Vasco

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domingo, 30 de dezembro de 2018

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - SAIU DO SUCESSO PARA ENTRAR NA COZINHA

A LINDA HISTÓRIA DE AMOR QUE NÃO EXISTE MAIS
A noiva deixou os fãs tomando
 banho de lua no sereno da igreja
O multi-instrumentista Mário Genari Filho via no garoto Sérgio, integrante do seu conjunto musical,  desde 1956, doses suficientes para fazer a juventude querer identificar-se com ele. 
Em 1958, o cara estava pronto para gravar o seu primeiro disco, quando a gravadora Odeon exigiu que o lado B tivesse uma voz feminina. Então, pintou no lance a irmã dele, Célia, de 15 de idade.
Gravações marcadas, Sérgio virou Tony e Célia passou a ser Celly, adicionado o sobrenome familiar Campello.
 Havia mais uma outra exigência do selo musical, mas Genari  Filho a providenciou, rápido. Como a dupla deveria cantar em inglês - a onda da hora - ele e Celeste Novais compuseram “Forgive Me” (Perdoa-me) e “Handsome Boy” (Rapaz Simpático).
Celly, quando ainda era Célia, aos seis de idade, já havia cantado em um programa da Rádio Cacique, de Taubaté, e, aos 12, já comandava um programa na emissora. Nascida em São Paulo – 18.06.1942 -, mas criada na criada interiorana citada acima, por lá ela aprendeu a tocar violão e piano.
O 1958 da primeira gravação começou a ser mais dourado, a partir de quando a TV Tupi-SP levou-a para o programa “Campeões do Disco”.  Pelas duas temporadas seguintes, juntamente com Tony, ela passou a apresentar “Crush em Hi-Fi”, batizado, inicialmente, por “Cely e Tony em Hi-Fi”, na TV Record-SP.
 De 1959 a 1962, Celly recebeu vários prêmios, inclusive um disco de ouro, por vender mais de 100 mil discos. Motivo para chegar às telas do cinema, participando dos filmes “Jéca Tatu”, em 1959 (direção de Milton Amaral), e Zé do Piriquito”, de 1960 (Amâncio Mazzaropi/Ismar Porto). No mesmo 1959, com lançamento no programa de Abelardo Chacrinha, ela explodiu nas paradas de sucesso, cantando “Estúpido Cupido”, versão do norte-americano “Stupid Cupid”. Em 1962, não se discutia: ela era a “Rainha da Juventude” brasileira – a primeira.        
Continuação de um beijo que começou na adolescência
 A carreira ia mais do que bem, quando, surpreendentemente, aos 20 de idade, Celly decidiu mudar o rumo de sua vida. Às 19h do 7 de maio, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, na capital paulista, ela colocou argola no dedo “vizim do seu mindim” do namorado de adolescência, o contador comercial Edward Gomes Chacon.
 Naquela noite em que o órgão de Genari Filho tocou e Agnaldo Rayol cantou a “Ave Maria”, segundo jornalistas maldosos, mais de cinco mil fãs ‘tomaram um banho de lua no sereno da igreja”, pra ver Celly sair  do sucesso para entrar na cozinha”.
 Celly usou um vestido branco de cassa suíça, todo trabalhado com renda valenciana. Com a “pontualidade” de todas as noivas atrasadinhas, ela chegou à igreja 30 minutos depois do combinado com o noivo. Casadinha, foi cantar “Banho de Lua” “Estúpido Cupido”, os seus maiores sucessos, para a menor plateia de sua vida: só um só assistente, o maridão, durante a lua de mel, em Campos do Jordão-SP, mais precisamente, no “Recanto Feliz”.
Esta foto fez os jornalistas dizerem que Celly "saiu
do sucesso para entrar na cozinha"
 Quando os repórteres a indagaram se ela não voltaria mesmo a cantar, Celly respondeu que isso dependeria da vontade do seu “Handsome Boy”.  Como este não se opôs, pelos  inícios da década-1970, ela compareceu ao"Hollywood Rock", um festival carioca, que foi filmado para o documentário "Ritmo Alucinante".
 Em 1976, gravou participação na novela "Estúpido Cupido", da TV Globo, um disco e participou de alguns shows. Após o final da trama na telinha, ela desistiu de continuar a volta.
Célia Campello Gomes Chacon manteve-se casada com Chacon até 4 de março de 2003, quando partiu  desta vida, deixando os filhos Cristiane e Eduardo, e dois netos.
Para a imprensa, além de ter abandonado o sucesso quando era a dona dele, Celly chutou uma outra bola fora, em 1965, quando não botou fé no brincalhão Roberto Carlos e não topou dividir com o “Brasa” o comando do programa “Jovem Guarda”, da TV Record-SP, abrido caminho para Wanderléa celebrizar-se como maior nome feminino da história da música jovem "'brasuca".
FOTOS REPRODUZIDAS DE "O CRUZEIRO" DE 26.05.1962



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