CRUZMATINO, EM 1957 |
Pelé disputou a sua última partida no Maracanã diante de 97.696 desportistas, que pagaram Cr$ 1.168.789,00. A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ª vez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante em seu último jogo no Maracanã era Tim, o treinador que tentou levá-lo para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. Treinado por Mário Travaglini, o time cruzmaltino ganhou do “Rei" contando com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luís Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). A “Turma do Rei” era: Carlos; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão) e Pelé e Mazinho. (Foto reproduzida da revista "Grandes Clubes"). Agradecimento.
HISTÓRIA DE UM GRANDE DUELO
O Vasco encarou Pelé por 20 vezes, entre 1957 e 1974. E igualou a “guerra”, rolando oito vitórias de cada lado, além de quatro empates. A primeira batalha foi em 1957, durante a “Semana Alvinegra”, promovida pelo Santos, para comemorar o seu 45º aniversário, como bicampeão paulista (1955/56). De sua parte, o “Time da Colina” era o campeão carioca (1956).
No primeiro Vasco x Pelé, em 7 de
abril de 1957, na Vila Belmiro, e o Peixe mandou 4 x 2 e o garoto santista nem
era titular ainda. Fazia a sua 15º partida no time A santista. Depois daquilo,
muitas histórias viriam, como as que leremos abaixo.
Torneio Rio-São Paulo de 1959 - O
Vasco liderava e só uma escorregada diante do Peixe, no último jogo, lhe
tiraria o bi. Pelé esteve infernal, fez um gol e levou seu time aos 3 x 0,
tomando o caneco da “Turma da Colina”.
Torneio Rio-São Paulo de 1963 -
O “Time da Colina” encarava Pelé no Maracanã, e o vencia, por 2 a 0. A dupla
de “xerifões” vascaínos, formada por Brito e Fontana, resolveu tirar um sarro
no “Camisa 10”. Quando a bola saía, um deles a chutava, para mais longe,
aproveitando que, naquela época, não havia tantos gandulas. E sacaneavam: ‘É,
crioulo, nessa não dá mais”. Pra chatear mais, indagavam: “Cadê o Rei?”
Faltando dois minutos para o final da partida, Pelé empatou a pugna: 2 x 2.
Aí, pegou a bola, chegou pra Fontana, entregou-lhe a bola e sugeriu-lhe:
“Leve para a senhora sua mãe. Diga que foi presente do Rei”. |
Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1969 (Taça de Prata) - No dia 19
de novembro de 1969, o mundo parou para ver or milésimo gol de Pelé.
Justamente, contra o Vasco. Houve um pênalti, muito constestado pelo zagueiro
Fernando, que jura não ter nem tocado no “Camisa 10”, e este foi para a
cobrança. O goleiro vascaíno Andrada, até então, fechava o gol, pois não queria
ver a trma lhe chamando de “Arqueiro do Rei”. Ele até tocou na bola, durante a
batida da falta. Mas não deu. Naquele noite, até a segunda viagem do homem à
Lua passou despercebida diante de um acontecimento tão grandioso aqui na Terra.
Campeonato Brasileiro-1973 - Pelé vai ao Maracanã encarar o Vasco. Seria a primeira vez em que o maior ídolo do Santos estaria frente a frente com o futuro maior ídolo cruzmaltino, Roberto Dinamite. Muitos achavam que o “Garoto da Colina”, aos 19 anos, se intimidaria diante do “Rei”. Porém, aos 34 minutos, o lateral vascaíno Paulo César cruzou, na medida, para Roberto ganhar de Carlos Alberto Torres, na corrida, e emendar, de num sem-pulo , par a rede, indefensável. Pelé foi cumprimentá-lo, após o jogo, e declarou: “Foi o gol mais bonito que eu vi neste Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado, será um craque”. Proféticas palavras: Roberto Dinamite se tornaria o maior artilheiro da história do Vasco, com mais de 700 gols em mais de mil jogos com a jaqueta vascaína. (foto reproduzida de www.osgigantesdacolina.blogspot.com). Agradecimentos
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