“O estádio inteiro gritava, freneticamente pelo Canto do Rio. E num momento espontâneo as torcidas uniram-se numa verdadeira frente antivascaína, numa evidente antipatia pelo clube de São Januário que aparece, este ano, mais forte do que nunca e como um autêntico bicho-papão.”

Naquele festival de bola rolando, em 5 de julho, 11 equipes (América, Bangu, Bonsucesso, Botafogo, Canto do Rio, Flamengo, Fluminense, Madureira, Olaria, Portuguesa e São Cristóvão) tentavam barrar o favorito Vasco da Gama, o campeão estadual da temporada anterior. Era tarde rara de sol e frio no Maracanã, reunindo 144 atletas, que pelejaram entre as 11h15 e as 17h30, no total de 6h15 de muitas emoções. E o favorito dançou.

ALVEJOU A REDE - Mesmo jogando com uma equipe repleta de reserva, o Vasco ameaçava seus rivais.
Na decisão por pênaltis, Alvinho bateu e a “Turma da Colina” faturou: 3 x 1, repetindo a escalação. Veio a final. Pela frente, o Vasco tinha o “lanterna” do Campeonato Carioca passado. Não tinha-se como esperar uma zebra passeando pelo gramado do “Maraca”. Principalmente porque a turma do Canto do Rio pegara a barca cedo, em Niterói, sem tempo para almoçar. No entanto, a moçada do técnico Newton Anet eliminou, nos pênaltis, o São Cristóvão e o Flamengo, surpreendentemente. E, depois de atravessar a Baía de Guanabara, partiu para encarar o “Almirante”.
No tempo normal da final, o timaço vascaíno não conseguiu dobrar o faminto “Cantusca”: 0 x 0. Fora preciso uma prorrogação. Aí rolou uma pisadaça: Haroldo fez um gol contra, o time cruzmaltino cometeu um pênalti (Miltinho converteu), e, por FM, Jaime ainda fez mais um: Canto do Rio 3 x 0, em cima de: Carlos Alberto; Elias e Haroldo; Amauri, Edésio e Conceição; Friaça, Naninho, Vavá, Alvinho e Hélio. O Canto do Raio afora: Celso; Nanati e Carlos; Cleuzo, Valter e Zé de Souza; Miltinho, Binha, Roberto, Jaime e Jairo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário