Em 1954, o Brasil vivia
mais uma crise política. Diante de acionamento popular à Câmara dos Deputados, solicitando o “impeachment”
do presidente da república, Getúlio Vargas, um dos líderes militaresa, o brigadeiro
Eduardo Gomes, pediu ao principal partido de oposição, a União Democrática
Naciona (UDN), que levasse o assunto a sério e criasse uma de discussão nacional. O
partido, no entanto, não se mexia, porque a iniciativa não partida do parlamento.
Embora a UDN
tivesse perdido o bonde, ficara o aviso de que seria exigido eleições estaduais limpas, em 1954, e presidenciais, no ano seguinte,
com sucessão normal dos poderes republicanos.
Em Pernambuco, rolava a mais apaixonantes das campanhas estaduais, desde que o governador Etelvino Lins apoiara o velho conspirador e general Cordeiro de Farias. Vários pernambucanos ilustres residentes no Ri de Janeiro, o centro cultural e político país, apoiavam a iniciativa, caso do escritor José Condé, do historiador Eustáquio Duarte, do ensaísta Luís Santa Cruz e do crítico literário Álvaro Lins. De sua parte, o poeta Manuel Bandeira era contra, enquanto o acadêmico Múcio Leão abstinha-se de revelar a sua preferência.
Em Pernambuco, rolava a mais apaixonantes das campanhas estaduais, desde que o governador Etelvino Lins apoiara o velho conspirador e general Cordeiro de Farias. Vários pernambucanos ilustres residentes no Ri de Janeiro, o centro cultural e político país, apoiavam a iniciativa, caso do escritor José Condé, do historiador Eustáquio Duarte, do ensaísta Luís Santa Cruz e do crítico literário Álvaro Lins. De sua parte, o poeta Manuel Bandeira era contra, enquanto o acadêmico Múcio Leão abstinha-se de revelar a sua preferência.
De todos aqueles pernambucanos
"acariocados", nenhum tinha tanto apelo popular quanto
um atleta futebol do Vasco da Gama: Ademir Marques de Menezes. Campeão carioca-1945/1949/1952/1952;
sul-americano de clubes campeões-1948; sul-americano de seleções-1949 e pan-americano-1952,
ele fora o principal artilheiro da Copa
do Mundo-1950 e ainda era o maior “matador” destas plagas. Razão pela qual seguia idolatrado pelo torcedor, desde 1942, quando desembarcara em São Januário, revelado pelo Sport Club Recife.
Ademir no entanto,
parecia não se ligar muito nos temas políticos. Indagado pela revista de maior
circulação nacional (e continental) da
época, “O Cruzeiro”, de 19 de junho de 1954, sobre o que pensava da escolha do
futuro governador do seu Estado, simplesmente, respondeu: “Tenho procurado ler nos
jornais os acontecimentos políticos do meu Estado. A minha impressão é a de que
não está tudo muito claro, motivo por que não me sinto em condições de opinar”.
OPINIÃO DO KIKE – Claro
que estava tudo claro, com o governador apoiando o general. Logo, o “matador” segurava o meio-de-campo e fugia das bolas divididas.
O melhor esquema tático, para ele, era ficar, literalmente, em cima do muro.
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