20 DE JULHO de1969
GARRINCHA (E) COM BIANCHINI (D) |
Esta história começa em 1947, quando um tio do Mané – Manoel Francisco dos Santos – com quem ele se sentia mais a vontade do que seu alagoano pai, pediu ao amigo Franciso dos Santos Ferreira, o Gradim, treinador do Vasco da Gama, para experimentar o seu sobrinho, que andava perto de fazer 15 anos. Mas o garoto viu tantos outros com o seu mesmo sonho, esperando pela vez de rolar a bola, que terminou não tendo paciência para esperar. Desistiu e foi embora.
Quatro anos se passaram. Então, Manoel dos Santos, nascido em 18 de outubro de 1933, resolveu voltar a São Januário, para nova tentativa. Só queu não levou assuas chuteiras. Como o clube não tinha pares sobarndo e, muito menos, ninguém dos que estasvam por ali, novamente, falhou a tentativa de ele entrar para a Turma da Colina.
Em Cordeiro-RJ, o 'Mané' disputou o seu seu úinco jogo vascaino |
Veio, então, a temprada de 1967, e Garrincha não conseguira repetir, pelo Corinthians, o futebol que o fizera o maior ponta-direita da histórai do futeboo: apenas dois gols em 13 jogos. Já era final de carreira, e o clube paulista o cedeu ao Vasco. Em São Januário , o Mané só treinava. Um dia, então, o zagueiro Brito, o capitão do time, liderou a rapaziada e pediu aos cartolas para definirem o futuro do “Demônio das Pernas Tortas”.
Valeu o pedido. Arrumaram a situação do craque e marcaram a estreia de Garrincha para o jogo contra o Bangu, pela Taça Guanabara-1967. Mas não rolou. Antes, haveria um amistoso, contra a seleção municipal de Cordeiro-RJ, e ele foi incluído no grupo da partida, mesmo tendo se machucado no treino da véspera. Jogando no sacrifício. Mane agravou a contusão e por ali terminou a sua aventura vascaína, que se reuniu ao 90 minutos e ao gol marcado, cobrando falta, diante do time de Cordeiro. Pelomenos, por um jogo, Garrincha vestiu a camisa do Vasco da Gama, como já haviam feito Domingos da Guia, Fausto dos Santos, Leônidas da Silva, Zizinho e Pelé. O jogo em que Garrincha foi cruzmaltino homenageou João Beliene, o então único sócio fundador do Vasco ainda vivo. Pela cota de NCr$ 600,00, o clube enviou a Cordeiro um time mesclando reservas, como goleiro Edson Borracha e o atacante Bianchni, que já haviam passado pela Seleção Braileira, juvenis e jogadores que vinham sendo testados pelo técnico Gentil Cardoso. Confir a ficha técnica.
20.07.1967 - Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ. Local: Cordeiro (RJ). Juiz: Vander Carvalho. Renda: NCr$ 2. mil 727 novos cruzeiros e 25 centavos. Gols: Bianchini, aos 15, aos 18 e aos 35, e Zezinho, aos 21 min do 1º tempo; Milano (Cor), aos 10; Garrincha , aos 20, e Valfrido, aos 35 minutos do 2º tempo. Vasco: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William). Técnico: Gentil Cardoso. (fotos enviadas pelo ex-goleiro vascaíno e atual bloqueiro Valdir Appel).
21 DE JULHO
Maracanã, palco predileto do “Rei Pelé”. Foi nele o seu último duelo contra o Vasco da Gama, gramado que gostava porque jogava em um time muito ofensivo, cuja patota queria um campo bem grande, que provocasse a explosão de toda a sua adrenalina.
No "Maraca”, Pelé começou a ganhar o primeiro título de sua carreira, pelo Combinado Vasco-Santos, em 1957; estreou na Seleção Brasileira, já mandando bola no filó, no mesmo ano; criou a pintura do “gol de placa”, em 1961; chegou ao milésimo gol, em 1969, e se despediu do time canarinho, em 1971, sem falar de muitas outras diabruras que aprontou. O seu último gol naquele gramado foi, também, em sua última partida por ali. Contra o Vasco. Vamos para o parágrafo abaixo.
VASCO 2 X 1 SANTOS - Corria o 21 de julho de 1974 e o adversário e a batalha valia pela fase final do Campeonato Brasileiro. Pelé deu esperanças de vitória à sua patota, igualando o placar, aos 30 minutos do segundo tempo – aos 15 da primeira etapa, Luís Carlos Lemos havia aberto o placar. Mas, faltando duas voltas do ponteiro do relógio do juiz gaúcho Agomar Martins para o final da pugna, o garoto Roberto Dinamite desempatou, para os cruzmaltinos, em um belíssimo tento que mereceu elogios do “despedinte”.
Pelé disputou a sua última partida no Maracanã diante de 97.696 desportistas, que pagaram Cr$ 1.168.789,00. A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ª vez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante em seu último jogo no Maracanã era Tim, o treinador que tentou levá-lo para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. Treinado por Mário Travaglini, o time cruzmaltino ganhou do “Rei" contando com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luís Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). A “Turma do Rei” era: Carlos; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão) e Pelé e Mazinho. (Foto reproduzida da revista "Grandes Clubes"). Agradecimento.
HISTÓRIA DE UM GRANDE DUELO
CRUZMATINO, EM 1957 |
Pelé disputou a sua última partida no Maracanã diante de 97.696 desportistas, que pagaram Cr$ 1.168.789,00. A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ª vez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante em seu último jogo no Maracanã era Tim, o treinador que tentou levá-lo para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. Treinado por Mário Travaglini, o time cruzmaltino ganhou do “Rei" contando com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luís Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). A “Turma do Rei” era: Carlos; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão) e Pelé e Mazinho. (Foto reproduzida da revista "Grandes Clubes"). Agradecimento.
HISTÓRIA DE UM GRANDE DUELO
O Vasco encarou Pelé por 20 vezes, entre 1957 e 1974. E igualou a “guerra”, rolando oito vitórias de cada lado, além de quatro empates. A primeira batalha foi em 1957, durante a “Semana Alvinegra”, promovida pelo Santos, para comemorar o seu 45º aniversário, como bicampeão paulista (1955/56). De sua parte, o “Time da Colina” era o campeão carioca (1956).
No primeiro Vasco x Pelé, em 7 de abril de 1957, na Vila Belmiro, e o Peixe mandou 4 x 2 e o garoto santista nem era titular ainda. Fazia a sua 15º partida no time A santista. Depois daquilo, muitas histórias viriam, como as que leremos abaixo.
Torneio Rio-São Paulo de 1959 - O Vasco liderava e só uma escorregada diante do Peixe, no último jogo, lhe tiraria o bi. Pelé esteve infernal, fez um gol e levou seu time aos 3 x 0, tomando o caneco da “Turma da Colina”.
Torneio Rio-São Paulo de 1963 - O “Time da Colina” encarava Pelé no Maracanã, e o vencia, por 2 a 0. A dupla de “xerifões” vascaínos, formada por Brito e Fontana, resolveu tirar um sarro no “Camisa 10”. Quando a bola saía, um deles a chutava, para mais longe, aproveitando que, naquela época, não havia tantos gandulas. E sacaneavam: ‘É, crioulo, nessa não dá mais”. Pra chatear mais, indagavam: “Cadê o Rei?” Faltando dois minutos para o final da partida, Pelé empatou a pugna: 2 x 2. Aí, pegou a bola, chegou pra Fontana, entregou-lhe a bola e sugeriu-lhe: “Leve para a senhora sua mãe. Diga que foi presente do Rei”.
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Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1969 (Taça de Prata) - No dia 19 de novembro de 1969, o mundo parou para ver or milésimo gol de Pelé. Justamente, contra o Vasco. Houve um pênalti, muito constestado pelo zagueiro Fernando, que jura não ter nem tocado no “Camisa 10”, e este foi para a cobrança. O goleiro vascaíno Andrada, até então, fechava o gol, pois não queria ver a trma lhe chamando de “Arqueiro do Rei”. Ele até tocou na bola, durante a batida da falta. Mas não deu. Naquele noite, até a segunda viagem do homem à Lua passou despercebida diante de um acontecimento tão grandioso aqui na Terra.
Campeonato Brasileiro-1973 - Pelé vai ao Maracanã encarar o Vasco. Seria a primeira vez em que o maior ídolo do Santos estaria frente a frente com o futuro maior ídolo cruzmaltino, Roberto Dinamite. Muitos achavam que o “Garoto da Colina”, aos 19 anos, se intimidaria diante do “Rei”. Porém, aos 34 minutos, o lateral vascaíno Paulo César cruzou, na medida, para Roberto ganhar de Carlos Alberto Torres, na corrida, e emendar, de num sem-pulo , par a rede, indefensável. Pelé foi cumprimentá-lo, após o jogo, e declarou: “Foi o gol mais bonito que eu vi neste Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado, será um craque”. Proféticas palavras: Roberto Dinamite se tornaria o maior artilheiro da história do Vasco, com mais de 700 gols em mais de mil jogos com a jaqueta vascaína. (foto reproduzida de www.osgigantesdacolina.blogspot.com). Agradecimentos
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