Esta foto foi feita momentos antes de o Vasco da Gama inaugurar o placar da partida
2 – O redator publicitário Ricardo Dolla fez um seguro de vida, em 2014, colocando, além de uma sobrinha, o Club de Regatas Vasco da Gama como beneficiário. Com amor imortal pela “Turma da Colina”, ele decidiu deixar, em caso de sair desta vida, uma pequena contribuição para o “Gigante da Colina”. Está na apólice que o Vasco receberia cerca de R$ 200 mil, informação colocada no facebook de “vascainaço” que é paranaense, de Curitiba, e tem 34 anos de idade. Ele reside no Rio de Janeiro, desde 1986, vésperas de ver a rapaziada bi do Estadual-RJ 1987/1988 e papando o Brasileirão-1989. A inspiração para este ato surgiu após um amigo colocar Roberto Dinamite como seu beneficiário – foi o maior ídolo da torcida vascaína e ex-presidente do Vasco, entre 2008 e 2014.
3 - Um torcedor foi à Justiça, em 2014, contra o Vasco. O fato está publicado no site do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, como Processo 0002387-23.2014.8.19.0024. Alegando sentir-se envergonhado, humilhado e diminuído, pelo fato de o seu time ter sido rebaixado à Série “B” do Campeonato Brasileiro (em 2013), o torcedor vascaíno pediu indenização, por dano moral.
4 - O pedido, porém, foi negado pelo juiz Richard Robert Fairclough, do Juizado Especial Cível de Itaguaí. Segundo o magistrado, em se tratando de futebol, não há como prever os resultados dos jogos ou dos campeonatos, tanto que é conhecido o jargão: “o futebol é uma caixinha de surpresas”. E prossegue: “Caso o autor não queira mais ser motivo de chacota, pode optar por torcer por um outro time, um que nunca tenha sido rebaixado. Este magistrado até poderia indicar um time carioca que nunca foi rebaixado, não fosse à imparcialidade que me impõe o ofício”, escreveu o homem, em sua sentença.
5 - No entendimento do magistrado, os fatos apresentados pelo autor da ação, o advogado Fábio de Souza Lobo, “não passam de mero aborrecimento, inerente ao fato de ser torcedor, que um dia se vangloria da vitória, e noutro se entristece pela derrota”. Como o advogado comprovou ter-se associado ao clube e pago as mensalidades, o Vasco foi condenado a emitir e enviar a carteira de sócio torcedor, no prazo de 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00
6 - Em 1964, o deputado federal carioca Áureo Melo, do PTB-Partido Trabalhista Brasileiro, pediu, em plenário, intervenção oficial no Vasco da Gama, por meio do (extinto) Conselho Nacional de Desportos. Uma proposta inédita e absurda. Para ele, era preciso “expurgar os elementos perniciosos da direção do clube de São Januário”. Mais irado do que torcedor fanático, o parlamentar via o Vasco, “sempre um celeiro de valores”, completamente desorganizado, “devido a incapacidade administrativa dos seus atuais dirigentes” – à época, o presidente vascaíno era Manuel Joaquim Lopes.
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