Era tarde de domingo, no 16 de janeiro de 1938. Que a galera se lembrasse,
nunca tinha visto a rapaziada adentrar ao tapete verde São Januário usando
camisa branca com a faixa transversal preta. Quem não foi ao jogo,
surpreendeu-se, no dia seguinte, quando o Jornal do Sports fez
alusão ao fato, com a foto – no placar, Vasco 4 x 1 Bonsucesso, pelo
Campeonato Carioca.
Embora Vasco 4 x 1 Bonsucesso tivesse sido jogado em janeiro de 1938, valia,
ainda, pelo Campeonato Carioca de 1937. A Turma da Colina, meramente, só
cumpriu tabela. Niginho (2), Lindo e Luna balançaram o filó, e o time
teve: Rey, Poroto e (Zé Luís) Itália; Rafa, Zarzur e Calocero; Lindo, Alfredo
I, Niginho, Feitiço e Luna. O Vasco terminou a temproada em terceiro lugar, há
oito pontos do campeão, totalizando 30 pontos, em 22 jogos, vencendo 13,
empatando 4 e perdendo 5. Marcou 84 e sofreu 42 gols.
Antes de adotar este uniforme, os vascaínos jogavam todos com o preto que marcou o seu futebol desde os primeiros tempos |
A VOLTA - Após os 4 x 1
Bonsucesso, de 16 de janeiro de 1938, a jaqueta branca com a faixa preta
e diagonal, mesmo levando sorte para o gramado, foi retirada de circulação após
a goleada. Então, Nigino (2), Lindo e Luna ficaram na história da rapaziada como os goleadores da nova moda.
Isso até 22 de março de 1942,
quando a jaqueta foi relembrada e o meio-campista Villadoniga marcou os dois
gols dos 2 x 1 sobre o América, valendo valeu o Troféu da Paz, patrocinado
pela loja O Camizeiro, encerrando uma série melhor-de-três
iniciada em 1937, em jogo que marcou, também, a estreia vascaína de Ademir
Menezes, o segundo maior goleador e primeiro grande ídolo de massa da torcida
cruzmaltina.
O time vascaíno do dia alinhou: Walter, Florindo e Osvaldo; Figliola, Zarzur e
Dacunto; Alfredo II, Villadoniga, Ademir, Massinha e Manuel Rocha.
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