O marketing esportivo é repleto de promoções tipo Jogo do Século”; Clássico do Século; Decisão do Século, etc e tal. O Vasco da Gama só disputou, em seus 122 temporadas de existência, um último jogo do século: em 29 de dezembro de 1999, amistosamente, contra o o marroquino Raja Casablanca: 4 x 0, no Maracanã, amistosamente e testemunhado por 10.352 pagantes que não deveriam ter o que fazer naquele dia. Afinal, carioca que se preze está, na data, aprontando a cachaçada do reveión.
O último Vasco da Gama do Século 20 foi apitado por Carlos Alberto Duque, que remandou o Almira refazer ressaídas de bola do centro do gramado, aos 8 minutos (Gilberto); 18 (Romário); 68 (Odvan) e aos 92 (Romário, novamente). O Delegado (policial e por primeira profissão) Antônio Lopes (mais premiado treinador da história vascaína) mandou entrar na história da Turma da Colina, estes pacatos cidadãos (fora de campo): Carlos Germano; Jorginho Amorim, Júnior Baiano, Mauro Galvão (Odvan) e Gilberto; Amaral, Juninho Pernambucano (Paulo Miranda) e Ramón Menezes (Alex Oliveira); Donizete Pantera e Romário.
Da turma
daquela jornada, o lateral-direito Jorginho Amorim, que se dizia torcedor
vascaíno, quando garoto, tornou-se treinador e quando dirigiu o time do Almirante ao levou à conquista do título
de campeão Estadual-RJ-2016. Ela
havia assumido a chefia da rapaziada no 16 de
agosto de 2015, substituindo o retranqueiro gaúcho Celso Roth, que encaminhou o time ao terceiro
rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Mandou até bem, mas não conseguiu evitar
a queda. Mantido no cargo, Jorginho colocou faixa no peito, invicto-2016, e
depois saiu, por desentender-se com um cartola filho do presidente Eurico Miranda. Em
5 de junho de 2018, Jorginho voltou para o comando do time do Vasco da Gama,
mas por ter sido eliminado da Copa do Brasil, em 13 de agosto de 2018, foi
demitido.
Mauro Galvão (2003), Romário (2007 e 2008) e Ramon (2020),
também, já foram treinadores vascaínos. O primeiro, nas chamadas ocasiões tapa-buraco. O segundo, uma invenção de Eurico Miranda,
que não seria para dar certo e que durou poucos jogos. De sua parte, Ramon
Menezes pegou o time par o Braslleirão-2020, desde o 30 de março, substituindo Abel Braga. Em um pouco mais
de seis meses, disputou 16 jogos, dois elo Estadual-RJ; dois pela Copa do
Brasil e 12 pelo Brasileirão, escrevendo oito vitórias, três empates e cinco
derrotas, o equivalente a 56% de aproveitamento. Levou a rapaziada à liderança do certame, o que não acontecia há oito temporadas. Mas não resistiu a uma eliminação da Copa do Brasil e foi demitido,
em 8 de outubro do mesmo 2020.
OBS: o Almira não teria como disputar um outro Jogo do Século, pois na passagem do 19 para o 20 ainda não praticava o balípodo.
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