Vasco

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sábado, 1 de setembro de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - SABOR DA ONOMATÓPOSE TEVE GOSTO MELHOR

Lima Duarte focalizado pela revista Contigo
                                              
Muito provavelmente, você conheça vária figurinhas carimbadas que são, mas não são muito, não. Esquisito? Esquisito, mas é.
 Imagine que alguém lhe pergunte se você topou por aí com o Ariclenes. Possivelmente, responderá não, sobretudo por se tratar de sujeito com graça incomum. Mas é quase certo de que você tenha topado com o indivíduo. Sim, na telinha de sua TV. O cara é, também, o ator Lima Duarte, registrado no cartório da cidade mineira de Sacramento por Ariclenes Venâncio Martins.
 Da mesma forma, você será apanhado de surpresa se uma dessas telefonistas de lojas que vendem geladeira, digamos, tocar a campaínha do seu celular, pedindo informações sobre Arlette Pinheiro Esteves da Silva Torres. De repente, pode até ter sido a própria quem lhe indicou para atestar a sua idoneidade moral. Só que, naquele instante de prezar pelo respeito à boca do caixa, ela esqueceu-se de lembrar que é Fernanda Montenegro, grande atriz de cinema, teatro e de TV. Confere?
Capa de livro ecdrito por Rodrigo Faour
  O mesmo se aplica a respeito de Ângela Maria. Na verdade, a menina Abelim Maria da Cunha, nascida, há 90 temporadas, em Conceição de Macabu-RJ, e que deslumbrou o povão durante a “Era do Rádio”. Adotou um nome artístico que rendeu-lhe várias xarás. O que uma beleza de voz não fazia por aqueles tempos!
E o que dizer de tantos carinhas por aí apelidados por Pelé? Normalmente, causa da coloração epidérmica do craque. Mas nenhum, seguramente,  bate - ou bateu - um bolão camisa 10, como o original batia. Duvida?
 De outra parte, tudo bem que o cara não queira ser chamado por Ascrepildes, por exemplo, e adote o nome  de Christoferson, imaginemos. Com certeza, ele vai sentir-se melhor assim, sendo Christoferson, sem nunca ter sido. Mas, para si, estará sendo. Logo, o nome faz a diferença do status quo. Ou não faz?
  Vamos pra outra. Pelos finalmente da década-1960, inícios da “seventhy”, rolava pelas rádios de todo o mundo uma música gravada pelos ingleses ‘The Beatles’,  titulada por Rocky Raccoon,  em que um dos personagens da canção tinha três denominações lhe dadas pelo namorado. O carinha preferia mulheres multinominais, ou lhe dava a fisionomia de quem achava que a parceira deveria ser. Coisas da época!
Capa do livro de Victor Sebetyen 
Há sujeitos, no entanto, que acham multinomes pouco e assume mais outros. Caso de Issachar Zederblum, parido, em 1870, com tal identidade. Como ele tinha outros planos, mudou-a para Vladimir Illich Ullinov e, como tal, matou a família do czar da Rússia. De quebra, passou a ser, também, Lenin. 
Talvez, estas cara da foto do lado não tenha colecionado mais um nome porque, em 1924, o seu desafeto Josf Stalin, isto é, , isto é, Iosif Vissarionovich Djugashivili, tivesse intuído já ser hora de  acabar com a “multinominaria” e ajudado-lhe a ter a emorragia cerebral que o fez "sizpirulitar" do planta, como se lhe tivesse mandado, na testa, o que poderíamos chamar de presente do campeão de encomendas de tiro ao alvo.
 Mas, como o Maranhão não é a antiga União Soviética, o perigo de ser exterminado por multinominagens passou longe de José de Ribamar Ferreira da Costa, amigo de um inglês que vivia por lá, um tal de Sir Ney, que a moçada chamava por Sarney. Herdou-lhe a onomatópose que a distribuiu por toda a família. E o Zé de Riba terminou fazendo-o, apelidiscamente, ser o que não é, mas termina sendo – até quando autografa um guardanapo, ou um marimbondo de fogo.     
  

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