Vasco

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sábado, 5 de janeiro de 2013

ANIVERSARIANTE: LUÍS CARLOS WINCK

Em 1989, o Vasco entregou a sua rapaziada ao treinador Nelsinho Rosa e montou o que a galera chamou, logo, de “SeleVasco”. Um timaço, candidato a qualquer caneco que pintasse. E não deu outra. Faturou o Brasileirão da temporada, sem precisar de mais do que um jogo decisivo.
Era a tarde de 16 de dezembro, um sabadão sugerinte a um “chopão estupidamente”, quando a patota do Nelsinho adentrou ao tapete verde do estádio Cícero Pompeu de Toledo, que os paulistanos chamam de Morumbi, ó mêu! Primeiro tempo duríssimo, como era esperado. Aos cinco minutos do segundo, o lateral-direito Luís Carlos Wincik desceu pela ponta-direita e cruzou, na medida, para o centrovante Sorato, de cuca legal, balançar o filó. E ficou por aquilo. Afinal, o adversário, o São Paulo, tinha um time respeitável e jogava em casa. Mas não deu pra segurar a turma do Winck – Acácio, ele, Quiñonez, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro, Bismarck e Willian; Sorato e Bebeto.
FECHOU O PORTÃO - Nascido em 5 de janeiro de 1963, na cidade gaúcha de Portão, a 48 quilômetros de Porto Alegre, o lateral Luis Carlos Winck chegou à Colina para repetir o conterrâneo Paulinho de Almeida, considerado o melhor lateral-direito da história cuzmaltina – e, também, tirado do Internacional. Brilhou  pelas temporadas 1989/1990, mas voltou ao Inter, em 1991, por empréstimo e por exigência da torcida colorada. Em 1992, teve a sua última passagem vascaína, pois os cartolas de suas terra não o esqueciam. Em 1993,  foi o maior rival do Internacional, o Grêmio, que o levou. 
 Luís Carlos Winck era perigosíssimo apoiando o ataque. Como o Corinthians precisava de um especialista naquilo, em 1994, tirou-o do Grêmio. No ano seguinte, o Inter, novamente, o repatriou. Era assim, um “Rei dos Pampas”, pela sua aplicação e dedicação à camisa que vestia. Herança do pai, o mecânico Cláudio Winck,  ‘matador” do Cometa, o time da oficina mecânica em que trabalhava. Certa vez, ele entrou na área, para marcar, quando o goleirão enfiou-lhe uma solada no peito. Caiu desmaiado e só acordou meia hora depois, brigando para voltar ao jogo. Votou e marcou o gol da vitória da rapaziada. Depois, nunca mais voltou a jogar. A pancada fora forte demais.
 CANARINHAVEL - Winck só ganhou um título pelo Vasco, o do Brasileirão-89. Mas, naquela década, teve várias convocações para a Seleção Braseira. Um ano antes de ir para o RJ, ganhou a medalha de prata dos Jogos Olímpicos da Coreia do Sul, quando o Internacional representou o Brasil em 11 jogos, vencendo oito, empatando dois e caindo em um. Nesses, ele marcou um tento, em Brasil 3 x 2 México (06.08.1988). A Confederação Brasileira de Futebol lhe confere mais 17 jogos contra seleções nacionais, com 10 vitórias, quatro empates e três “débacles”, com um gol, em Brasil 2 x 0 Estados Unidos (06.06.1993), e os títulos do Torneio Bicentenário da Austrália-1988 e da Copa da Amizade-1992.

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