Vasco
terça-feira, 31 de outubro de 2023
segunda-feira, 30 de outubro de 2023
domingo, 29 de outubro de 2023
VASCO DA GAMA 1 X 1 GOIÁS
Placar manteve o Almirante na zona
de rebaixamento do Campeoanto Brasileiro, com 31 pontos, três astrás do primeir time fora
do setor. Turma da Colina volta a jogar, na quinta-feira, a partir dasd 17h,
fora de casa, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, em |Mato Grosso. C onfira a
fichas técnica:
FOTO REPRODUZIDA DE WWW. VASCONOTÍCIAS
O goleiro vascaíno Léo Jardim foi a maior figura da partida
29.10.2023
(domingo)- Vasco 1 x 1 Goiás. 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Estádio: da
Serrinha, em Goiânia-GO. Juiz: Árbitro: Flavio
Rodrigues de Souza.Público: 10.145 pagantes.
Renda:R$ 380.725,00. Gols: Vegetti, aos 14, e Matheus
Babi, aos 46 min 2° tempo. Vasco: Léo
Jardim; Robson Bambu, Maicon (Zé Vitor), Medel, Léo (Praxedes); Zé Gabriel,
Jair (Barros), Serginho (Gabriel Pec), Alex Teixeira (Payet), Lucas Piton;
Vegetti. Técnico: Ramón Díaz. Goiás: Tadeu; Maguinho, Lucas Halter, Bruno Melo, Hugo; Willian Oliveira
(Raphaek Guzzo), Morelli, Guilherme Marques (Vinicius); Allano (Alesson), João
Magno (Matheus Babi), Julián Palacios (Dodô). Técnico: Armando Evangelista.
OBS: seguda partida consecutiva em que o Vasco d Gama tem um atleta expulso de campo pelos minutos fiais. Na anterior (1 x 2 Internacioal, em São Januário, os excluídos foram Paulinho, peça importantíssdim no esquema técnico da equipe, e Eric Marcus. Hoje, pouco depois de Vegetti receber o cartão vermelho, saiu o gol de empate dos goianos. Antes desses, o time vascaíno já tivera expulsos da partida o meia Jair e o então treinador Maurício Barbieri.
sábado, 28 de outubro de 2023
VASCO DAS PRATELEIRAS - LIVRO SOBRE DANILO CONTA A HISTÓRIA DO CRACAÇO
sexta-feira, 27 de outubro de 2023
quinta-feira, 26 de outubro de 2023
O VENENO DO ESCORPIÃO - LALÁ ASSANHOU CABELO DA MULATA
Hino nacional do Carnaval brasileiro teve"sambinha" na Justiça
Não havia ninguém mais “bola murcha”, no janeiro do Rio de Janeiro de 1932, do que Francisco Alves, o cantor mais popular do Brasil. Culpa dele mesmo, que recusara gravar uma marchinha - O teu cabelo não nega - lhe oferecida por Lamartine Babo, preferindo uma outra – Marchinha de Amor – que não foi amada por ninguém.
Já que o Chico não botava fé na composição do Lalá (como amigos apelidavam o Lamartine), estee propôs aos comediantes Castro Barbosa e Jonjoca grava-la. Os caras toparam, o Lalá falou com Pixinguinha, que levou uma galera de velhos amigos para um estúdio, onde ele mesmo conduziu a gravação - Luís Americano e Sousa Aragão (saxofones); Bonfliglio de Oliveira (piston); Donga (banjo); Vantuil de Carvalho (trombone); João Martins (contrabaixo) e Elezar de Carvalho (tuba). Além destes, o Lalá formou um coro que reuniu, ainda, ele, a sua amiga Carmem Miranda, Murilo Caldas e o Jonjoca.
Amigo de diretores futebolísticos cariocas, Lamartine Babo conseguiu, com o Fluminense, autorização para lançar a marchinha em um dos bailes do clube, por aqueles dias em que se aproximava o Carnaval. Chutou pra fora. Os refinados sócios do Flu, indignados com a presença na casa de 18 músicos, alguns negros, se retiraram - sem problema!
O sucesso de “O teu cabelo não nega” não deixava ninguém sentado em um salão de festas. Em Recife, quando ouviram, os irmãos João e Raul Valença se espantaram. Foram à imprensa e garantiram que aquela marcha era deles e se chamava “Mulata”. Mas quem iria dar ouvidos a eles, se Lamartine Babo, que aparecia como o autor era famoso, por dezenas de composições que todos os brasileiros haviam cantado? Os carinhas, porém, resolveram encarar. Explodiram um escândalo no Rio de Janeiro. Como o Lalá poderia fazer aquilo? Era inacreditável - nem tanto!
Sujeito sempre duro, sem dinheiro, Lamartine Babo trabalhava para a gravadora Victor, que recebia centenas de letras para apreciação, e mandava-lhe arrumar as de bom nível. Por gostar de “Mulata”, que tinha apelo totalmente popularzão pernambucano, ele fez uma outra letra, a que inicia com o que todos ainda hoje cantam – O teu cabelo não nega, mulata/Porque és mulata na cor/ Mas como a cor não pega mulata/Mulata eu quero o teu amor. No original dos irmãos nordestinos, os versos começavam assim: Nestas terras do Brasil, aqui/Não precisa mais prantá, qui dá/Feijão muito doutô e giribita/ Muita mulata bonita.
Neste cartaz a gravadora Victor já escreve "adaptação" de Lamartine Babo
Os irmãos Valença foram á Justiça e pediram có-autoria da marcha. Enquanto o barato rolava no barraco da “Dona Justa”, a “mulata” conquistava popularidade avassaladora. O Lalá que ficara sendo “o cara dela", é o mesmo que compôs todos os hinos que a torcida carioca canta hoje em estádios lotados por milhares de torcedores. Não precisava chutar “bola fora”, Lalá! Como o seu amigo Chico Alves.
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
terça-feira, 24 de outubro de 2023
segunda-feira, 23 de outubro de 2023
domingo, 22 de outubro de 2023
VASCO DA GAMA 0 X 1 FLAMENGO
O Almirante naufragou nesta rota, mas foi jogo duro, em que poderia tanto um quanto o outro ter vencido. É o que provam as estatisticas: os vascaínos tiveram mais posse de bola, 53% contra 47% ds rubro-negros, além de terem finalizado mais: 17 x 10. Também, fizeram o goleiro flamenguista tarbalhar mais - 7 x 4. O resultado fez a Turma da Colina voiltar à zona de rebaixamento, em 17º lugar. Confira a ficha técnica da partida:
Reprodução de www.vasco.com.br - André Durão
22.10.2023 (domingo) Vasco 0 x 1 Flamengo. 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz : Raphael Claus-SP. Público: 64.524 (69.473 presentes). Renda: R$ 3,4 milhões Gol: Gerson, aos 31 min do 2º temo. VASCO: Léo Jardim; Paulo Henrique (Puma Rodríguez) Gary Medel (C), Léo e Lucas Piton; Zé Gabriel (Jair), Paulinho Paula, Bruno Praxedes (Sebastián); Dimitri Payet (Luca Orellano), Gabriel Pec (Erick Marcus) e Pablo Vegetti. Técnico: Ramón Díaz. FLAMENGO: Agustín Rossi; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Erick Pulgar, Thiago Maia, Gerson (Everton Cebolinha) e Arrascaeta (Everton Ribeiro); Bruno Henrique (C) (Luiz Araújo) e Pedro (Gabigol). Técnico: Tite.
sábado, 21 de outubro de 2023
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
FALTA NA ENTRADA DA ÁREA É COISA TÃO IMPORTANTE QUE DEVERIA SER COBRADA SOMENTE PELO PRESIDENTE DO CLUBE!!!!
Se dizem que “pênalti é coisa tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube”, o canditdado Pedrinho, isto é, Pedro Paulo de Oliveira, já está se preparando. Não para só cobrar pênalti, mas, também, falta perigosa a entrada da área. Foi o que descobriu o kikenauta e torcedor vascaíno fanaticaço Raimundinho Maranhão, que enviou esta foto do do seu álbum de recortes cruzmaltinos, com o antigo meia-atacante em ação.
Pedrinho
é candidato a comandar a diretoria administrativa cruzmaltina, entreo
2024-2026. A votação está marcado para o sábado 11 de novembro, tendo ele por
adversário Leven Siano, para substituir o
atual presidente Jorge Salgado, a partir de janeiro. Pedrinho conta com o apoio
dos antigos ídolos do futebol Edmundo e Felipe.
OBS: escrito 20 dias depois
do pleito de 11 de novembro de 2023. Pedrinho foi eleito, com 3.372, contra
1.844 de Leven Siano, tendo ido às urnas
84% dos eleitores aptos a votaram na eleição. Nas urnas separadas, com os votos
suspensos, Pedrinho recebeu 372, enquanto Leven ficu com 74.
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
O VENENO DO ESCORPIÃO - BRASIL BRANQUELO CONTRA PELE NEGRA
Se líderes políticos (proponentes) e de entidade sociais (pressionantes) fizessem uma profunda revisão na história social brasileira, seguramente, muitos logadouros públicos mudariam de endereço, pois o final da escravidão, em 1888, não livrou o país de preconceitos epidérmicos.
Pra começo de conversa, na Bahia pós-republicana, onde mais da
metade da população era fomada por negros e descendentes, o –
professor/psiquiatra/antropólogo/higienista/etnólogo/tropicalista/sexólogo/legalista
Raimundo Nina Rodrigues apoiou as teorias racistas do italiano Cesare Lombroso,
o pai da antropologia crimial, que descrevia o negro por “delinquente natural”.
E propôs para a raça penas mais rígidas - Nina Rodrigues dá nome ao Instituto
Médico Legal de Salvador, desde 1906, casa que pode ser visitada na Avenida
Centenário.
Assim como o racista Nina Rodrigues, também, esteve na turma dele um outro reverenciado vulto histórico nacional – Euclydes da Cunha -, nascido no Rio de Janeiro e autor de trabalho jornalístico que virou obra notável do pré-modernismo da literatura brazuca – Os Sertões, de 1902, narrando a Guerra de Canudos (1896-1897), enfocando sociedade baiana abandonada pelo Governo e comandada pelo lunático Antônio Conselheiro.
Euclydes da Cunha reproduzido de www.ebc.com.br
Naquela cena, Euclydes viu o mestiço sendo um “desequilibrado, sem a
energia física dos ascendentes (índios da época da colonização brazuca)
e nem a vivacidade intelectual dos ancestrais superiores”. Mesmo com tal visão,
ele foi levado para a Academia Brasileira de Letras, onde um dos fundadores, o
sergipano Sílvio Romero (nome de praça, em São Paulo) desejava acabar com os
negros por processo que incluía “o fim do tráfico negreiro (1850) e o
desaparecimento dos índios”. Para ele, isso ajudaria tornar o branco
preponderante no Brasil, “até tornar-se puro e belo como na Europa” – que
horror!
Um outro elemento “acima de qualquer suspeita” que entrou
nessa de “seleção natural” foi o escritor Monteiro Lobato – pasmem! Pois
foi! E não só foi, como patrocinou a impressão dos primeiros boletins da
Sociedade Eugênica de São Paulo, em 1919.
Reprodução de www.monteirolobato.com.br
Imagine, durante a década de 1920, cópias de
projeto-de-lei dificultando entrada de imigrantes negros no País - do deputado
Alfredo Ellis Júnior - desembarcando no Sítio do Pica-Pau Amarelo!
Com certeza, "se estivesse por lá", o conturbado personagem Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, não
se internaria no Hospital Miguel Couto (do Rio de Janeiro), caso o prédio do estabelecimento fosse naquele sítio.
Presidente da Academia Nacional de Medicina, entre 1914/1934,
Miguel Couto endossava as teses de Nina Rodrigues e do extremista Renato Kehl,
do Departamento Nacional de Saúde Pública, um cara, hoje, largamente, condenado
pelos historiadores. Mas o nome dele segue firme na Rua Doutor Renato Ferraz
Kehl, em São Paulo, onde Armando Vieira de Carvalho, fundador da Faculdade de
Medicina de São Paulo, defendeu o mesmo pensamento e ganhou placa na Avenida
Dr. Arnaldo. Por sinal, São Paulo foi pródigo em homenagear gente assim, como,
como Vital Brazil, fundador do Instituto Butantan e emplacado, ainda, em uma
das ruas paulistanas. Melhor foi para o psiquiatra Franco da Rocha, que virou
cidade.
Esta rapaziada era chamada por “eugenista”, defensora de
pseudociência rascista, para justificar a impossibilidade de tratar negros como
posse – proibido, no Brasil, desde o final da escravidão, em 1888. A simpatia
pela tese vinha de uma Inglaterra sonhadora com raça superior, pura, propondo
aos ricos proliferarem mais do que os pobres, “que desapareceriam, com o
tempo”. Distantes 1148 km da ilha dos ingleses, pegaram vaga nesse trem os alemães Erwin Bauer, Gritz Lenz e Eugen
Fischer, que escreveram sobre princípios hereditários humanos da higiene racial
e fizeram a cabeça de Adolf Hitler, como este deixou claro em seu livro Mein
Kampf (Minha Luta, de 1925).
Roquette-Pinto reproduzido do acervo fotográfico do Ministério das Comunicações
Aqui pela terrinha, João Batista de Lacerda, diretor do Museu Nacional, não precisou esperar tanto para espantar o planeta. Em 1911, representando o Brasil no Congresso Universal das Raças, na França, ele compareceu levando o museu nacional dos horrores, onde uma prateleira guardava a ideia de que o sague do branco diluiria o do negro, algo pensado, também, por Belisário Pena, o criador da Liga Pró-Saneamento do Brasil – Belisário é nome de rua, na Penha, no Rio de Janeiro, e o JB de Lacerda no bairro da Mooca, em São Paulo.
Duas
décadas depois, o médico Edgard Roquette-Pinto, pioneiro das transmissões
radiofônicas no país, e o presidente da Associação Brasileira de
Educação, Levy Carneiro, liderando sessões comemorativas do centenário da
Academia Nacional de Medicina, aplaudiram a proposta que instava jovens
“eugenicamente sadios a terem mais filhos do que as raças degeneradas” - ainda
bem que Pelé, Garrincha, Didi, patota de sangue “degenerado”, ainda não era
nascida pra ser saudada pelo rádio de Roquette-Pinto que, em 1958, os saudou
como heróis nacionais
quarta-feira, 18 de outubro de 2023
VASCO DA GAMA 1 X 0 FORTALEZA-CE
Valeu pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, com prélio disputado no carioca estádio vascaíno da Rua São Januário (fundos da General Almério de Moura), no Rio de Janeiro. O placar leva o Almiante para 30 pontos e o deixa fora da zona de rebaixamento. nfira a ficha técnica:
Foto reproduzida de André Durão - www.vasco.com.br
O francês Payet marcou o seu primeiro gol com a camisa vascaína
18.10.2023 (quarta-feira) - Vasco da Gama 1 x 0 Fortaleza-CE. 27ª rodada do Campeoanto Brasileiro. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Leandro Pedro Vuaden-RS. Público: 19.930 pagantes e 20.255 presentes. REndas: R$ 985.816. Gol: Payet, aos 12 min do 2º tempo. VASCO: Léo Jardim; Paulo Henrique (Puma Rodríguez), Maicon (Miranda), Léo e Lucas Piton; Zé Gabriel, Praxedes (Jair) e Payet (Mateus Carvalho); Gabriel Pec, Vegetti e Marlon Gomes (Rossi). Técnico: Ramón Diaz. FORTALEZA-CE -João Ricardo; Tinga, Marcelo Benevenuto, Titi e Escobar; José Welison (Thiago Galhardo), Caio Alexandre (Pedro Augusto) e Pochettino (Marinho); Yago Pikachu (Calebe), Lucero e Machuca (Guilherme). Técnico: Juan Vojvoda.
terça-feira, 17 de outubro de 2023
VASCO NO PLACAR - MARQUINHO CARIOCA
Que tal ter em seu time um jogador com mil e uma utilidades, só não tititular por falta de centimetragem? Acontecia no Vasco da Gama de 1983, com Marquinho Carioca, que tinha: bom domínio de bola; drible seguro; chute forte; inteligência no cumprimento de função tática; rapidez na armação de contra-ataques e exímio cruzador de bolas para os finalizadores. Com tudo isso, o que lhe faltava para ser titular? Segundo o treinador Antônio Lopes, apenas quatro centímetros. Se medisse 1m72cm, a estatura de Zico, o maior ídolo da história do Flamengo, a conversa seria diferente, garantia.
Esquisito, pois o Vasco da Gama já tivera titular mais baixo do que Marquinho, caso do ponta-esquerda Djayr Mazzoni, campeão carioca-1950, participando de 16 os 20 jogos que valeram o título da temporada ao Almirante. Desde outubro de 1980, quando fez sua primeira partida pelo time principal da Colina, e até ser emprestado ao Fortaleza-CE, em 1983, das 109 partidas em que havia vascaínado, em 30 Marquinho entrara no decorrer das partidas. Mas ele não se importava com as manhas dos treinadores, pois, volta e meia, estava entrando em campo, fosse como volante, meia-armador, centroavante ou ponteiro-direito/esquerdo.
Versatilidade fazia revista Placar considerar Marquinho sombra para qualquer titular da meiúca do Vasco da Gama, um jogador muito importante.
O treinador que inaugurou a moda do senta-levanta do banco dos reservas para o Marquinho foi Mário Jorge Lobo Zagallo, seguido por Célio de Souza e sequenciado por Antônio Lopes, que declarou à revista Placar - Nº 672, de 8 de abril de 1983: “Se ele (Marquinho) tivesse mais altura seria um belo jogador”. Já que era um “patinho feio” na Colina, em duas tempordas e meia de serviços prestados à nau do Almira, o baixote Marquinho sempre perdia a vaga quando o Vasco da Gama contratava atleta meio-campista com mais nome do que ele. Asssim, saiu do time para as entradas de Paulo César Caju, Cláudio Adão, Silvinho, Renato Sá, Elói e Dudu Coelhão, para quem o Marquinho era imprescindível ao time vascaíno, fazendo o quarto-homem de meio-de-campo, ou jogando aberto pelas pontas.
Por ter a admiração dos companheiros de time e do treinador Antônio Lopes, certa vez, Marquinho pediu ao chefe uma chance pra disputar vaga no meio-de-campo, como o camisa 8 ou o 10. Lopes o atendeu, mas ele terminou ficando sem vaga no meio e na ponta. Levou um tempo para voltar a jogar.
Marco Antonio Rodrigues Henriques, o Marquinho - nascido no oito de agosto de 960, em São João de Meriti-RJ – um dia, mostrou que nem sempre altura é documento. Em 5 de dezembro de 1982, diante de 113.271 pagantes, no Maracanã, na decisão do título estadual carioca, Pedrinho Gaúcho cobrou escanteio procurando, preferencialmente, Roberto Dinamite na pequenas área, onde ele tinha a marcação de Figueiredo e de Marinho, trio com mais de 1m80 cm de altura, cada um. No entanto, com 1m68cm, foi ele, baixinho, com a sua impulsão, que chegou e raspou a cuca na bola, mandando-a à rede: Vasco 1 x 0 e campeão, com o Marquinho "Raspadinha" (apelido que não pegou),
Maquinho, que havia saído do banco dos reservas, substituindo Dudu Coelhão, disse ao repórter radiofônico Deni Menezes, após o jogo:. ”Eu não tinha altura para disputar lances aéreos com os becões. Então, tive de procurar o tempo certo da bola”, explicou, sobre a bola que bateu na rede, aos três minutos do segundo tempo - mesmo com as restrições à suas estatura, ele jogou por outros cinco grandes clubes: Fluminense, Flamengo, Atlético-MG, Coritiba e Internacional-RS.
OBS: entre 1991 e 2016, a Caixa Econôica Fedral manteve a Loteria Instantânea, que foi apelidade por "Raspadinha". O resultado para o apostador era imediato.
segunda-feira, 16 de outubro de 2023
TRAGÉDIAS DA COLINA - PENALTISMOS
Entre 1975 e 1975, o Vasco da
Gama teve a seu favor a marcação de 19 pênaltis, em 38 partidas, o equivalente
a 50% delas. Quatro dessas marcações, geraram muitas polêmicas. Confira:
28 de maio de 1975 – Vasco da Gama x São Cristóvãso jogam, em noite de quarta-feira, em São Januário, pelo Estadual-RJ. O juiz Moacir Miguel dos Santos marca pênalti sobre o malandro Dé Aranha, especialista em cavá-los. Fora marcação tão escandalosa que até os vacaínos ficaram com vergonha de se aproveitarem do lance. Então, Roberto Dinamite, de propósito, chutou para fora, ficando o placar em Vasco 2 x 1.
15 de junho de 1975 – o árbitro Rubens de Sousa Carvalho marca pênalti a favor do Vasco da Gama, aos 24 minutos do primeiro tempo de partidas,e m São Januário, contra o Olaria, pelo segundo turno do Estadual. Roberto Dinamite bate e marca. A cinco minutos do final da pugna, o treinador do Olaria, Daniel Pinto, invade o gamado gritado: “O Vasco não cumpriu o acordo”. O prélio termina com Vasco 2 x 0 Olaria e o caso vai parar no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
REPRODUÇÃODE WWW.NETVASCO.COM.BR - AGRADECIMENTO
Roberto Dinamite chutou pênalti pra dentro e pra fora
4 de setembro de 1976 – Nílsn Cardoso Bilha maca pênalti a favor do Vasco da Gama, aos 17 minutos do segundo tempo de jogo contra o Goiás, pelo Campeonto Brasileiro. Cobrado por Roberto Dinamite, o juiz diz que o goleiro Amauri desrespeitou as regras durante a cobrança e manda repetí-la. Na segunda, o Dinamite bate na rede: Vasco 1 x 0, em São Januário.
17 de outubro de 1976 – após marcar pênalti a favor do Americano de Campos-RJ, o árbitro José Aldo Pereira, logo depois, vê a mesma infração sobre o atacante vascaíno Luís Fumanchu. Gol do Vasco, em cobrança por Roberto Dinamite. Os jogadores do Americano acham que não houve a penalidade máxima, vão pra cima do árbitro protetar e quatro deles são expulsos de campo. Em seguida, um outro atleta campista simula contusão e, sem número suficiente para continuar a pugna, esta termina aos 19 minutos da etapa final: Vasco 3 x 1.
domingo, 15 de outubro de 2023
sábado, 14 de outubro de 2023
ADEMIR, CENTROAVANTE-CENTROAVANTE
1 - Perto de inteirar duas décadas do final de sua carreira, o goleador Ademir Menezes dizia, em 1973, que, se ele jogasse o futebol setentista, não faria tantos gols como na fase em que defendeu o Vasco da Gama e a Seleção Brasileira. Via os novos sistemas táticos matando os artilheiros, devido o “encurtamento dos espaços vazios”, e previa que o gol só surgisse em jogadas coletiva, nunca da ação de um só atleta, em jogada individualm criativa.
Ademir não gostava de ver atacantes recuando
para proteger o meio-de-campo e nem de a força substituir o talento, a
improvisação. Decepcionava-se, tremendamente, com isso. Declarou à revista
Placar Nº 166, de 19 de maio de 1973: “O centroavante tnha a obrigação de fazer
muitos gols. O futebol era mais franco, com dois zagueiros, três homens na
linha intermédiaria e cinco atacantes. O Leônidas (da Silva) fez nove gols na
Copa do Mundo de 1938. Em 1950, a coisas mudou um pouquinho. Veio a diagonal do
(treinador) Flávio Costa dois latgerais presos, dois médios (apoiadores) soltos
no meio-de-campo e dois meias indo e vindo, de acordo com o lado da jogada....
A diagonal mantinha o futebol descontraído e o centroavante com mais espaço
para jogar”. No seu caso, para quem Flávio Costa criara a diagonal, Ademir
comentou: “Eu esperava por lançamentos longos (de Maneca e de Ipojucan, no
Vasco, e de Ziziho e de Jair Rosa Pinto, na Seleção Brasileira). Como eu tinha
velocidade, ganhava sempre (dos marcadores) na corrida. A marcação era pouco
móvel, cada um marcava o seu homem”.
REPRODUÇÃO DE CAPA DA REVISTA PLACAR
Eles dois foram os maiores centroavantes vascaínos
Embora tivesse se beneficiado muito da diagonal de Flávio Costa, o goleador Ademir Memezes apontou o sistema por “vulnerável”, a partir de quando o treinador uruguaio Ondio Viera (no Vasco da Gama) o madava cair para a direita nos jogos contra o Flamengo (de Flávio). “O lateral-direito deles (Biguá) jogava preso e quem sasía para me combater era o médio-esquerdo (Jaime de Almeida). Sobrava grande espaço, eu estava sempre livre para o pique”, explicou.
As dificuldades para marcar gols surgiram para
Ademir, como contou, entre 1950 e 1952, quando o Botafogo era treinado por Zezé
Moreira e trouxe o zagueiro Basso, da Argentina. “Ele era inteligente, com perfeita
colocação em campo. Não colava em mim, como os outros marcadores, e nem me
acompanhava quando eu procurava sair da área (atacada). Marcava a zona (de
ataque), pois sabia que, encostando-se em mim, poderia perder no pique. Então,
ganhava terreno obrigando-me a tentar o drible ou o passe para o lado” .
REPRODUÇÃO DA REVISTA O CRUZEIRO
Ademir marcando gol contra o Flamengo
Por aquele 1952, Ademir Menezes via defesas mais fortes e plantadas, menos espaço para os ataques e quase nenhum para os contra-ataques, além de um ponteirao já ajudado a defesa. Para ele, a fase 1958 a 1962 foi a melhor do futebol brasileiro. “Foi como ter filtrado tudo do passado e aproveitado só o positivo”, considerou, ao ver o Brasil jogando na Copa do Mundo da Suécia “com uma linha de quatro zagueiros, três meio-campistas e restabelecendo o centroavante, mas com este voltand, deslocando-see para as laterais e, também, jogando sem bola. Já a defesa fazia rodízio na cobertura, garantiondo segurança”, elogiou e considerou o pós-1958 como o “fim do centraovate estático”.
Ademir Menezesa disse, ainda, a Placar que a Copa de 1970 (no México)
foi a cristalização do ataque, sem um homem de área. Por exemplo, citou que
Pelé e Jairzinho fizeram mais gols e que sobraram oportunidades, também, para
os outros. Enfim, via o sacrifício do centroavante-cetroavante parte da evolução
do futebol.
2 - A DESPEDIDA DE ADEMIR
Entre as décadas 1940 e 1950, o atacante Ademir Marques de Menezes, em eleições de melhor jogador nacional, tinha mais votos do que qualquer presidente da república.Em meia página da edição de Nº 71, de 30 março de 1957, a revistas carioca Manchete Esportiva, definindo por “canto do cisne”, abordou o jogo de despedida do "Queixada", em “certo domingo de fevereiro” (não citou dia e nem ano), quando o matador “voltou a vestir a camisa 9 do bicampeão pernambucano” (Sport Club Recife), por exigência “dos desportistas do ‘Leão do Norte”, como é chamada a agremiação.
Ademir marcou 301 gols, em 429 jogos, durante 11 anos de futebol |
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
HISTORI&LENDAS DA COLINA - DANI & KOSI
1 - Craque vascaíno, entre 1946 a 1954, o apoiador Danilo Alvim dizia que, para ser um grande treinador, seria preciso ter sido um grande jogador. No seu caso, após comandar os times do Uberaba-MG, Taubaté-SP, São Bento de Marília-SP, Cruzeiro-BH, Flamengo de Caxias do Sul-RS e São Cristóvão-RJ, foi convidado a trreinar a seleção boliviana e a levou ao título do Campeonato Sul-Americano de 1963.
Reprodução da revista O Cruzeiro
Danilo Alvim disputou 25 jogos e marcou dois gols pela Seleção Brasileira, pela qual sagrou-se campeão sul-americano-1949. Pelo Vasco da Gama, fez 305 jogos e 10 gols. Aos 19 de idade, sofreu 39 fraturas, em uma das pernas, ao ser atropelado por um automóvel. Dois anos depois, estava jogando tanto que o Vasco da Gama o tirou do América, por aplaudir o seu futebol clássico. E encerrou a carreira vestindo a camisa do mineiro Uberaba-MG.
2 - O atacante Kosilek fez parte do grupo dos campeões
carioca, em 1970. Em sua rápida passagem por São Januário,
disputou apenas 14 jogos. Confira: 22.02.1970 – Vasco 0 x 2
Flamengo (Torn Inter de Verão); 24.03.1970 a- Vasco 1 x 0 Rio
Branco-ES (amistoso); 05.04.1970 – Vasco 0 x 2 Bangu (Taça
Guanabara); 26.04.1970 - Vasco 1 x 0 América-RJ. (Taça GB);
01.05.1970 - Vasco 0 x 0 Flamengo (Taça GB); 03.05.1970 0
Vasco 2 x 0 Desportiva-ES (amistoso); 10.05.1970 - Vasco 0 x
2 Flamengo. (Taça GB); 01.08.1970 - Vasco 1 x 0 Olaria
(Campeonato Carioca); 09.08.1970 - Vasco 1 x 0 Flamengo. (Camp
Car); 15.08.1970 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ (Camp Car); 13.09.1970
- Vasco 3 x 2 América-RJ (Camp Car); 20.09.1970 – Vasco 0 x
2 Fluminense (Camp Car); 17.10.1970 - Vasco 5 x 1 Santos
(Taça de Prata);a 04.11.1970 – Vasco 4 x 0 CSA-AL (amistoso).
Craque vascaíno, entre 1946 a 1954, o apoiador Danilo Alvim
dizia que, para ser um grande treinador, seria preciso ter sido um grande
jogador. No seu caso, após comandar os times do Uberaba-MG, Taubaté-SP, São
Bento de Marília-SP, Cruzeiro-BH, Flamengo de Caxias do Sul-RS e São Cristóvão-RJ,
ele foi convidado a trreinar a seleção boliviana e a levou a conquistar o
Campeonato Sul-Americano de 1963.
Nascido
no Rio de Janeireo, em 3 de dezembro de 1921, Danilo viveu por 75 temporadas,
até 16 de maio de 1996. Ganhou vários títulos pelo Vasco da Gama – campeão carioca-1947/49/50/ 52, e sul-americano de clubes campeões-1948,
mas nunca escondeu que o América era o
seu time de coração. Apontava o uruguaio Ondino Viera e os brasileiros Flávio
Cosa, Gentil Cardoso, Jorge Vieria e Daniel Pinto como os melhores terinadores
que passaram pela sua frente e pregava que, para se dar bem, o seu colega
deveria falar bem, e ser explícito para o atleta
entendêe-lo. Segundo ele, em seu tempo de jogador,
era mais fácil atuar, porque a rapaziada “não ficava tão presa a sistemas
táticos”.
Danilo
Alvim disputou 25 jogos e marcou dois gols pela Seleção Brasileira, pela qual
sagrou-se campeão
sul-americano-1949. Considerava
Brasil 6 x 1 Espanha, da Copa do Mundo de 1950, quando ficou vice, a sua maior
partida. Pelo Vasco da Gama, fez 305 jogos e 10 gols. Danilo Alvim, aos 19 anos de idade, sofreu 39 fraturas, em uma das
pernas, ao ser atropelado por um automóvel. Dois anos depois, estava jogando
tanto que o Vasco da Gama o tirou do América, por aplaudir o seu futebol
clássico. E encerrou a carreira vestindo a camisa do mineiro Uberaba-MG.
2 - O atacante Kosilek fez parte do grupo dos campeões
carioca, em 1970. Em sua rápida passagem por São Januário,
disputou apenas 14 jogos. Confira: 22.02.1970 – Vasco 0 x 2
Flamengo (Torn Inter de Verão); 24.03.1970 a- Vasco 1 x 0 Rio
Branco-ES (amistoso); 05.04.1970 – Vasco 0 x 2 Bangu (Taça
Guanabara); 26.04.1970 - Vasco 1 x 0 América-RJ. (Taça GB);
01.05.1970 - Vasco 0 x 0 Flamengo (Taça GB); 03.05.1970 0
Vasco 2 x 0 Desportiva-ES (amistoso); 10.05.1970 - Vasco 0 x
2 Flamengo. (Taça GB); 01.08.1970 - Vasco 1 x 0 Olaria
(Campeonato Carioca); 09.08.1970 - Vasco 1 x 0 Flamengo. (Camp
Car); 15.08.1970 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ (Camp Car); 13.09.1970
- Vasco 3 x 2 América-RJ (Camp Car); 20.09.1970 – Vasco 0 x
2 Fluminense (Camp Car); 17.10.1970 - Vasco 5 x 1 Santos
(Taça de Prata);a 04.11.1970 – Vasco 4 x 0 CSA-AL (amistoso).
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
O VENENO DO ESCORPIÃO - NEM SÓ DE ROBERTO VIVE A MÚSICA POPULAR BRAZUCA. NORDESTINOS ENCARAM "REI"
Entre 1965 e 1968, música poplular brasileira-MPB foi dominada pelo iê-iê-iê dos ingleses The Beatles, deixando em situação difícil até nomes como Luís Gonzaga, o “Rei do Baião”, e Jackson do Pandeiro, só para citar dois. Mas mesma rapidez que fez cantores e conjuntos de cabeudos proliferarem sumiu com eles.
Em 1969, enquanto Wnderléa, Renato e Seus Blue Faps, Leno e Líian, Jerry Adriani, etc perdiam espaços, Erasmo Carlos ganhou novo fôlego “Sentado à berira do caminho”. No entanto, esperando por ele na curva, estava o Trio Nordestino, isto é Lindu |(líder), Cobrinha e Coroné. Os três estavam pelas noites cariocas, quaando encontaram-se com o compositor (também nordestino) Antônio Barros, que prometeu-lhes uma música para incomodar. Na época, era comum autor oferecer parceria a radialista, pra garantir a divulgação de sua composição.Mas nem seria preciso, pois a letra do Barros – parceirizada com o baiano Jota Luna – agradou tanto que, do Nordeste, espalhou-se pelo país e incendiou o Departamento Artístico de músicas regionais da gravadora CBS;
Por
ali, enquanto o Roberto Carlos contava em ‘Detalhes” as dores de cotovelo da
sua pós-Jovem Guarda, com versos
romantisíssimos para jovens adolescenes apaixonados - “... na
muldura não sou em que lhe sorri...” -, Antônio Barros lembrava-se de uma sertaneja nordestina
da qual escutara reclamar do filho:
“Menino, onde tu tava; onde tava tu; eu procurava tu”. Achou engraçado o nó que
a mulher dava no idioma e mandou ver “Morena diga onde tu tava/Onde tu tava/Onde
trava tu...”, pra contagiar até o sofisticado público de boates paulistanas.
Resultado: “Procurando tu” foi parar no topo das paradas de sucesso, deixando
Roberto Carlos para trás, durante um bom tempos, até o Lindu sofrer um acidente
automobilístico e o trio ter de parar e
esperar pela sua recuperação do seu líder, o que vários meses.
Para não perder o embalo no demorativo sucesso,
outras gravadoras lançaram regravação – uma com o ator gaúcho Ângelo Antônio,
que fazia sucesso com a novela global “Primeiro Amor” , já em 1972, e outra com
Jackson do Pandeiro. Mas a brasa queimava mesmo era a voz do Lindu,
principalmente, em Serra Pelada, o maior garimpdo do planeta, no Pará.
Ali pelo primeiro
semestre da década-1970, Roberto Carlos seguia sendo o maior vendedor da gravadora
CBS, com vertente totalmente romântica e
contando, também, com estratégias de marketing como o lançamento do seu
terceiro e últim filme cinematográfico – A 300 KM por Hora – que lotou cinemas,
além dos especiais de Natal, de grande repercussão e que viraram uma tradição
da TV Globo, a partir de 1974. Mas música de 1973, como “Rotina, Proposta, O
Moço Vellho, Atitude, O Homem, Palavras” e sete versões regravadas, em 1974,
não chegavam a comover. Com a brecha aberta, Antônio Barros voltou a atacar,
com sucesso que chegou perto de “Procurando Tu”. Daquela vez, com “Os Três do
Nordete” - Erivan, o Mestre Zinho
(vocalista); Zé Pacheco (sanfoneiro) e Parafuso (zabumbeiro) – arrasando com “È
Proibido Cochilar”. Fizeram tanto sucesso pelo Norte/Nordeste e entre os
nordestinos em São Paulo que chegaram a inaugurar algo hoje comum, antes
impensável: cancelamento de rodada de futebol em estádio, para show do grupo. Por
ali, ninguém queria ouvir Roberto Carlos nas rádios nordestinas ou nas
paulistanas ouvidas por eles. Além de uma composição de Domiguinho/Anastácia –
“Eu só quero um xodó” -, na voz de Gilberto Gil, agradar muito mais, até a
pretensa intelectualidade nacional – hoje, tem mais de 400 regravações.
Roberto Carlos havia emplacado grandes
sucessos na década-1970, como “Além do Horizonte e Quando as crianças saírem de
férias”, ente outras, mas lançamentos tipo “Você em minha vida; A menina e o
poeta; Os seus botões; Dia-a-dia e Pelo avesso” não comoviam. Pelo Nordeste,
abria caminho para Messias Holanda cantar
a maliciosa “Mariá” – “Eu preciso desta colcha/Abra a colhcha/Bote a
colcha pra lavar” – e passar seis meses em hotel de luxo da capital paulista,
divulgando a música, de Elino Julião, que fez sucesso, também, com a
brincadeira “Rabo do Jumento” – “Eu não quero pagamento, Nascimento/Eu quero é
outro arbo do jumento” e “Cofrinho do
Amor’, este vendendo 700 mil discos, só menos do que Roberto Carlos, mas ete já
em 1978, quando os maiore sucessos do “Rei” foram “Força Estranha; Música Save
e “Café da Manhã - faixas como “Todos os
meus rumos; Fé; Mais uma vez; Vivendo por Viver, Tente esquecer e até Lady
Laura (em homenagem a mãe) não fizeram ninguém “tirar o escorpião do bolso”.
como brincava-se, na época, ao falar em grana.
Entre 1965 e 1968, música poplular brasileira-MPB foi dominada pelo iê-iê-iê dos ingleses The Beatles, deixando em situ.
Mas fiquemos pela década-1970,
ainda. Por 1975, quando Roberto Carlos cantou “ O quintal do vizinho; Amanheceu; Existe
algo errado; Elas por elas; Desenhos na parede. Seu corpo” e versões de antigos
sucessos “cucarachas”. “Além do Horizonte” emplacou, pois as regravação do seu
maior sucesso - “Quero que vá tudo pro inferno” – foram completa bolas murcha. Quem
bateu na rede foi o paraibano Genival Lacerda (foto abaixo), com “Severina Xique-Xique”, que
vendeu 250 mil compactos (vinil) simples; 350 mil duplos e 1,2 milhão de LPs. História interessante.
Enquanto Roberto zanzava pelo quintal do vizinho, Genival "zoiava" feras
Certo dia, o compositor paraibano
João Gonçalves acompanhava o cantor cearense Messias Holanda em shows pelo
interior da Bahia, quando engraçou-se pela garota Adelice. Agraciou-lhe com uma
música, mas, com medo da esposa, mudou o título da peça para Severina
Xique-Xique, homenageando, também, a cidade onde estava. Cantoria pronta,
oferceu-a a vários artistas famosos do Nordeste, entre eles Marinês, a “Raínha
do Xaxado”, o sanfoneiro Zé Calixto e o
amigo Messias Holanda, mas ninguém a quis, pois o povo nordestino não sabia o que era butique e entenderia
“butico”, palavrão muito ofensivo, usado em “enfia o dedo no butico”. Mas
Genival Lacerdad topou e ainda ganhou parceria na música.
Gravada pelo selo Copacabana, o
paraíbano Lacerda teve de comparecer, em cinco domingos seguindos, para cantar
“Severina Xique-Xique” no programa de Silvio Santos, o principal de auditório
da TV brasileira, e viajou pelo país inteiro para dar conta de uma terrível agenda
lotada de shows. Quanto ao João Gonçalves (foto abaixo), resolveu ser cantor, aos 38 de idade,
e só arrumou confusão. Em 1976, ele compôs “Pescaria em Boqueirão” e passou a
ser perseguido pela censura e a polícia, por causa desses versos: “Ô lapa de
minhoca/Eita que minhocão/Com uma minoca dessas/Se pega até tubarão”.
Reprodução de capa de disco
Para a Ditadura dos generais-presidentes que mandavam no Brasil, desde 1964, dizendo-se “zelosos do moral e dos bons costumes da sociedade”, a lapa de minhoca seria o “mijador” do homem. Por conta daquilo, enquanto Roberto Carlos pouco aparecia pelo Nordeste, porque as suas musicas do período pouco davam liga, João Goçalves vivia entrando e saíndo de delegacia de polícia. A censura lhe proibia de botar o gogó no microfone, mas a sua banda tocava e o povão cantava:”Ô lapa de minhoca/Eita que minhocão”. Ficou mais de um ano proibido de cantá-la por “provocar desconforto ao decoro público”. Os militares preferiam Roberto Carlos cantando “Ilega, imoral ou engorda”.
Publicado no JORNAL DE BRASÍLIA de 04.12.2023
https://jornaldebrasilia.com.br/entretenimento/musica/nordestinos-contra-o-rei/
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
A GRAÇA DA COLINA - ROMARIESKAS
REPRODUÇÃODA REVISTA LANCE
Cariocaço, nascido em 29 de janeiro de 1966, Romário de Souza Faria parecia interminável em sua carreira de goleador. Em 2007, aos 41 de idade, defendendo o Vasco da Gama, a imprensa vivia falando da sua longevidade. Mas ele “não t´ava nem aí”. Do que se aproveitou o chargista Mário Alberto, da revista carioca Lance A + para criar esta interessante imagem do sujeito despreocupadão. Romário teve quatro passagens por São Januário: 1981 a 1988; 2.000 a 2.002; 2005 a 2006 e em 2007. Ele é o segundo maior artilheiro da Turma da Colina, com 321 gols, em 414 partidas, batido por Roberto Dinamite, que fez 619 oficiais, em 1.025 partidas. Romário ajudou o Almirante a carregar os canecos dos Campeonatos Cariocas-1987/1988; da Copa Mercosul-2.000 e do Campeoanto Brasileiro-2.0000. Foi, também, como cruzmaltino, o principal artilheiro dos Estaduais-RJ-1986 (20 gols); 1987 (16) e 2.000 (19).
terça-feira, 10 de outubro de 2023
CHUTE PRA FORA DA COLINA - MENDONÇA
Final de janeiro de 1980. O atacante Jorge Mendonça foi chamado, pelo meio de um treinamento, para conversar com a direteoria do Palmeiras. Achou a ordem esquisita, pois estava certo de não ter cometido nenhuma indisciplina. E foi ver o que rolava. Ficou sabendo que ele estava sendo negociado com o Vasco da Gama, e até considerou o papo interessante, pois não vinha sendo chamado para a Seleção Brasileira e, no futebol carioca, poderia dar a volta por cima e se livrar da pecha de “pipoqueiro”, que ele atribuía a repórteres com quem ele não batia bem, em São Paulo.
REPRODUÇÃO DE YOUTUBE - AGRADECIMENTO
Ficara tudo favorável para Mendonça. Aos 25 de idade, ganharia uma boa grana sobre os 15 por cento do valor da compra do seu passe – Cr$ 10 milhões de cruzeiros -, teria bom salário – Cr$ 110 mil cruzeiros mensais –, ficaria perto de sua família e trabalharia com um velho amigo, Orlando Fantoni, que fora seu treinador no pernambucano Náutico Capibaribe.
Tudo acertado, Jorge Mendonça embarcou para o
Rio de Janeiro. Quando o avião sobrevoava a Baía de Guanabara, pânico dentro da
aeronave. Defeito em um dos motores fez o voo ficar baixinho e ameaçado de
terminar no chão, antes de pousar na pista do Aeroporto Santos Dumont. Mendonça
maldisse a hora em que o Vasco o tirou do Palmeiras. Sobretudo, vendo gente
rezando alto e pedindo ao Homem Lá de
Cima pra escapar com vida – todos escaparam.
Como não pudera descer perto do centro do Rio
de Janeiro, por questões de segurança, o avião foi desviado para o aeroporto do
Galeão, na Ilha do Governador. Informados do que rolava, os cartolas vascaínos
“voaram” para o novo local do pouso. São e salvo, Mendonça desceu a escada da nave,
festejado pela cartolagem cruzmaltina, que faturou publicidade com a presença
da imprensa. Levado para São Januário, chegou dando uma de malandro, afirmando
que “no Rio de Janeiro era melhor para jogar futebol do que em São Paulo” e que
chegava ao Vasco para ser “um atacante temido pelos beques, com futebol implacável.”
Nem tanto!
Contratado para substituir Roberto Dinamite, com quem jogara durante a Copa do
Mundo-1978 (o parceiro havia sido negociado com o espanhol Barcelona), Mendoça
só passou uma temporada em São Januário. Estreou, em 23 de fevereiro de 1980,
maracando o gol da vitória vascaína, por 1 x 0 América-RJ, aos 38 minutos do
primeiro tempo da partida válida pela primeira fase do Campeonato Brasileiro - Jair; Orlando Lelé, Ivan, Léo e Marco Antônio Feliciano; Zé
Mário, Guina e Jorge Mendonça; Wilsinho, Paulinho Masssariol (Peribaldo) e Ailton
(Katinha) foi a formação usada pelo treinador Oalando Fantoni - e não deixou saudades.
Nascido, em Silva Jardim-RJ, em 6 de junho de 1954, Jorge Mendonça viveu até
17 de fevereiro de 2006 e, enquanto esteve vascaíno, marcou 11 gols, em 22 jogos.