Coragem, rapidez e oportunismo. Esta foi a
receita que o centroavante Ney Oliveira passou ao repórter Eliomário Valente,
pelo Nº 504, da Revista do Esporte, para os candidatos a artilheiro. De sua
parte, o “escriba”, que o acompanhou de perto, porque era torcedor vascaíno, o
definiu como “rápido, insinuante e voluntarioso”, além de vê-lo como um “jogador
de fibra” e um dos mais perigosos do futebol carioca da década-1960.

Um outro tento engraçado marcado por Ney,
como cruzmaltino, rolou diante do
Botafogo, em cabeçada. A
bola pingava na área, o goleiro Manga olhou para ele e preparou-se para a
defesa. Nei sentiu-se debochado, como se o alvinegro estivesse fazendo pouco de
sua altura. “Fiz um esforço grande, pulei mais alto do que ele, testei a bola e
o gol estava consumado. Enquanto eu estava sendo abraçado...olhei para trás e
vi o Manga dando socos no ar”, lembrou.
Nei citou, ainda, um terceiro gol marcado
pela “Turma da Colina”, o qual considerou o seu mais engraçado. Diante do
Fluminense. Nem esperava mais nada do lance, quando a bola bateu em uma de suas
canelas e foi parar na rede tricolor. “Fiquei até sem jeito de receber os
cumprimentos dos companheiros, pois achava que não era merecedor. Foi m gol sem
trabalho”, definiu.

A última temporada de Ney no Vasco foi
de umtime muito confuso, com quatro treinadores: Pinga, Evaristo de Macedo,
Paulinho de Almeida e Célio de Souza. O grupo teve: Andrada (Valdidr Aplle),
Fidélis, Brito Moacir), Orlando Peçanha (Fernando/Renê) e Eberval (Dutra);
Alcir e Buglê (Benetti/Valinhos); Luiz Carlos Lemos (Nado), Nei (Adílson),
Valfrido (Bianchini) e Acelino (Silvinho/Raimundinho). (foto de Nei (D) e Adílson reproduzida da Revista do Esporte)
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