Depois do zasgueiro argentinbo Rafagnelli e do goleiro Barbosa, mais um vascaín torna-se centenial. Hoje, este cara aí, um dos maiores nomes da Turma da Colina entre-1945/52.
Campeão carioca, em 1949, o treinador Zezé Moreira entregou a Ely do Amparo a faixa de capitão da Seleção Brasileira que disputaria o Pan-Americano. Motivo: concordava com o xerifão vascaíno de que não daria para brigar por título sem ter peito forte, gritos e encarar todas as catimbas dos adversários. Ely chamou a rapaziada no canto e avisou que, quem não jogasse sendo uma fera, teria de se ver com ele. E deu o exemplo quando o atacante valentão uruguaio Carballo tentou amedronta-lo. Morenão alto, forte e com fama de mau, Ely o deixou mansinho – Brasil 4 x 2, em 16.04.1952.
No jogo seguinte – Brasil 3 x 0 Chile, em 20.04.1952 -, Ademir Menezes marcou os dois primeiros gols e passou a morcegar. Mesmo sendo seu companheiro de Vasco da Gama, Ely o jogou para fora de campo e mandou Zezé Moreira colocar Pinga no lugar do morceguinho. O chefe obedeceu-lhe e Pinga marcou o terceiro tento. Ely era assim, Por isso, voltou campeão.
Três temporadas depois, já em final de carreira, Ely foi jogar pelo Sport Recife. Papou o título de campeão pernambucano e parou, em 1956. Sempre chorando ter passado toda a carreira mal pago.
POBRETÃO - Cinco vezes campeão carioca – invicto, em duas delas -, Ely do Amparo colecionou faixas, menos dinheiro, segundo ele. Tirado do Canto do Rio, em, 1944, pela então astronômica soma (para a época) de Cr$ 350 mil cruzeiros, o Vasco da Gama só lhe deu quinhentinho de salário, para trabalhar duro nas caldeiras do Expresso da Vitória, uma das locomotivas mais fortes do planeta durante sete temporadas. Mesmo quando defendeu a seleção carioca, em 1946, chorava ganhara pouco..
Ely jamais recebeu luvas, tendo em seu último contrato com o Vasco lhe rendido apenas Cr$ 16 mil, o que considerava uma miséria. Mas nem só de misérias à boca do cofre ele teve histórias para contar. Por exemplo, para os adversários, ele era um desalmado, o que sempre contestou, afirmando que jogava duro, mas sem ser um cavalo bravo.
Foto reproduzida de "Manchete Esportiva" Nº 178, de 18.04.1959 |
Para justificar o seu jogo duro, Ely, sustentava que os jogadores brasileiros, dificilmente, conseguiam sucessos internacionais porque eram covardes. “...parecem freiras entrando no convento”, disse à revista carioca “Manchete Esportiva” de 23 de novembro de 1957.
Ely do Amparo (1921 a 1991), nascido em Paracambi-RJ, admitia o atleta ter a sua fé religiosa, mas achava ridículo vê-lo entrar em campo com o pé direito, beijando a medalhinha do seu santo de devoção e fazendo o sinal da cruz, publicamente. Para ele, que o fizesse distante da torcida.
Em 1949, o treinador Zezé Moreira promoveu Ely a capitão da Seleção Brasileira que disputaria o Pan-Americano, por concordar com o xerifão vascaíno que não daria para brigar por título sem peito, gritos e encarando todas as catimbas dos adversários. Ely chamou a rapaziada no canto e avisou que, quem não jogasse sendo uma fera, teria de se ver com ele. E deu o exemplo quando o atacante valentão uruguaio Carballo tentou amedronta-lo. Morenão alto, forte e com fama de mau, Ely o deixou mansinho – Brasil 4 x 2, em 16.04.1952.
No jogo seguinte – Brasil 3 x 0 Chile, em 20.04.1952 -, Ademir Menezes marcou os dois primeiros gols e passou a morcegar. Mesmo sendo seu companheiro no Vasco da Gama, Ely o jogou para fora de campo e mandou Zezé Moreira colocar Pinga no lugar do “morceguinho”. O chefe obedeceu-lhe e Pinga marcou o terceiro tento. Ely era assim, Por isso, voltou campeão.
Três temporadas depois, já em final de carreira, Ely foi jogar pelo Sport Recife. Fo campeão pernambucano e parou, em 1956. Sempre mal pago.
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