O resultado deixou o time vascaíno, com 18 pontos, administrando distância para o grupo dos quatro primeiros, que tem o ponteiro a oito pontos na frente, enquato o quarto colocado fica só dois adiante. O próximo "vascocompromsiso" será na quarta-feria (21.07), contra o CSA, na alagoana Maceió.
Gabriel Pec, fotografado por Vitor Brugger, de www.vasco.com.br18.07.2021 (domingo) -VASCO DA GAMA 1 X 1 NÁUTICO-PE. 12ª rodada do Campeonato
Brasileiro Série B. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Ramon Abatti Abel-SC.
Gols: Vinícius, aos 32 min do 1º tempo e Morato, aos 46 da etapa final. VASCO:
Vanderlei; Léo Matos (Riquelme), Ernando, Leandro Cástan e Zeca; Andrey, Matias
Galarza (Juninho), Gabriel Pec (Morato), Marquinhos Gabriel (Arthur) e MT (Léo
Jabá); Germán Cano. Técnico: Marcelo Cabo. NÁUTICO-PE: Alex Alves; Bryan,
Carlão, Camutanga e Rafinha; Rhaldney (Djavan), Matheus Trindade (Iago) e Jean
Carlos; Marciel (Luiz Henrique), Kieza (Paiva) e Vinícius. Técnico: Hélio dos
Anjos.
CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE D
17.07.2021 (sábado) – GAMA 0 X 0 GOIANÉSIAS-GO. 7ª rodada do Brasileiro Série D. Estádio: Mané Garrincha-DF. Juiz: Gustavo Nogas-PR. GAMA: Victor Hugo; Toninho, Wallace, Wendel e Gabiga (Robertinho)Paulinho, Vitinho (Gabriel), Carrilho (Josué) e Felipe Menezes, Hugo Almeida (Flávio) e Germano (Romarinho). Técnico: Marcelo Caranhato. GOIANÉSIA-GO: Artur; Ygor (Luisão), Tiburcio, Brumati (Flávio Gabriel) e Anderson Sobral, Renato (Marcos Paulo), Bosco, Kallyl e Wellington (Da Silva). João Lucas e João Celleri,Técnico: Ariel Mamede
O DIA NA HISTÓRIA
18 DE JULHO DE 1972 - PELÉ DESPEDE-SE DA SELEÇÃO BRASILEIRA, EM BRASIL 2 X 2 IUGOSLÁVIA, NO MARACANÃ, SEM MARCAR GOL.
Cinco décadas sem Pelé na seleção
Despedida do” Rei do Futebol” relembrada por pesquisador e craques de 1972
Os depoimentos foram colhidos pelo jornal O Estado de São Paulo, em uma bela reportagem que por aqui transcrevo, reescrita, evidentemente. Vamos lá|!
“O clima na arquibancada era de extrema tristeza,com muitas pessoas chorando. Ninguém queria aceitar a despedida de Pelé da Seleção Brasileira. Fora como se o torcedor tivesse arrancado o seu coração desportivo. Mesmo passados 50 temporadas de Seleção Brasileira sem o seu “eterno camisa 10”, a saudade dele segue viva na memória de Mauro Prais que, naquele 18 de julho de 1971, ainda um adolescente, assistiu à última atuação do “Rei do Futebol”, sentado em uma arquibancada do Maracanã.
Hoje, aos 64 de idade e residindo nos Estados Unidos, o torcedor Mauro Prais é engenheiro elétrico e pesquisador da história do Vasco Vasco da Gama. Fã de Roberto Dinamite, ele considera o Pelé ídolo incomparável da torcida do escrete nacional. “O Pelé conseguia unir as quatro grandes torcidas cariocas. Você sabia que o seu time iria perder para o Santos, mas comparecia ao Maracanã, para vê-lo em campo. E isso ocorria não só no Rio de Janeiro, mas onde o Santos atuava.
A partida que marcou o fim do ciclo do “Rei Pelé” pelo time canarinho terminou Brasil 2 x 2 Iugoslávia, com Rivellino e Gerson marcando os gols canarinhos. Se bem que o Pelé fez de tudo para , também, bater na rede, como lembra Mauro Prais: “Percebíamos que os companheiros do Pelé jogavam em função dele, para que pudesse marcar um gol, o que era, também, o desejo dos torcedores. No fundo, tínhamos a esperança de que Pelé pudesse reconsiderar a sua decisão de abandonar a Seleção Brasileira”, contou o Prais, ao Estadão.
Das arquibancadas para o gramado, o jogo mexeu com a emoção, também, de quem esteve no estádio, por dever do ofício. Então repórter de campo, da Rádio Globo-RJ, Washington Rodrigues classificou a partida como uma das mais complicadas de seu vasto currículo de transmissões. “Foi difícil de trabalhar, pois todos os repórteres queríamos falar com o Pelé. Muitos, por sinal, ficaram com a voz embargada. Nós, da crônica esportiva, nos emocionávamos bastante, bem como o Pelé. Quando a torcida começou a gritar ‘fica, fica’, foi uma loucura. O Pelé não era do Santos, mas do Brasil”, afirmou o apelidado Apolinho que, também, chegou a treinar o Flamengo, em 1995, a convite do presidente Kleber Leite, que fora seu colega de rádio.
Presente, também, quando o Pelé marcou o seu milésimo – pelo Santos, em novembro de 1969 – o Apolinho comparou o clima daquela partida com o da despedida diante dos então iugoslavos (o país foi dividido, em 1991, em Croácia, Bósnia, Herzegovina, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Kosovo. “O jogo do milésimo gol foi uma festa, com homenagens, muita euforia. Contra os iugoslavos, não. Para onde você olhava, tinha gente chorando, dentre os 150 mil presentes ao Maracanã”, recorda.
O encerramento do primeiro tempo marcou o fim da Era Pelé no selecionado nacional de futebol. Por ali, ele se despediu da camisa 10 canarinha, cumprimentou os companheiros e adversários e deu uma volta olímpica pelo gramado, acompanhado por crianças. “Foi um jogo de 45 minutos. A própria Iugoslávia perdeu o sentido de competição, após a saída do Pelé de cena”, completou o Apolinho, que foi um dos maiores amigos do “Rei do Futebol”.
Em seus últimos momentos servindo à Seleção Brasileira, o “Rei Pelé” justificou o que dele se esperava. Procurou jogo, finalizar jogadas, fez tabelas, com Gerson e Rivellino, e, por várias vezes, tramou lances de ataque com Zequinha e Vaguinho. Pelé estava trintão de idade e havia sido, recentemente, ganhador da Copa do Mundo-1970, no México.
Para o então lateral Zé Maria, aos 22 de idade, aquele jogo ainda está vivo em sua memória. “Foi um dia em que eu não gostaria de ter vivido. Ele estava inteiro e poderia continuar conosco. Não era o capitão, mas era um líder do time. Ao mesmo tempo em que nos motivava e passava confiança, também cobrava muito da gente. Pregava que precisávamos correr pelos mais velhos e que um dia nós (a geração do Zé) iríamos substituir aquela turma consagrada”, comentou em entrevista ao Estadão.
Zé Maria relembrou, ainda, sobre o vestiário naquele prélio. “Foi muito abaixo do normal, em termos de alegria. O Pelé estava tranquilo, mas nós sabíamos que seria a última vez dele conosco. Relaxou enquanto fazia massagem, até cochilou. Mas tinha o hábito de se desligar no vestiário antes das partidas. Dormir antes dos jogos era comum pra ele”.
Titular durante o Mundial-1970, Clodoaldo, pertencia à mesma geração do apelidado corintiano Super Zé (pela vitalidade). “Sou um privilegiado. Comecei a treinar contra o Pelé, com 15 de idade. Aos 17, passei a jogar do lado dele, no Santos. Lembro que, no vestiário daquele jogo da despedida (da Seleção), o Pelé exalava o sentimento de que tinha cumprido a sua missão junto à Seleção Brasileira. Tínhamos de respeitar, sabendo que ele teria condição de jogar por mais tempo, se quisesse.”
De outra parte, o apelidado “Reizinho do Parque (São Jorge), o meia corintiano Rivellino, que herdou a camisa 10 da Seleção Brasileira da Copa do Mundo-1974, na então Alemanha Ocidental,, comentou sobre o jogo contra os iugoslavos: “Eu fiz aquele meu gol porque o Pelé já tinha saído. Se ele estivesse na área, claro que eu faria o passe para ele. Na minha cabeça, o Pelé tinha de marcar um tento, pra coroar aquela festa. Disputei mais duas Copas do Mundo (usando a camisa 10), mas nunca aceitei comparações com o Pelé. A distância para ele era muito grande”, afirmou o ídolo de Diego Maradona, acrescentando: “Todos nós tiramos as nossas camisa para presenteá-lo. Foi a homenagem. O mínimo que podíamos fazer. Espero que ele tenha guardado essa lembrança, pois é um cara muito especial na minha vida.”
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