A Uruma Kan começou a despertar a curiosidade dos desportistas brasilienses a partir de quando Jackson começou a desenvolver métodos específicos para o ensino e transmissão de conhecimentos para diferentes faixas etária. Foi o grande diferencial. Ele percebeu haver uma grande diferença entre ensinar karatê para crianças e adultos. Começou a fazer um trabalho mais lúcido e pedagógico, visando desenvolver a habilidade dos jovens karatekas, por meio de brincadeiras, até que crescessem o suficiente para lutarem e ficarem aptos e aprenderem a se defender de verdade.
“Quero ser lembrado com alguém que transformou o karatê em brincadeira sadia para crianças que, a partir dos quatro, cinco de idade, comecem a estabelecr alguma forma de relação com o mundo. Alguém que criou uma lutinha, uma forma desprentenciosa de karatê, desenvolvida para tirar a criança do comodismo, do facebook do whatsapp”, explica Jackson. Além disso, Jackson criou um método de competição exclusiva para a criançada, o kodomô, o que ele explica:
“Valoriza a base de quem começa a competir e dá forma lúdica aos jovens karatekas, bem como noções de distância, postura, limites e velocidade, sem riscos ou violência”.
Os karatekinhas trabalhados pelo método do sensei Jackson só devem ir ao dojô espontaneamente. É conscientizado da necessidade de alimentar-se bem, dormir cedo, se comportar bem em casa, ter bom rendimento escolar e se aplicar durante os treinamentos na academia. Jackson cita uma (boa) razão para o seu método ser importante na formação do karateka infantil:
“Ele será preparado para tornar-se um faixa preta bem-sucedido não só no esporte, mas, também, no contexto social. Desde pequeno, o jovem karateka vai aprender a lutar pelos seus objetivos, perseguir metas. Pelo kodornô, a criança aprende que tudo na vidas exige esforço, luta, sacrifício. Jamais vai esperar nada chegando gratuitamente, sem empanho”.
Jackson (E) criou método priorizando a criança
Nas competições de kodomô, coletes-almofadas sã postos sobre quimonos, nas cores branco e vermelho, ou branco e azul, com identificadores de pontos vitais do corpo, nas regiões baixa, mediana e dorsal. Cada identificador representa um saber com pontuação. A verde fica na região da bexiga ensina que se deve preservar a natureza; a vermelha, no plexo, chama atenção para cuidados com o coração e ensina a reverenciar o Japão, que criou o karatê; a amarela, fixada nas costas, ensina a respeitar sinais de trânsito e um conceito básico do karatê: jamais dar as costas para o inimigo.
“A luta começa e termina com a reverência ao adversário. Vencer, ou perder é menos importante do que a lutinha do dia a dia”, finaliza sensei Jackson Pereira da Silva.
Parabéns shihan Jackson Sensei 8ºDan, sinto-me muito feliz em fazer parte da família Uruma-Kan.
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