Vasco

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A BANDEIRADA DO ALMIRANTE


Os cartolas fizeram o capitão Bellini
ser porta-estandarte
No apagar das luzes da temporada-1961, como diriam os “speekers” de antigamente, o futebol carioca lutava pela liberação  dos preços dos ingressos em jogos no Maracanã. Para a imprensa,  justa a pretensão. No meio da batalha, os clubes chegaram a entrar em campo com faixa e bandeiras tentando sensibilizar os torcedores. No entanto, a ideia não foi bem trabalhada, lançado às pressas, no dia de um “Clássico dos Milhões”, entre Vasco e Flamengo. A turma do bolso furado, aquela que só consegui comprar ingresso de geral, vaiou. Pelo Vasco, quem comandou o pelotão nessa guerra foi o capitão Bellini, como mostra a foto reproduzida da “Revista do Esporte” Nº 143, de 2 de dezembro de 1961.  
 
COMENTÁRIO DO KIKE – Pedir o apoio do torcedor para tirar mais dinheiro do seu bolso é o mesmo que “votar contra o seu partido”. Lembra aquela passagem dos tempos das ditadura, quando havia um movimento da oposição, para o Congresso Nacional recuperar as prerrogativas tiradas pelos generais-presidentes. Por pressão do Palácio do Planalto, a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o partido de sustentação do governo, obrigou os seus deputados e senadores a votarem pelo NÃO. Quer dizer: os caras votaram contra eles mesmo. No futebol, os cartolas da década-1960 obrigavam os jogadores a entrarem em lances irrecomendáveis diante da torcida. Hoje, com o atleta mais politizado, mais estudado, mais tocado pelo grande desenvolvimento dos meios de comunicação, a coisa melhorou. Mas não muito, ainda.

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