Vasco

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

JAHÚ FICOU DE MAL COM A TORNEIRA

 Em 1938, o time vascaíno tinha como um dos responsáveis pela segurança da sua retaguarda um zagueirão chamado Jahú, o de casquete na foto. Convocado para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo, na França, o carinha chegava junto em todas, durante os treinamentos, para não perder a chance de segurar a sua vaga na delegação.  Por aquela época, presidia a república federativa do Brasil o cidadão gaúcho Getúlio Dorneles Vargas, que enxergava de longe e sacava o quanto o futebol poderia tabelar com o seu projeto político. 
Nascimento, Jahu, Villadoniga, Florindo, Figliola, Orlando Fantoni,
 Zarzur,Argermiro, Lindo e Orlando
Mais malandro do que um pardal, que não canta para não ficar na gaiola, Getúlio foi à mineirinha Caxambu, levar o apoio do governo brasileiro ao nosso selecionado. Com todo político que se preze, apertou a mão de um a um dos atletas. E o becão Jau passou três dias de mal com a torneira. Segundo ele, não era todo dia que um zagueiro apertava a mão do homem que mandava no país.
Por aqueles tempos, décadas de 1930 e de 1940, o racismo ainda era forte no futebol brasileiro. Havia clubes que não permitiam jogador participar dos bailes de gala em suas sedes, principalmente se fosse preto. Eram empregados, e ponto final. Se não eram associados, porque estariam ali?
No Vasco, foram criados bailes no ginásio de esportes. E entrava preto, branco, pobre, rico, português, brasileiro, quem chegasse. Do mesmo jeito, nas festas de São João, em São Januário, que era transformado em um arraial. Por sinal, conta o folclore vascaíno que, numa  festa de carnaval, Jaú apareceu com uma fantasia intrigante. Dizia que era de rajá e que copiara da revista “Tico-Tico”.
(Foto reproduzida de Mauro Prais/NetVasco). Agradecimento.

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