Vasco

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

HISTÓRIAS DO KIKE - VOLTA DE ROBERTO DINAMITE-1980 PARA TURMA DA COLINA

  Maior ídolo da história do Vasco da Gama, clube pelo qual jogou 1.022 vezes – 768 oficiais e 254 amistosos –, marcando 754 gols, de um total de 784, em 22 anos de carreira, com 1.199 partidas disputadas – Roberto Dinamite teve uma volta traumática para São Januário.

Negociado, com o espanhol Barcelona, em fevereiro de 1980, Roberto havia levantado a torcida vascaína 345 vezes, em 10 anos de São Januário, sendo 46 como juvenil – embora jogando pelo time A, desde 1971, só assinara contrato, como profissional, em 1973. Com tantos gols no currículo – média anual de 34 – era natural que todos os clubes lhe desejassem, afinal um atacante alto, com 1,87, e forte, fazia as defesas se virarem para marcá-lo. Isso sem falar do seu chute, fortíssimo.

   Com tantas qualidades para “matar”, o Barcelona veio buscar o “matador”. Pagou U$ 710 mil, certo de que levara o homem certo para substituir o errado austríaco Hans Krankl, dispensado, por brigar com o treinador Joaquín Rifé. Só que, quando o Dinamite chegou, o Barça vivia a sua pior crise técnica dos últimos 28 anos, rolando pelos 9º, 10º lugares do Campeonato Espanhol, chegando a ficar 14 pontos atrás do líder Real Madrid.

 Naquela situação, Rifé caiu e assumiu Helenio Herrera, que não queria Roberto e deixava claro o seu desejo pela volta de Krankl. Pra piorar, Roberto jogava caindo pelas pontas e procurando o gol, o que lhe era difícil porque os times espanhóis congestionavam a entrada da área. Não lhe sobrav espaços para se movimentar, trabalhar a bola e chutar em boas condições, como no Vasco, “que jogava para ele”, ao contrário do Barcelona, onde prevalecia o individualismo. Roberto precisava se adaptar á nova realidade, mas Herrera não lhe permitiu.  

Muito cobrado, Roberto e não conseguia  render o mesmo dos seus tempos vascaínos. Resultado: marcou só três gols – dois de pênalti –, em oito jogos. Como não explodia na Espanha, o presidente do Flamengo, Márcio Braga, viu o momento certo para ter no ataque rubro-negro os dois maiores goleadores do futebol carioca, o ex-vascaíno e Zico. Apresentou um contrato para o Dinamite assinar, ele topou e obrigou Eurico Miranda a  chegar junto, para repatriá-lo para São Januário.

Roberto reestreou  com a camisa cruzmaltina, em dia 24 de abril de 1980, enfrentando o Náutico, em Recife, pelo Campeonato Brasileiro. O Vasco venceu, 1 x 0, com um gol de Guina, mas seu artilheiro ainda não esteve aceso. Isso só aconteceu naquele que todos pensam ter sido o seu “jogo da volta”, contra o Corinthians, na tarde de 4de maio, do mesmo 1980, no Maracanã. Enfim, fora o seu reencontro com a torcida que o amava.

Na tarde em que Roberto e o Vasco se reencontravam no Maracanã, os  torcedores cruzmaltinos tiveram de suportar um “auê” dos rubro-negros – o Flamengo fizera e vencera uma preliminar, 3 x 0, sobre o Bangu, com três gols de Tita, com a camisa 10, substituindo o contundido Zico –, que se uniram aos corintianos, formando o que chamaram de “Fla-Fiel”, para “secar” o Bacalhau. Mas não adiantou. Roberto fez cinco gols e o Vasco tascou 5 x 2 no Timão, que era o campeão paulista, diante de 107.474 pagantes.

Naquela época, o Vasco não vinha bem no Brasileiro. O técnico Orlando Fantoni contava com jogadores talentosos, como Guina, Carlos Alberto Pintinho e Dudu “Coelhão”, mas os demais não faziam falta. Usando camisas pretas e calções e meiões brancos, os cruzmaltinos pisaram no gramado do Maracanã, vaiado por flamenguistas e corintianos, que deliraram, quando Caçapava abriu o placar, aos 11 minutos, com a chamada “bomba”, de fora da área.

Não sabiam eles, porém, que aquela seria a tarde em que o Dinamite voltaria a explodir. E nem tiveram tempo para comemorar. Dois minutos depois, Dudu esticou um passe para Roberto. O meia corintiano Basílio o interceptou, mas
o reestreante recuperou a bola e, da marca do pênalti, empatou a partida: 1 x 1.

A próxima amargura corintiana aconteceria aos 27 minutos. Roberto atacou e, como ninguém aparecia para ajudá-lo, arriscou chutar, de longe. Saiu uma dinamite. Tabelinha com o “montinho artilheiro”, na risca da pequena área. O quique da bola encobriu o goleiro Jairo, que a procurava e não a encontrava, visitando o seu canto esquerdo: 2 x 1.

 Com a torcida vascaína fazendo a festa e a “Fla-Fiel” caladinha, aos 37 minutos, Guina lançou, rasteiro, seu artilheiro, em profundidade. Roberto ganhou, na corrida, do zagueiro Amaral, e bateu na bola, que viajou à meia altura, indefensável para o grandalhão Jairo: 3 x 1. Mais festa à direita das cabines de rádio, reduto da galera vascaína, no Maracanã.

 Mas tinha mais.  O Vasco encurralava os corintianos. Aos 39 minutos, o “Coelhão” chutou, de fora da área e Jairo deu rebote pra quem? O Dinamite, que estava no pedaço, chegou com tudo e mandou seu quarto beijo na rede: 4 x 1. Era emoção demais. Quando Roberto correu por trás das balizas, ergueu o punho direito e comemorou mais um gol, não ficou mais nenhum rubro-negro no estádio. Estava acabada a coligação com os corintianos. Quanto a estes, quando nada, ainda assistiram o Doutor Sócrate diminuir o placar, para 4 x 2, aos 42 minutos, após um pênalti marcado pelo árbitro gaúcho  Carlos Rosa Martins. Mas aquilo nem abalou os vascaína – do gamado, geral, arquibancada, cadeiras e tribunas.

 Com 4 x 2, no primeiro tempo, a torcida vascaína pedia o tradicional “mais um”, na etapa final. Roberto, no entanto, só foi atendê-la, aos 27 minutos, com um “míssil”, pelo alto, indefensável para o Jairão: 5 x 2. Depois daquela, o que restava ao artilheiro? Esperar o jogo acabar e ir pra diante da geral, jogar a camisa 10 pra a galera.

Era a virada na vida de Carlos Roberto de Oliveira, cidadão nascido às 4h25 do dia 13 de Abril de 1954, em Duque de Caxias, onde ganhou o apelido de Calu e, aos 12 anos de idade, já era individualista, fominha, titular e artilheiro do principal time do bairro, o Esporte Clube São Bento.  Filho de Seu Maia e Dona Neuza. Roberto foi criado em São Bento, bairro pobre do município de Duque de Caxias, onde a principal atividade dos meninos era jogar futebol.

COMEÇO DA HISTÓRIA

 Em 14 de novembro de 1971, Roberto jogou, pela primeira vez, no time A do Vasco, lançado, após o intervalo,  pelo técnico Admildo Chiro, no lugar de Pastoril. Agradou e foi titular, uma semana depois, na derrota, por 2 x 1, para o Atlético-MG, no Mineirão. Mas não esteve bem e foi substituído, por Ferreti, que marcou o gol vascaíno. aos 20 minutos do segundo tempo.

 Veio, então, a noite de 25 de novembro de 1971, no Maracanã, e foi ali que esta história começou, pra valer. Com um chute fortíssimo, de fora da área, Roberto virou “Dinamite” e marcou o seu primeiro gol pelo time principal de São Januário. A vítima foi o goleiro Gainete, do Internacional, abatido, nos 2 x 0 vascaínos, valendo pelo então chamado Campeonato Nacional. No dia seguinte, o Jornal dos Sports saía com a manchete “Explode o Garoto Dinamite”, pensada pelo redator Aparício Pires.

Na realidade, o apelido “Dinamite” não surgiu depois do golaço contra o Internacional. Na segunda fase do Brasileiro, durante os treinos para enfrentar o Atlético-MG (21.11.1971), Roberto se destacou e ganhou a vaga de titular.  No dia anterior ao jogo o Jornal dos Sports mancheteou: "Vasco escala garoto-dinamite". Fora uma sacada de Eliomário Valente e Aparício Pires, vascaínos, e que o criaram quando o garoto já se destacava nos juvenis.

DESCOBERTA

Fã do atacante botafoguense  Jairzinho, Roberto foi descoberto pelo técnico e olheiro nas peladas dos subúrbios cariocas, em 1969,  Francisco de Sousa Ferreira, o Gradim. Ao ver os dribles desconcertantes do então Carlinhos, de 14 anos, ele convidou o garoto franzino, de apenas 54 quilos a treinar nas categorias de base do Vasco. Roberto entro para a escolinha de Seu Rubens e por lá ficou pouco tempo. Um mês depois de chegar a São Januário, já estava no time juvenil, treinado por Célio de Souza. Em pouco mais de um ano no clube, já tinha marcado mais de 46 gols e engordado 15 quilos, graças a um trabalho muscular. No Campeonato Carioca de Juvenis de 1970 , ele foi o artilheiro vascaíno, com 10 gols. Em 71, já foi o artilheiro da competição, com 13 gols, chamando a atenção do técnico do time A, Mário Travaglini, que o relacionou para a disputa do Brasileirão de 1971.

Juvenil

1970 – 10 gols 

1971 – 16

1972 – 10

1973 - 10

Profissional

1972 – Carioca 3

1973 – 26 – Brasileiro 12 + 10 Carioca e 4 amistosos

1974 – 39 – Brasileiro 20 + 18 Carioca e 1 amistoso

1975 – 49 – Brasileiro 14 + 14 Carioca + 12 Taça GB + 3 Libertadores + 6 amistosos

1976 – 40 – Brasileiro 14 + Carioca 5 + Taça GB 10 + 1 amistoso

1977 – 44 – Brasileiro 7 + Carioca 9 + Taça GB 16 + 12 amistosos

1978 – 44 – Brasileiro 14 + Carioca 19 + 11 amistosos

1979 – 54 – Brasileiro 10 + Carioca 13 + Taça GB 15 + Carioca Especial 5 + 11 amistosos

Brasileiro: 1980 (8 gols)

Brasileiro: 1981 (14 gols)

Brasileiro: 1982 (12 gols)

Brasileiro: 1983 (9 gols)

Brasileiro: 1984 (16 gols)

Brasileiro: 1985 (16 gols)

Brasileiro: 1986 (5 gols)

Brasileiro: 1987 (6 gols)

Brasileiro: 1988 (3 gols)

Brasileiro: 1989 (9 gols).

GOLS POR:

Vasco: 708 Campeonato Carioca: 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992

Taça Guanabara: 1976, 1977, 1986, 1987, 1990 e 1992

Taça Rio: 1975, 1977, 1980, 1981, 1984 e 1988

Copa Rio: 1984, 1988, 1992 Artilheiro do Campeonato Carioca: 1978 (19 gols), 1981 (31 gols) e 1985 (12 gols) Maior Artilheiro do Campeonato Carioca: 279 gols

Maior Artilheiro em São Januário: 184 gols Maior Artilheiro do Campeonato Carioca: 279 gols Último gol: Vasco 1 a 0 Goytacaz (Campeonato Carioca, 26 de Outubro de 1992, São Januário)

Seleção Brasileira: 26

Barcelona: 3

Portuguesa: 11

Rio Negro-AM: 2 - Amistoso Contra o Flamengo.

Seleção de Masters: 2 - Copa Pelé

Despedida do Júnior: 2 - Amistoso na Itália.

Total 754

Clubes

Vasco da Gama

Campeonato Brasileiro: 1974

Campeonato brasileiro de seleções estaduais: 1987

Campeonato Carioca: 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992

Taça Guanabara: 1976, 1977, 1986, 1987, 1990 e 1992

Taça Rio: 1975, 1977, 1980, 1981, 1984 e 1988

Copa Rio: 1984, 1988, 1992

Torneio do Bicentenario dos Estados Unidos: 1976

Copa Rio Branco: 1976

Taça Oswaldo Cruz: 1976

Copa Atlântica: 1976

Torneio Quadrangular do Rio: 1973

Copa da cidade de Sevilla (Espanha): 1979

Torneio Colombino Huelva (Espanha): 1980

Copa Manauense: 1980

Troféu da cidade de Funchal (Portugal): 1981

Copa João Havelange: 1981

Torneio Verão: 1982

Troféu Ramon de Carranza: 1987 e 1988

Copa de Ouro: 1987

Copa do Rei Pelé: 1991

Pessoais

Bola de Prata da Revista Placar: 1979, 1981 e 1984

Artilheiro do Campeonato Brasileiro: 1974 (16 gols) e 1984 (16 gols)

Artilheiro do Campeonato Carioca: 1978 (19 gols), 1981 (31 gols) e 1985 (12 gols)

Artilheiro da Copa América: 1983

Temporadas em que atuou: 22

Maior Artilheiro em Campeonatos Brasileiros: 190 gols

Maior Artilheiro do Campeonato Carioca: 279 gols

Maior Artilheiro em São Januário: 184 gols Maior Artilheiro do Campeonato Carioca: 279 gols

Último jogo: Vasco 0 a 2 Deportivo La Coruña (Espanha) (Amistoso, 24 de Março de 1993, Maracanã)

Último gol: Vasco 1 a 0 Goytacaz (Campeonato Carioca, 26 de Outubro de 1992, São Januário)

Seleção Brasileira: 26 gols; Barcelona: 3 gols; Portuguesa: 11; gols; Amistosos: 36 gols

Gols nos adversários

Fluminense 43; América 30; Botafogo 28; Americano 27; Bangu 27; Flamengo 27; Goytacaz 22; Portuguesa 22; Bonsucesso 19; Campo Grande 18; Olaria 14; São Cristóvão 14; Madureira 12; Internacional 11; Corinthians 10; Volta Redonda 10; Operário 8; Vitória 8; Santos 7; Grêmio 7 e Goiânia 7.

Eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro em 1992 pelo PSDB (34.893 votos);

Eleito deputado estadual no estado do Rio de Janeiro em 1994 (68.516 votos);

Eleito deputado estadual no estado do Rio de Janeiro em 1998 (44.993 votos);

Eleito deputado estadual no estado do Rio de Janeiro em 2002, pelo PMDB (53.172 votos);

Eleito deputado estadual no estado do Rio de Janeiro em 2006, pelo PMDB (49.097 votos);

Candidato a Presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, em 2003 e 2006.

Cidadão Quissamaense (Município de Quissamã);

Amigo da Cidade de Duque de Caxias;

Medalha de Ordem ao Mérito do Policial Militar;

Cidadão Trirriense (Município de Três Rios);

Cidadão Bonjesuense (Município de Bom Jesus do Itabapoana);

Cidadão Cabista (Município de Arraial do Cabo);

Cidadão Aperibeense (Município de Aperibé);

Cidadão Cachoeirense (Município de Cachoeiras de Macacu);

Cidadão Silva-jardinense (Município de Silva Jardim);

Medalha do Mérito Desportivo, outorgada a ele pelo então presidente da República, José Sarney.

Clube - Jogos

Vasco 1108

Seleção Brasileira 49

Barcelona 8

Portuguesa 14

Rio Negro 1

Campo Grande 14

Seleção de Masters 4

Despedida de Júnior 1

Total 1199

Bahia 1 x 0 Vasco

Bahia: Renato: Augusto, Zé Oto, Roberto e Sousa; Amorim e Eliseu (Nilo); Carlinhos, Baiaco, Santa Cruz e Caldeira.

Vasco: Andrada; Fidélis (Haroldo), Moisés, René e Alfinete; Alcir e Afonsinho; Luís Carlos, Pastoril (Roberto Dinamite), Dé e Rodrigues. Técnico: Admildo Chirol.

Data: 14 de novembro de 1971

Estádio: Fonte Nova, em Salvador

Árbitro: Oscar Scolfaro (SP)

Público:

Renda: CR$ 52.020,00

Gol: Santa Cruz, aos 14 min do 1º tempo.     

 Vasco 2 x 0 Internacional

Vasco: Andrada; Haroldo, Miguel, René e Alfinete; Alcir e Buglê; Luís Carlos, Beneti (Jaílson), Ferreti e Gílson Nunes (Roberto Dinamite).

Internacional: Gainete; Bira, Pontes, Flávio e Édson Madureira; Carbone e Paulo César Carpegiani; Valdomiro, Sérgio Galocha, Claudiomiro (Bráulio) e Dorinho (Arlem).

Data: 25 de novembro de 1971

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro

Árbitro: José Maurílio Santiago (MG)

Público:

Renda: Cr$ 49.675,00

Gols: Buglê, aos 5, e Roberto Dinamite, aos 27 min do 2º tempo       

 Náutico 0 x 1 Vasco

Náutico: Washington; Clésio, Dimas, Douglas e Carlos Alberto Rocha; Luciano, Lourival (Evaristo) e Paulinho: Reinaldo, Dario e Marquinhos. Técnico: Cidinho.

Vasco: Mazaropi; Orlando, Juan, Léo e Paulo César; Dudu, Guina e Jorge Mendonça; Catinha (Paulo Roberto), Roberto e Paulinho (Aílton). Técnico: Orlando Fantoni

Data: 23 de abril de 1980

Estádio: Arruda, em Recife

Árbitro: Hélio Cosso (MG)

Público: 19.705 ppresentes

Renda: Cr$ 1..165.820,00

Gol: Guina, aos 13 min do 1º tempo.


Vasco 5 x 2 Corinthians

Vasco: Mazaropi; Paulinho Pereira, Juan (Ivan), Léo e Paulo Cesar; Carlos Alberto Pintinho, Guina e Dudu; Catinha, Roberto e Wilsinho (João Luís). Técnico: Orlando Fantoni

Corinthians: Jairo, Ze' Maria, Mauro, Amaral eWladimir; Caçapava (Djalma) , Basilio e Socrates; Piter, Geraldão (Toninho) e Wilsinho. Técnico: Jorge Vieira.

Data: 4 de maio de 1980

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro

Árbitro: Carlos Rosa Martins (RS).

Público: 107.474 pagantes

Renda; Cr$ 8.68.760,00.

Gols: Caçapava, aos 11; Roberto, aos 13, 27 e 39, e Sócrates, aos 42 min do 1º tempo; Roberto, aos 27 min do 2º tempo.                                  

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