco voltou a requisitá-lo, pelo final daquela temporada.
domingo, 16 de julho de 2023
O FEITICEIRO DA ESQUINA DA COLINA
Vários atletas declararam amor ao Vasco da Gama após deixarem São Januário. O caso mais famoso é o do coringa Alfredo dos Santos, o Alfredo II. Este, ao ser dispensado da Colina e começar a trabalhar para o Flamengo, não conseguiu assinar contrato com o Urubu (apelido do time flameguista). Chorou de saudades do Almirante, levando os rubro-negros a telefonarem aos vascaínos, contando do caso que valeu a “repatriação” do saudoso.
Alfredo não coseguiu usar a caneta pra deixar o Almirante
Um outro que se recusou a vestir a camisa flamenguista foi o goleiro Carlos Germano. Vascaíno, de 1986 a 2000, ao sair do Almria e passado pelo Santos, ao ser sondado para defender o clube da Gávea, em 2001, foi direto e sincero: “Pelo maior rival do Vasco eu não jogo”.
Pinga pingava lágrimas de saudades da Colina
Enfim, são vários os que “jogam neste time”, tendo dois deles revelado isso por manchetes de revistas: Pinga e Roberto Pinto. O primeiro, pelo Nº 185 da Revista do Esporte de 22.09.1962, declarou que o seu desejo era encerrar a carreira vestindo a jaqueta cruzmaltina, que vestira entre 1953 a 1961, por 461 partidas, marcando 252 gols que o tornam o quarto maior artilheiro da Turma da Colina, superado só por Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes. Em 1962, veteraníssimo, ele recebeu passe livre do Vasco e foi defender o paulistanol Juventus – leia mais sobre Pinga no Kike de 12.07.2023.
Roberto Pinto saiu das casca do ovo de São Januário
Foi o mesmo caso do meia Roberto Pinto, autor do gol que deu ao Vasco o título de SuperSuperCampeãoCarioca-1958, trocado, com o Bangu, em 1962, pelo ponta-esquerda Tiriça, porque pedira aumento salarial para renovar contrato. Ele justificou a saudade vascaína à mesma revista citada acima – Nº 191, de -03.11.1962 -, dizendo que o motivo principal era "porque me projetei no Vasco” e deixado muitos amigos no clube que o tivera desde juvenil, em 1954 - leia mais sobre o atleta no Kike de 31.07.2011, em Histori&lendas da Colina - Roberto Pinto.
Célio herdou vascainidade de avô remador campeão pelo clube
Como se vê, o Vasco da Gama
parece ter um feiticeiro de plantão em São Januário pra seduzir quem veste a
sua jaqueta. Entre os muitos que o tal passou o ramo estão os artilheiros Saulzinho, Célio Taveira, Edmundo e Roberto
Dinamite, só pra citar poucos.
FOTOS REPRODUZIDAS DE ACERVO VASCO E REVISTA DO ESPORTE
sábado, 15 de julho de 2023
VASCO DAS PÁGINAS - SAULZINHO
sexta-feira, 14 de julho de 2023
HISTÓRIA DA HISTÓRIA - CAPITA AUGUSTO
Em 1º de abril de 1953, um capitão de time vascaíno atuava, pela primeira vez, como atleta e técnico da Turma da Colina. Aconteceu durante Vasco da Gama 2 x 1 Millonarios, da Colômbia, pelo Toreneio Internacional de Santiago do Chile. O cara foi o lateral-direito Augusto, tendo em vista que o treinador vascaíno Flávio Costa estava requisitado pela Confederação Brasileira de Futebol.
Augusto da Costa fora
cria do São Cristóvão-RJ (1936 a 1944) e Fera
da Colina por nove temporadas (1945 a 1954), tendo ajudado o Almirante a conquistar os títulos cariocas-1945
(13 jogos); 1947 (18); 1949 (17); 1950 (20) e 1952 (20), além do Sul-Americano
de Times Campeões-1948 e o internacional Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer-1953
(espécie de Mundial de clubes da época). Foi capitão, também, da Seleção Brasileira
vice-campeã da Copa do undo-1950, e estava nos times canarinhos campeões da Copas
Rio Branco-1947 (contra os uruguaios) e doi Sul-Americano-1949 (atual Copa
América).
Imagem reproduzida do Boletim do Vasco
Augusto em foto que não é do jogo citado pelo texto
Na sua vez de
capitão-atleta/técnico, ele madou este time ao gramado: Barbosa, Augusto e Haroldo;
Ely do Amparo (Mirim), Danilo Alvim e Jorge Sacramento; Sabará, Maneca, Friaça,
Vavá e Chico Aramburu. No match
apitado pelo inglês William Crawford, no Estádio Nacional de Santiago do Chile,
os gols vascaínos foram marcados por Zuluaga (contra), aos 32 minutos do
primeiro tempo, e Friaça, aos 17 da segunda etapa. No jogo seguinte – 05.04.1953
– Vasco da Gama 2 x 0 Colo-Colo-CHI, o treinador Flávio Costa reassumiu o seu
carago.
Carioca, nascido
em 22 de outubro de 1920, Augusto da
Costa viveu até o 1º de março de 2004, por 83 temporadas. Tentou ser treinador
no português Belenenses, pelo final da décadas-1950, e no amadorzão futebol brasiliense dos inícios da Era-1960, mas não
emplacou.
quinta-feira, 13 de julho de 2023
quarta-feira, 12 de julho de 2023
VASCO DAS PÁGINAS - O ESTONTEANTE PINGA EM UM GOLE DE VASCAINIDADE
José Lázaro Robles,
o verdadeiro nome de Pinga, ajudou o Vasco da Gama a conquistar vários títulos,
entre eles: Octogonal Rivadávia Correia Meyer-1953, espécie de um Mundial de
clubes; Torneio de Santiago do Chile-1957; Torneio Início-RJ-1958; Estaduais-RJ-1956/1958;
Torneio Rio-São Paulo-1958; Torneio de Paris-FRA e Troféu Teresa Herrera-ESP, ambos
em 1957. Como vascaíno, disputou a Copa do Mundo-1954, enfrentando México,
Iugoslávia e Paaraguai, e marcando dois gols no primeiro desses jogos. Totalizou
19 partidas canarinhas e 10 gols,
sendo como vascaíno um dos seus três títulos pela Seleção Brasileira, a Taça
Oswaldo Cruz-1955, contra os paraguaios – foi campeão, também, do Oswaldo-1950, e do
Pan-Americano-1952, como atleta da Portuguesa de Desportos.
Em 461 partidas cruzmaltinas, Pinga marcou 252 tentos, sendo o quarto maior artilheiro das Turma da Colina, arás de Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes. Nascido em 11 de fevereiro de 1924, no bairo da Mooca, em São Paulo, viveu até 8 de maio de 1996. Esteve treinador do time vascaíno em 1969.
FOTOS ACIMA REPRODUZIDAS DA REVISTA DO ESPORTE E ABAIXO DE MANCHETE ESPORTIVA
Na Seleção e no Vasco da Gama, sempre craque
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