Vasco

Vasco

sábado, 29 de julho de 2023

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - CAMPEÃO-1974

                                   Placar Nº 229, de 9 de agosto der 1974 

1º de agosto de 1974 – Naquela data, em jogo noturno, no Maracanã, o Vasco da Gama tornava-se o primeiro time carioca a conquistar o Campeonato Brasileiro, vencendo o Cruzeiro-MG, por 2 x 1. Para a revista paulistana Placar, da Editoras Abril, o título começou a ser definido durante do jogo no Mineirão, em Belo Horizonte, quando o treinador cruzeirense, Ílton Chaves, e o cartola Carmine Furletti invadirdam o gramado para agredirem juiz e um bandeirinha, aos quais acusavam de não marcarem um suposto pênalti sobre Palhinha. O jogo ficou pelo 1 x 1, com a Turma da Colina empatando-o, no último minuto do comprmisso extra, após vitória sobre o Internacional-RS, para saber se decidiria o título com o mesmo Cruzeiro.

 A atitude de cartola e treinador cruzeirenses levou o Almirante a invocar o regulamento do Brasileirão, no tocante a invasão de campo, e levou o jogo decisivo para o Maracanã. Embora fosse considerado favorito, o quadro mineiro, muito nervoso, jamais mostrou-se o tal. De sua parte, os vascaínos tinham Zanatta cobrindo os seus zagueiros e imprimindo velocidade na soltura da bola, enquanto, pelas pontas, Jorginho Carvoeiro se superava e Luís Carlos Tatu Lemos ainda cavava ajuda a outros setores da equipe. Pra completar, Roberto Dinamite pesadelava a zaga alviceleste, que o prava com seguidas faltas.   

 Daquele jeito, o Almirante foi, com fúria, caçar a Raposa (apelido do Cruzeiro), bem distribuído no gramado e plantando a sua zaga com tão boa cobertura, por Alcir, Zanatta, Caravoeiro e Tatu, que os laterais, as vezes, até atacavam. No Cruzeiro, a defesa só tinha o lateral-direito Nelinho a contento. Seu meio-de-campo, preocupado em atacar, não cobria a defensiva e facilitava a vida vascaína, com seus zagueiros muito bem postados na marcação. Assim, o ataque da Raposa não criava chutes ao gol e a defesa se apurava por falta de cobertura. Resultado do primeiro tempo: Vasco da Gama 1 x 0.

Veio a etapa complementar, e o Cruzeiro empatou, da única forma que poderia: por chute de alguém que viesse de trás (Nelinho).Mas, como manteve-se como antes, o Vasco desempatou (por Jorginho Carvoeiro), tendo os dois times, ainda, um gol anulado, pelo árbitro Armando Marques, sem que  ninguém entendesse as duas anulatórias.   

Foi assim que Placar contou  Vasco 2 x 1 Cruzeiro que deu o caneco aos vascaínos, lembrando que o Almira empatara e vencera o “o melhor time gaúcho (Inter) e mineiro (Cruzeiro); vencera o melhor time paulista (Santos) e empatara com o melhor time baiano (Vitória)... E foi superior ao adversário na decisão”. De quebra, disse que o Vasco da Gama não tinha um tiinho, lembrando que o goleiro Andrada defendera a seleção argentina; o meia Peres passara pela seleção portuguesa, e Fidélis, Miguel, Zanatta e Luis Carlos Lemos já haviam sido convocados pela Seleção Brasileira, alé de Roberto Dinamit ter sido artilheiro daquele Brasileirão. 

Esta - Alfinete (E) e Roberto Dinamite - foi uma das 14 fotos de Placar para a edição, além de capa e poster central com o Dinamite.

Vasco da Gama 2 x 1 Cruzeiro, durante noite de uma quarta-feira, levou 112.993 pagantes ao estádio, gerando arrecadação de Cr$ 1 milhão, 413 mil, 281 cruzeiros e 50 centavos, pela moeda da época. A arbitragem teve Armando Marques-RJ, com os bandeirinhas José Favilli Neto e Oscar Scolfaro, ambos-SP. Ademir Silva, aos 14 minutos do primeirio tempo; Nelinho, aos 19, e Jorginho Carvoeiro, aos 33 do segundo, marcaram os gols. O Almira alinhou: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanatta e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos Lemos, treinados por Mário Travaglini. O Cruzeiro foi: Vitor; Nelinho, Perfumo, Darci Menezes e Vanderley; Wilson Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha (Joãozinho) e Eduardo Amorim (Baiano). Técnico: Ílton Chaves.




















Nenhum comentário:

Postar um comentário