Vasco

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quinta-feira, 20 de julho de 2023

TATU NA PELE DA GALERA DA ESQUINA

   Ultimamente, tornou-se comum torcedores tatuados. Muitos com boa parte da pele exaltando o seu time e engrossando torcidas organizadas e uniformizadas. Por conta da violência que começou a fazer parte dos muitos grandiosos clássicos do futebol brasileiros, com brigas dentro e fora dos estádios, os torcedores tatuados começaram a ser vistos com parte indissociavável da bagunça. Mesmo assim, não há nenhum dispositivo legal proibindo a presença dos “tatus” em estádios ou torcidas organizadas. Em São Paulo, a Federação Paulista de Futebol proibiu as organizadas de levarem bandeiras e faixas para os jogos dos seus campeoantos, mas a portaria neste sentido não faz nenhuma menção aos tatuados.

O conhecimento da tatuagem chegou ao mundo ocidental, em 1769, quando o navegador/cartógrafo inglês James Cook visitou a Polinésia e viu os nativos usando o que eles chamavam por “tattow” - tatoo, em inglês -, a colocação de camadas de cor preta sobre a pele, o “tattowing”, conforme anotou em seu diário de bordo -  e não demorou para encantar a nobreza europeia, que teve entre um dos primeiros tatuados o Rei Edward VII, da Inglaterra (tataravô do recém coroado Rei Charles-III ), que tatuou-se com a Cruz de Cristo) e o seu primo Nicolau-II, Czar da Rússia, que preferiu um dragão. Mais tarde, pra a coisa ficar mais fácil, em 1891, o norte-americano Samuel O´Reilly patenteou a primeira máquina elétrica para tatuagens.

 No caso dos torcedores tatuados brazucas, eles usam de tudo o que o aproximem do seu clube: escudo, bandeira, camisa, hino, data de conquista de titulo, taças, etc. Para o sociólogo Luís Alberto Lago Filho, consultado pelo Kike da Bola, o torcedor faz da tatuagem “prova da sua lealdade ao seu time”. Caso de Fábio Cássio, que disse (e aparece na foto acima da capa da revista carioca L!A+, Nº 126, de 26 de janeiro a 1º de fevereiro de 2003), que só não tatuou a caravela vascaína em seu corpo porque a sua mulher o impediu de gastar mais grana, após a tatuagem de uma cruz vascainêra no braço esquerdo.  

A modelo/influenciadora/musa vascaína Bia Feernandes vascotatuou o seu amor pelo Almirante na capa do Nº 159 da revista que você vê, de 2021  

 Tatuadores que fazem pnto na Estação Rodoviária (o coração de Brasília) gantiram ao Kike que a procura por tatuagens não aumenta quando o time está vencendo mais, ameaçando ser campeão. “O Vasco não vem bem, agora (penúltimo colocado no Brasileiro), mas o número de vascaínos que tatuo não é menor do que o de botafoguenses (time líder do Brasileirão)”, afirma Leonardo Torquato – sentdo assim, viva o time do “TatuVasco”.  

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