Escalado no jogo que encerrou o Campeanto Carioca-1958 e levou o título para São Januário, o meia Valdemar, quatro temporadas depois, era reserva e enfrentava a pecha de indisciplinado. Mas reagia, jurando não merecê-la.
Valdemar disputou cinco jogos do SS-58...
Pela Revista do Esporte – Nº 113, de 6 de maio de 1961 –, ele reagia, afirmando que muitos confundiam o seu temporamento “arredio a muitas conversas” com outas coisas. E garantia que, se todos os geniosos fossem como ele não haveria casos de indisciplina no futebol. Até prometia colocar o seu “percoço na força”, caso alguém encontasse delizes em sua ficha, por onde havia passado. Por exemplo, citava residir em Nova Iguaçu e jamais chegar atrasado aos treinos do Vasco da Gama.
Valdemar acrescentava ao seu choro mais um detalhe:
jurava só entrar no time titular quando este não estava bem. “Só dei certo uma
vez...no Super-Super”, a disputa do
título estadual que consumiu dois torneios extras, contra Flamengo e Botafogo,
com a Turma da Colina levando o
caneco, por conta de 0 x 1 e 2 x 1 Botafogo, e 1 x 1 Flamego, nesta partida
formando com: Miguel, Paulinho de Almeia e Bellini; Écio, Orlando Peçanha e
Coronel; Sabará, Almir Albuquerque, Roberto Pinto, Valdemar e Pinga, dirigidos
por por Francisco de Souza Fereira, o Gradim.
Para justificar
a então chamada “cerca”, Valdemar defendeu-se junto à RevEsp: “As chances o (Abel) Picabéa (treinador argentino) me deu (em
1961) foram um tormento. De maneira alguma eu poderia salvar o Vasco da fase má
que atravessava. Sempre paguei o pato
por erros que não eram só meus, mas de todas a equipe”.
... e jurava que, depois daquilo, só jogava no pior momento
Valdemar Muniz Barabosa disputou cinco partidas pelo
SS-58, sem marcar gols. Nascido em Barra Mansa-RJ, no 18 de dezembr de 1934,
defendeu Fluminense e Bonsucesso, além do Vasco da Gama. Leia mais sobre o
Super-Super que Valdemar ajudou a conquistar nas datas 31.10.2011 e 17.01.2019.
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