O último Vasco do Século 20 foi em 29 de dezembro de 1999. Mas aquela não foi a última data usada pela moçada em temporadas vinteseculais. Foi a 31 de dezembro, quando a Turma da Colina pegou o Bangu, no Maracanã, e escreveu 2 x 1 no placar, no 31 do 12 de 1950. O prélio fez parte da campanha vascaína rumo ao título de campeão carioca - o primeiro de um Estadual disputado e comemorado no gramado do Maraca – ocasião esquisita, porque, no futebol brasileiro, nunca se joga durante a virada da folhinha, quando os jogadores estão em férias. Na época, a bola dos clubes parou, entre 24 de junho e 16 de julho, para a disputa da primeira Copa do Mundo que o Brasil promoveu – a segunda foi em 2014.
Mário Gonçalves Vianna apitou aquele pega, anotado como o de número 1.263 da história vascaína, em um domingo, com público pagante de 43.700. Os gols da rapaziada foram marcados por Ipojucan e Maneca, respectivamente, aos 12 e aos 17 minutos do primeiro tempo, com o ex-vascaíno Ismael descontando parta os Mulatinhos Rosasdos de Moça Bonita (apelido dos banguenses). Com time dirigido pelo uruguaio Ondino Viera, o Almirante navegou aquela vitória de returno, formando com: Barbosa, Augusto e Laerte; Ely, Danilo e Jorge; Alfredo, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucan e Djair.
Detalhe: conta-se que Ondino Viera, às vésperas de Brasil 1 x 2 Uruguai (final do Mundial-1950) teria ido à concentração de seus patrício uruguaios e dito ao seu colega treinador Juan Lopes que, para desconcertar o favoritaço time brasileiro, seria preciso impedir que Zizinho e Jair Rosa Pinto pudessem jogar o que sabiam, e, principalmente, lançar Ademir Menezes. Dizem que não deu outra - há muito folclore sobre a partida. O Kike conversou com Obdúlio Varela, Friaça, Nílton Santos e o técnico Flavio Costa (tem fotos de todos estes encontros), mas nenhum deles tinha conhecimento de tal história.
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