Ainda bem que havia pouca gente: apenas 1.028 torcedores. Na tarde daquele dia – 16 de fevereiro de 1981 -, o treinador Mário Jorge Lobo Zagallo passou por uma grande decepção, ao ser mandado embora pelo Vasco da Gama. Logo ele, treinador campeão mundial na Copa do Mundo-1970; de Estaduais-RJ por Botafogo, Flamengo e Fluminense, e de cinco torneios – dois no extrior – pelo mesmo Vasco que o desempregava – totalizava, até então, 26 carregadas de canecos.
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Zagallo caiu por conta de time sem garras afiadas
Só que o futebol não vive, eternamente, de glórias. Há um jogador inconveniente, chamado “destino”, do qual os treinadores, as veazes, se esquecem de combinar coisas com ele Caso do velho Lobo que, entre o 12 de novembro de 1991 e aquela data fatal citada acima, deixou de sair de campo na frente do placar por seis contendas seguidas: 0 x 0 Fluminense; 1 x 1 Botafogo; 1 x 1 Tupi de Juiz de Fora-MG; 0 x 0 Santos; 0 x 3 Cruzeiro; 1 x 1 Rio Negro-AM e 2 x 2 Bragantino-SP. Para trás, havia três vitórias, mas outso três igualantes insucessos. Ficar em cima do muro era algo que a portugada de São Januário não topava, poisjz, poisjz, o pá! Afinal, pagava caro ao seu treinador que se tornava inimigo das vitórias.
A queda do Zagallo foi após Vasco da Gama 2 x 2 Bragantino-SP, pela primeria fase do Campeonato Brasileiro. Como sofreram os vascaínos – torcedores e cartolas – durante aquela pugna! Aos dois minutos, Soratoos animou, abrindo a conta; aos 24, os visitantes a igualaram; aos 37, Roberto Dinamite voltou a passar o “Basco” na dianteira. Mas, um minuto depois, o Bragantino voltou a empatar, ficando por ali - e pelo restante da partida – o trabalho do “garoto do placar”. Motivo mais do que suficiente para a galera querer arrancar a pela do Lobo. Ninguém culpou Acácio, Dedé (Cássio), Tosin, Jorge Luiz, Eduardo Cachaça, Zé do Armo, Luisinho Quintanilha, Tita, Wilsinho, Roberto Dinamite e Sorato.
Zagallo passou por aquele vexame. Mas, dez temporadas depois, cartolas e torcida cruzmaltina já estavam desalembrados de antigas escorregadas no tomate. E ele voltou a São Januário, para ganhar mais dois torneios – mixuriquinhas, é verdade. Mas o que vale é o que vai para o caderninho. Enquanto esteve vascíno, em suas duas passgens pela Colina, ele anotou 99 jogos à frente da rapaziada, com 49 vitórias, 34 empates e só 16 vezes deixando de vencer (ou de empatar). E viva o Lobo!
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