Vasco

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

OS TERRÍVEIS "FLAPITAÇOS"

  Prejudicar o Vasco, no apito, vem sendo é o esporte predileto de vários árbitros que dirigem seus jogos contra o maior rival, o Flamengo. Isso acontece há mais de oitenta anos. Neste  2014, foi tétrico. Os vascaínos tiveram um gol anulado, com a bola batendo por 33 centímetros dentro do gol, e perderam o título estadual, aos 46 minutos da etapa final, devido um impedimento. Mas já houve coisas bem piores. Vamos conferir os “apitos amigos” do rival.

1923 - O Vasco rasgava o caminho para o seu primeiro título de campeão carioca da Série A. Era o ano da sua estréia na elite. Em 8 de julho de 1923, cerca de 35 mil torcedores, pelos cálculos do jornal ”O Imparcial”, lotavam até a pista de atletismo do estádio das Laranjeiras, do Fluminense, para ver o primeiro “Jogo do Século”. O Flamengo abriu 2 x 0, no primeiro tempo. Ceci empatou, no início do segundo. Junqueira fez 3 x 1, e Arlindo o segundo da rapaziada. Depois, o Vasco igualou o placar. Mas o juiz Carlito Rocha, do Botafogo (na época, os árbitros eram pessoas dos cubes) anulou o gol, para o time líder não ser campeão invicto. Então, Flamengo 3 x 2, no apito. Valeu uma grande comemoração dos torcedores rivais, que fizeram uma tremenda passeata festiva, das Laranjeiras até a Lapa. Sacaneazaço contra Nélson, Leitão e Mingote; Nicolino, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito.

1944  -  O clássico Vasco x Flamengo, pelo segundo turno do Campeonato Carioca,  foi em 28 de outubro, no estádio da Gávea, a casa dos rubro-negros, que fariam qualquer coisa para serem tricampeões estaduais. O jogo estava duríssimo e nada levava a crer que as redes seriam balançadas. Aos 43 minutos do segundo tempo, o rubro-negro Vevé bateu uma falta, da esquerda. O atacante argentino Valido subiu, apoiando-se nos ombros  do então centro-médio vascaíno Argemiro, e marcou um gol ilegal que valeu uma taça.
De nada adiantaram as reclamações cruzmaltinas. Dos 20.0387 pagantes, só o juiz Guilherme Gomes não viu a falta. Naquele dia, os prejudicados foram:  Barqueta, Rubens e Rafanelli; Alfredo, Berascochéa e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaías, Ademir Menezes e Chico. Técnico: Ondino Vieira.

1957 - De acordo com o Nº 85 da revista semanal carioca “Manchete Esportiva”, com data de 6 de julho de 1957, à página 34, o Vasco foi prejudicado, pelo árbitro Anver Bilati, na partida em que fechava, com o Flamengo, a final da série carioca do Torneio Internacional Morumbi. Na verdade, os vascaínos estavam representados por um combinado formado juntamente com o Santos, porque os seus principais jogadores excursionavam ao exterior. Foi o primeiro torneio internacional de Pelé.

Diz o texto, escrito por Ney Bianchi,  que o “homem de preto” deixou de marcar dois pênaltis sofridos pelo garoto Pelé, e, ainda, anulou um gol marcado por Tite. Ele cita, também, erros contra os rubro-negros (um pênalti e um gol anulado), mas, mesmo assim, o Vasco-Santos ainda seria mais prejudicado. Conta Bianchi, também, que o gol de Pelé saiu aos 27 minutos, empatando o clássico, após um “dribling sensacional” sobre um marcador.

O pega, no Maracanã,  em 26 de junho de 1957, rolou antes de Pelé receber a primeira convocação para a Seleção Brasileira, com o Combinado Vasco-Santos sendo: Manga, Paulinho de Almeida e Bellini ; Urubatão, Brauner e Ivan; Yedo (Pagão), Pelé, Del Vecchio (Pepe), Jair Rosa Pinto e Tite.  Ao final da partida, o lateral-direito Paulinho, revoltado com a arbitragem prejudicial ao seu time, tentou agredir, mas foi contido por Bellini e pelo Cartola Antônio Calçada.
2014 -  Rolava a oitava rodada do Estadual-RJ, no Maracanã. Aos 11 minutos, Wallace derrubou Edmilson, na entrada da área. Douglas bateu a falta e a bola bateu dentro do gol – 33 centímetros, conforme mostraram as TVs –, o goleiro Felipe a pegou e o juiz Eduardo Cordeiro Guimarães  mandou o jogo prosseguir.
 
Mesmo abatido pelo erro, o Vasco abriu o placar, aos 35 minutos, por intermédio de Fellipe Bastos. O Fla empatou, por Elano, aos 39, e virou o placar, aos 44 do segundo tempo, com Gabriel, em jogo assistido por apenas 13.245 pagantes, que proporcionaram a renda de R$ 858.505,050. Como resultado, igualou-se ao Fluminense na liderança, com 19 pontos, enquanto a “Turma da Colina” ficava em quarto, com 15.  Se não fosse o “apito amigo”, o Vasco seria vice-líder, com dois pontos  à frente do rival.
Os sacaneados do dia foram: Martin Silva; André Rocha, Luan, Rodrigo, Diego Renan; Guiñazú, Aranda (Pedro Ken), Fellipe Bastos, Douglas (Bernardo); Éverton Costa (William Barbio) e Edmilson. Técnico: Adílson Batista.

Em 13 de abril deste mesmo 2014, novamente em um domingo, no mesmo “Maraca”, o Vasco tentava quebrar um jejum de 11 anos sem o título estadual. E parecia que conseguiria, em dois jogos decisivos, com o ”Urubu”. Uma semana antes, ficara no 1 x1, abrindo o placar. Na finalíssima,, diante de: 42.697 pagantes e 49.139 presentes , Douglas abriu a conta, aos 30 minutos do segundo tempo, cobrando pênalti, sem contestação, pois o juiz Marcelo de Lima Henrique estava em cima do lance. No entanto, aos 46, durante  escanteio, o impedido Márcio Araújo fez o gol, que o juiz o concedeu a Nixon, que não estava em posição ilegal. E deu o título ao Fla.
O Vasco de mais uma sacanagem das arbitragens foi: Martín Silva; André Rocha, Luan, Rodrigo e Diego Renan; Guiñazu, Pedro Ken, Fellipe Bastos (Bernardo) e Douglas; William Barbio (Reginaldo) e Thalles (Aranda). Técnico: Adilson Batista.

 
 
  
  
 
 
 

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