Vasco

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domingo, 31 de maio de 2020

HISTÓRIAS DO FUTEBOL BRASILIENSE. BRASÍLA ENFAIXADO NA CHURRASCARIA

 Para fazer uma grande festa pela recuperação do caneco (perdido, em 1979, para o Gama), o Brasília Esporte Clube tentara trazer Flamengo e Corinthians para o Jogo das Faixas. Estávamos a menos de 45 dias da virada do calendário e a época não ajudava, sem falar da cota do visitante que ficaria em um milhão e meio de inflacionados cruzeiros – caríssima! 

Rola e mexe, após esgotadas todas as tentativas de contar com um atrativaço, o Brasília esbarrou até na possibilidade de trazer o vizinho Anápolis. “Problema  nunca foi problema para o Brasa”, brincava o zagueiro Jonas Foca, que chamava o Brasília por apelido incandescente. Além daquilo, lembrava de 22 de dezembro de 1978, quando o Colorado do Planalto (apelido não pegou) não conseguia, marcar nenhuma comemoraçãoe arrumou jeito diferente para o tri não passar sem festejo: convidou a imprensa para enfaixar a rapaziada, durante sambão, em um sabadão, na Churrascaria do Júlio, ao lado da pista ligando Plano Piloto a Taguatinga. Me lembro que coloquei a faixa no meia-atacante Ernani Banana. 

Foto reproduzida do arquivo do Jornal de Brasília

 Era a primeira vez na história do futebol brasileiro que um campeão recebia as faixas em uma churrascaria. Alguns jogadores não puderam comparecer e foram sacaneados pelos colegas. Por exemplo: 1 – Edmar (futuro artilheiro do Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro. Grêmio-RS e da Seleção Brasileira) estava com forte gripe e febre. Banana, que lhe dava carona para todos os treinos, mandou ver: “Deixei de pegar a gripe fominha” – o colega era o maior fominha de gols do time; 2 – O lateral Ferreti estava na Bahia, visitando a família, e alegou não ter encontrado passagem aérea no dia do churrascão. Jonas Foca não o perdoou: “Preguiça de pegar o avião”; 3 – Caçoou, ainda, com o meia-armador Raimundinho, também baiano e que estava, igualmente, na Bahia: “Na terra dele, o veículo mais rápido é o jegue. Não dava tempo de chegar”; 4 – Em vez de contratar churrasco, podiam me chamar pra fazer um terceiro- sargento”, brincava o roupeiro Seu Mário, ao que o massagista Leleco retrucava: “Pra empanturrar todo o time” – terceiro-sargento era uma mistura de carne de sol cortadinha em pedacinhos, arroz branco, tomate cortado e farofa.

  Foi uma noitada animadíssima, em que até os circunspectosirigentes Augustinho Vilar Neto, Nabor Siqueira, Oscar Perné do Carmo, Paulo de Sousa, Edílson Braga, Carlos Romeiro e o treinador Cláudio Garcia se animaram mais do que o normal, ouvindo a orquestra mandar em homenagem aos campeões: Déo, Luisinho, Mário, Foca, Zé Mario, Odair Galetti, Alencar, Wander, Rogério Macedo, William, Paulinho, Albeneir, Ney, Aluísio Robozinho, Ricardo, Moreirinha (foto), Péricles, Edson, Marquinhos, Nando, Guilherme, Afonso, Sidney e Zé Carlos.

Anote os resultados da conquista: 1º turno – Brasília  2 x 0 Tiradentes; 1 x 0 Gama; 1 x 1 Comercial de Planaltina; 2 x 0 Sobradinho; 3 x 0 Desportiva Bandeirante;  1 x 1 Guará; 6 x 0 Ceilândia e 2 x 0 Taguatinga. 2º turno – 5 x 0 Desportiva; 0 x 0 Taguatinga; 5 x 0 Sobradinho; 0 x 0 Guará; 3 x 1 Ceilândia; 3 x 1 Tiradentes; 3 x 1 Comercial; 0 x 0 Gama e 2 x 0 Gama. 3º turno – 5 X 0 Tiradentes; 5 x 0 Desportiva; 1 x 0 Ceilândia; 4 x 0 Taguatinga; 3x 0-Sobradinho; 4 x 0 Comercial; 2 x 0 Guará e 1 x 1 Gama.


A GRAÇA DA COLINA - BIGODE SEXY


Só pode ser! Pra ganhar tremenda gata, o carinha deve ter devorado uma andorinha, e a pobrezinha ficado com as asas de fora. A não ser que o travesso vascaíno esteja munido de tremendíssimo poder de sedução. Nada de extraordinário, principalmente quanto o Kike reproduz um desenho da antiga e já inexistente revistas carioca Sport Ilustrado, pra alegrar a sua galera em um domingão friorento em sua sede, no Planalto Central deste país brazuca. Valeu, bom domingo!

sábado, 30 de maio de 2020

O VENENO DO ESCORPIÃO - aguardar


AGUARDAR PESQUISA

ÁLBUM DA COLINA - PÁGINA 2011

O atacante Alecsandro andou comemorando muitos gols fazendo caretas, para homenagear o seu pai, Lela, que foi, também, um homem de frente.
Era assim que o coroa interagia com a torcida, após balançar a rede. Alecsandro marcou o gol que valeu a conquista da Copa do Brasil-2011, diante do Coritiba.

The striker Alecsandro walked around celebrating many goals making grimaces to honor his father, Lela, who was also a front man, and this was how he interacted with the fans after shaking the net. Alecsandro scored the goal that won the Copa do Brasil-2011, against Coritiba.
                         Foto reproduzida de www.crvascodagama.com.br

sexta-feira, 29 de maio de 2020

APITO FINAL! TIME DO CÉU, PRECISANDO DE GOLEADOR, LEVA O VASCAÍNO CÉLIO.


 Célio Taveira Filha, neto do remador Antônio Taveira, integrante do primeiro grupo campeão de remo pelo Vasco da Gama, em 1906, foi levado pela Covid-19, durante a madrugada de hoje. Desde o dia 23 ele esteve internado no Hospital Samaritano, da paraibana João Pessoa.
Reprodução da
 Revista do Esporte
 Sujeito espiritualista, que dizia não existir a morte, fazia conferências espíritas e orações em casas de quem o pedia. Também, gostava de enviar e-mail aos chegados, contendo mensagens religiosas. Partiu deixando quatro filhos (dois homens e duas mulheres, oito netos e dois bisnetos)
 Maior goleador vascaíno da década-1960, Célio foi campeão de torneios amistosos no México e no Chile; do I Toro Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro, da I Taça Guanabara-1965, e da principal disputa brasileira daquela  época, o Torneio Rio-São Paulo-1966. Jogou, também, pela Seleção Brasileira - chegou  formar dupla fatal com Pelé - e pelo Corinthians, mas a sua fase mais produtiva aconteceu defendendo o uruguaio Nacional, de Montevidéu, pelo qual tornou-se o segundo maior goleador do clube em Taças Libertadores - e terceiro entre os brasileiros. Era um grande ídolo da torcida tricolor. Tanto que o clube o convidava para todas as suas grandes comemorações.
A Rádio Globo-RJ foi a Uruguai,
 transmitir estreia de Célio, no Nacional 
Foto: álbum do repórter Deni Menezes
Célio era uma espécie de “Rei da Cidade”, na capital uruguaia. Ao ponto de uma emissora de rádio, para ganhar pontos na audiência, evidentemente, ofereceu-lhe a presentação de um programa. Num deles, Célio arrombou o horário, entrevistando Roberto Carlos, que estava no auge, em 1967, e com discos vendendo muito por Uruguai, Argentina, Chile e no Paraguai, gravados em espanhol. Ele foi ao hotel onde o Roberto se hospedava e o deixou muito alegre pela visita, pois o “Brasa” era torcedor vascaíno. E contou-lhe uma história interessante:  durante noite em que ele e Erasmo compunham, o “Tremendão” deixara um rádio ligado, baixinho, para acompanhar a estreia de Garrincha no Corinthians, contra o Vasco. Quando Célio marcou o seu segundo gol na partida, Erasmo quase o esmaga, com um abraço, gritando:
 “Celhaço" na rede, bicho!”
 Este jogo lembrado por Roberto Carlos foi durante a noite de 2 de março de 1966, no paulistano estádio do Pacaembu, diante de mais de 40 torcedores, e está anotado no caderninho do então repórter Deni Menezes, da Rádio Globo-RJ. A atuação de Célio foi tão boa, contava o locutor Orlando Baptista, da Rádio Mauá-RJ, que o presidente do uruguaio Nacional, presente ao prélio, não sossegou enquanto não o contratou. Para ele, Célio seria o substituto de Atílio Garcia, o até então insubstituível artilheiro que o seu clube procurava há mais de uma década.
Célio estreou quebrando tabu, de várias temporadas, sem vitórias do Nacional sobre o rival Peñarol. Dali por diante ninguém mais o segurou. Só o goleiro Manga, ex-Botafogo.
Célio (C), entre Luizinho Goiano, Mário Tilico, Lorico e Zezinho foi campeão
o principal goleador da I Taça Guanabara - foto reproduzida da revista
carioca Manchete
Contava Célio que o proprietário de um posto de gasolina, perto de onde treinava o Nacional, por ser torcedor do clube, ofereceu desconto aos atletas e cartolas que abastecessem o carro em seu estabelecimento. Um dia, quando ele aproveitava a promoção, o frentista cobrou-lhe uma conta deixada pelo Manga (Aílton Correa de Arruda). Pagou, mas foi em cima do Manguinha, querendo saber que história era aquela, e ouviu:
- Célio, você é o rei de Montevidéu. Como ninguém lhe cobra nada e eu estava duro, de um migué no cara.
Célio deu um esporro no Manga, que fez que não ouviu e, dias depois, repetiu o golpe. Saiu com outra:
- Célio! Segura mais esta. Se tiver pênalti contra a gente, no domingo pego, pra você. E se vire lá na frente.
 Quis o destino que, aos 40 do segundo tempo, houve uma penalidade máxima contra o Nacional. E não rolou de Manguinha ir lá catar a bola!
Aos 45, com juiz já levando o apito a boca, pra encerrar a contenda, Célio marcou o gol da vitória, por 1 x 0. Quando os jogadores chegaram ao vestiário, após a peleja, o glorioso Manga chegou pra Célio, dizendo:
- Esta vale mais um tanque de gasolina, né?

quinta-feira, 28 de maio de 2020

ANIVERSARIANTE DO DIA - TREVOR

 Nasci, por volta das 20h (quando o baiano do meu pai já deveria estar bêbado), em um domingão esperto, quando o glorioso Mengão sapecou 3 x 0 Santos, diante de  155 mil 253 almas, no Maracanã. E ficou campeoníssimo brasileiraço.  Sacou? Cheguei com o povão tremendamente feliz.
 Graças ao Homem Lá de Cima (e ao Chefe, que me paga) tá tudo rolando bem. De bola fora em minha vida, só ter um pai vascaíno - K pra nóiz: um  débil mental. Se existisse vicepai, com certeza, ele seria o cara. Até em minha casa ele é vice. Quem manda é a gloriosa Dona Maria, a minha linda mãe, que foi Miss Maranhão do Sul e modelo fotográfico. Quer dizer: na falta de coisa melhor, fico com um pai vição. Até acho que o Vasco da Gama era vice-almirante. 
No mais, agradeço aos parabéns pra você de todos os amigos de fé.
Montagem da capa do JBr do dia feita pelos amigos cachaceiros da redação
RESPOSTA DO PRODUTOR DA PEÇA
Um carinha que nasce na Asa Norte de Brasília e é flameguista (no mínino, é analfabeatle), tem moral pra sacanear alguém? Com o devido respeito pela gloriosa Dona Maria, só não é um filho da Madá porque a sua genitora assinou contrato, com um baiano vascainíssimo, na Jurisdição Voluntária do Estado -  (que coragem!)
Mas, sem problemas. Para compensar o nascimento de flamenguistas nos 28 de maio, a data registra, também, a chegada ao planeta de deusas como a atriz estadunidense Monica Keena. Se bem que - comenta-se pelos corredores das agências do setor econômico do Governo -, vascaíno é muito  mais consumidor desse bem, do sue os flamengueiros.    
Logo, é de se crer: como Ian Fleming, também nascido em um 28 de maio, criou o traçador de deusas, o agente 007, os flamenguistas são 000 - à esquerda.   
 Monica Keena agradou aos brasileiros interpretando Abby Morgan no seriado adolescente Dowson ´s Creek 

 Flamenguista, as vezes, até comparece com lance legal. Como  fazer filho bonito e danadão, caso do PipoBoy, fotografado, na casa do vovô, aos 7 de idade, 7 meses e 7 dias. Coisas de baiano.  Desculpe-me pela imperdoável incompetência de não ter sacado que ele usava uma camisa horrorshow. Valeu!


HISTÓRIAS DO FUTEBOL BRASILIENSE. GAMA ESCORREGA NO 13 DA LOTERIA

O Gama tinha seis vitórias, três empates e quatro quedas na Loteria Esportiva, quando fora incluído na Coluna 1, do Jogo 4, do Teste 470 – Gama x Grêmio-RS, pelo Campeonato Brasilero. Embora o adversário fosse muito superior e vindo de três vitórias, era, amplamente, o favorito dos apostadores de todo o país, mesmo tendo sofrido duas derrotas recentes. Por ter torcida apaixonadíssima, só dava o Periquitão nos volante apostados na cidade do Gama, com os supersticiosos considerando que o time alviverde estava saindo do seu 13º concurso (com 13 palpites por volante) da Loteca (o apelido da Loteria Esportiva, antes de se tornar nome oficial).

  O que, além da superstição de alguns, dava tanta fé na vitória do time candango? Só a raça gamense, pois a rapaziada vinha do que se poderia chamar de duas “derrotas honrosas”, impressionando pelo tremendo espírito de luta.

Era o 15 de novembro de 1979 e o Gama, que apagava quatro velinhas, ganhara, da Confederação Brasileira de Desportos o presente de enfrentar o Flamengo (dono da maior torcida no país), no Bezerrão. Não precisa dizer que o estádio lotou – renda (incrível) de Cr$ 1 milhão e 700 mil cruzeiros (moeda da época), que seria bem maior se não fossem os tantos moleques que pularam o muro do estádio. Nunca o futebol candango sonhara com tanto dinheiro.

Na bola, Zico abriu o placar, aos 22 minutos, não perdoando furada da defesa gamense, igual a time amador. O Gama, no entanto, lutou, bravamente, e Manoel Ferreira empatou, aos 45 minutos. No segundo tempo, o Periquitão seguiu duro. Aos 19 minutos, no entanto, Cláudio Adão aproveitou nova falha grotesca da defesa alviverde: Fla 2 x 1, mas com o Gama  - Daniel; Carlão, Décio, Maurício Pradera e Odair Galetti; Santana, Péricles e Manoel Ferreira (Lino); Roldão, Fantato e Robertinho - saindo de campo aplaudido, pela sua impressionante raça. Afinal, o Flamengo tinha Paulo César Carpegiani e Zico no meio-de-campo; Toninho Baiano e Leovegildo Júnior, na defesa, todos de Seleção Brasileira, além de Cláudio Adão, de seleção olímpica, e Rondinelli, Adílio e Andrade, futuros convocados. Mais? O goleiro Cantarele, um dos melhores do país; o vigoroso zagueiro Manguito e os ariscos ponteiros Reinaldo Gueldini e Júlio César “Uri Geller”, este assim chamado por entortar marcadores.

 Por causa da raça gamense naquela partida, vários torcedores do Periquitão acompanharam o seu time ao Aeroporto JK, acreditado em jogo duro contra o Bahia, em Salvador - Fonte Nova, em 18.11.1979. Que pena! Mais uma vez, o Gama levou 2 x 1, cometendo os mesmos “erros de time amador”. Foi, no entanto, elogiado pelos locutores radiofônicos baianos, pela sua raça, principalmente quando o zagueiro Quidão marcou o gol alviverde, aos 45 minutos do segundo tempo – Daniel; Carlão, Quidão, Mauricio Pradera e Odair; Santana, Péricles e Zu; Roldão (Lino), Fantato e Robertinho foi o time.

Chegamos, então, 24 de novembro daquele 1979. Chovia sobre o Bezerrão, o Gama – Lúcio; Carlão, Décio, Quidão e Odair; Hani, Péricles e Zu (Zé Afonso); Roldão, Fantato e Robertinho - recebia o Grêmio, com toda a sua torcida cravando nele na Loteria Esportiva. Mas levou 3 x 0, sobretudo porque o seu goleiro - um dos rapazes considerados mais bonitos do DF, autêntico galã de cinema, grande cavaleiro que fazia muito sucesso entre as amazonas que disputavam os torneios da Sociedade Hípica de Brasília – fora escalado, sem nunca ter entrado no time. Aquela, o treinador Martim Francisco (foto) nunca explicou.  

O 'ESTADISTA' VASCO DAS GRAMAS

1 - O Vasco jogou, pela primeira vez, no estádio do Fluminense, nas Laranjeiras, em 3 de junho de 1917, empatando, por 2 x 2, com o Sport Club Brasil, pelo Campeonato Carioca da Segunda Divisão. Na Gávea, o campo do Flamengo, em 4 de setembro de 1938, na inauguração e vencendo o anfitrião, por 2 x 0, pelo Campeonato Carioca. Já no estádio do Botafogo, em General Severiano, em 3 de maio de 1916, quando estreou no futebol, sendo goleado, pelo Paladino, por 10 x 1, o que está na história como o primeiro jogo oficial vascaíno.
NAS LARANJEIRAS, descascou um empate; na Gávea, cortou as asas do Urubu; em General Severiano, não viu a patente do proprietário.

2 - Em Caio Martins, em Niterói, a estreia vascaína rolou em 20 de julho de 1941, com 3 x 1 Canto do Rio, pelo Campeonato Carioca. Em Campos Salles, do América, em 2 de setembro de 1917, em Vasco 3 x 0 Boqueirão, pelo Carioca da Segunda Divisão. Atualmente, o América tem a sua casa, o Estádio Giulitte Coutinho, em Mesquita. Ali, o Vasco jogou, pela primeira vez, em 30 de janeiro de 2002, mandando 2 x 0 América. Já o Estádio Proletário, chamado por Moça Bonita, do Bangu, recebeu a rapaziada de São Januário, pela primeira vez, em 10. 10.1948, com  Vasco 6 x 1 Bangu no placar.
AFUNDOU O Boqueirão, queimou o Diabo e massacrou os Operários.

3 - Da primeira vez que jogou com clube paulistano, na terra dele, o Vasco empatou, por 3 x 3, com o São Paulo, no Pacaembu, em 04.06.1940. No Morumbi, a primeira foi em 04.12.1968, em 3 x 0, Palmeiras, pela Taça de Prata. No palestra Itália, em 15.11.1924, em 1 x 1, com o mesmo “Verdão”, E, na Vila Belmiro, em 03.12.1933, 2 x 2, com o Santos, pelo Rio São Paulo.
NA PAULICÉIA, a preferência foi ficar em cima do muro.


quarta-feira, 27 de maio de 2020

BELA MUSA DO DIA DA COLINA - RARÁ-1

Ela é uma das mais lindas e divulgadas torcedoras vascaínas dos últimos tempos. Todos os blogs cruzmaltinos se rendem à sua beleza. Tem nome de intelectual russa e o bom gosto de toda brasileira inteligente, afinal ter o Almirante no coração é para quem sabe traçar a história do enfrentamento das injustiças sociais nesse país. O Kike pede desculpas a quem pulicou esta foto - não dá pra ler o rédito acima do R -, pois esqueceu de anotar a graça da moça. Mas colocará o devido crédito assim que descobrir. Está correndo atrás. Bom dia, vascaínos!

She is one of the most beautiful and popular Basque fans of recent times. All cruzmaltinos blogs surrender to their beauty. It has the name of Russian intellectual and the good taste of every intelligent Brazilian, after all to have the "Admiral" in the heart is for who knows how to trace the history of facing social injustices in that country. The "Kike" apologizes to whoever photographed this photo, because he forgot to write it down. Pardon! But you will put the right credit as soon as you find out. You're running behind. Good morning, vascaínos!

PERNAMBUCANAÇOS NO CLIMA DA COLINA


1 - Além de Ademir Menezes, Vavá, Almir e Juninho Pernambucano, o Vasco teve um outro atacante buscado no Sport Recife e que deu muitas alegrias à sua torcida. Chamava-se Djalma e chegou à São Januário em 1943. Em 1948, quando o Almira conquistou o primeiro título de um time brasileiro no exterior, o Sul-Americano de Clubes Campeões, no Chile, participou de todos os jogos. 

2 - Versátil, Djalma atuava em qualquer posição da linha dianteira, e até de médio, o que seria, hoje, um apoiador. Por encaixar-se em várias posições, ficava com o papel tático de fechar o meio-de campo, permitindo ao ponta-de-lança Ademir arrancar pelo meio, e que Isaías desenvolvesse a sua velocidade, pela direita. Quando deixou São Januário, em 1949, para defender o Bangu (até 1954), Djalma levou no currículo nove títulos – Sul-Americano de Clubes Campeões: Estadual-1945/1947; Torneio Relâmpago-1944/1946 e Torneio Municipal-1944/1945/1946/1947.
  
3 - O Almirante tem em sua história cinco empates, por 3 x 3, com clubes paulistas: 04.06.1940 - Vasco 3 x 3 São Paulo; 01.05.1944 -Vasco 3 x 3 São Paulo; 7.06.1945 - Vasco 3 x 3 Palmeiras; 15.04.1959 - Vasco 3 X 3 Ferroviária de Araraquara-SP; 09.05.1964 - Vasco 3 x 3 Portuguesa de Desportos. 

4 - Diante do Corinthians, a Turma da Colina marcou a sua mais extensa ficada em cima do muro:  5 x 5, em 17.04.1955 . Este pega rolou no paulistano estádio do Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, com Vavá marcando três gols - Pinga e Ademir Menezes completarem a conta.

 5  - Vasco e Caxias-RS só se enfrentaram em três ocasiões. Todas foram pelo Brasileiro, sendo a primeira e a terceira no Estádio Centenário, em terras gaúchas, e a segunda em São Januário. Como foi: 15.02.1978 – Vasco 5 x 1; 31.05.1978 – Vasco 4 x 1; 19.07.1978 – Vasco 1 x 1 Caxias-RS.  
                                                                                        



terça-feira, 26 de maio de 2020

O 10 DIFERENTE DA ESQUINA DA COLINA


 1 - Durante o jogo decisivo da Taça Libertadores-1998, em Vasco da Gama 2 x 1 Barcelona, do Equador, na casa do adversário, o lateral-direito Vagner atuou com a camisa 10. Nunca nenhum atleta da posição em jogos brasileiros havia usado tal numeração. Explica o nosso consultor Mauro Prais que o motivo foi o  Vagner ter sido inscrito como  a 10, porque era meia. Como o Vasco não tinha um bom lateral-direito, a solução encontrada pelo treinador Antônio Lopes foi improvisar o experiente jogador, que já havia passado pelo Santos e o futebol europeu. Ainda segundo o pesquisador, o volante Válber, também andou sendo improvisado pela mesma lateral.

2 - Pelos inícios de 1953, o Vasco da Gama venceu um quadrangular internacional, jogado no Maracanã, contra o Flamengo e os argentinos Boca Juniors e Racing. O time vascaíno aparece em fichas técnicas tendo Flávio Costa por seu treinador. Mauro Prais corrige, informando que o comandante da equipe foi o interino Carlos Volante. Segundo ele, Flávio Costa já estava apalavrado com o Flamengo, tendo, assim,  o Volante trabalhado durante os três jogos. De quebra, o Prais acrescenta que, depois daquilo, a rapaziada excursionou ao Norte do país, com o capitão Augusto da Costa sendo o técnico durante as duas primeiras partidas.

3 - 
Vasco da Gama 8 x 3 Carioca valeu o primeiro troféu da rapaziada, a Taça Constantino, em 1922. O time havia vencido as três categorias da Série B - primeiro, segundo e terceiro quadros – ficando, temporariamente, com o caneco, oferecida pela firma José Constante & Cia. A conquista definitiva aconteceu, em 1924, quando a moçada juntou a maior pontuação nos campeonatos das três categorias, durante os três anos (1922/23/24) em que houve a disputa. 

VASCO DA GAMA QUADRUPLICADO

1 - No dia 30 de maio de 1948, o Vasco da Gama jogou contra dois adversários. Explica-se: por ter duas fortes equipes, enfrentou e venceu o Flamengo, por 2 x 1, pelo Torneio Municipal-RJ, no Estádio das Laranjeiras, e o Atlético Mineiro, amistosamente, por 2 x 0, por quadrangular, em Belo Horizonte.   

2 - Diante dos flamenguistas, jogaram: Barcheta, Laerte e Wilson Capão; Alfredo II, Moacyr II e Sampaio; Nestor, Ipojucan, Pacheco, Ismael e Tuta. Os dois gols vascaínos foram marcados por Ipojucan, um em cada etapa. Contra os atleticanos, foram ao gramado: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Dimas Friaça (Ademir Menezes) e Chico. Na rede, apareceram Mexicano (contra) e Dimas.

3 - Em 11 e 18 de maio de 1952, o Almirante voltou a fazer mais quatro navegações de cabotagem, em um mesmo dia: respectivamente, 1 x 0 Atlético-MG, amistosamente, em Belo Horizonte; 1 x 4 Botafogo, pelo Torneio Extra Carlos (Carlito) Martins Rocha; 2 x 2 Botafogo de Ribeirão Preto-SP, amistosamente, na casa do adversário, e 0 x 3 Canto do Rio, pelo Torneio Carlito Rocha.

4 - Em BH, atuou o time principal: Ernâni, Bellini e Wilson Capão; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Ipojucan, Ademir, Maneca e Jansen (Vasconcelos). Para encarar os botafoguenses, foram à luta: Carlos Alberto, Conceição e Clarel; Bira, Aldemar e Getúlio (Ismael); Noca, Vivinho, Edmur, Alvinho e Chico.  Em Ribeirão Preto, estiveram escalados: Ernâni, Bellini e Wilson Capão; Aldemar (Lola), Danilo e Jorge; Noca, Vavá, Edmur, Alvinho (Jansen) e Chico. No prélio na carioca Rua Figueira de Mello, pisaram na bola: Carlos Aberto Cavalheiro; Augusto e Clarel; Amaury, Bira e Alfredo II; Camelinho, Vasconcelos, Amorim, Vivinho e Djayr.          

segunda-feira, 25 de maio de 2020

UM GIRÃO PELA ESQUINA DA COLINA

1 - A mais longa excursão feita pelo Vasco da Gama ao exterior  durou de 21 de maio a 5 de julho de 1961. O treinador era Martim Francisco e o time-base do giro formava com:  Miguel, Paulinho e Bellini; Edílson, Écio e Barbosinha; Sabará, Saulzinho, Pacoti, Roberto Pinto e Pinga. 

2 - Foram estas as vitórias do na viagem: 21.05.1961 - Vasco 1 x 0 Kickers, em Offenbach, na Alemanha; 27.05 - Vasco 2 x 0 Saint Paul, em Hamburgo-ALE; 30.05: Vasco 3 x 2 Alemannia Aachen, em Auchen-ALE; 01.06 - Vasco 11 x 0 Trondheim, em Oslo-SUE; 06.06 - Vasco 2 x 0 Combinado De Skeid, em Oslo-NOR; 11. 06 -  Vasco 4 x 1 Fren-FIN), em Oslo-NOR; 14.06 - Vasco 4 x 1 Combinado IFK/AIK-SUE, em Malmoe-SUE; 18.06 - Vasco 4 x 2 Dalarna-SUE, amistoso, no estádio sueco de Berlaeeng; 21.06 - Vasco 8 x 1 Boden-SUE, em Boden; 27.06 - Vasco 1 x 1 AIK-SUE, em Stock Holmes; 29.06 - Vasco 1 x 0 Norrkoping-SUE), em Norkoping-SUE; 02.07 - Vasco 5 x 1 Sundsvall-SUE, em Helsinborg-SUE. 

3 - Na data 24 de fevereiro, o Vasco já bateu em dois Fluminenses. Contra o tricolor as Laranjeiras, por 4 x 2, em 1996,  pela Taça Cidade Maravilhosa, no estádio Caio Martins, em Niterói, que recebeu 2.406 pagantes.  Já o Flu de Nova Friburgo-RJ foi avariado por 4 x 0, em 1979,  pelo Campeonato Estadual Especial, em São Januário. Marco Antônio (2), Orlando e Washington Oliveira foram os impiedosos

domingo, 24 de maio de 2020

HISTÓRIAS DO FUTEBOL BRASILIENSE. O GAMA E O GRINGO BOM EM PORTUGUÊS

     Hermano tivava dez no idioma brazuca, mas era zero em bola rolando

 Bicampeão do Torneio Incentivo, em 23 de junho de 1978, o Gama tinha por próximo passo eleger uma nova diretoria. Por unanimidade (130 com direito a voto), os conselheiros, escolheram Osvando Lima, cinco dias após a conquista do título, para comandar o rumo do Periquitão no biênio 1978/80. Comerciante proprietário de uma das principais lojas de vestuário da cidade do Gamas - Casa Lima -, Osvando tinha por principal meta construir o parque desportivo e a sede do clube.  Depois, olharia para o futebol.  Mas este terminou ganhando a sua prioridade.   

 Como o treinador Manoel Cajueiro deixara o clube, após o final do Torneio Incentivo-78, Osvando manteve o preparador físico Vanderlei Sales e entregou-lhe, interinamente, o comando técnico do time, repassado a Jaime do Santos durante o Campeonato Candango. Antes, porém, Vanderlei comandou a equipe na festa de recebimento das faixas de bi do Incentivo-78,  num amistoso, com a Anapolina-GO, em  seis de agosto daquele mesmo 1978.

Foto reproduzida do Jornal de Brasília

  Bom comerciante que era, Osvando Lima armou, logo, um meio de motivar a torcida para o amistoso interestadual, divulgando que o Gama lançaria o primeiro “gringo” do futebol candango. A curiosidade foi grande, tanta que a atração da partida já nem era mais a entrega das faixas, mas a expectativa pela estreia do hermano  Ricardo Daniel Equaras, de 26 aos, que teria jogado pelo argentino Gymnasia Y Esgrima e sido indicado pelo grande goleiro vascaíno/argentino Andrada. O treinador Jaime dos Santos, que receberia o time, na terça-feira, estava animadíssimo, pela chace de ter um argentino em seu futuro grupo. Para o jovem futebol profissional candango, era o máximo.

 Veio, então, o jogo das faixas, no Bezerrão, numa tarde de domingo. Por aquele tempo, era costume o torcedor ouvir o jogo, acompanhando as narrações de Aílton Dias e de Marcelo Ramos colando aos ouvidos os aqueles antigos radinhos à pilha. Os dois, anunciaram: “O Gama jogará com: Chico; Carlão, Kidão, Manoel Silva e Edvaldo; Santana. Júlio e Vicente; Manoel Ferreira, Roldão e Alves”. Assim que terminou de falar, Marcelo Ramo teve a frente de sua cabine tomada por torcedores, gritando: “Cadê o ‘gringo?”

 A Anapolina tinha um bom time, para o futebol do Centro-Oeste. O que atuou naquela tarde, por exemplo  – Moacir; Wilson, Mura , Gideone e Nilton; Roberto Chaves, Luis Carlos e Raimundinho; Natinho, Paulo Campos e Maurício –  era páreo duro para Goiás, Goiânia e Vila Nova, os principais de Goiás. Fazendo um jogo muito equilibrado, o visitante abriu 1 x 0, com gol de Paulo Campos. Aí a torcida gamense voltou gritar mais, daquela vez cobrando do presidente: “Cadê o ‘gringo’, Osvando, ele existe?”

 Como o Gama não conseguia empatar, Vanderlei Sales mandou Equaras para o jogo. O argentino, que chegara dizendo-se, indistintamente, ponta-direita, centroavante e meia-armador, atuando na armação, com a mesma desenvoltura que o fazia pelos flancos, “setor preferido”, era tão ruim, mas tão ruim, que Toninho Cândido, o diretor de futebol alviverde, não só o mandou embora do clube: o expulsou do planeta.

Oficialmente, Osvando Lima dissera que Equaras, que falava um português quase perfeito, recebera uma proposta, irrecusável, para voltar a trabalhar no consulado brasileiro da cidade argentina de La Plata, onde já teria servido e se tornado fluente em nosso idioma. Enfim, ele contratara um “gringo” que havia aprendido a falar como brasileiro, mas esquecera de jogar futebol como um argentino.

ANOTADO NA ESQUINA DA COLINA-1957

1 - O Vasco  da Gama começou a temporada-1957 disputando oito amistosos fora do país. Venceu seis – 2 x 1 Nacional-URU; 3 x 2 Colo-Colo-CHI; 4 x 3 Municipal-PER; 1 x 0 Cristal-PER e 3 x 1 Universitário-PER. Em seguida, fez amistosos caseiros, vencendo seis – 2 x 0 Olimpic, de Barbacena-MG; 2 x 0 Combinado Esportivo-Serrano-RS; 3 x 1 São Paulo, de Rio Grande-RS; 4 x 3 Pelotas-RS; 6 x 0 Lajeadense-RS e 1 x 0 Grêmio Porto-Alegrense-RS.

2 - Após 15 amistosos, a rapaziada encarou o Fluminense, na quarta-feira 21 de março, em São Januário, e mandou 4 x 2 na sacola, chegando a escrever 4 x 0 no placar, construído por Vavá, Pinga,  Valter Marciano e  Wilson Moreira.

3 - Aquele amistoso foi o 13º entre os dois clubes. Apitado por Eunápio de Queiroz, teve esta Turma da Colina: Carlos Alberto Cavalheiro, Kléver  e Viana; Laerte, Orlando e Ortunho (Delcir); Sabará (Lierte), Livinho (Wilson Moreira), Vavá (Vadinho), Valter e Pinga.  Os brigões Ortunho e Altair foram expulsos de campo. 

4 - O próximo amistoso levou quatro temporadas para voltar a rolar: em 4 de dezembro de 1927, nas Laranjeiras, a casa tricolor, com Vasco 1 x 0. O último foi em 28 de fevereiro de 1981, com Vasco 2 x 1, tendo Zandonaide e César sido os marcadores. O que significa que vascaínos e tricolores os abandonaram os amistosos, há 36 viradas do calendário.     

5 - A história de Vasco x Fluminense registra um empatão, por 4 x 4, o maior desse duelo, em 21 de março de 1943, com Lelé, Batista, Isaías e Chico comparecendo à rede. O time teve: Alfredo, Haroldo e Osvaldo; Otacilio, Figliola e Argemiro; Batista, Lelé (Moacir), Isaias, Jair (Ademir) e Carreiro. Confira uma escadinha ee empates: 3 x 3, em 1º de julho de 1944; 2 x 2, no 13 de fevereiro de 1952;  1 x 1, acontecido em 5 de dezembro de 1954, e  0 x 0 anotado note 18 de novembro de 1956.

sábado, 23 de maio de 2020

O VENENO DO ESCORPIÃO - CINCO SÉCULOS DE UMA FESTA AROMBADA

Com estes barcos rústicos, os portugueses cruzaram o Atlântico e chegaram ao Brasil, em 15000...
Há cinco séculos, uma rústica caravela saiu de Portugal e veio aportar na Bahia. Em 2.000, quando se comemorava o transcurso exato da data de chegada, uma réplica, turbinada por motor e contendo camarote para o comandante, não conseguiu viajar entre Salvador e Santa Cruz Cabrália, onde seria parte integrante da festa. Governo e empresários gastaram R$ 3,5 milhões para construí-la, mas a grana foi jogada fora, devido problemas que fizeram a nau voltar para o porto de onde partira.
 Uma semana antes da partida, a Marinha mandou colocarem 14 toneladas de chumbo na caravela, por considera-la instável. Haviam esquecido, durante os cálculos da construção, de fatores ambientais. Refeitos os cálculos, descobriram que, em vez de 14, seriam preciso, na verdade, 18 toneladas de chumbo. Como não havia tempo suficiente para a compra, o peso foi completado com cimento.   
... mas com esta modernizada réplica, em 2.000, os brasileiros não conseguiram
 ir, de Salvador a Porto Seguro - reprodução de www.tripadivisor.com
 A caravela partiu da Baía de Todos os Santos, atrasadamente. Mas logo teve de parar de navegar, pois as cordas de sustentação do mastro cederam, sendo preciso reajusta-las. Resolvido o problema, veio mais  um: a bomba d´água que resfriava um dos motores parou de funcionar, deixando a obrigação por conta de um motor auxiliar. Este segurou a barra até os mares que banham a cidade de Ilhéus. Por ali, verificou-se que havia caído água no tanque de óleo. O segundo motor parou e a nau ficou à deriva. A rapaziada, no entanto, resolveu o rebu. Só que ainda haveria mais um outro: o comando hidráulico do leme quebrou. O jeito foi a embarcação voltar, rebocada, para Salvador.
 Já imaginou se Pedro Álvares Cabral dependesse da moderna tecnologia brasileira para descobrir o Brasil? Com certeza, estas bandas tropicais ainda seriam habitada só pelos seis milhões de índios que vivim por aqui comendo mandioca– hoje, são só 350 mil.  
Bem pior, no entanto, do que a viagem da réplica da caravela de Cabral foi o que aconteceu em terra firme. Os cinco mil representantes da Polícia Militar da Bahia,  enviados para dar segurança à comitiva do presidente Fernando Henrique Cardoso, desceram a porrada e jogaram gás lacrimogêneo pra cima de índios e de sem-terras que aproveitavam  a oportunidade para reafirmarem a sua antipatia pelo Governo, que dizia ter entregue ao um desses grupos territórios igual ao de duas Alemanhas e ao outro terras do tamanho de cinco Dinamarcas.
Na festa dos 500tão, a polícia partiu, furiosa, pra cima dos primeiros moradores
 da  terra, como mostra esta imagem de www.comciencia.com.br
 Como as coisas mudaram por aqui, em cinco séculos! Em 1.500, quando Cabral chegou, a sua patota se misturou com os índios. 
Em 2000, Governo e PM os afastaram com gás lacrimogêneo. Sobrou, também, para o ministro do Esporte e Turismo, o organizador da festa Rafael Grecca, demitido dias depois. Se bem que o FHC já andava querendo se livrar dele, por conta de denúncias envolvendo os bingos. 
e sua parte, o presidente da FUNAI, Carlos Frederico Marés, pediu demissão, por ver o Governo fazendo violência digna dos militares que comandavam a Ditadura que foi de 1964 a 1986.
 Pelo restante do planeta, pegou mal as porradas nos manifestantes. Entre outros, os jornais Le Monde (francês) e El País (espanhol), respectivamente, escreveram: “Brasil comemora 500 anos reprimindo índios” e  “Amargo quinto centenário no Brasil”. Qual será a manchete quando o Brasil celebrar 555 temporadas pós Cabral? Tem-se três décadas e meia para pensar.       

sexta-feira, 22 de maio de 2020

VASCO DAS CAPAS - FÁTIMA E MADONNA

A última coleção de revistas que o Vasco da Gama mandou às bancas trouxe duas caspas com as lindas e famosas, Fátima Bernardes, apresentadora das Rede Globo de Televisão, e a cantora norte-americana Madonna.
A primeira é torcedora confessa da Turma da Colina, enquanto a outra recebeu uma homenagem do clube, por agradar a tantos jovens brasileiros, entre eles muitos garotos e garotas cruzmaltinos.
 Muita gente do meio musical não chegou às capas das revistas vascaínas, mas damos um desconto, pois no passado isso não era costume. Se fosse, certamente, Cartola, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Margot Morel, a Rainha da Rumba, Flor Purim, a cantora de jazz que foi eleita, por quatro anos seguidos, a melhor dos Estados Unidos, e muito mais, estariam onde Fátima e Madonna estiveram. Com certeza! 

The last collection of magazines Vasco da Gama sent to the newsstands brought two caspas with beautiful and famous women, Fátima Bernardes, presenter of Rede Globo de Televisão, and the American singer Madonna.
The first is a confessed supporter of "Turma da Colina", while the other received a tribute from the club, for pleasing so many young Brazilians, among them many boys and cross-border girls.
Many people from the musical world did not reach the covers of the Basque magazines. But we give a discount, because in the past it was not customary to do that. If it were indeed Cartola, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Margot Morel, Queen of Rumba, Flor Purim, the jazz singer who was elected the best of the United States for four years in a row, and much more of the class It would be where Fatima and Madonna were. Certainly!

HISTORI&LENDAS DA EQUINA DA COLINA


  1 -  O mês de janeiro tem sido farto de redes balançadas pelos vascaínos. Nele, já rolou:  9 x 2 Bangu; 8 x 1 Jabaquara-SP; 7 x 0 Seleção da Argélia; 6 x  0 Botafogo;  6 x 1 Guadalajara-MEX; 5 x 0 Oro-MEX; 5 x 1 Olaria; 4 x 0 Fluminense;  4 x 1 Madureira; 4 x 1 Bonsucesso;  4 x 0 Ceará; 4 x 0 Internacional-RS; 4 x 1 Atlético-MG; 4 x 1 Corinthians e 4 x 1 Flamengo.

2 -  Os palmeirenses são os adversário mais difícil do Vasco da Gama, desde 28 de setembro de 1924, quando o duelo começou (amistosamente), e o clube paulista ainda se chamava Palestra Itália. Na fase  Sociedade Esportiva Palmeiras, os pegas partiram de 14 de fevereiro de 1943.

3 - Em vasco 9 x 0 Barcelona do Equador,  o goleiro Fernando Prass usou a camisa com o número 200, em alusão aos seus jogos pela Turma da Colina. A partida marcou a despedida do futebol do atacante Edmundo, um dos maiores ídolos de toda a história vascaína. Além de atleta, que passou por cinco vezes por São Januário, ele se declarava torcedor do Vasco da Gama.

4 Vasco 4 x 3 Botafogo, em uma segunda-feira, pela Taça Guanabara-1988, só teve 3.775 testemunhas, no Maracanã. No jogo mal marcado, rolaram três gols de Romário, que deixou Vivinho fazer o outro tento vascaíno. Sebastião Lazaroni escalou: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo (Josenílton), Geovani e Bismarck; Vivinho, Romário e William (Célio Silva).

quinta-feira, 21 de maio de 2020

BELÍSSIMA MUSA DO DIA DA COLINA

O site www.torcidavascaína.com.br nos mostra esta linda e inteligente, como são todas as torcedoras cruzmaltinas. Por conta da fotografia, ela bate na trave, mas não é bem assim. Uma deusa dessas é bola no fundo da rede. Confere? O único problema é que a rapaziada esquece de escrever o nome da "gaterríma". O "Kike' a viu, em seu sagado passeio matinal pelo blogs e sites da "The Net", sem a graça da moça. Gente, pelo amor de Deus, Zeus, Buda, etc, não deixem de informar o nome da menina, para os leitores do "Kike' saberem a quem estão reverenciando. Se você souber, nos informe, if you please. OK?    

VASCO DAS PÁGINAS - TCHÊ SAULZINHO

   Aos 24 de idade, o goleador gaúcho Saulzinho disse ao repórter Deni Menezes, pelo Nº 145 da Revisa do Esperte de 16 de dezembro de 1961, da qual foi capa, que Internacional e Grêmio, ambos de Porto Alegre, desejavam tira-lo do Guarani, de Bagé, a sua terra.
No entanto, ele preferira o Vasco da Gama porque defender o clube de São Januário era o seu “grande sonho”, além de a oportunidade, financeiramente, excelente.
- Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, seus muitos títulos e muitos craques famosos, afirmou.
Indagado se ele esperava ser ídolo da torcida vascaína, respondeu que faria tudo para isso, mas lembrou que, muitas vezes, mesmo jogando bem, o atleta não caía na simpatia da galera – o que não foi o seu caso, durantes as temporadas passadas no Rio de Janeiro.

 Por não ter estatura avantajada – 1m68cm – Saulzinho preferia receber lançamentos rasteiros, contou à RE, e elogiou o volante Écio como grande lançador. 
Nascido em 31 de outubro de 1937, ele marcava 1955 como o início de sua carreira e revelou ter o seu nome passado para o diminutivo por haver um outro Sul no Guarani de Bagé. 

   At the age of 24, the Brazilian striker Saulzinho told reporter Deni Menezes, by the No. 145 of Revisa do Esperte on December 16, 1961, which was the cover, which Internacional and Grêmio, both from Porto Alegre, wanted to get him out of the Guarani , of Bagé, his land.
He had however, preferred Vasco da Gama because defending the club of San Januário was his "great dream", and the opportunity, financially, excellent.
-I've always had a lot of admiration for the Cruzmaltino team, for their victories, their many titles and many famous stars, he said.

 When the reporter asked if he hoped to be the idol of the Basque fans, he replied that he would do everything for that, but he remembered that often, even playing well, the athlete did not fall into the sympathy of the crowd - which was not his case, the last four seasons in Rio de Janeiro.
 Due to his not very high stature - 1m68cm - Saulzinho preferred to receive low launches, he told the RE, and praised the wheel Écio as a great launcher. 
Born on October 31, 1937, he marked 1955 as the beginning of his career and revealed to have his name passed to the diminutive because there is another South in the Guarani of Bagé.


   Aos 24 de idade, o goleador gaúcho Saulzinho disse ao repórter Deni Menezes, pelo Nº 145 da Revisa do Esperte de 16 de dezembro de 1961, da qual foi capa, que Internacional e Grêmio, ambos de Porto Alegre, desejavam tira-lo do Guarani, de Bagé, a sua terra.
No entanto, ele preferira o Vasco da Gama porque defender o clube de São Januário era o seu “grande sonho”, além de a oportunidade, financeiramente, excelente.
- Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, seus muitos títulos e muitos craques famosos, afirmou.
Indagado se ele esperava ser ídolo da torcida vascaína, respondeu que faria tudo para isso, mas lembrou que, muitas vezes, mesmo jogando bem, o atleta não caía na simpatia da galera – o que não foi o seu caso, durantes as temporadas passadas no Rio de Janeiro.

 Por não ter estatura avantajada – 1m68cm – Saulzinho preferia receber lançamentos rasteiros, contou à RE, e elogiou o volante Écio como grande lançador. 
Nascido em 31 de outubro de 1937, ele marcava 1955 como o início de sua carreira e revelou ter o seu nome passado para o diminutivo por haver um outro Sul no Guarani de Bagé. 

   At the age of 24, the Brazilian striker Saulzinho told reporter Deni Menezes, by the No. 145 of Revisa do Esperte on December 16, 1961, which was the cover, which Internacional and Grêmio, both from Porto Alegre, wanted to get him out of the Guarani , of Bagé, his land.
He had however, preferred Vasco da Gama because defending the club of San Januário was his "great dream", and the opportunity, financially, excellent.
-I've always had a lot of admiration for the Cruzmaltino team, for their victories, their many titles and many famous stars, he said.

 When the reporter asked if he hoped to be the idol of the Basque fans, he replied that he would do everything for that, but he remembered that often, even playing well, the athlete did not fall into the sympathy of the crowd - which was not his case, the last four seasons in Rio de Janeiro.
 Due to his not very high stature - 1m68cm - Saulzinho preferred to receive low launches, he told the RE, and praised the wheel Écio as a great launcher. 
Born on October 31, 1937, he marked 1955 as the beginning of his career and revealed to have his name passed to the diminutive because there is another South in the Guarani of Bagé

quarta-feira, 20 de maio de 2020

HISTORI & LENDAS - ROMARIGOLS

 A data 20 de maio registra, em 2007,  o 1000º gol de um dos maiores atacantes cruzmaltinos: Romário. Foi marcado em São Januário, às 19h17, cobrando pênalti, aos dois minutos do segundo tempo, contra o Sport Recife.  
Coincidentemente, com o milésimo do “Rei Pelé”, a bola seguiu a mesma rota, com paradinha e pouso do lado esquerdo da trave, naquele dias, defendida pelo goleiro Magrão. Também, como Pelé, Romário foi ao fundo da rede beijar a "maricota". Diferente, só o 'arqueiro'  pernambucano pular para seu lado direito, ao contrário do vascaíno Andrada, em 1969, que quase tocou na bola.
Gol marcado, Romário foi beijado  pelos companheiros de time, recebeu familiares no gramado e ofereceu a camisa que usava a sua mãe, Dona Lita. A bola foi para seu filho Romarinho.  Quando estava com 999, tentara o milésimo contra Flamengo, Botafogo (duas vezes) e Gama. 
Aos repórteres, Romário declarou: “Aos 41 anos, Papai do Céu me deu uma oportunidade destas, e eu não esperava. Tive a oportunidade de atingir essa marca, não só para mim, mas para os meus pais, a minha família, o mundo todo”, disse, chorando. Em seguida, fez a volta olímpica pelo gramado, após uma rápida homenagem do presidente vascaíno, Eurico Miranda, que saiu comemorando  junto.
 Era desejo de Romário que o milésimo ocorresse no Maracanã, mas o Vasco não abriu mão de que o jogo contra o Sport fosse em São Januário. Dos mil gols de Romário, 324 foram para os vascaínos; 204 pelo Flamengo; 165 defendendo o holandês PSV Eindhoven; 71 com a camisa da Seleção Brasileira; 53 quando estava no espanhol Barcelona; 48 comemorados pelo Fluminense; 22 jogando pelo norte-americano Miami; 14 por outro espanhol, o Valencia, e um pelo australiano Adelaide. Romário contou, anda, 77 gols nas categorias de base e 21 em jogos festivos. 
 Diante do Sport,  Romário quase marca, no primeiro tempo, quando o zagueiro Durval salvou o gol, em cima da linha fatal. Quis o destino, no entanto, que, na volta do intervalo, o mesmo Durval tocasse na bola, com uma das mãos, para o 'Baixinho' mandá-la à rede, na cobrança do penal. Em seguida, o jogo foi interrompido, por 16 minutos. Recomeçado, os pernambucanos fizeram o seu tento, e Romário foi substituído, aos 40 minutos, quando saiu de campo, aplaudido de pé.
Pelas suas  contas, os mil gols foram marcados nesta quantidade: 1979 - 4; 1980 - 3; 1981 - 8; 1982 - 16; 1983 - 21; 1984 - 14; 1985 - 35; 1986 - 42; 1987 - 42; 1988 - 49; 1989 - 47; 1990 - 24; 1991 - 37; 1992 - 37; 1993 - 49; 1994 - 36; 1995 - 48; 1996 - 43; 1997 - 63; 1998 - 42; 1999 - 51; 2000 - 73; 2001 - 45; 2002 - 44; 2003 - 20; 2004 - 17; 2005 - 36; 2006 - 41 e 2007 - 13 + 2 depois dos milésimo, totalizando 1.002.