Vasco

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domingo, 17 de março de 2019

7 - O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - CORNUÁLIA PRESS, EDIÇÃO HABSBURGA


Diz o redator do jornal dos espiritualistas que o homem nasce com o seu destino traçado, rotulado, carimbado. Mas o redator do jornal empírico prefere deixar rolar e ver o que pinta. Há casos em que o primeiro parece ter razão.
 Basta voltarmos à Áustria do Século 18, onde o Imperador Francisco I parece ter introduzido na casa dos Habsburgo a opção de colocar e levar chifres.
"Malu", reproduzida de www.wikipedia, chifrou...
 Tudo começou quando o glorioso Chiquinho, para  não entregar a chave de seu barraco ao nada simpático e mui antipático Napoleão Bonaparte, mais malandro do que um pardal - não canta para não ficar na gaiola -  colocou no lance a sua bela e gostosíssima filha Maria Luisa. 
O glorioso “Nap”, como assinava nos escrevinhados à gataça "Malu", andava mais do que “pê-da-vida”, com Josefina, porque esta não paria, e ele, urgentemente, precisava da chegada de um  Napoleãozinho, pra dar continuidade às suas sacanagens. 
A "Zefa" poderia até segurar o emprego, mas achou de atrapalhar uma "rapidinha" do maridão, com Eléonore de La Plaigne, em um dos quartos do palácio.  Pintou no pedaço na hora errada e teve que tirar o time de campo. Foi por ali que a rádio da Áustria anunciou: “Substituição nas cuecas de Napoleão. Sai Josefina e entra Maria Luisa”.
 Lance rolando, a tesudíssima 'Malu' - deveria ser muito boa mesmo de jogo pois deixou Napoleão com os quatro pneus, mais o estepe e o macaco arriados por ela. Sem falar da chave de roda e das porcas. E não seria pra menos, pois a austríaca, com pegada forte e fome de cama, rapidão, deu-lhe o rebento cobrado da bola murcha "Zefa".
Rola o tempo! Mais do que arriado por Maria Luisa, o glorioso Bonaparte, quando decidiu sacanear a Rússia e a Alemanha, nem teve dúvidas de quem deixaria como regente dos franceses: a sua parceira de rolagens na horizontal. Talvez, um refresco por botado vários Habsburgos pra correr, duas vezes, de Viena.
..." Il cornutti" Napoleão, que era cunhado...
Napoleão, no entanto,  “sabiam” os espiritualistas, não teria um império eterno. Um dia caiu e foi parar em Elba, para onde a "Malu" recusou-se a acompanhá-lo. De quebra, enquanto ele curtia uma cadeia, ela achava muito mais vantajoso mandar-lhe um par de caprichados chifres, torneados pelo Conde de Neipperg. Com apetite voraz, ela seria capaz de deixar a 'perseguida' dar teia de aranha? Nem pensar!
Enquanto a "Malu" chifrava um dos homens mais poderosos da história, ídolo de Pedro I, do lado de cá do Atlântico,  a mana Leopoldina era chifrada pelo Imperador brasuca, um taradão. Se bem que a "Poldinha" pediu. Educada para servir ao marido, totalmente, não gostava de fazer sexo e rezava muito, até pra não embuchar.
Leopoldina, primeira mulher a governar o Brasil, chamava a irmã Maria Luisa por "Luison" e a tinha por uma santa. Também, como aquela, esteve regente por aqui. Interinamente, por alguns dias, às vésperas do tarado Pedrão proclamar a independência do Brasil, em 1822, da qual ela teve “grandidíssima” participação. Regeu a farra até assinatura da independência brasileira, em 7 de setembro.
... da chifrada Leopoldina, que teve...
Carolina Josefa Leopoldina, nascida em Viena - 22 de janeiro de 1797 -, era filha de uma das famílias mais poderosas da Europa, ms não tinha estampa para concorrer com  Domitila de Castro e Canto.
Coitadinha! Passou seis meses viajando em um navio, cheia de sonhos, trazendo com ela livros de botânica e de mineralogia, pintores, cientistas e botânicos europeus, para catalogar fauna e flora brasileiras, mas terminou catalogando um chifrão.
Além da Independência brasileira, Leopoldina armou para Dom Pedro  não obedecer as cortes portuguesas e ficar por aqui. Temia revoluções populares que pudessem leva-la a perder a cabeça, como a sua tia-avó Maria Antonieta,  durante a Revolução Francesa de 1789.
 A chifradeira  Maria Luíza era uma inspiração para Leopoldina. Menos, nesse ponto, é claro. 
... a testa enfeitada pelo tarado Pedrão.
Diferentemente de Dom Pedro, Leopoldina sabia dialogar com o povo brasileiro. Tomou diversas resoluções muito importantes, como a contratação de numerosos militares estrangeiros para chefiar o Exército brasileiro, diante da possibilidade de  uma invasão lusitana, por causa dos papos de independência brasuca. Tudo isso nada lhe servia.  Dom Pedro preferia Domitila e a fez de Marquesa de Santos e dama de companhia da Imperatriz.
 A figura deu-lhe dois filhos, sendo que uma filha a levou para o seu palácio, a fim de viver junto com a austríaca.
 Leopoldina tentou, também, acabar com o trabalho escravo no Brasil, incentivando a imigração europeia pra cá. Enquanto pensava o bem, Domitila enriquecia-se, mordendo grana em negociatas, com a ajuda do taradão, corrupções em nomeações para cargos públicos.
Como não era gordinha e nem manquinha, como a "Poldinha" das bochechas flácidas, Domitila tinha tudo o que as mulheres tesudas de seu tempo tinham. Por isso, foi bom enquanto durou. E, assim, os Habsburgo chifraram de lá e foram chifrados de cá. Estava escrito?  
        

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