Pelo meio desse rolo, Edílson criticou uma punição ao cunhado Coronel. “Ele foi multado, em 60%a dos seus vencimentos, após dez temporadas de grandes serviços prestados ao clube, por ter esquecido de devolvido
o uniforme usado em uma excursão”, bateu
Edílson, admitindo que o cunhado jogava mais do que ele.
Cria da Colina, Edílson havia passado pelos infantis, infanto-juvenis,
juvenis e aspirantes, até chegar a titular do time principal, durante uma
excursão à Europa, em 1961. Uma semana antes da largada do Campeonato Carioca
daquela temporada, estava rebaixado ao time aspirante – Dario fora promovido
para a sua vaga -, mas terminou campeão da categoria.
Mais fuxico, em 1962. O Vasco acertara o empréstimo de Edílson, ao
Universidada, da Venezuela. Porém, o treinador Jorge Vieira discordou e o
Almirante partiui para desfazer o negócio. Edílson só atendeu ao pedido de
retorno, dois mesesa depois. E entrou em desacordo financeiro com os cartolas
da Colina. Foi naquele momento que Coronel avisou-lhe dos seus direitos, tendo
em vista que ao Vasco não comunicara à Federação Carioca de Futebol o seu
interesse pela renovação de contrato. Como os venezuelanos não reclamaram de
nada, logo, ele estava livre. Foi então que Edílson aceitou proposta
da Lusa do Canindéa, contando com as juras de sua mãe, de que ele não voltaria
a São Januário, enquanto ela fosse viva - e não voltou.
Aos 23 de idade, Edílson criticava o time cruzmaltino. Citava que,
sem Coronel (seu sócio, ano RJ, em um salão de cabelereiro e modas), jogava com
o quarto-zagueiro Barbosinha improvisado pela lateral-esquerda, porque, como
afirmou, não tinha ninguém para dar conta daquele recado – recado fuxiquento da
Colina! Os repórteres adoravam isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário