Ao longo da história do jornalismo esportivo brasileiro, as revistas repetiram bastante vários itens. Sem problemas. O futebol pede isso. Como eleições de atletas. Se na década-1960, a Revista do Esporte elegia até o maior torcedor, trinta aos depois Placar não fugiu desse lance, e saiu à procura do "Craque do Ano", a partir de 1981.
Para chegar ao vencedor, a revista da Editora Abril instituiu três votações: dos leitores, de jornalistas esportivos indicados pela sua direção e a dos seus representantes. Os primeiros votavam pelo cupom que você vê abaixo, podendo escolher, indistintamente, atletas brasileiros e estrangeiros, desde que estivessem atuando em clubes do Brasil. Malandramente, não aceitava-se voto por xerox, o que exigia-se a compra da edição semanal .
O pleito selecionava 10 atletas, para o júri da crônica esportiva separar três. De posse da lista tríplice, a redação de "Placar" votava no vencedor– nos anos anteriores, haviam sido: 1981 - Zico, do Flamengo; 1982 - Sócrates, do Corinthians; 1983 - Sócrates e Jorginho, do Palmeiras; 1984 - Montanaro (vôlei) e Joaquim Cruz (atletismo); 1985 - Ayrton Senna (piloto de Fórmula-1); 1986 - Careca, do São Paulo; 1987 - Taffarel (goleiro do Internacional) e Oscar Schmidt (basquetebol); 1988 - Geovani, do Vasco da Gama; 1989 - Zico.
Para saber quem seria o "Craque do Ano-1989, a eleição foi lançada pelo Nº 1021, de 5 de janeiro de 1990, dando-se ao leitor apenas 26 dias para votar. Assim, votos chegados à redação de "Placar" a partir de 1º de fevereiro iriam para o lixo. Iriam! Como o vascaínos Bebeto deixou para trás o primeiro líder, o rubro-negro Zico, e Bismarck fez o mesmo com Taffrarel, a briga foi considerada tão boa, que a revista promoveu a primeira "virada de mesa", esticando o prazo de votação para 15 de fevereiro. pela edição de Nº 1026, que circulou com data de 9 de fevereiro de 1990, Bebeto estava com 1. 264 votos, contra 1.237 de Zico, enquanto Bismarck somava 605 e Taffarel 601
. Outros cruzmaltinos bem votados eram Mazinho, em quinto lugar, com 430, e Roberto Dinamite, caminhando para o final da carreira, em oitavo, com 182, empatado com Túlio, que começava a aparecer, pelo Goiás. Vale ressaltar que o Dinamite, na época, estava emprestado, pelo Vasco, à Portuguesa de
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