Vasco

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terça-feira, 1 de outubro de 2019

1 - ANOTADO NO CADERNINHO - BONSUÇA

 Oi, galera! Estou iniciando, hoje, esta coluna, a convite do primo e chefe aki do Kike. A meta é tentar suprir a lacuna deixada por Mexericos da Kikinha, que fez muito sucesso com a gloriosa Kika, que foi para a TV Bandeirantes, juntamente com La Tanita, levadas pela nossa grande amiga e ex-colaboradora Martita. Então, vamos ao trabalho! 
Tela pintada pro Henrique Dentiale

1 - Ontem, vi um rapaz usando a camisa do Bonsucesso. De há muito eu não leio e nem ouço falar sobre os rubro-anis. Eles já encararam o Vasco da Gama por 139 vezes, com  97 vitórias vascaínas, 15 deles e 27 empates, desde 30 de novembro de 1924.

2 - Embora a vantagem da Turma da Colina seja grande, já houve partidas duríssimas, até com empates por elevados placares, como 4 x 4, em 14 de outubro de 1951, e 3 x 3, em 23 de agosto de 1958, ambos dentro de São Januário. Antes disso, pelo Torneio Rio-São Paulo, em 21 de maio de 1933, houve um outro 3 x 3, igualmente no campo vascaíno. Registra-se, também, um duríssimo 0 x 0, em 6 de maio de 1948, quando o Vasco tinha o quase imbatível Expresso da Vitória. Foi nas Laranjeiras, pelo Torneio Municipal.

3 - Fui ver na minha caderneta e tá lá que o Bonsuça foi fundado pelas proximidades da carioca Praça das Nações, por 23 rapazes, na noite de 12 de outubro de 1913. Logo, é mais do que centenial.  Filiou-se à Liga Municipal, em 1915, e à Liga Suburbana, em 1916, para ser tri, em 1917/18/19. Animada, a rapaziada inscreveu o clube na Liga Metropolitana e, naquela ano, teve o seu primeiro grande pega com os vascaínos: na decisão do Campeonato Carioca da Segunda Divisão. Saiu de campo vice, mas obrigou o adversário a disputar duas prorrogações de meia-hora, cada. Antigos historiadores rubro-anis juravam que o Bonsucesso tinha mais time e perdera o título no apito, com gol sofrido ilegalmente, de mão.

4 - Em 1930, o Bonsucesso formou um belo time, apelidado por Esquadrão Acadêmico, só com a rapaziada formada em casa, com destaques para Gradim, autor do primeiro gol (já pelo Vasco) do futebol profissional carioca, e Leônidas da Silva, o artilheiro da Copa do Mundo-1938, quando deixou o Vasco para atender a então Confederação Brasileira de Desportos, que ofereceu-lhe mais grana.
Foi por contas daquele bom time – tinha outros atletas de muito bom nível técnico, como Heitor, Claudionor, Durval, Vareta, Ceci, Miro, Oto, Loló, Eurico, Alfinete e Rebolo – que o Bonsucesso ganhou prestígio, disputou o Torneio Rio-São Paulo-1933 e ficou em terceiro lugar.


5 - Além de Gradim e de Leônidas da Silva, entre outros bons jogadores que vestiram a camisa do clube suburbano e depois defenderam o Vasco estão o artilheiro Cabrita, marcador do último gol do Rio de Janeiro como capital brasileira, a temível dupla de zaga formada por Renê e Moisés, o bom goleiro Jonas e o meia Jair Pereira.

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