FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA DO ESPORTE
1 - 23 de dezembro de 1964 - anotada mais uma das glórias vascaínas, se bem que esta no setor dos aspirantados, categoria acima dos juvenis e disputada, a partir de 1941, no Rio de Janeiro, por atletas que estavam na reserva do time principal. Naquele dia, o Vasco da Gama saiu do gramado do Maracanã, campeão, em melhor de quatro pontos, diante do Fluminense. No primeiro pega, uma semana antes - preliminar de Flu x Bangu, decidindo o título maior da temporada -, os vascaínos mandaram 1 x 0, com o ponta-direita Joãozinho batendo na rede, aos 44 minutos do primeiro tempo, sob arbitragem de José Mário Vinhas.
No segundo duelo, apitado pro Geraldino César, quatro dias depois, no mesmo local – novamente, em preliminar de Flu x Bangu -, o placar anotou 0 x 0, ficando o pontinho que o Almirante precisava para carregar o caneco à espera de nova tentativa durante a noite do 23 de dezembro. E os aspiras do Vasco não só o conquistaram, como viraram o placar, para 2 x 1 - João Márcio fez gol tricolor, aos 20 minutos do primeiro tempo.
Estava escrito que aquela seria uma noite de glória para o atacante Rubilota. Ele mudou a história da partida, aos 44 do primeiro tempo e aos 31 da etapa final, fazendo o Almira colocar no caderninho seu nono título de campeão carioca de aspirantes – os outros haviam sido em 1942/1943/1946/1947/1948/1949/1960 e 1961. Depois (última disputa, em 1970), vieram as taças de 1966/1967.
Carlos Floriano Vidal apitou a finalíssima, auxiliado Otávio Vítor do Espírito Santo e Eurípedes Matos Carmo, tendo o Vasco da Gama atuado com: Pedro Paulo; Massinha, Caxias, Russo e Jorge Andrade: Odmar e Alcir; Joãozinho, Altamiro, Rubilota e Ronaldo. O Fluminense foi: Jorge Vitório; Laurício, Zé Luís, Lula e Baiano; Luís Henrique e Tito: Mateus, Pipico, Antunes e João Márcio - Pipico, aos 29, e Lula, aos 78 minutos foram expulsos de campo.
2 - 24 de dezembro de 1950 - o Brasil, país com a maior população cristã do planeta, separa a noite da data citada acimna para reuniões familiares, trocas de presentes e ceia comemorativa ao nascimento de Jesus Cristo, que a Igreja Católica Apostólica Romana costuma celebrar no dia imediato. À meia-noite da virada do 24 para o 25, reza-se a Missa do Galo, tradição inabalável onde houver um altar e um padre. Mesmo nesta data, o Club de Regatas Vasco da Gama já entrou em campo.
Para o Kike chegar até lá, foi preciso um acaso. Achou engraçado o nome de um atacante, encontrado no Almanaque do Vasco, e indagou ao nosso consultor Mauro Prais quem seria o dito cujo, do qual jamais ouvira falar. O Prais tinha, em suas pesquisas, a ficha do apelidado Camelinho - Oswaldo Cardoso – e, por ali, este blog vascainíssimo descobriu que o Almirante não havia falhado com nenhuma porto do calendário gregoriano.
N 24 de dezembro de 1950, o Almira colocou o seu time de campo, deixando escrito no placar 6 x 0 América, pelo Campeonato Carioca de Aspirantes. De acordo com a ficha encontrada por Mauro Prais, o atleta que permitiu ao Kike a descoberta não só vestiu a camisa cruzmaltina nos gramados, como foi associado do clube, desde 18 de agosto do mesmo 1950. Filho de Constantino Cardoso/Maria do Espírito Santo Cardoso, o carinha, no entanto, jogou poucas vezes pelo time principal, em 1952. FOTO DE CAMELINHO: ARQUIVO DO VASCO DA GAMA Como o prélio em questão é de 1950, vale ressaltar que, à época, o Vasco tinha o grupo mais forte time do país e era muito requisitado para amistosos fora do Rio de Janeiro, o que lhe fazia usar bastante times mistos que poderiam ter aspirantes e reservas junto com titulares do Expresso da Vitória. Como durante o Torneio Início do Campeonato Carioca-1950 - em julho, quando a turma tinha sido Ernâni, Laerte, Wilson Capão, João Martins, Lola, Alfredo II, Jorge Sacramento, Ferrinho, Ipojucan, Vasconcelos, Lima, Jair, Jansen e Carlinhos - outros atletas entravam e saíam do time principal, podendo, também, jogar pelos aspirantes que, normalmente, eram: Álvaro Xaxá, Vasconcelos, Ismar, Baby, Antoninho, Gym e Djayr. |
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