Edinho: gol "a la Maradona" |
O Vasco poderia não ter passado por aquela, se
a TV que detinha os direitos de transmissão do Estadual-RJ não exigisse um jogo
para mostrar naquela noite. O Vasco vencia, por 2 x 0, e foi “emplacado”
aos 45 minutos do segundo tempo, no último lance da pugna. A bola ainda balança na rede da memória de Edinho: "Eles (vascaínos) cobraram um escanteio e eu pequei a sobra, na meia-lua da grande área. Tirei um da jogada e subiu ao ataque, pela esquerda, passando por Ygor e Rodrigo Souto. Este deve ter esperado que eu levasse a bola por um lado, mas fui para o outro. Atravessei o meio do campo, venci mais um adversário, do qual não me lembro mais, e cheguei na cara do Fábio (goleiro). Quando ele armou o bote, bati para o seu lado direito", descreve Edinho que, ao chegar ao vestiário, ouviu do presidente do seu clube, Elias Duba: "Tire uma semana de férias. Mas este gol vale muito mais do que isso".
aos 45 minutos do segundo tempo, no último lance da pugna. A bola ainda balança na rede da memória de Edinho: "Eles (vascaínos) cobraram um escanteio e eu pequei a sobra, na meia-lua da grande área. Tirei um da jogada e subiu ao ataque, pela esquerda, passando por Ygor e Rodrigo Souto. Este deve ter esperado que eu levasse a bola por um lado, mas fui para o outro. Atravessei o meio do campo, venci mais um adversário, do qual não me lembro mais, e cheguei na cara do Fábio (goleiro). Quando ele armou o bote, bati para o seu lado direito", descreve Edinho que, ao chegar ao vestiário, ouviu do presidente do seu clube, Elias Duba: "Tire uma semana de férias. Mas este gol vale muito mais do que isso".
DISTÃNCIA DO BANCO - Edison Carlos Felicíssimo Polidório, o Edinho,
dispensou a regalia, para não perder a posição. Sabia que a glória nas canchas depende
do próximo lance, do próximo cartola. Aquele gol fora como uma resposta: "Fiquei
dois anos emprestado ao Vasco. Fui titular e campeão estadual, em 2003. Como
não me pagavam, cobrei do Madureira. O jeito foi ir embora", recorda.
Edmundo: estrela com regalias |
Embora
tenha marcado um gol de Pelé, pelo Madureira, Edinho diz que o seu tento de
maior repercussão foi simples. Defendia o Vasco, em 3 x 1 sobre o mesmo “Madura”,
em jogo que teve, ainda um tento com passe dele: "Daquela vez, a imprensa
badalou legal, pois eu jogava por um clube grande", compara o lateral, que
foi da “Turma da Colina entre 2001 a 2003.
Eurico: proibido perder do maior rival |
Ao longo do tempo em que esteve vascaíno,
Edinho viu liderança em Marcelinho
Carioca, Edmundo e Romário, e superhabilidade em Felipe. "O Romário era
desligado, as vezes, e frio, sempre. Tivemos uma partida, contra a Ponte Preta,
em que estávamos mal, com a torcida esculhambando. Ele nem se tocava. Depois, fez
dois gols, e não deu a mínima para quem aplaudiu. Aplausos e vaias lhe eram indiferentes.
A gente se dava muito bem. Tínhamos os rachões entre o time dele e o do Felipe,
em que eu atuava, sempre, do seu lado. Após os treinos, eu e o Russo (outro
lateral) ficávamos com ele treinando finalizações. Cruzávamos bolas para tentar
o gol. Em 10, acertava oito, ou
todas", assegura.
Segundo Edinho, ao contrário de Romário, o ‘Animal’
Edmundo estava sempre aceso, exercendo o seu direito de estrela. "O Vasco
tinha o Seu Silveira, que pesava a turma, todos os dias. O Edmundo virava-se
pra ele e indagava: 'Quem é que usa a camisa 10, a faixa de capitão, bate
pênalti e toma porrada?. Eu! Então, não vou me pesar'. E não se pesava mesmo. E
ficava por isso. Mas nós, não tínhamos aquela
regalia.", exemplifica.
RIVALIDADE - Edinho via o clima no vestiário,
antes de um clássico contra o Flamengo, sempre tenso. Conta que o presidente
vascaíno, Eurico Miranda, exigia a vitória, dizendo que perder do rival era a
última coisa que o Vasco deveria viver. "Quando perdíamos, não dava pra
sair de casa por uns quatro dias”, jura.
No entanto, Edinho cita como seu pior momento vascaíno a derrota do sábado 12 de
julho de 2003, por 0 x 2, ante o Paysandu-PA, pelo Brasileirão, dentro de São Januário. “A nossa
torcida chamava o técnico Antônio Lopes de burro, queria matá-lo. O jogo
terminou às 18h, mas só conseguimos sair do vestiário por volta das 11 da
noite, quando chegou o reforço policial. A turma barra pesada da Barreira do
Vasco (região quente do Rio de Janeiro) juntou com os torcedores que estavam no
estádio, para nos trucidar", relembra. (fotos reproduzidas do Jornal de Brasília, www.gigantes dacolina.blogspot.com e de www.euricomiranda.com.br). Agradecimentos.
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