Vasco

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quarta-feira, 5 de maio de 2021

O SEGUNDO ALFREDO DE SÃO JANUÁRIO

  1 - Papos de botecos e notícias de jornais e revistas antiquíssimas  já plantaram que o coringa Alfredo dos Santos, o Alfredo II, só teria vestido uma camisa em toda a sua trajetória futebolística: a do Vasco da Gama. Lenda! Antes de chegar a São Januário, ele jogava pelo time peladeiro Costa Lemos, desde 1935. Só duas temporadas depois chegou aos juvenis vascaínos. Mais tarde, quando o  Almirante o sacaneou e o mandou pular fora do barco, ele passou duas semanas no Flamengo, com o qual não teve coragem de assinar contrato, história que você já leu aki no Kike, confere? Aliás, nunca se soube do amor de um atleta por um clube quanto o de Alfredo II, pelo Vasco da Gama, fato registrado pela semanária carioca Esporte Ilustrado Nº 963, de 20.09.1956. Também, certa vez, foi aliciado, pelo Fluminense, mas obedeceu ao seu lado sentimental.    

 Campeão vascaíno-carioca-1945/47/49, ele bateu na trave, por duas vezes, nas duas temporadas seguintes, ficando  vice da Copa do Mundo-1950 e do Estadual-RJ-1951 . Mas, em 1952,  espantou a sina e colocou faixa no peito, pelo último Expresso da Vitória. Se bem que havia vencido o Sul-Americano de Clubes Campeões-1948 e o Estadual-RJ-1950, o que significa que não era tão sinaleiro assim. E  jogava por onde o treinador mandava, estando vascaíno, entre 1949 e 1956. Certa vez, um pesquisador desatento escreveu que ele fora expulso de campo, em Vasco 2 x 0 Bangu, de 16 de outubro de 1938. Depois, corrigiu-se a nota, pois o excluído daquela  partida fora o Alfredo I, atacante que chegara primeiro a São Januário e até marcara um gol no citada partida - Alfredo Bernardino, nascido no 10 de janeiro de 1912, no Rio de Janeiro,  cidade onde, também, nascera o Alfredo dos Santos, mas no primeiro de janeiro de 1930.

 Atleta com técnica, garra e versatilidade, demonstrando grande disciplina tática, Alfredo II tinha boa estatura para os atletas de sua épocas – 1,m76 cm – e só entrava em campo com o pé direito na frente. Fora dele, trabalhava para o Departamento Federal de Segurança Pública, na Polícia Especial. Conta a revista carioca Esporte Ilustrado, de 13.04.1950, ter Alfredo dos Santos atuado em todas as posições no time da Colina, inclusive, sendo goleiro, em jogo de 1939, contra a Portuguesa. Lenda! Naquela temporada, o Almira não enfrentou nenhuma das duas lusas, nem a carioca e nem a paulista.




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