Vasco

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segunda-feira, 26 de abril de 2021

HOJE É O DIA DO GOLEIRO BRASILEIRO

   Homenagem merecida ao único homem de um time que não pode falhar. A ideia foi dos então tenente Raul Carlesso e capitão Reginaldo Bielinski, professores da Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, entusiasmados com o sucesso de um método de treinamento desenvolvido pelo primeiro e que permitiu, na década-70, a evolução da turma que não deixa a gama crescer onde pisa.
A primeira comemoração ocorreu em 14 de abril de 1975, reunindo, no RJ, goleiros do então presente e do passado, além de várias outras pessoas ligadas ao futebol. No entanto, para homenagear o goleiro Manga (Aílton Corrêa de Arruda), campeão brasileiro em 1975/976, pelo Internacional-RS, e um dos maiores da história da camisa 1 no país, ídolo da torcida do Botafogo, por mais de 10 anos, trocou-se a data, em 1976, para 26 de abril, coincidindo com o nascimento do homenageado – em 1937, na pernambucana Recife.
  O Vasco já teve grandes “arqueiros”, como eram chamados os goleiros, antigamente. O maior de todos foi o paulista Moacir Barbosa (27.03.1921 a 07.04.2000), vascaíno por duas vezes, de 1945 a 1955, e de 1958 a 1960, tendo disputado 417 jogos com a Turma da Colina.
Antes de Barbosa, o mais famoso foi o carioca Jaguaré Bezerra de Vasconcelos (14.05.1905 a 27.08.1946), que ficou pela Colina entre 1928 e 1931. Primeiro goleiro brasileiro a usar luvas, por ter jogado na Europa, foi, também, o primeiro a cobrar um pênalti, também jogando entre os europeus. Depois dele, veio o reinado do paranaense José Fontana, o Rei (19.03.1912 a 03.04.1986), de 1933 a 1938.
 Como a década-40 foi dominada por Barbosa – até 1953, titular absoluto –, em 1956, surgiu uma boa briga entre o carioca Carlos Alberto Martins Cavalheiro (21 de janeiro de 1932) e Miguel, no grupo campeão carioca da temporada. Por ser militar, da Aeronáutica – chegou a brigadeiro – Carlos Alberto jamais se profissionalizou. A partir de 1959, uma outra boa briga esteve sendo travada entre Ita (José Augusto da Silva) e Humberto Torgado. O primeiro, um mineiro de Alfenas, (16.07.1938), esteve vascaíno até 1966. Humberto, até 1965. Mais tarde, foi supervisor técnico, tendo lançado o ex-lateral-direito Joel Santana no comando do time de juniores, e contratado, em 1970, um dos mais vitoriosos treinadores do Vasco nos últimos 40 anos, Antônio Lopes.
 Na década-70, quem esteve no de São Januário, absoluto, foi argentino Edgardo Norberto Andrada. Nascido em 21 de janeiro de 1939, em Rosário, ele vestiu a 1 da cruz de malta, entre 1969 e 1975. Campeão carioca, em 1970, e brasileiro, em 1978, foi eleito, pela revista Placar, o melhor goleiro do Brasileirão de 1971.
 Em 1979, quem estava debaixo das traves já era o paulista, de Ribeirão Preto (11.07.1949) Emerson Leão. Ficou só até 1980, tendo jogado 24 vezes. Leão, medindo 1,82 de altura, chegou ao Vasco com o currículo de ter sido o goleiro brasileiro que mais disputou Copas do Mundo – 1970 (sem jogar), 1974,1978 (capitão) e 1986 (sem jogar). Na Alemanha-74 e na Argentina-78, fez 14 partidas, com 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, sofrendo 7 gols. Totalizou 105 jogos canarinhos, vencendo 64, empatando 30 empates, perdendo 11 derrotas e sofrendo 69 gols. 
Entre 1982 e 1991, o “Paredão da Colina” já era Acácio Cordeiro Barreto, de 1,87m de altura, nascido em Campos-RJ (24.01.1959). Seguríssimo em 162 jogos como titular, passava muita confiança ao time. Foi campeão brasileiro, em 1989; carioca, em 1982,1987 e 1988, e do Tofeu Ramón de Carranza, na Espanha, em 1987, 1988 e 1989.
 O próximo grande goleiro vascaíno foi Fábio Deivson Lopes Maciel, de 1,88m de altura, natural de Nobres-MT (30.09.1980). Foi do Time da Colina, entre 2001 e 2004, tendo jogado 384 vezes e conquistado os títulos de campeão da Copa Mercosul e do Campeonato Brasileiro, ambos de 2000, e do Carioca de 2003. Também entra na galeria dos bons camisas 1 cruzmaltinos Hélton da Silva Arruda, de 1,89 m de altura, nascido em São Gonçalo-RJ (18.05.1978). Chegou ao Vasco aos 15 anos, como juvenil, e ficou até depois das Olimpíadas de 2000, ano em que passou a titular e disputou o I Mundial de Clubes da Fifa.
Depois de passar tantas decepções com goleiros como Caetano, Tadick, Márcio e Alessandro, o Vasco da Gama conseguiu dois bons arqueiros: o uruguaio Martin Silva e o gaúcho Fernando Miguel.

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