Vasco

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domingo, 16 de dezembro de 2018

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - A COLOMBINA INOVOU. DANÇOU O IÊ-IÊ-IÊ

                                        SUCESSO DOS VELHOS CARNAVAIS
 E não foi que a Colombina deu uma fugidinha de sua tradição e aderiu ao ritmo da juventude da década-1960? Pois foi! Aconteceu durante o Carnaval-1967. Aliás, antes disso. Quando a sua marchinha foi lançada, pelos finalmentes de 1966.
 Musiquinha no rádio e nos auditórios da TV, o som dela passou a dominar todos agitos, fossem em subúrbios cariocas, nos grandes bailes, ou por conta de blocos que faziam questão de não esperarem pela chamadada do animadão Rei Momo, mandando ver o seu recado, durante os fins de semana que antecediam o “fevereirão”.
 Era um entusiasmo impressionante -  quase delírio -, quando as orquestras invocavam a “Colombina no Iê-Iê-Iê”, moda que chegara por aqui no 2 de outubro de 1962, enviado pelos ingleses The Beatles.
 Composta por João Roberto Kally, a marchinha conquistou o folião, rapidão, por ter melodia fácil de aprender. E se deu melhor, ainda, por ter sido gravada por um campeão de velhos carnavais, Roberto Audi, que já havia emplacado várias coqueluches nos salões. Com sua juventude, potência vocal e muito entusiasmo durante as interpretações, o carinha muito “ritmante” produziu um sucesso absoluto, integral, vendendo bastante discos não só no Rio de Janeiro, mas em vários pontos do país.
Reproduzido de capa de disco
 Em todos os bailes, quando a orquestra mandava a introdução da “Colombina no Iê-Iê-Iê” e Audi perguntava (cantando), “Colombina/Onde vai você”, o entusiasmo da moçada crescia, abruptamente, e os lotados salões respondiam, em coro uníssimo: “Eu vou dançar o iê-iê-iê”.  
A letra saiu curtinha: “Colombina onde vai você/ Eu vou dançar o iê iê iê/ A gangue só me chama de palhaço/ Palhaço/ Palhaço/ E a minha colombina que é você/ Só quer saber de iê iê iê
  Craque das marchinhas carnavalescas, João Roberto Kelly colocou na segunda parte da composição arrasante a marcação do ritmo que, com os Betles, era yeah, yeah, yeah, ganhando acentuação tônica, aqui pelo Brasil.
 João Roberto Esteves Kelly nasceu no Rio de Janeiro – 23.06.1937 – e começou a mexer com música aos 11 de idade, tocando piano, de ouvido, influenciado por mãe e avó pianistas. Depois, estudou com professora e partiu para compor, a partir de 1957, iniciando com revista musical para teatro. Em 1963, chegou à TV, fazendo aberturas musicais de programas da TV Excelsior.
 Mais conhecido pelas suas composições carnavalesco, em 1964, Kelly arrasou compondo a tocada até hoje “Cabeleira do Zezé, em parceria com Roberto Faissal e gavada por Jorge Goulart. Em 1965, o sucesso foi de Emilinha Borba, com a “Mulata Iê-Iê-Iê”. E seguiu amigo do sucesso, para as  colombinas se esbaldaram no “carna-iê-iê-iê”.
  De sua parte Roberto Audi, começou a carreira como corista nos shows de Carlos Machado. Depois, passou a atuar nas TV e Rádio Tupi-RJ. Estreou no disco, em 1958, com a toada “Geada”, de Armando Cavalcante e David Nasser, em dueto com Leny Eversong, a sua descobridora. Até 1963, gravou 22 discos para o selo Copacabana. Viveu por 63 temporadas, até fevereiro de 1997.  

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