O Estádio da Graça, como ficou sendo chamado, nasceu com arquibancadas de madeira e de ferro, recebendo homens e mulheres da elite baiana, elegantemente vestidos.
Primeiro craque baiano suava a camisa pelo Ypiranga
Enquanto vibrava aos domingos com as jogadas do Popó, a garota Maria Rita nem imaginava que ela, futuramente, se tornaria a futura primeira santa do Brasil. Em 1930, o seu Ypiranga mandou a maior goleada da história do Campeonato Baianos de Futebol: 16 x 0 Democrata. Antes disso, em 15 de abril de 1923, ela já tivera uma outra grande alegria, com Ypiranga 5 x 4 Fluminense-RJ, no Estádio Graça (evidentemente), com todos os cinco gols marcados por Popó, considerado o primeiro craque do futebol baiano.
Depois da futura Irmã Dulce, o Ypiranga ganhou a torcida do escritor Jorge Amado, que se declara canário - o time é amarelo e preto - pelo livro Bahia de Todos os Santos, publicado em 1946. Nesta mesma temporada, o Esporte Clube Bahia ganhou o apelido de Tricolor de Aço, por vencer o São Paulo, por 7 x 2. O apelido foi cunhado pelo jornalista Aristóteles Góes, escrevendo no jornal A Tarde.
Nove anos depois, o ídolo maior do Ypiranga, Popó, morreria na miséria, pedindo esmolas em frente ao novo estádio da Fonte Nova, construído para ser usado na Copa do Mundo de 1950, mas que só fica pronto no ano seguinte. Com a chegada do novo estádio, o Ypiranga da Irmã Dulce perde, gradualmente, o posto de time de massas para o Bahia. Pelos inícios da década-1970, a Federação Baiana de Futebol vende o terreno do Campo da Graça para construtoras fazerem no local prédios imponentes, onde a Irmã Dulce ira torcer por Popó, que teve as suas histórias contadas por Aloildo Gomes Pires, colunista do jornal A Tarde.
Nos tempos do Estádio da Graça só havia um rei na Bahia: Apolinário I, impiedoso que não perdoava nenhum goleiro
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