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sábado, 18 de fevereiro de 2017

O VENENO DO ESCORPIÃO-11 - O GATO ANGORÁ

  O Piauí é um dos Estados mais pobres (economicamente) e  inexpressivos (politicamente) do país. Mas revelou famosos ao longo dos últimos 96 anos. Além de Francelino Pereira dos Santos, que governou Minas Gerais –  de 1979/1983, presente dos generais-presidentes que mandaram no Brasil, entre 1964 a 1985 –, a brava gente piauiense teve mais uma celebridade política: o atual Ministro-Chefe da Secretaria  Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco.
Assim como o outro, Wellington, também, governou um Estado longe de casa, o Rio de Janeiro – 1987 a 1991 –, carreira politica inclui três deputanças federais – 1975/1977; 1995/1999; 2003/2007 – e a Prefeitura de Niterói-RJ – 1977/1982.
Com quatro vitórias na boca da sacola, o cara não deveria ser bobo. Tanto que casou-se com Celina Vargas do Amaral Peixoto, filha do poderoso Amaral Peixoto, com Alzira Vargas, filha de Getúlio Varagas, ex-ditador e ex-presidente da República. Apelido por  "Genro do Genro”, em 1979, Wellington seguiu o ex-quase tudo Amaral Peixoto – engenheiro; militar; tetra interventor federal no RJ, entre 1937 a 1955; ex-ministro de Estado; ex-embaixador do Brasil na Europa e ex-senador– rumo ao Partido Democrático Social-PSDB, da Ditadura pós-1964, e à Aliança Renovadora Nacional-ARENA, que o sucedeu. Próximo passo? Pular para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PBDB, quando o ciclo dos militares foi pra “pata que partiu”. Por ali deram-lhe uma nova onomatópose: “Gato Angorá”. Motivo: a cabeleira branca e a característica do felino, de pular de colo em colo.

ADESISMO - Wellington Moreira Franco, depois de servir à "Ditadura", serviu à oposição dos tempos dos militares mandando e, "mais depois",  ao Partido Social Democrata-PSDB, que ficou no poder de 1995 a 2003. Estava, sempre, na pequena área, perto da marca do pênalti, pronto para conferir o lance. Parece?
Ao presidente “tucano” (ave símbolo do PSDB) Fernando Henrique Cardoso, o piauiense serviu com assessor especial, durante o segundo mandato do sociólogo, que planejava reduzir a dívida pública nacional, de R$ 328 bilhões – a externa atingia 30% do Produto Interno Bruto-PIB, o valor da moeda, equiparou-se ao dólar, dificultando as exportações e o grande vilão da vez chamou-se “privatização de estatais”.
O governo FHC (apelido dado pelo jornal Folha de São Paulo) perdia popularidade devido ao baixo crescimento econômico do país, as altas taxas de desemprego e muita corrupção, tornando o Brasil um dos campeões mundiais de desvios de dinheiro público, motivo de o Governo  não cumprir promessas de investimentos em saúde e educação, principalmente, e de muitas outras áreas. Tempos em que as desigualdades sociais eram alarmantes, deixando a "terra brasilis" em  69º lugar do ‘ranking’ da Organização das Nações Unidas, entre 162 filiados. Logo, o assessor especial não contribuir para nada de especial de uma administração que  encaminhou a pátria para os braços do Partido dos Trabalhadores-PT, de Luís Inácio Lula da Silva.
Ruim para o PSDB, bom par Moreira Franco. Polivalente, na "Era PT", ele foi nomeado, pela presidente Dilma Rousseff, titular da extinta Secretara de Assuntos Estratégicos e, depois, Ministro da Aviação Civil.  Não chegou, porém, ao segundo mandato da mulher. Mas, com esta tornando-se carta fora do baralho políticos,  a subida de Michel Temer ao poder fez Wellington recuperar a sua polivalência, tornando-se o responsável pelos leilões de aeroportos para consórcios privados,
Wellington Moreira Franco é investigado na "Operação Lava Jato", delatado, por Cláudio Melo Filho, entre outros motivos, por mensagens trocadas com o então presidente da construtora Andrade Gutierrez, à época das privatizações. Até tornar-se, finalmente, dono da sua atual cadeira, ele teve nomeação suspensa, por três vezes, por liminares do juiz Eduardo Rocha Penteado, da juíza Regina Coeli Formisano e pela Justiça Federal do Amapá. Nesse caso, o especialista, em Direito Constitucional, Michel Temer, repetiu Dilma Roussef, quando esta tentou fazer de Lula ministro com foro privilegiado, o que Moreira Franco, também, não conseguiu.

“CA PRA NÓIZ-1”: como diria o mineirinho “come quieto”: este povão linguarudo, que vive falando mal de todo mundo, está de sacanagem com as boas intenções do presidente Temer. Embora o homem, durante toda a sua vida pública, jamais tenha apresentado qualquer projeto importante para o desenvolvimento do país – só fez política partidária –, dizem que ele está preocupado, sim, com o bem estar do povão. Principalmente, de sua língua.

 “CÁ PRA NÓIZ-2”: Temer só trocou Moreira Franco de cargo porque era muito difícil pronunciar o nome do antigo emprego do cara: Secretário Especial do Programa de Parceria de Parcerias de Investimentos da Presidência da República –  assim, não tem língua que aguente, sô! Confere?     

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