Vasco

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sábado, 30 de setembro de 2023

HISTORI&LENDAS DA COLINA - GREMAIÊRA

 Gremista pode ser do Paraná ou do Rio Grande do Sul. Para o Almirante, não importa. Com ele, todos os xarás são batidáveis, até pela mesma fé no placar, como nestes casos:

10 de maio de 1979 - Vasco da Gama 2 x 1 Grêmio de Maringá-PR -  jogado na quinta-feira em que um raio caiu por duas vezes no mesmo local, contrariando um dizer antigo. Coincidentmente,  queda (do raio e do adversário) no  mesmo estádio (Estádio Willie Davids) e dia da semana. Em 1979,  com gols por Roberto Dinamite; em 1962, execuções por Sabará e Saulzinho. DETALHE: Vasco e Grêmio Maringá só disputaram uma partida oficial, em 23 de julho de 1978, em São Januário, encerrada no 1 x 1, pelo Campeonato Brasileiro. 

7 de maio de 2006 - Vasco da Gama 2 x 1 Grêmio-RS - em Porto Alegre, pela fase única do Brasileirão. Vitória com  virada no placar do Estádio Olímpico, por conta de Éder e de Alberone, jogo em que a moçada levou um dos golks mais rápidos de sua história, marcado, aos 2 minutos, por Patrício que, em 2001, havia defendido a Turma da Colina. Os vascaínos vira-vira daquela peleja pampearam com: Cássio; Carlão, Éder , Paulão e  Claudemir;  Ives (Ygor), Alberoni (Hugo), Ramon (Robson Luís) e Roberto Lopes; Ernâni e Faioli. 

 

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

HISTÓRIAS DO KIKE - BOLO TRICOLOR

    Para os historiadores, o homem começou a apostar há uns 10 mil anos, por meio do lançamento de pedras, paus, flechas, lanças, o que pintasse. Há 3 mil anos Antes de Cristo, o Egito criou o dado e jogos de tabuleiro. Durante os séculos XII e XII, os chineses lançaram as cartas de baralho e, mais modernamente, ingleses e franceses se disseram inventores das apostas nos esportes. Os primeiros garantem terem começado tudo, apostando nas patas dos cavalos, mas os rivais juram terem feito primeiro, desde 15 de maio de 1651. E no Brasil?

Torcida do Bahia já apostava desde a época das fotos em PB

Por aqui, apostas rolam desde o século 16, trazidas por europeus que jogavam a sorte em cartas e dados, entre outros. Loteria foi trazida pelo Imperador Dom João VI, em 1784, instalada em Vila Rica (depois, Ouro Preto), capital de Minas Gerais, com promoção a cargo da Igreja Católica. Dom Pedro II regulamentou-a, pelo decreto Nº 357, de 27 de abril de 1844, mas, antes, em 1822, os brasileiros já apostavam em corridas de cavalo, que ficaram muito popular no Rio de Janeiro e geravam receitas para o Governo. Mesmo assim, foram proibidas, bem como outros chamados jogos de azar, em 1831, durando isso até 1854, quando surgiu o Jockey Club do Rio de Janeiro, para apostas das classes média e alta. Em 1892, foi a vez de (barão) João Batista Viana Drummond criar o Jogo do Bicho, para ajuda-lo a manter um zoológico.

Um retrocesso nas apostas veio durante o governo do presidente Venceslau Braz (1914/1918), com proibição delas e de criação de casas especializadas no caso. Mas a jogatina rolavamm, clandestinamente. Em 1917, surgiu a Loteria Federal, que emplacou legal. A partir da década-1930, o presidente Getúlio Vargas legalizou os jogos e os cassinos impulsionaram a economia que gerou milhares de empregos. Em 1941, a Lei de Convenção Criminal derrubou a tal lei, mas o Governo “relegalizou-a” e o rolo rolou até o decreto-lei 9.215, de 30 de abril de 1946, do presidente Eurico Dutra, achar tudo “degradante para o ser humano”.

           REPRODUÇÃO DO ACERVO DO PALÁCIO DO PLANALTO

Presidente Costa e Sivla canetou a "hora do povo ficar rico"  

Por ali, não havia bola pelo meio. A primeira tentativa de uma loteria esportiva no Brasil foi em 9 de maio de 1966, vésperas do Mundial da Inglaterra, quando lançou-se a Lotecopa (Loteria da Copa do Mundo), criada pela Caixa Econômica Federal, em colaboração com a Confederação Brasileira de Desportos-CBD, atual CBF. Mas, pra valer, a Loteria Esportiva brasileira só começou mesmo a partir de 27 de maio de 1969, por canetada do presidente-general Costa e Silva, pelo decreto-lei Nº 594, regulamentado, em 25 de março de 1970, pelo ministro da Fazenda, Delfim Neto, com o primeiro teste, em 19 de abril de 1970, no Rio de Janeiro, com tiragem de 100 mil bilhetes e prêmio de 253.958 cruzeiros novos – equivalentes, hoje, a R$ 394 mil, 388 reais e 43 centavos.

“Chegou a hora do povo ficar rico” teria dito o presidente Costa e Silva, com um deslize gramatical e mostrando-se “pé frio”, pois ninguém cravou os 13 pontos exigidos pelos volantes iniciais – oito apostadores acertaram 12 palpites e cada um levou NCr$ 10 mil cruzeiros novos (moeda da época). Depois, houve testes experimentais (3 de maio) no Rio de Janeiro, e (17 de maio), em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, mas, oficialmente, tudo começa em 7 de junho de 1970, quando alguém acertou os 13 pontos, pela primeira vez.

                     Teste nº 5 - 28 de junho de 1970

JColuna 1xColuna 2
1Portuguesa SP0x0Palmeiras SP
2Coríntians SP1x1Ponte Preta SP
3Botafogo SP0x1Santos SP3
4São Paulo SP1x0São Bento SP
5Guarani SP3x0Ferroviária SP
6Grêmio Oeste PR2x2Coritiba PR
7Ferroviário PR2x0Seleto PR
8Sport Recife PE0x0Náutico PE
9Central PE1x1Santo Amaro PE
10Bahia BA0x0Ipiranga BA
11Fluminense BA0x0Monte Líbano BA
12Avaí SC0x1Almirante Barroso SC
13NOVA IGUAÇU RJ0x0NOVA FRIBURGO RJ

Bem antes de o Brasil ter a Loteria Esportiva, os baianos já faziam a sua “fezinha”, pelo Bolo Tricolor, lançado pelo Esporte Clube Bahia, durante a década-1950 e que era a mola mestra de sua engrenagem. Com o dinheiro apostado pela sua torcida, o Tricolor de Aço ganhou sede própria; aparelhos para uso medicinal; campos de treinamentos, piscina para desenvolvimento da natação, enfim construiu um patrimônio. Do arrecadado das apostas, 60% iam para os esportes amadores e 40% para o departamento patrimonial, que nada repassava ao futebol profissional, que se virava com a receita das bilheterias de campeonatos e de amistosos.

O Bolo Tricolor era formado por sete jogos, pagando-se pelo número de apostas e só valendo palpite cheio, com placar acertado. Era comandado pelo malandro Gabriel Saraiva que, quando o prêmio acumulava, ele aumentava as dificuldades dos prognósticos, colocando até jogos do campeonato soviético,  que só eram do conhecimento de quem ouvia as jornadas esportivas de rádios cariocas e paulistas. Fechavam-se as apostas nas sextas-feiras. Pelas noites dos domingo, tinha-se todas as informações, borderô completo. O trabalho entrava pela madrugada e, lá pelas seis da manhã, era impresso, para chegar às ruas às oito horas da segunda-feira.

                              FOTO REPRODUZIDA DE REVISTAS DO BAHIA

Fase do Bolo Tricolor rendia uma boa grana na boca do cofre e vitórias em campo

 O Bahia da época detinha 70% da torcida do seu Estado e reunia quatro mil sócios pagando, direitinho, os seus carnês. Embora já mexesse com apostas 20 temporadas antes da Loteria Esportiva, foi ignorado por esta quando incluiu os primeiros times baianos em seus volantes –  Teste Nº 2, Ipiranga 1 x 1 Jequié. Só foi lembrado a partir do Teste Nº 5 – Bahia 0 x 0 Ipiranga - (volante acima), recorde de prêmio para um só ganhador, com 12 pontos, levando Cr$ 209 mil, 494 cruzeiros e 84 centavo.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

O VENENO DO ESCORPIÃO - PRIMEIRO REBU NA (NOVA) REPÚBLICA BRAZUCA

    Deodoro  e Benjamin Constante quiseram se matar em plenário

 Este 28 de setembro de 2023, data da posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Supremo Tribunal Federal-STF, coincide com o primeiro rolo de autoritarismo desta República. Nestes tempos pós-modernos, o Barroso determinou a quebra do sigilo bancário do presidente (da República) Michel Temer), em 2018, sobre inquérito investigador da Medida Provisória 595, a chamada MP dos Portos - supostamente, o Temer teria favorecido empresa que atuava no Porto de Santos, e encarou ameaça de devassa bancária no período 1º de janeiro de 2013 e 30 de junho de 2017.

 Com tal atitude, o Barroso foi o primeiro ministro do STF a autorizar quebra de sigilo bancário de um chefe de nação. Esta ninguém lhe tira. De acordo com um jurista, em carta enviada à revista Consultor Jurídico - https://www.conjur.com.br datada de março de 2018, o ato violava o artigo constitucional 86, paragrafo 4º, que diz: "O presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções."

Minisitro Luís Roberto Baroso reproduzidodo site oficial do STF

A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República, em dezembro de 2018, durante o último mês do mandato do então presidente Temer. Em fevereiro de 2019, o ministro Luís Roberto Barroso mandou-a para a primeira instância, quando, do lado de fora da presidência, o ex-presidente não teria mais foro privilegiado. Em 2021, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, o absolveu, por entender que a denúncia não trazia provas do pagamento de propina lhe atribuído – primeiro rebu jurídico da República sobre sigilo bancário de um presidente deste país.

 Foi, também, pr este período setembrino - 27.09.1890 - que rolou  o “primeiro-primeirão” rebu republicano. Aconteceu quando os amigo marechal Deodoro da Fonseca (queria ser generalíssimo, cargo inexistente no Exército brazucae o tenente-coronel Benjamin Constant (ideólogo da República) saíram na porrada verbal, durante reunião ministerial. Simplesmente, porque o Constant, como ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, negou-se a anular nomeação e atender pedido de governador estadual que pretendia o cargo para  um chegado. O Deodoro mandou o Benjamin se ligar na tomada da sua ordem, de “desnomear” o nomeado, mas recebeu  negativa peremptória do seu ministro, que sugeriu-lhe afastá-lo do ministério, mas não humilhá-lo. De quebra, o acusou de ser um ditador, de agir  de forma não condizente com o pensamento republicano.

Realmente! Por aqueles inícios de República brazuca não havia programa de governo. Todos os postos importantes ficavam com civis da  burguesia cafeeira paulista e militares que viviam tentando puxar o tapete de quem tivesse cargo melhor. De sua parte, o presidente Dodoro empregava toda a família e, com a ajuda de Prudente de Morais, Campos Sales e do “general "Ruy Barbosa (cargo lhe outorgado pelo presidente)  foi sumindo com quem pensasse diferente dele, como, um dia, pensou Benjamin Costant – depois, Prudente e Sales viraram oposição, quando o Fonseca fechou o Congresso Nacional.

Na verdade, os ânimos entre o marechal que queria ter seis estrelas (generalíssimo) e o tenente-coronel já andavam acirrados, porque o presidente Deodoro não gostara da ideia do Constante, de modificar as bases do ensino nas escolas militares, tendo por base pensamento francês. E o tirou do cargo de ministro da Guerra – passado a Floriano Peixoto – e o escanteou no Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, que acumulava juto como o citado acima.        

Presidente Deodoro da Fonseca reproduzido de site da EBC

 Rola a reunião ministerial. Cresce o bate-boca entre o marechal e o tenente-coronel; este se demite; o outro o chama por “canalha”, diz que eles nunca foram amigos – eram bem próximos – e o desafia para um duelo, em horário de trabalho, de importante reunião plenária. Esquenta a chapa; o Deodoro puxa da sua espada e, antes de partir para o primeiro assassinato da República, tem  o seu braço seguro pelo ministro da Fazenda, Manoel Ferraz de Campos Sales (futuro presidente). Da mesma forma, o Benjamin saca do seu aço e é contido pelo marechal Floriano Peixoto (que ocupara o seu importantíssimo lugar no ministério). No meio do “me segura, senão eu mato”, a turma do “deixa disso” conseguiu-se evitar baixas no recinto, e os rebus da proclamação da República ficaram restritos a três negros analfabetos assassinados por soldados-robô (mais analfabeto, ainda, no Rio Grande do Norte), por darem vivas à monarquia no dia, na hora e no lugar errado – há 133 viradas de calendário do rebu do Deodoro e há seis do rebu do Barroso.   


quarta-feira, 27 de setembro de 2023

VASCO DAS PÁGINAS - PINAH


Mineira, de Muriaé, a garota Maria da Penha Ferreira foi morar, com a ramília, no Rio de Janeiro, sem jamais imaginar que, um dia, seria notícia nacional e internacional. Com 1m80cm de altura, descoberta pelaa artista plástica Iracy Carisi, em 1972, passado um tempinho, em 1975, ela raspou a cabeça e adotou o nome artistico de Pinah, para represntar Xangô em um concurso de fantasia. Aconteceu e virou modelo de fama internaiconal, principalmente, depois que botou o príncipe Charles - hoje, Rei Charles III, da Inglaterra - pra sambar, durante o Carnaval de 1977. A homenagem da foto foi feita pela revista paulistana Placar.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

VASCO DAS SACANAGENS DOS LEITORES

Charge enviada pelo kikenauta vascaíno Rainundinho Maranhão. Pelo entendido, o flamenguista seria o último da escala evolutiva do homem. Que maldade! Convenhamos que, se não fossem os flamenguistas, o Vasco da Gama não seria grande, pois a rivalidade ajudou o Almirante a crescer. O Kike não cita o nome do chargista, pois não entendeu o que está escrito. Mas pediu ao enviante para informar, o que não impede VOCÊ leitor de fazere o mesmo, também, caso saiba. Antecipadamente, o Kike agradece.     
 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

VASCO DA GAMA 1 X 0 AMÉRICA MINEIRO

 O resultado da partida tirou o Almirante da zona de rebaixamento|, durante jogo na noite de hoje, fora de casa. O prélio estava atrasado e valeu pela 15ª rodada. Agora, após 16 rodadas na pior, o time vascaino tem 26 pontos e está no 15º degrau do Brasileirão, deixando para trás Santos, Bahia e Goiás. No lance do gol, aos 45 minutos do segudo tempo, Paulinho cruzou a bola para a pequena área americana, onde estava Jair para desviá-la, de calcanhar, para o fundo da rede. Confira a ficha ténica, abaixo:

                  REPRODUÇÃO DE WWW.VSCO.COM.BR  

   A alegria comemorativa de Jair foi clicada por Leandro Amorim 

25.09.2023 (segunda-feira) Vasco da Gama 1 x 0 América-MG. 15º rodada do Campeonato Brasileiro (jogo remarcado). Estádio: Independência, em Belo Horiznte. Juiz: Ramon Abatti Abel-SC. Públco: 8.498 pagantes. Renda: R$ 302.038,00. Gol: Jair, aos 45 min do 2º tempo. VASCO: Léo Jardim; Puma Rodríguez (Marlon Gomes), Medel, Léo e Lucas Piton; Zé Gabriel (Jair), Praxedes (Sebastián Ferreira), Paulinho e Payet (Gabriel Pec); Rossi (Serginho) e Vegetti. Técnico: Ramón Díaz. AMÉRICA- MG:  Matheus Cavichioli; Burgos, Iago Maidana, Ricardo Silva e Nicolas (Marlon); Breno (Cazares), Juninho e Emmanuel Martínez; Felipe Azevedo (Éder), Rodrigo Varanda (Javier Méndez) e Mastriani (Pedrinho). Técnico: Fabián Bustos.

domingo, 24 de setembro de 2023

sábado, 23 de setembro de 2023

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

HISTÓRIAS DO KIKE - PISA NA FULÔ


                       
  A década-1950 chegou ao Brasil para ser dourada, devido os embalos que a nossa gente pegaria e os programas de sucesso do governo do presidente Juscelino Kubitscheck. Deveria ser, mas, de início, não incluía o Neguinho do Pirulito, que se virava pelas ruas maranhenses de Pedreiras, catando uma graninha pra sobreviver, vida incapaz de fazê-lo importante, como o Vasco da Gama, campeão do futebol carioca-1950/1952/1956/1958 e dono da  maior torcida da sua terra.

Reprodução do Centro de Memória do Sindicato dos Artistas

 Para atingir sucesso como o cruzmaltino, o garoto desta foto achava ser precisava pintar pelo Rio de Janeiro. Deixou Pedreiras, foi vender frutas, em São Luís do Maranhão, até os 14 de idade e, depois, atravessou Piaui, Ceará, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, até desembarcar na capital do país, onde esperava, pelos seus dotes musicais, repetir as glórias dos nordestinos Luíz Gonzaga, Jackson do Padeiro e Marinês. No entanto, viu o sonho muito distante, quando só arrumou emprego como ajudante de pedreiro, o qaue não o transformaraia em artista do rádio. Mas não desanimou. Trabalhava cantando os versos que fazia, até que, um dia, os ventos do destino os empurraram até os ouvidos de Luís Gonzaga, Luís Vieira, Marlene, Dolores Duran e Ivon Curi. Pronto! O peão-de-obra que o carioca apelidou por Sabará, por acha-lo parecido com o ponta-direita homônimo, do Vasco da Gama, virou João do Vale e fez todo o Brasil cantar Pisa na fulô, entre muitos outros sucessos que emplacaria.    

Corria 1956, ainda não havia Pelé, e Garrincha começava a acontecer. Sabará era um dos atacantes mais famosos do país, quando a Seleção Brasileira fez a sua primeira excursão à Europa e o treinador Flávio Costa, evidentemente, o convocou para ser o seu ponta-direita. Tempinho depois, Marinês e Ivon Curi gravaram Pisa na Fulô. Em 1957, era Sabará partir com bola dominada para cima o adversário, e a torcida vascaína começava a cantar "Pisa na Fulô/Pisa na Fulô/Pisa na fulô /E não matrate o meu amor”... Como sofriam os marcadores Jordan (Flamengo), Altair (Fluminense), Hélio (América) e Nílton Santos (Botafogo)!  Isso mesmo! Até o grande Nílton Santos, considerado o melhor lateral-esquerdo da história do futebol, caiu no remeleixo.

                                A fera Sabará enchia o saco dos marcadores   

 - Disseram que eu levei um baile do Stanley Matteus – 09.05.1956 - em  Brasil 2 x 4 Inglaterra, amistosamente, no estádio de Wembley, em Londres. Ponta-direita que me incomodava era só um: o Sabará, afirmou o “Enciclopédia”, a este colunista, durante entrevista para o Jornal de Brasília.

 Embora tivesse ficado na história do futebol como lateral-esquerdo, Nílton Santos foi, algumas vezes, escalado como zagueiro de área, pelos treinadores Gentil Cardoso e João Saldanha. Assim aconteceu quando ele e Sabará travaram duelos de temporadas em que vascaínos e botafoguenses foram campeões cariocas  – respectivamente:  30.11.1952, Vasco 1 x 0 Botafogo; 29.06.1956 – Vasco 0 x 0 Botafogo; 22.09.1957 – Vasco 2 x 2 Botafogo e 10.11.1957 – Vasco 3 x 0 Botafogo.

 Sobre este último jogo, Nílton Santos contou-me: “O Vasco mandava um baile pra cima da gente. Lá pelas tantas, perto do final da partida, eu e o Sabará nos demos de testa. Ele parou a bola, a torcida vascaína começou a cantar o Pisa na Fulô e eu fui pa cima dele, com um dedo apontado para a sua cara, avisando: Pra cima de mim, não, seu filho da puta”. Sorrimos um para o outro, ele chutou a bola para a lateral e nos abraçamos. O Maracanã todo aplaudiu. Lance igual, só vivi muito tempo depois, quando levávamos uma goleada – 02.04.1963 – Santos 5 x 0 Botafogo , pela antiga Taça Brasil – e o Pelé tentou me aplicar uma chapéu”.

Nílton Santos tinha de abrir o compasso para segurar o endiabrado Sabará

A temporada-1964 foi a última de Sabará e de Nílton Santos, respectivamente, como cruzmaltino e botafoguense. Onophre Anacleto de Souza, o Sabará, foi o terceiro futebolista a mais vezes vestir a camisa do Vasco da Gama, 576, marcando 165 gols, entre 1952 e 1964. Nílton dos Reis Santos defendeu a “Estrela Solitária”, de 1947 a 12  de dezembro de 1964, quando  88 mil torcedores pagaram pra conferir Botafogo 1 x 0 Flamengo, pelo Campeonato Carioca, no Maracanã. Atuou 723 pelo clube e marcou 11 gols. Naquele 1964, eles não se enfrentaram quando Vasco x Botafogo se cruzaram. Por ali, João do Vale fazia sucesso com “Carcrá”, na voz da baiana Maria Bethânia, mas gravado, primeiramene, poelo Trio Mossoró.

O fotógrafo Gervásio Batista, da carioca revista Manchete, contava que Sabará e Nílton Santos participaram de uma pelada de fim de ano, na Ilha do Governador e, ao sere, escalado no mesmo time, o ex-cruzmaltino sugerira:

- Mude de time, véi, pois quero lhe aplicar o ‘Drible Carcará”.  

- Chega de invenção, niguin (ainda não havia o politicamete incorreto). Você já me encheu o saco demais com aquelas sacanagens de antigamente. Não tenho mais idade pra pisá na fulô e, mui menos, pra levar  bicada de carcará, teria dito Nílton Santos.


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

VASCO DA GAMA GOLEIA CORITIBA: 5 X 1

O jogo marcou a reabertura do estádio de São Januário, que estava fechado desde que a torcida vascaína aprontou selvagerias durante a partida contra o Goiás, em ... Com esta goleada, com gols marcados por  Vegatti (2), Rossi, Zé Gabriel e Gabriel Pec,  o Almirante subiu para 23 pontos, ficando a só um do Santos, o primeiro time na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O próximo jogo será na segunda-feira que vem, a partir das 20h, contra o América-MG, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, valendo pela 15ª rodada, pois à época que deveria ser disputado teve de ser adiado.

               Fotos clicadas por por Leandro Amorim, de www.vasco.com.br

Zé Gabriel abriu o placar e mostrou que o Almirante tem estrela 

Na marcha da contagem, aos oito minutos, Rossi cruzou, da direita, e Zé Gabriel, na grande área, cabeceou e marcou o seu primeiro gol cruzmaltino; aos 33, Rossi tabelou com Payet e aumentou: 2 x 0; aos 5 minutos do segundo tempo, Paulinho lançou Vegetti, que doinou a bola no peito e basteu para a rede: 3 x 0; aos 17, Lucas Piton centrou bola na área, da esquerda, e o grandalhão Vegetti cabecou para maracar: 4 x 0; aos 35,  Marlon Gomes fez jogada individual, pela esquerda, mandou bola para o miolo da área, onde estava, Gabriel Pec paa fechar a conta: 5 x 1. Confira, abaixo, a ficha técnica: 

O argentino Vegetti (D) já fez seis gols, em sete partidas vascaínas

 21.09.2023 (quinta-feira) – Vasco da Gama 5 x 1 Coritiba- 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Flavio Rodrigues de Souza-SP. Público: 20.321 total e 19.511 pagantes. Renda: R$ 993.631,00. Gols: Zé Gabriel, aos 8 e Rossi, aos 33 min do 2º tempo; Vegetti, aos 5  e aos 17; Sebastian Gomes, aos 33, e Gabriel Pec, aos 35 min do 2º tempo. VASCO: Léo Jardim; Puma Rodríguez, Medel, Léo e Lucas Piton (Victor Luis); Zé Gabriel (Jair), Paulinho e Praxedes (Marlon Gomes); Rossi, Payet (Gabriel Pec) e Vegetti (Sebastian Ferreira). Técnico: Ramón Diaz. CORITIBA: Gabriel; Hayner (Natanael), Kuscevic, Thiago Dombroski e Jamerson; Andreas Samaris (William Farias), Fransérgio (Andrey) e Sebastian Gómez; Marcelino Moreno; Robson (Jese) e Slimani. Técnico: Thiago Kosloski. 

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

REMA, REMA, REMADORES DA COLINA

                                         REPRODUÇÃO DA REVISTA DO VASCO

Acima,  os pioneiross remadores da Turma da Colina; abaixo, as baleeiras Zoca, Vaidosa e Violúvel, em 1898, na Ponta do Gelo, em Santa Luzia.  

      O primeiro barracão de remo cruzmaltino (abaixo) foi na Ilha das Moças

terça-feira, 19 de setembro de 2023

ÁLBUM DA COLINA - RACHEL DE QUEIROZ

Torcedora vascaína e primeira mulher a entrar para a então machistíssima Academia Brasileira de Letras. Era de ir ao estádio colocar faixa de campeão na Turma da Colina

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

VASCO DAS CONTRACAPAS - CORONEL

  O lateral-esquerdo Coronel esteve vascaíno, entre 1952 a 64, quando teve por “missão impossível” marcar o endiabrado Mané Garrincha.  Batizado e registado por Antônio Evanil da Silva, ele contava que o apelido militar fora invenção de um parente que o via sendo um líder. Nascido no 27 de janeiro de 1935, em Quatis-RJ, ele viveu até 5 de dezembro de 2019, por 84 temporadas. Em 1959, disputou oito jogos com a camisa da Seleção Brasileira, seis pelo Campeonato Sul-Americano-1959 (vice-campeão) e dois pela Taça O´Higgins (campeão), quando roloua Brasil 7 x 0 Chile, em 17 de setembro de 1959. Pelo Vasco da Gama, foi campeão carioca-1956, participando de todos os 22 jogos da campanha – 16 vitórias, quatro empates e duas escorregadas -, e em 1958 – presente em 16 dos 26 prélios, com 16 triunfos, cinco empate e cinco quedas -, o chamado Super-Super, decidido em dois torneios extras contra Flamengo e Botafogo.   

 

 



domingo, 17 de setembro de 2023

HISTORI & LENDAS DA COLINA - BRITO

                                 REPRODUÇÃO DA REVISTA DO ESPORTE

   O horóscopo do zagueiro vascaíno Hércules Brito Ruas previa para ele um bom início de temporada, mas, depois, maré complicada. Para o final do calendário, recomendava cuidado com a vida financeira, para não deixar o dinheiro ganho ser gasto com resolução de problemas. O "horoscopista" acertou sobre o bom início de temporada, pois, em janeiro, o xerifão ajudou o Vasco da Gama a conquistar o I Tornei Interncional do IV Centenário do Rio de Janeiro, vencendo a Seleção da então Alemanha Oriental, por 3 x 2, e o Flamengo, por 4 x 1. Errou prevendo bolas fora depois disso, pois o time vascaíno conquistou, em setembro, a I Taça Guanabara.     

sábado, 16 de setembro de 2023

VASCO DA GAMA MANDA 4 X 2 FLUINENSE

 A vitória levou  a rapaziada aos 20 pontos, a um do Santos, o último time fora da zona de rebaixamento. Na proxima quinta-feira, os vascaínos enfrentarão o Coritiba, na reabertura do estádio de São Januário.

O primeiro gol cruzmaltino saiu aos 22 minutos, quando  Paulinho dominou a bola no meio de campo e mandou o jogo para a direita, de onde saiu cruzamento para Praxedes cabecear e abrir o placar: 1 x 0. Aos 4 do segundo tempo, em cobrança de escanteio, da direita, Vegetti saiu de trás da marcação, cabeceou e fez 2 x 1. Aos 28, a zaga tricolor se complicou, a bola sobrou livre para Gabriel Pec ficar na cara do goleiro e fazer 3 x 2. Aos 38, Pumita jogou bola alta para a área do Flu, Vegetti ajeitou-a, de cabeça, e Gabriel Pec, também emcabeçada, fechou a contgas: 4 x 2. Confira a ficha ténica:

                  Foto reproduzida de www.netvasco.com.br/André Durão

                    Vegetti e Gabriel Pec comemoram "matanças" da peleja

16.09.2023 (sábado) – Vasco da Gama 4 x 2 Fluminense. 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Estádio: Nilton Santos-RJ. Juiz: Raphael Claus-SP. Público: 35.850 presentes e 33.818 pagantes. Renda: R$ 2.089.046,00.Gols: Praxedes, aos 22 min do 1º tempo; Marcelo, aos 42seg; Vegetti, aos 4; Gabriel Pec, aos 28  e aos 38 min do 2º tempo. Vasco da Gama – Léo Jardim; Puma, Maicon, Léo (Zé Vitor) e Lucas Piton; Zé Gabriel, Praxedes (Matheus Carvalho), Paulinho e Marlon Gomes (Payet); Rossi (Gabriel Pec) e Vegetti (Barros). Técnico: Ramón Díaz. Fluminense: Fábio; Guga (Yony González), Nino, Marlon e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Alexsander (Daniel), Arias (Lima), Keno e John Kennedy; Germán Cano. Técnico: Eduardo Barros (interino, pois Fernando Diniz estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo).

 

 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

ÁLBUM DA TURMA DA COLINA - PAG 1961

                           REPORODUÇÕES DA REVISTA DO ESPORTE

 Roberto Pinto e Nivaldo (acima) e Lorico e Da Silva (abaixo foram atletas dos inícios da década-1960, em São Januário. O primeiro ficou com a glória de ter marcado o gol que valeu o título de SuperSuper CampeãoCarioca-1958, durante a noite do dia 17 de janeiro de 1959, quando o Maracanã recebeu 140 mil torcedores, emo Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo, do Estadual atrasado - devido três times (mais o Botafogo) terminarem a temporada empatados, o que precisou de um turno extra decisivo, que terminou sendo dois. Roberto Rosa Pinto, nascido em Mendes-RJ, em 29 de setembro de 1937, esteve vascaíno entre 1957 a 1961. Nivaldo Homero de Lima Peixoto formou meio-de-campo com Lorico (abaixo), ao ganhar a posição que estava com o gaúcho Laerte. Era jogador de chute fortíssimo. Lorico, isto é, João Faria Filho, nascido, em 11.12.1940, em Santos, foi um dos meias mais elogiados do futebol carioca da primeira metade da década-1960, mas nunca era lembrado nas convocações da Seleção Brasileira. Enquanto isto, o ponteiro Da Silva, que jogava pelos dois lados, era atacante de fazer esquema tático. Registrado por Cleóbulo da Silva Décio, baiano, de Ilhéus, nasceu no 19 de janeiro de 1936, e desde os cinco de idade tinha o apelido de Abóbora, o que não gostou e lhe foi tirado pelo treinador Ademir Menezes, quando este ex-atacante vascaíno treinava o Olaria, em 1959. Da Silva estreou diante de 122.038 pagantes, em Vasco da Gama 2 x 2 Real Madrid, no 8 de fevereiro de 1961, entrando no lugar de Wilson Moreira, aos 34 minutos do primeiro tempo, e tendo grande atuação. Campeão carioca de aspirantes-1961, disputou 60 partidas oficiais e 33 amistosos pela Turma da Colina, tendo marcado oito tentos, até 21 de abril de 1965, quando disputou a sua última partida cruzmaltina, em Vasco 1 x 1 Rio Branco-ES.




quinta-feira, 14 de setembro de 2023

ESQUADRAS DO ALMIRANTE - VASCO-1949

                              FOTO REPRODUZIDA DE REVISTA DO VASCO

O Vasco da Gama conquistou o título do Campeonato Carioca-1949, invicrto, com sete pontos de vatagem sobre o segundo colocado, o Fluminense, como havia feito, em 1947, com o Botafogo. Esta foi a terceira conquista invicta - a primeira fora em 1945 -  da Turma da Colina, em 20 partidas, com 18 vitórias e dois empates, com a competiçãoi disptuadsa por 11 times, em dois turnos, pelo sistemas todos contra todos. Treinado por Flávio Costa, o time-base vascaíno teve: Moacir Barbosa, Augusto da Costa e Sampaio (Wilson Capão); Ely do Amparo, Danilo Alvim e Ipojucan; Nestor, Maneca, Heleno de Freitas, Ademir Menezes e Mário (Chico Aranmburu). Na corrida pela artilharia, Ademir marcou  31 gols; Maneca 14; Ipojucan 12; Heleno 10; Chico 6; Nestor 5; Danilo 3 e Mário 2, além de um gol cotra por aversário, evidentemente. 

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

ÁLBUM DA COLINA - GETÚLIO VASCO

 Reproduções da Revista do Vasco da Gama - comemorativa seis décadas

O presidente vascaíno Cyro Aranha (C), irmão do ministro Osvaldo Aranha, recebe a visita do presidente Getulio Vargas (E), durante festejo junino, em São Januário, e o apresente ao seu diretor de festas, Álvaro Ramos (D). Além de ter ministro na família do cartola cruzmaltino, Getúlio foi aproximado à Turma da Colina pelo seu sobrinho predileto, Manoel do Nascimento Vargas Neto. 
26 de abril de 1952 - O presidente Getúlio Vargas participa das comemorações da Seleção Brasileira, pela conquista do 1º Torneio Pan-Americano de Futebol, disputado no Chile, e segura a taça junto com o goleador vascaíno Ademir Menezes, que tinha mais popularidade do que ele. Por sinal, pesquisa informou que, se o atacante disputasse a Presidência da República, venceria qualquer candidato. Durante a "Era Vargas", incentivo a futebol, samba e carnaval era política de Estado.  

terça-feira, 12 de setembro de 2023

TAGÉDIAS DA COLINA - GOL RUBRO-NEGRO

 Em, 17 de janeiro de 1959, no Maracanã, o Vasco da Gama encerrava o Campeonato Carioca-1958, enfrentando o Flamengo, diante de 130.890 pagantes. O jogo fez parte do que foi chamado por Super-Super Campeonato, porque vascaínos e flamenguistas, além do Botafogo, terminaram o Estadual igualados em pontos, requerendo disputa extra.  Nesta, a combinação de resultados daria o título ao Almirante, se empatasse com os rubro-negros na última peleja da série. A Turma da Colina abriu o placar, por Roberto Pinto, aos 13 minutos do segundo tempo e segurou a vantagem até os 42, quando a sua torcida já fazia a festa. Foi quando Babá empatou o clássico, que ficou no 1 x 1. Valeu título para a moçada vascaína, mas aquele gol no finalzinho foi como se tivessem colocado água no chope. Nas fotos reproduzidas da revista carioca O Cruzeiro, vemos Jadir chutando a bola par a rede cruzmaltina, após o gol marcado por Babá, abaixo. Que tragédia!    


 

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

VASCO DAS PÁGINAS - REVELAÇÕES-1

 O zagueiro Hércules Brito Ruas contou à Revista do Esporte - Nº 266, de 11 de abril de 1963 - que, entre outras coisas, após vitórias, tinha sono mais tranquilo, mas caso perdesse demoraria mais a dormir. Gosatva de vr o "videoteipe" (antiga gravação de imagens por fita magnética) desduas partidas, para analisar as suas atuções e tenta melhorar. Não jantava após jogos noturnos, mas após os vespertinos jantava batatas fritas, maionese, bife bem passado e arroz. Quando estava em casas, de folga, ajudava a mulher a varrer e encerar o piso da casa e limpar vidraças. Além disso, afirmava saber consertar ferro elétrico. Católico, dizia-se devoto de São Judas Tadeu e de Cosme&Damião. Casou-se com a Sueli, irmã do Gílson colega de escola primária.         



domingo, 10 de setembro de 2023

VALDEMAR INSCRITO NO TIME DO CHORO LIVRE DA IZKINA DA KOLINA DO ALMIRÃO

    Escalado no jogo que encerrou o Campeanto Carioca-1958 e levou o título para São Januário, o meia Valdemar, quatro temporadas depois, era reserva e enfrentava a pecha de indisciplinado. Mas reagia, jurando não merecê-la.

     Valdemar disputou cinco jogos do SS-58... 

 Pela Revista do Esporte – Nº 113, de 6 de maio de 1961 –, ele reagia, afirmando que muitos confundiam o seu temporamento “arredio a muitas conversas” com outas coisas. E garantia que, se todos os geniosos fossem como ele não haveria casos de indisciplina no futebol. Até prometia colocar o seu “percoço na força”, caso alguém encontasse delizes em sua ficha, por onde havia passado. Por exemplo, citava residir em Nova Iguaçu e jamais chegar atrasado aos treinos do Vasco da Gama.

Valdemar acrescentava ao seu choro mais um detalhe: jurava só entrar no time titular quando este não estava bem. “Só dei certo uma vez...no Super-Super”,  a disputa do título estadual que consumiu dois torneios extras, contra Flamengo e Botafogo, com a Turma da Colina levando o caneco, por conta de 0 x 1 e 2 x 1 Botafogo, e 1 x 1 Flamego, nesta partida formando com: Miguel, Paulinho de Almeia e Bellini; Écio, Orlando Peçanha e Coronel; Sabará, Almir Albuquerque, Roberto Pinto, Valdemar e Pinga, dirigidos por por Francisco de Souza Fereira, o Gradim.

 Para justificar a então chamada “cerca”, Valdemar defendeu-se junto à RevEsp: “As chances o (Abel) Picabéa (treinador argentino) me deu (em 1961) foram um tormento. De maneira alguma eu poderia salvar o Vasco da fase má que atravessava. Sempre paguei o pato por erros que não eram só meus, mas de todas a equipe”.

... e jurava que, depois daquilo, só jogava no pior momento 


Valdemar Muniz Barabosa disputou cinco partidas pelo SS-58, sem marcar gols. Nascido em Barra Mansa-RJ, no 18 de dezembr de 1934, defendeu Fluminense e Bonsucesso, além do Vasco da Gama. Leia mais sobre o Super-Super que Valdemar ajudou a conquistar nas datas 31.10.2011 e 17.01.2019.  

sábado, 9 de setembro de 2023

VASCO DAS PÁGINAS - REVEELAÇÕS-2

 Pelo Nº 417, de  4 de março de 1967, o zagueiro vascaíno Hércules Brito Ruas 'chegou no pé do padre" e abriu o verbo. Entre outras confissões, além de contar que o seu barato é "ser franco", considerou a mulher moderna (na décdas-1960 estava se liberando de amarras) melhor do que as que conheceu quando era garoto/adolescente. Mas desejando que ela não fosse sofisticada. "Quanto mais smples, melhor", afirmou, acrescentando que não conhcia defeitos nelas, ainda estava procurando. Dizendo-se sujeito boa praça e de bom coração, Brito afirmou gostar de ajuduar quem precisasse, não negando pedido de esmola.  E, mesmo sendo um atelta do futebol, ela disse que convrsa sobre tudo, menos sobe esta modalidade. Por fim, que não gostgaria de viver já caducando.