Vasco

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terça-feira, 31 de julho de 2012

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - OITAVA TAÇA GB

 Em Vasco da Gama 4 x 1 Fluminense, jogada na tarde do 3 de abril de 1994, o Almirante contabilizou o seu menor público - 6.231 presentes -  em uma decisão de título. Quando nada, valeu a oitava Taça Guanabara conquistada pela Turma da Colina – anteriores foram em 1965/1976/1977/1986/1987/1990/1992, em jogo extra disputado, em um domingo, no Maracanã. Arbitrado por Carlos Elias Pimentel, teve o atacante Valdir Bigode sendo o "cara", balançando as redes, aos 22 minutos do primeiro tempo e aos 25 do segundo. O lateral Pimentel abriu a porteira, aos 20 da etapa inicial, e o meia Yan fechou a conta, aos 23, da fase final. Treinado pelo seu ex-meia Jair Pereira, o time campeão formou com: Carlos Germano; Pimentel, Alexandre Torres, Ricardo Rocha (Jorge Luís) e Sidnei (Cássio); Leandro Ávila, França, Yan e William: Valdir Bigode e Dener.

CAMPANHA - 30.01.1994 - Vasco 2 X 0 Volta Redonda;  07.02 - Vasco 1 x 0 Bangu; 10.02 - Itaperuna 1 x 2 Vasco; 20.02 - Madureira 0 x 0 Vasco; 27.02 -  Vasco 3 x 1 Flamengo; 02.03 - América 0 x 1 Vasco; 06.03 -  Vasco 2 x 0 Botafogo; 09.03 - Vasco 2 x 1 Olaria; 12.03 - Campo Grande 0 x 2 Vasco; 21.03 - Vasco 0 x 0 Americano; 26.03 - Fluminense 0 x 0 Vasco;  03.04 - Fluminense 1 x 4 Vasco.



segunda-feira, 30 de julho de 2012

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - CARRANZA

1 - A sala de troféus de São Januário recebeu duas taças vindas da Espanha, na década-1980: Colombino e Ramón de Carranza. A primeira, conquistada diante do promotor Recreativo Huelva e do Espanyol, de Barcelona, e a outra tendo por adversários os também espanhóis Sevilla e Cádiz. A segunda taça é mais famosa.

2 - Mas, quem foi o distinto cidadão? Pois bem! Ramón de Carranza y Gómez era um militar aristocrata espanhol, colaborador do golpe militar de 18 de julho de 1936, que levou o generalíssimo Francisco Franco ao poder. Nascido em 21 de maio de 1998, em Cádiz, também foi presidente do Sevilla Fútbol Club, entre 19.07.1957 a 19.08.1961.

3 - O Troféu Ramón de Carranza era disputado nos finais do verão de Cádiz, desde 1955. A ideia de criá-lo partiu de Juan Ramón Cilleruelo, que obteve o apoio do prefeito José León de Carranza, sucessor e filho de Ramón de Carranza, que dá nome ao estádio do clube. Também chamado de Taça das Taças, recebia quatro times, entre eles o anfitrião Cádiz Club de Fútbol. O Vasco o carregou em 1987/88/89.



domingo, 29 de julho de 2012

HISTORI & LENDAS - CANECO E REDE

Dois fatos marcam a data 29 de julho dos vascaínos: faixas no peito e bola no filó. Confira: 





















29 de julho de 1934 - Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense  - placar que valeu aos cruzmasltinos o primeiro título na era do futebol profissional no Rio de Janeiro -
 quarto no total, com os outros em 1923/24/29. O time era treinado pelo inglês Harry Welfare e enfrentou os os tricolores com: Rey, Domingos da Guia e Itália; Gringo (Calocero), Fausto e Mola; Orlando, Almir, Gradim (Lamanna), Nena e D'Alessandro. Aquela fora a segunda vez em que o Flu era batido em um 29 de julho. Pelo returno do Estadual-1923, ano em que o caneco fora carregado também, para a Colina, o Vasco vencera, por 2 x 1, com gols de Pires e Negrito, na casa tricolor, contando com: Nélson, Leitão e Miongote; Nicolino, Claudionor e Artur; Pascoal, Torterolli Arlindo, Cecy e Negrito.

CAMPANHA - Para carregar a taça de 1934, o Vasco disputou 12 jogos. Venceu oito, empatou dois e escorregou só duas vezes. Marcou 28 e levou 16 gols. Gradim fez 9, Nena 6, Orlando 4, D´Alessandro e Almir 3 (cada um), Russinho 2 e Lamanna. O time jogou em sete ocasiões em São Januário, que era o principal estádio do país, duas na tricolor Laranjeiras e uma em Figueira de Mello, o terreiro do São Cristóvão. O título vascaíno foi conquistado pela Liga Carioca de Futebol, que reunia adeptos do profissionalismo, os mais fortes. Do lado dos amadores, na Associação Metropolitana de Esportes Athléticos, estava o Botafogo e uma patota fracota que não tinham como lhe segurar, isto é, Brasil, Cocotá, Confiança, Engenho de Dentro, River, Mavilis, Olaria, Portuguesa e Andaraí, sendo que os cinco primeiros “pularam fora enquanto corria a barca”. (Foto rara reproduzida dos arquivos do pesquisador Mauro Prais e de NetVasco). Agradecimentos.
FERAS DA COLINA - Na "Turma da Colina" campeão carioca-1934, embora Gradim (Francisco de Sousa Ferreira) tenha sido o principal artilheiro, destacava-se o zagueiro Domingos da Guia, que atuou em todas as partidas. Além dele, fez parte da campanha o centroavante Leônidas da Silva, que atuou em quatro – 2 x 1 América; 2 x 0 Bangu; 2 x 0 Bonsucesso e 0 x 1 São Cristóvão.
 Foi durante aquele campeonato que surgiram as primeiras transmissões radiofônicas. O Vasco mostrou-se tão superior aos adversários que levou a taça para a Colina com duas rodadas de antecedência. Mais? Saiu da disputa com quatro pontos à frente do segundo colocado, o São Cristóvão; a sete do Fluminense e a oito do Flamengo.

CAMPANHA – 01.04.1934 - Vasco 2 x 1 América; 08.04 - Vasco 2 x 0 Bangu; 12.04 - Vasco 2 x 0 Bonsucesso; 22.04 - Vasco 0 x 1 São Cristóvão; 01.05 - Vasco 5 x 2 Flamengo; 06.05 - Fluminense 1 x 2 Vasco; 27.05 - América 2 x 2 Vasco; 06.06 - Bonsucesso 3 x 4 Vasco; 24.06 - Bangu 2 x 5 Vasco; 01.07 - São Cristóvão 1 x 1 Vasco; 22. 07 - Flamengo 3 x 2 Vasco; 29.07 - Vasco 1 x 0 Fluminense. 



20 de jujlho de 1972 -  Vasco da Gama  1 x 0 São Cristóvão - primeiro gol cruzmaltino de Tostão. Valeu  pela primeira rodada do terceiro turno do Campeonato Carioca, em um sábado, no Maracanã, com arbitragem de José Aldo Pereira, e com time treinado por Mário Travaglni, que mandou a campo: Andrada; Paulo César Puruca, Miguel, Moisés e Eberval; Alcir e Buglê (Suingue); Jorginho Carvoeiro, Tostão (Jaílson)Silva)e Ademir. O jogo fez parte de uma rodada dupla, com Flamengo x Bonsucesso, depois. Tostão custara R$ 3,5 milhões de cruzeiros, preço recorde na época. Estreou nos 2 x 2 Flamengo, em 7 de maio, pelo Campeonato Carioca, e fez 45 jogos e seis gols, o último em 27 de fevereiro de 1973, amistosamente, contra o Argentino Juniors. Pouco depois, ele voltou a Houston-EUA, para ser examinado pelo médico Roberto Abdalla Moura, que operara o seu olho esquerdo, o que sofrera um deslocamento de retina, em 1969. Recomendado a parar com o futebol, teve o seu contrato cancelado, em 17 de maio de 1974, gerando uma briga jurídica, assunto para uma outra matéria.

sábado, 28 de julho de 2012

HISTORIA DA HISTÓRIA - TORNEIO INÍCIO


1 - Vasco x Flamengo, por Torneios Inícios, em alguns momentos, tem um detalhe inintendíve. Em fases em que um dos rivais era mais forte, a vantagem era do outro. Por exemplo, na década de 1920, que marcou o desembarque vascaíno na elite do futebol carioca, eles foram campeões duas vezes (1923/24), contra três conquistas do rival (1920/21/25/27). No pega geral, a "Turma da Colina" levou a melhor, em 12 dos 24 encontros, e empatou cinco. Nos Torneios Inícios, venceu duas e empatou duas.

2 - Durante a década-1930, os cruzmaltinos ganharam as temporadas estaduais de 1934/36, enquanto o rival passou toda a década correndo atrás de uma taça, que só levou em 1939. No total de duelos, a rapaziada venceu só 11 das 29 refregas, e empatou cinco. Só houve um encontro pelo Initium, com vitória cruzmaltina.  Chegada a década-1940, o Urubu voou em cima do seu primeiro tri estadual (1942/432/44), enquanto os vascaínos levaram  três alternados (1945/47/49). Na temporada total, em 42 refregas, os “cruzcristenses” venceram a metade das refregase se igualaram em 12. Pelos Torneios Inícios, dois empates e duas vitórias

3 - Na temporada-1950, quando o Vasco começou forte, foi para a entressafra  e só se revigorou da metade para o final, ficou por baixo no placar acumulado: em 40 pugnas, venceu 10 e empatou 15. Foi pior, também, nos dois jogos do Initium,  como ocorreu no único da década-1960, quando rolou o derradeiro encontro da série. No “frigir dos ovos”, perdeu 25, empatou 12 e venceu 14 do somatório sessentista. É uma boa briga da grande rivalidade. Desconsiderando-se decisões por pênaltis, os Torneios Inicios registram quatro vitórias para cada lado. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

HISTORI&LENDAS DA COLINA - CASA ALHEIA

O Feitiço da Colina
 1  - Corria agosto de 1937. O estádio era do Fluminense, mas que o ocupava eram dois dos seus maiores rivais. Na conta, Vasco da Gama 3 x 2 Flamengo, amistosossamenmte, erm um domingão carioquissimo. Feitiço (2) e Lindo quebraram asas do Urubu, que aidna não tinha este apelido. Batedores da vez: Joel, Poroto, Itália (Duarte), Calocero, Zarzur (Oscarino), Raul, Lindo, Feitiço, Kuko, Orlando (Mamede) e Luna (Kuko).
2 - Rolava lo Campeonato Caraioca-1944 e a  Turma da Colina encerrava sequência, de 11 jogos sem vencer o Flamengo, pelo Estadual. Até então, com tava-se 42 "Clássicos dos Milhões", com os vascaínos vencendo 17 vitórias, empatando sete e marcando 68 gols. Chico Aramburu e Djalma anotaram os tentos daquele grande dia, em São Januário, onde o teinador uruguaio  Ondino Viera escalou: Oncinha, Sampaio e Rafangnelli; Berascochéa, Dino e Argemiro; Djalma, Lelé, Alfredo II, Ademir Menezes e Chico.
                                                        
3 - O capixaba Geovani deveria se vendedor de imóveis. Porquê? Em uma tarde domingueira de agosto de 1984, o Urubu se arvorou pra cima da Turma da Colina, achando  que daria pra espantar.  Pois bem! Faltando 12 minutos para o final da contenda, Geovani dominou a pelota e, vendo o goleiro rubro-negro adiantado,  endereçou-lhe uma tremenda cobertura. Que beleza! A maricota caiu no pedaço, em câmera lenta (lembra-se do Canal 100?), melodramaticamente.  O espetáculo estrelado por Geovani esteve no programa do primeiro turno do Estadual-RJ teve plateia de 49 mil 404 pagantes, maracanizados.

4 - Cláudio José foi um dos muitos centroavantes que vestiram a camisa do Vasco da Gama. O seu tempo foi 1985, quando teve o seu dia glória. No 28 de julho, marcou três gols diante da Seleção de Camarões, am,istosamenteo, em São Januário.Virtude? Para a galera, virtude mesmo, nos 28 de julho. foi o Vasco mandar, sem fazer força, 3 x 0 no Águas Virtuosas, time da cidade mineira de Lambari, mas que disputava as competições da Liga de Caxambu. Para a rapaziada, o que importava era o que ia para o caderninho.  



quinta-feira, 26 de julho de 2012

DOIS ALMIRANTES NA ESQUINA DA COLINA

                       
O Almirante já teve dia de encarar o Almirante:| em 27 de julho de 1958. Foi durante mistoso, no Estádio Camilo Mussi, em Itajaí, com o Vasco da Gama de um lado e o Almirante Barroso do outro. Este formou uma seleção regional, com jogadores dos clubes Carlos Renaux, Olímpico e Paissandu, de Brusque; Marcílio Dias, de Itajaí, e Olímpico, de Blumenau, mas não adiantou. Ainda no primeiro tempo, os 14 minutos, o rol cmeou a rolar nas redes catarinenses.  Wilson Moreira foi o primeiro a balançar a reoeirae.  Pigta, aos 18, e Delém, aos 30 da etapa final, fecharam a conta para este grupo: Barbosa (ZéTaínha),  Dario e Viana; Écio, Ademar e Ortunho (Bibi); Sabará (Ramos), Livinho (Delém), Wilson Moreira (Dominguinhos), Rubens (Valdemar) e Pinga (Nivaldo). ALMIRANTE BARROSO-SC - Jorge, Darci, Nílson, Hélio (Bento), Brandão (Aduci) Nilo, Quico (Paraná), Teixerinha, Agenor e Godeberto. 
Afundado o Almirante Barroso, o Almirante Vasco da Gama foi para o fundo mar pegar Camarões. 
Em 28 do mesmo julho, mas de 1985, afogou a seleção do país africano com nome de marisco, por  5 x 0, em São Januário, amistosamente e dominicalmente. Naquele dia, o atacante Cláudio José foi o cara. Saboreu três palitos  de camarões na rede - Gersinho e Santos puseram mais pimenta no filó, com a turma que cozinhou o placar receitada por: Roberto Costa (Regis); Edevaldo, Ivan (Nei) Oliveira, Nenê (Fernando) e Gilberto (Rômulo); Geovani, Gersinho e Paulo César Magalhães; Mauricinho (Santos) e Cláudio José.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - PAZ NO GRAMADO

Em 31 de julho de 1937, o Vasco disputou, com o América, o jogo que ficou conhecido por "Clássico da Paz”. Nem, tanto! No placar, bagunça cruzmaltina nas redes: 3 x 2. 

O zagueiro Itália
 Esta história começa em 19 do mesmo julho e do mesmo ano, quando os presidentes vascaíno Pedro Pereira Novaes e o americano Pedro Magalhães Correia reuniram-se, secretamente, na Associação dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro, para criar uma estratégia pacificadora do futebol carioca.
O dito cujo rolava com duas entidades, a Liga Carioca de Futebol e a Federação Metropolitana de Desportos e, do encontro, saiu uma proposta aceita pelos outros 10 membros das duas “brigonas”.
A comemoração do novo momento deu-se 12 dias depois, com um amistoso Vasco x América, em disputa da Taça Pinto Bastos e do Bronze da Vitória, este oferecido pela revista O Cruzeiro – o Vasco ficou com a posse definitiva de ambos.

VASCO 3 x 2 AMÉRICA  rolou em São Januário, apitado por Sanchez Diaz e assistido por 25 mil pagantes. Lindo (2) e Raul marcáramos gols dos cruzmaltinos, treinados pelo uruguaio Carlos Scarone, que mandou a campo: Joel, Poroto e Itália (foto abaixo); Oscarino (Rainha), Zarzur e Calocero; Lindo, Kuko, Raul, Feitiço e Luna (Orlando). 

terça-feira, 24 de julho de 2012

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - O VASCO E O REI


CRUZMATINO, EM 1957
VASCO 2 X 1 SANTOS -  Corria o 21 de julho de 1974 e o adversário e a batalha valia pela fase final do Campeonato Brasileiro. Pelé deu esperanças de vitória à sua patota, igualando o placar, aos 30 minutos do segundo tempo – aos 15 da primeira etapa, Luís Carlos Lemos havia aberto o placar. Mas, faltando duas voltas do ponteiro do relógio do juiz gaúcho Agomar Martins para o final da pugna, o garoto Roberto Dinamite desempatou, para os cruzmaltinos, em um belíssimo tento que mereceu elogios do “despedinte”. 
Pelé disputou a sua última partida no Maracanã diante de 97.696 desportistas, que pagaram Cr$ 1.168.789,00. A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ª vez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante em seu último jogo no Maracanã era Tim, o treinador que tentou levá-lo para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. Treinado por Mário Travaglini, o time cruzmaltino ganhou do “Rei" contando com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luís Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). A “Turma do Rei” era: Carlos; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão) e Pelé e Mazinho. (Foto reproduzida da revista "Grandes Clubes"). Agradecimento.


                                          HISTÓRIA DE UM GRANDE DUELO

 O Vasco encarou Pelé por 20 vezes, entre 1957 e 1974. E igualou a “guerra”, rolando oito vitórias de cada lado, além de quatro empates. A primeira batalha foi em 1957, durante a “Semana Alvinegra”, promovida pelo Santos, para comemorar o seu 45º aniversário, como bicampeão paulista (1955/56). De sua parte, o “Time da Colina” era o campeão carioca (1956).

No primeiro Vasco x Pelé, em 7 de abril de 1957, na Vila Belmiro, e o Peixe mandou 4 x 2 e o garoto santista nem era titular ainda. Fazia a sua 15º partida no time A santista. Depois daquilo, muitas histórias viriam, como as que leremos abaixo.

Torneio Rio-São Paulo de 1959 - O Vasco liderava e só uma escorregada diante do Peixe, no último jogo, lhe tiraria o bi. Pelé esteve infernal, fez um gol e levou seu time aos 3 x 0, tomando o caneco da “Turma da Colina”.

Torneio Rio-São Paulo de 1963 - O “Time da Colina” encarava Pelé no Maracanã, e o vencia, por 2 a 0. A dupla de “xerifões” vascaínos, formada por Brito e Fontana, resolveu tirar um sarro no “Camisa 10”. Quando a bola saía, um deles a chutava, para mais longe, aproveitando que, naquela época, não havia tantos gandulas. E sacaneavam: ‘É, crioulo, nessa não dá mais”. Pra chatear mais, indagavam: “Cadê o Rei?” Faltando dois minutos para o final da partida, Pelé empatou a pugna: 2 x 2. Aí, pegou a bola, chegou pra Fontana, entregou-lhe a bola e sugeriu-lhe: “Leve para a senhora sua mãe. Diga que foi presente do Rei”.

Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1969 (Taça de Prata) - No dia 19 de novembro de 1969, o mundo parou para ver or milésimo gol de Pelé. Justamente, contra o Vasco. Houve um pênalti, muito constestado pelo zagueiro Fernando, que jura não ter nem tocado no “Camisa 10”, e este foi para a cobrança. O goleiro vascaíno Andrada, até então, fechava o gol, pois não queria ver a trma lhe chamando de “Arqueiro do Rei”. Ele até tocou na bola, durante a batida da falta. Mas não deu. Naquele noite, até a segunda viagem do homem à Lua passou despercebida diante de um acontecimento tão grandioso aqui na Terra.

 Campeonato Brasileiro-1973 - Pelé vai ao Maracanã encarar o Vasco. Seria a primeira vez em que o maior ídolo do Santos estaria frente a frente com o futuro maior ídolo cruzmaltino, Roberto Dinamite. Muitos achavam que o “Garoto da Colina”, aos 19 anos, se intimidaria diante do “Rei”. Porém, aos 34 minutos, o lateral vascaíno Paulo César cruzou, na medida, para Roberto ganhar de Carlos Alberto Torres, na corrida, e emendar, de num sem-pulo , par a rede, indefensável. Pelé foi cumprimentá-lo, após o jogo, e declarou: “Foi o gol mais bonito que eu vi neste Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado, será um craque”. Proféticas palavras: Roberto Dinamite se tornaria o maior artilheiro da história do Vasco, com mais de 700 gols em mais de mil jogos com a jaqueta vascaína. (foto reproduzida de www.osgigantesdacolina.blogspot.com). Agradecimentos



segunda-feira, 23 de julho de 2012

HISTORI&LENDAS - PEDRO APEDERJOU

 1 - VASCO 2 X 0 FLAMENGO, em 27 de julho de 1947, com dois gols por Maneca, um em cada tempo, eliminou o maior rival do Torneio Início do Campeonato Carioca, em clássico relâmpago rolado em São Januário, com o Almirante representado por: Barbosa; Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Dimas, Lelé e Chico.  

2 - O Vasco, no entanto, não passou pelo Olaria, repetindo a escalação do jogo anterior e que terminou sem gols. Decidido nas cobranças de pênaltis, a rapaziada caiu, por 3 x 4, com Lelé, o cobrador cruzmaltino, desperdiçando a primeira e a terceira cobranças. A disputa reunia todos os times, em um mesmo local e em uma tarde domingueira, com partidas eliminatórios, de 15 minutos, em cada tempo, sendo que os empates eram decididos nos  pênaltis. Na final, o relógio trabalhava dobrado, também, em duas etapas.


3 - VASCO 1 X 0 FLAMENGO, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro-1997, teve Pedrinho atirando uma pedrinha no Urubu. E matou! Aconteceu em tarde de domingo, no Maracanã, com a galera do treinador Antônio Lopes comemorando, aos 40  minutos do segundo tempo. Aquele Clássico dos Milhões foi o de número 289, juntando-se todas as disputas, entre amistosas, oficiais e jogos do Tornei Início. A turma da pancada está assim na súmula: Márcio; Marica, Mauro Galvão, Alex Pinho e Felipe; Luisinho (Moisés), Válber (Nasa) e Pedrinho; Ramon (Brener), Edmundo e Evair.1 - 


VASCO 2 X 1 ATLÉTICO-PR, pelo Campeonato Brasileiro de 2006, em 23 de julho (?), anotou 
um lance interessante. Jogado em tarde domingueira, em São Januário, teve gol de entrada e de saída.  Explica-se a inediticidade da situação: com um minuto, Morais abriu o placar; aos 90, Andrade o fechou. No dia, treinador  Renato Gaúcho confiou em: Cássio; Wagner Diniz, Fábio Braz, Jorge Luís e Diego Corrêa; Andrade, Morais (Ernane), Ygor e Ramon (Abedi), Edílson Capetinha, Valdir Papel (Ricardinho).

domingo, 22 de julho de 2012

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - EMPATAÇAÇO

oO grande resultado cruzmaltino nos 22 de julho foi o empate, por 1 x 1, com os argentinos do River Plate, na casa dele, o Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Classificou a rapaziada para a final da Taça Libertadores-1998, contra o equatoriano Barcelona, de Guaiaquil. Para os vascaínos, aquele foi uma “final antecipada”, devido a força dos dois times – no jogo de ida, em  São Januário,  "Almirante" 1 x 0.
O empate com os riveristas aconteceu em uma noite de quarta-feira, assistido por 55 ml pagantes. Os “hermanos” abriram o placar, aos 21 minutos do primeiro tempo, por intermédio do lateral-esquerdo Sorín. 

Aos 37 da etapa final, o árbitro chileno Guido Aros marcou uma falta, contra os anfitriões, pela esquerda do ataque vascaíno, da altura da intermediária. Juninho Pernambucano, que havia entrado em campo, na vaga de Luizão,  bateu forte. 
A bola fez um impressionante voo direto – para a torcida vascaína, uma eternidade, até chegar à rede –, pelo alto, rumo ao canto direito defendido pelo goleiro Burgos. Um golaço, que evitou a prorrogação.
 Treinado por Antônio Lopes, o time vascaíno jogou com: Carlos Germano; Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe: Luisinho, Nasa, Ramon e Pedrinho (Vagner); Donziete “Pantera” e Luizão (Juninho Pernambucano). (Foto reproduzida de www.crvaascodagama.com.br). Agradecimento.


sábado, 21 de julho de 2012

VOLTA DE ROBERTO DINAMITE O VASCO

Confira como foi a volta de Roberto Dinamite ao Vasco da Gama, após uma rápida passagem pelo espanhol Barcelona. Ele marcou os cinco gol dos 5 x 2 Corinthians, em mais uma virada de placar pela Turma da Colina. Clique no link abaixo, reproduzido de youtube.com. Agradecimentos.  

                      https://www.youtube.com/watch?v=CjZ5luU6dfk

HISTÓRIA DA HISTÓRIA & MANÉ & PELÉ

                                                                                                                         
                                              20 DE JULHO de1969 

GARRINCHA  (E) COM BIANCHINI (D)
Era o dia 20, do mês 7, do 7º ano da década-60. O camisa 7, aos 20 minutos do segundo tempo, balançou a rede, em um jogo de 7 gols: Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ. Estava escrito que, algum dia, Mané Garrincha vestiria a jaqueta cruzmaltina.
Esta história começa em 1947, quando um tio do Mané – Manoel Francisco dos Santos – com quem ele se sentia mais a vontade do que seu alagoano pai, pediu ao amigo Franciso dos Santos Ferreira, o Gradim, treinador do Vasco da Gama, para experimentar o seu sobrinho, que andava perto de fazer 15 anos. Mas o garoto viu tantos outros com o seu mesmo sonho, esperando pela vez de rolar a bola, que terminou não tendo paciência para esperar. Desistiu e foi embora.
Quatro anos se passaram. Então, Manoel dos Santos, nascido em 18 de outubro de 1933, resolveu voltar a São Januário, para nova tentativa. Só queu não levou assuas chuteiras. Como o clube não tinha pares sobarndo e, muito menos, ninguém dos que estasvam por ali, novamente, falhou a tentativa de ele entrar para a Turma da Colina.
Em Cordeiro-RJ, o 'Mané'
disputou o seu seu úinco jogo vascaino 
Veio, então, a temprada de 1967, e Garrincha não conseguira repetir, pelo Corinthians, o futebol que o fizera o maior ponta-direita da histórai do futeboo: apenas dois gols em 13 jogos. Já era final de carreira, e o clube paulista o cedeu ao Vasco. Em São Januário, o Mané só treinava. Um dia, então, o zagueiro Brito, o capitão do time, liderou a rapaziada e pediu aos cartolas para definirem o futuro do “Demônio das Pernas Tortas”.
Valeu o pedido. Arrumaram a situação do craque e marcaram a estreia de Garrincha para o jogo contra o Bangu, pela Taça Guanabara-1967. Mas não rolou. Antes, haveria um amistoso, contra a seleção municipal de Cordeiro-RJ, e ele foi incluído no grupo da partida, mesmo tendo se machucado no treino da véspera. Jogando no sacrifício. Mane agravou a contusão e por ali terminou a sua aventura vascaína, que se reuniu ao 90 minutos e ao gol marcado, cobrando falta, diante do time de Cordeiro. Pelomenos, por um jogo, Garrincha vestiu a camisa do Vasco da Gama, como já haviam feito Domingos da Guia, Fausto dos Santos, Leônidas da Silva, Zizinho e Pelé. O jogo em que Garrincha foi cruzmaltino homenageou João Beliene, o então único sócio fundador do Vasco ainda vivo. Pela cota de NCr$ 600,00, o clube enviou a Cordeiro um time mesclando reservas, como goleiro Edson Borracha e o atacante Bianchni, que já haviam passado pela Seleção Braileira, juvenis e jogadores que vinham sendo testados pelo técnico Gentil Cardoso. Confir a ficha técnica.
20.07.1967 - Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ. Local: Cordeiro (RJ). Juiz: Vander Carvalho. Renda: NCr$ 2. mil 727 novos cruzeiros e 25 centavos. Gols: Bianchini, aos 15, aos 18 e aos 35, e Zezinho, aos 21 min do 1º tempo; Milano (Cor), aos 10; Garrincha , aos 20, e Valfrido, aos 35 minutos do 2º tempo. Vasco: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William). Técnico: Gentil Cardoso. (fotos enviadas pelo ex-goleiro vascaíno e atual bloqueiro Valdir Appel). 

                                               21 DE JULHO 

Maracanã, palco predileto do “Rei Pelé”. Foi nele o seu último duelo contra o Vasco da Gama, gramado que gostava porque jogava em um time muito ofensivo, cuja patota queria um campo bem grande, que provocasse a explosão de toda a sua adrenalina.
No "Maraca”, Pelé começou a ganhar o primeiro título de sua carreira, pelo Combinado Vasco-Santos, em 1957; estreou na Seleção Brasileira, já mandando bola no filó, no mesmo ano; criou a pintura do “gol de placa”, em 1961; chegou ao milésimo gol, em 1969, e se despediu do time canarinho, em 1971, sem falar de muitas outras diabruras que aprontou. O seu último gol naquele gramado foi, também, em sua última partida por ali. Contra o Vasco. Vamos para o parágrafo abaixo.

CRUZMATINO, EM 1957
VASCO 2 X 1 SANTOS -  Corria o 21 de julho de 1974 e o adversário e a batalha valia pela fase final do Campeonato Brasileiro. Pelé deu esperanças de vitória à sua patota, igualando o placar, aos 30 minutos do segundo tempo – aos 15 da primeira etapa, Luís Carlos Lemos havia aberto o placar. Mas, faltando duas voltas do ponteiro do relógio do juiz gaúcho Agomar Martins para o final da pugna, o garoto Roberto Dinamite desempatou, para os cruzmaltinos, em um belíssimo tento que mereceu elogios do “despedinte”.
Pelé disputou a sua última partida no Maracanã diante de 97.696 desportistas, que pagaram Cr$ 1.168.789,00. A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ª vez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante em seu último jogo no Maracanã era Tim, o treinador que tentou levá-lo para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. Treinado por Mário Travaglini, o time cruzmaltino ganhou do “Rei" contando com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luís Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). A “Turma do Rei” era: Carlos; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão) e Pelé e Mazinho. (Foto reproduzida da revista "Grandes Clubes"). Agradecimento.


                                          HISTÓRIA DE UM GRANDE DUELO


O Vasco encarou Pelé por 20 vezes, entre 1957 e 1974. E igualou a “guerra”, rolando oito vitórias de cada lado, além de quatro empates. A primeira batalha foi em 1957, durante a “Semana Alvinegra”, promovida pelo Santos, para comemorar o seu 45º aniversário, como bicampeão paulista (1955/56). De sua parte, o “Time da Colina” era o campeão carioca (1956).
No primeiro Vasco x Pelé, em 7 de abril de 1957, na Vila Belmiro, e o Peixe mandou 4 x 2 e o garoto santista nem era titular ainda. Fazia a sua 15º partida no time A santista. Depois daquilo, muitas histórias viriam, como as que leremos abaixo.
Torneio Rio-São Paulo de 1959 - O Vasco liderava e só uma escorregada diante do Peixe, no último jogo, lhe tiraria o bi. Pelé esteve infernal, fez um gol e levou seu time aos 3 x 0, tomando o caneco da “Turma da Colina”.
Torneio Rio-São Paulo de 1963 - O “Time da Colina” encarava Pelé no Maracanã, e o vencia, por 2 a 0. A dupla de “xerifões” vascaínos, formada por Brito e Fontana, resolveu tirar um sarro no “Camisa 10”. Quando a bola saía, um deles a chutava, para mais longe, aproveitando que, naquela época, não havia tantos gandulas. E sacaneavam: ‘É, crioulo, nessa não dá mais”. Pra chatear mais, indagavam: “Cadê o Rei?” Faltando dois minutos para o final da partida, Pelé empatou a pugna: 2 x 2. Aí, pegou a bola, chegou pra Fontana, entregou-lhe a bola e sugeriu-lhe: “Leve para a senhora sua mãe. Diga que foi presente do Rei”.
Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1969 (Taça de Prata) - No dia 19 de novembro de 1969, o mundo parou para ver or milésimo gol de Pelé. Justamente, contra o Vasco. Houve um pênalti, muito constestado pelo zagueiro Fernando, que jura não ter nem tocado no “Camisa 10”, e este foi para a cobrança. O goleiro vascaíno Andrada, até então, fechava o gol, pois não queria ver a trma lhe chamando de “Arqueiro do Rei”. Ele até tocou na bola, durante a batida da falta. Mas não deu. Naquele noite, até a segunda viagem do homem à Lua passou despercebida diante de um acontecimento tão grandioso aqui na Terra.

Campeonato Brasileiro-1973 - Pelé vai ao Maracanã encarar o Vasco. Seria a primeira vez em que o maior ídolo do Santos estaria frente a frente com o futuro maior ídolo cruzmaltino, Roberto Dinamite. Muitos achavam que o “Garoto da Colina”, aos 19 anos, se intimidaria diante do “Rei”. Porém, aos 34 minutos, o lateral vascaíno Paulo César cruzou, na medida, para Roberto ganhar de Carlos Alberto Torres, na corrida, e emendar, de num sem-pulo , par a rede, indefensável. Pelé foi cumprimentá-lo, após o jogo, e declarou: “Foi o gol mais bonito que eu vi neste Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado, será um craque”. Proféticas palavras: Roberto Dinamite se tornaria o maior artilheiro da história do Vasco, com mais de 700 gols em mais de mil jogos com a jaqueta vascaína. (foto reproduzida de www.osgigantesdacolina.blogspot.com). Agradecimentos

sexta-feira, 20 de julho de 2012

HISTÓRIAS DO KIKE - POPÓ, O ÍDOLO DA IRMÃ DULCE NO FUTEBOL DPS BAIANOS

  No dia 19 de dezembro de 1920, Salvador, a capital baiana, ganhava o seu primeiro “monumento” dedicado ao futebol, o  “elegante stadium” construído no bairro da Graça, pelo engenheiro Arthur de Moraes (fora zagueiro do Esporte Clube Vitória) dentro dos padrões ingleses.

O Estádio da Graça, como ficou sendo chamado, nasceu com arquibancadas de madeira e de ferro, recebendo homens e mulheres da elite baiana, elegantemente vestidos.


                   Primeiro craque baiano suava a camisa pelo Ypiranga

Um dos presentes aos domingos futebolísticos no Estádio da Graça era a jovem  Maria Rita Pontes, que vivia jogando bola no meio da rua onde morava junto com os meninos. Ela se tornara fã do Apolinário Santana, o Popó, e pedia ao seu pai, o dentista Augusto Pontes, para leva-la aos jogos do  Ypiranga, time formado por estivadores e trabalhadores de ganho, por sinal, o primeiro campeão no Estádio da Graça, vencendo a elitista Associação Atlética da Bahia, por 1 x 0.

Enquanto vibrava aos domingos com as jogadas do Popó, a garota Maria Rita nem imaginava que ela, futuramente, se tornaria a futura primeira santa do Brasil. Em 1930, o seu  Ypiranga mandou a maior goleada da história do Campeonato Baianos de Futebol:  16 x 0 Democrata. Antes disso, em 15 de abril de 1923, ela já tivera uma outra grande alegria, com Ypiranga 5 x 4 Fluminense-RJ, no Estádio Graça (evidentemente), com todos os cinco gols marcados por Popó,  considerado o primeiro craque do futebol baiano.

Depois da futura Irmã Dulce, o Ypiranga ganhou a torcida do escritor Jorge Amado, que se declara canário  - o time é amarelo e preto - pelo livro Bahia de Todos os Santos, publicado em 1946. Nesta mesma temporada, o Esporte Clube Bahia ganhou o apelido de Tricolor de Aço, por vencer o São Paulo, por 7 x 2. O apelido foi cunhado pelo jornalista Aristóteles Góes, escrevendo no jornal A Tarde.

Nove anos depois, o ídolo maior do Ypiranga, Popó, morreria na miséria, pedindo esmolas em frente ao novo estádio da Fonte Nova, construído para ser usado na Copa do Mundo de 1950, mas que só fica pronto no ano seguinte. Com a chegada do novo estádio, o Ypiranga da Irmã Dulce perde, gradualmente, o posto de time de massas para o Bahia. Pelos inícios da década-1970, a Federação Baiana de Futebol vende o terreno do Campo da Graça para construtoras fazerem no local prédios imponentes, onde a Irmã Dulce ira torcer por Popó, que teve as suas histórias contadas por Aloildo Gomes Pires, colunista do jornal A Tarde. 

Nos tempos do Estádio da Graça só havia um rei na Bahia: Apolinário I, impiedoso que não perdoava nenhum goleiro

quinta-feira, 19 de julho de 2012

HISTÓRIAS DO KIKE - ESPORTIVO PEDRÃO

             

Desde o Segundo Império (1840 a 1889), nos chegavam da Europa teorias sobre a higienização corporal. Por ali, o brasileiro era tido por vindo de séculos de inércia e preguiça. Bom  motivo para os primeiros tempos da República virem acompanhados por  propostas incluindo melhorias dos nossos meios de alimentação e de moradia, reforçada por ventos já assoprados na década-1830 e que cobrava tornar a Educação Física obrigatória nas escolas primária e secundária da então Corte dos Orleans e Bragança.

Grande sacada! Mas ela só chegou à Câmara dos Deputados em 1879, para receber parecer favorável do que seria, hoje, o relator da peça (Ruy Barbosa), em 1882. Gente de peso, como o Barão do Rio Branco, apoiava tais ideias europeias e levava os filhos para caminhadas diárias, colocadas na conta da ginástica para desenvolvimento do físico.

Mas, até o final do século 19, a Educação Física ainda era vista de "revestré" pela maioria da  população "brazuca", incomodando médicos que gostariam de vê-la levada às crianças, principalmente. Quem publicava algo sobre o tema o anunciava por revistas esportivas, recomendando a professores e pais que ajudassem a “formar uma nação sadia e forte”.  Não dava, no entanto, para ser propagada em grandes proporções, pois revistas esportivas na Corte só havia sobre o turfe, que fez nascer a 'Vida Sportiva' e 'O Sport', entre outros que só viam corridas de cavalo por esporte - "com torcedores torcendo só pelo seu dinheiro apostado".

  No meio do rolo,  os poucos clubes ginásticos que apareciam no Rio de Janeiro, na verdade, eram, fachada para tentar enganar a polícia sobre jogos proibidos. Por volta de 1894, as publicações turfísticas passaram a noticiar esportes que pediam passagem, como o jogo da pelota, o remo e as corridas a pé, e o crescimento deles levou círculos letrados, como o frequentado pelo poeta Olavo Bilac, em 1907, a saudar os exercícios físicos, vendo-os caminhos para  nos salvar da degeneração física.

 A leitura avançada da história da prática física e desportiva por aqui leva a crer que o "primeiro desportista brasileiro" foi um português: Dom Pedro I. Nascido no 12 de outubro de 1798, ele foi criado pela ralé de aias e amas de leite, além de preceptores  e mestres do Palácio de Queluz, e pela avó louca, Dona Maria I. Medindo entre 1m64cm a 1m67cm, Dom Pedro exibia tórax e ombro largos, braço fortes e mãos grandes. Gostava de nadar nas praias cariocas, para exercitar o corpo e, também, por recomendação médica,

 Não ficava só pela natação a "desportividade e a exercitividade" do Pedro I. Ele praticava, ainda, escaladas de montanhas (percussor do alpinismo brazuca) e cavalgadas. Era cavaleiro tão intrépido e ousado que, pelas suas contas, chegara a levar 36 tombos dos cavalos. Mais: foi o percussor dos nossos pilotos de velocidade, saindo à todas pelas ruas do Rio de Janeiro,  pilotando carruagens a quatro cavalos. Por causa dessa sua hiperatividade, a sua mulher, a Princesa Leopoldina, beliscou, também, a inclusão do seu nome na história desportiva brazuca, como primeira amazona e caçadora desportiva. 

Quem diria! Dom Pedro I, o nosso primeiro desportista! - quando se atirava aos mares cariocas, nadava nu.

         

quarta-feira, 18 de julho de 2012

BAIXINININS NA ESQUINA DA COLINA

Geovani foi o baixinho que mais cresceu. A revista Placar" o
considerou "o cara" de uma temporada, o que foi destacado,
também, pelo grande importante www.netvasco.com.br
 O Vasco da Gama iniciou a temporada-1982 com uma fato que os malandros apelidaram por "Branca de Neve e os Sete Anões": contava com um atacante alto, como referência na área, cercado por baixinhos por todos os lados.
A "Branca de Neve" seria o artilheiro Roberto Dinamite, medindo 1m84 centímetros de altura ideal para brigar com os zagueirões de Flamengo, Fluminense e Botafogo, todos com mais de 1m80cm.
Já os sete anões seriam o meia Arthurzinho, de 1m62cm; o ponteiro-direito Mauricinho, de 1m63cm; o atante Marquinho, de 1m68cm, e os volantes Pires e Geovane, ambos medindo 1m69cm, a mesma estatura do atacante Mário e do lateral-esquerdo Aírton.
 Mas não ficava só nisso. Também, o treinador Edu Coimbra, que fora atleta vascaíno, na década-1970, figurava no time dos baixinhos, com 1m63cm. Ainda bem que altura não era documento no futebol brasileiro de antigamente, quando havia muitos craques.
 Tanto que o baixinho Arthurzinho fora o segundo artilheiro do Campeonato Carioca-1983, marcando 18 gols, só quatro a menos do que o principal "matador", o americano Luisinho Lemos.
Dos  sete "anões" da Colina que ainda poderiam ganhar alguns centímetros, só havia Geovane, de 19 de idade. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

HISTÓRIAS DO KIKE - TABELINHA DE CUNHADOS NO ATAQUE DO SANTOS

     David é o primeiro agachado e Pelé o último, reproduzidos da revista Manchete

 

Já houve tempos em que o futebol brasileiro tinha Rei e Príncipe. Evidentemente, o soberano dos gramados era o Pelé, e não se discutia. Já o Príncipe não passava de uma caçoada. Tendo em vista que o atacante David, do gaúcho Internacional, de Porto Alegre, namorava (pretendia se casar) com a Vera Lúcia, única irmã do Rei do Futebol, os colegas de clube lhe arrumaram, rápido, um apelido bem malandrinho.

 O Rei e o Príncipe eram familiares longe da bola, por conta do meio-de-campo armado por Cupido, mas nunca haviam reinado juntos durante uma contenda dentro das quatro linhas. Por aquela época, a década-1960, o meia-atacante Pelé defendia o paulista Santos, enquanto o ponta-direita David já havia ciganado um pouco. Após surgir no peladeiro Lá Peninha, de Campinas-SP, assinou contrato como profissional com o também paulista do XV de Novembro, de Jaú. Em seguida, passou pelo Noroeste, de Bauru, e a Ferroviária, de Araraquara, onde destacou-se  do lado de feras como Bazzani (futuro Corinthians), Parada (futuro Botafogo) e Peixinho (futuro Santos).  Em 1964, chegou à Seleção Paulista de Novos e foi levado pelo Corinthians, pelo qual disputou o Torneio Rio-São Paulo-1964 (maior competição do futebol brasileiro da época). Mas, como os alvinegros paulistanos estavam de olho no grande goleador Flávio Almeida Fonseca, do Internacional, não mediram esforços para tê-lo e, no rolo da contratação, os gaúchos levaram o cunhado do Rei. David, então, tornou-se um ex-corintiano, após 54 jogos e nove gols marcados. 

 Deixar o futebol paulista (um dos grandes sonhos, juntamente com o carioca, de todo jogador), poderia não ser uma boa para David. No entanto, ajudou-o a fazer uma boa arrumada de bolso para o casamento com a irmã do Rei. Embolsou Cr$ 6 milhões de cruzeiros, de luvas (graninha que era uma espécie de FGTS) e salário de Cr$ 400 mil mensais, além de casa, comida e roupa lavada. Um bom contrato, para a época. 

 Mais do que o bom negócio, David teve a chance que poderia demorar muito caso continuasse no Corinthians: vestir a camisa da Seleção Brasileira. Em 1966, preparando o time canarinho para a Copa do Mundo da Inglaterra, a então Confederação Brasileira de Desportos (futura CBF) mandou a seleção gaúcha representa-la na disputa da Taça O´Higgins, contra o Chile. E ele viajou titular e voltou campeão. Entre 1967 e 1969, esteve no Cruzeiro-MG e no Grêmio-RS.

 Veio, então, a década-1970. E, pelo início dela, o Santos reuniu o Rei e Príncipe, em seu ataque (foto). David passou duas temporadas jogando junto com o Pelé, do qual afirmava aos repórteres “não ser um sujeito mascarado (gíria antiga para esnobes), mas um sujeito legal, um exemplo para jogadores de todo o mundo”.

 Nascido na paulista Campinas, em 14 de junho de 1944, David Bendito Magalhães, depois do Santos, ainda jogou, entre 1972 e 1976, pelo Londrina-PR, Vitória-BA, e os paulistas  Portuguesa Santista, São Bento, Saad, São Caetano e Primavera, de Indaiatuba, pendurando as chuteira aos 38 nos costados. Casado, com Maria Lúcia Nascimento Magalhães, o Príncipe gerou Daniele, Débora a João Paulo e, fora dos gramados, passou a trabalhar nas empresas do Rei – OBS: na foto, David é está agachado à esquerda e Pelé à direita.





 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

HISTÓRIA DA HISTÓRIA - MANÉ VASCAÍNO

                                                         20 DE JULHO

GARRINCHA  (E) COM BIANCHINI (D)
 Era o mês 7, do 7º ano da década-1960, quando camisa 7, aos 20 minutos do segundo tempo, balançou a rede em jogo de 7 gols: Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ. 

Esta história começa em 1947, quando um tio do Mané – Manoel Francisco dos Santos – com quem ele se sentia mais a vontade do que seu alagoano pai, pediu ao amigo Franciso dos Santos Ferreira, o Gradim, treinador do Vasco da Gama, para experimentar o seu sobrinho, que andava perto de fazer 15 anos. Mas o garoto viu tantos outros com o seu mesmo sonho, esperando pela vez de rolar a bola, que terminou não tendo paciência para esperar. Desistiu e foi embora.

Em Cordeiro-RJ, o 'Mané'
disputou o seu seu úinco jogo vascaino 
Quatro anos se passaram. Então, Manoel dos Santos, nascido em 18 de outubro de 1933, resolveu voltar a São Januário, para nova tentativa. Só queu não levou assuas chuteiras. Como o clube não tinha pares sobarndo e, muito menos, ninguém dos que estasvam por ali, novamente, falhou a tentativa de ele entrar para a Turma da Colina.

Veio, então, a temprada de 1967, e Garrincha não conseguira repetir, pelo Corinthians, o futebol que o fizera o maior ponta-direita da histórai do futeboo: apenas dois gols em 13 jogos. Já era final de carreira, e o clube paulista o cedeu ao Vasco. Em São Januário, o Mané só treinava. Um dia, então, o zagueiro Brito, o capitão do time, liderou a rapaziada e pediu aos cartolas para definirem o futuro do “Demônio das Pernas Tortas”.

Valeu o pedido. Arrumaram a situação do craque e marcaram a estreia de Garrincha para o jogo contra o Bangu, pela Taça Guanabara-1967. Mas não rolou. Antes, haveria um amistoso, contra a seleção municipal de Cordeiro-RJ, e ele foi incluído no grupo da partida, mesmo tendo se machucado no treino da véspera. Jogando no sacrifício. Mane agravou a contusão e por ali terminou a sua aventura vascaína, que se reuniu ao 90 minutos e ao gol marcado, cobrando falta, diante do time de Cordeiro. Pelomenos, por um jogo, Garrincha vestiu a camisa do Vasco da Gama, como já haviam feito Domingos da Guia, Fausto dos Santos, Leônidas da Silva, Zizinho e Pelé. O jogo em que Garrincha foi cruzmaltino homenageou João Beliene, o então único sócio fundador do Vasco ainda vivo. Pela cota de NCr$ 600,00, o clube enviou a Cordeiro um time mesclando reservas, como goleiro Edson Borracha e o atacante Bianchni, que já haviam passado pela Seleção Braileira, juvenis e jogadores que vinham sendo testados pelo técnico Gentil Cardoso. Confir a ficha técnica. 


20.07.1967 - Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ. Local: Cordeiro (RJ). Juiz: Vander Carvalho. Renda: NCr$ 2. mil 727 novos cruzeiros e 25 centavos. Gols: Bianchini, aos 15, aos 18 e aos 35, e Zezinho, aos 21 min do 1º tempo; Milano (Cor), aos 10; Garrincha , aos 20, e Valfrido, aos 35 minutos do 2º tempo. Vasco: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William). Técnico: Gentil Cardoso. (fotos enviadas pelo ex-goleiro vascaíno e atual bloqueiro Valdir Appel).  .


Passado umas eras, Real Madrid, Bangu, América e Flamengo foram outros times cariocas também traçados. Os banguenses caíram em 1958, em um domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, em um dia em que Pinga pingou duas vezes na rede. Sem perdão, o "Diabo" teve a sua exorcização em em 1975, no mesmo local, a cargo dos "satânicos" (na área) Dé e Jair Pereira. Já os rubro-negros não aguentaram o tranco, em 1996,  em um amistoso rolado no Estádio Vivaldo Lima, em Manaus, no Amazonas, onde Juninho, Válber e Vítor Pereira encarnaram o espírito da selva. E, por falar em terras amazonenses, em 1988, o Vasco mandou 3 x 2 no manauara Rio Negro, em uma quarta-feira, amistosamente, no Vivaldão – estragos feitos por Sorato (2) e Osvaldo.

Mineiros e paulistas e gaúchos também foram demolidos nos 20 de julho. Em 2004, o Vasco "descruzilhou" o  Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Do mesmo jeito, mandou uma mordida foi no Peixe, na lagoa dele. Já o “Tricolor dos Pampas” viram o bico de chuteira do ‘Pantera’ Donizete  assombrar nos Pampas, durante, pela 20ª rodada do primeiro turno do Brasileirão.  Confira abaixo as fichas vascaínas dessas vitórias. (foto de Dé reproduzida de álbumde figurinhas).