Vasco

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

QUASE MATARAM O MATADOR DINAMITE

 O maior “matador” da Colina, o explosivo Roberto Dinamite, estava mais do que acostumado a encarar os mais sanguinários “xerifões”. Só não contava que, um dia, pegasse pela frente um ataque que lhe fizesse sentir frio na espinha. Pois encontrou! Em 2 de abril de 1984, ele foi acordado, em sua casa, na Ilha do Governador, por um bandido, apontando-lhe um revólver calibre 38 para a sua cabeça.

Na verdade, foram três marginais. Eles dominaram o motorista Lúcio e mais uma empregado,  da casa do Roberto, além de um filho, Alexandre, e uma irmã do goleador. E foram ao quarto de Roberto&Jurema exigir todas as jóias e grana existentes no recinto. Embora fosse bom atacante, era a hora de o Dinamite jogar na defesa. E entregou aos amigos do alheio uma caixa contendo relógios, pulseiras e brincos, todos de ouro.

Era menos de oito da matina, quando o motorista lavava o carro de Roberto, na garagem, à Rua Henrique Lobo. Foi quando chegaram os marginais Robson Líbio da Conceição (chefe), Carlinhos e Mauro José Rosa da Silva, que não lhe deram chance de reação, e obrigaram-lhe a levá-los até o patrão.

Quando o Robson fez a exigência, um dos colegas reconheceu o artilheiro cruzmaltino e sugeriu brecar o lance, pois ele era torcedor do Vasco da Gama. O Robson discordou, pois se dizia botafoguense. Roberto, então, avisou que Jurema estava muito doente, pediu cuidados com ela e disse aos ladrões que levassem o que quisessem. Jurema entregou uma caixa de joias e o bandido vascaíno pediu aos colegas para se contentassem com aquilo. O botafoguense só topou porque o Dinamite era  ídolo do seu parceiro  de crimes. 

Encerado o assalto, os três marginais fugiam, em um Corcel, com placa RV 0060, roubado, quando cruzaram com a patrulha policial Nº 540297, do 17º Batalhão da PM, conduzida pelos policiais Sílvio e Gorito, avisados por um vizinho, que vira Lúcio sendo dominado. Pouco depois, chegou uma outra viatura policial, a de Nº 520100, levando os soldados Adriano e Lemos. Após 40 minutos de tiroteios, os bandidos foram presos, com um deles - Mauro, de apenas 14 anos de idade - foi ferido, por um tiro no abdômen. Encerrado o assalto, Roberto foi  à 37ª DP, acompanhado do filho Alexandre, prestar depoimentos sobre o assalto - que roubada! Quase dinamitaram o Dinamite.

OBS: a foto é do casamento de Roberto e Jurema, foi enviada por Ildo "Kidoca", amigo de adolescência do Dinamite e que foi o ponta-direita do time deles, em Duque de Caxias. O texto escrito acima foi tirado, também, de recorete de jornal enviado pelo Ildo, que viu esta série pela Internet e fez o contato. Agradecimentos do Kike.  

 


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