Vasco

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

HISTORI&LENDAS DA COLINA - GASOLINA

1 - Em 1961, o sambista Gasolina fazia temporada em Buenos Aires. Um dia, decidiu ir a La Bombonera, visitar os amigos vascaínos Aires, Almir e Orlando, que se juntavam a Dino Sani, Edson e ao treinador Vicente Feola na formação da legião brasileiras no Boca Juniors. Boleiro que fora em seus tempos de peladas, Gasolina recebeu uma jaqueta de número 5 para bater bola com a rapaziada. Como ninguém o conhecia, depois de fazer bárias embaixadinhas, jogadores como Rattin, Lopes e Roma imaginaram que seria mais um “brasileño” levado por Feola. Quando os fotógrafos terminaram de cliclá-lo, Gasolina abriu o jogo. “Solamente, soy um cantante de samba, que sabe jugar la pelota”.   

2 - Nascido no Rio de Janeiro, em 9 de agosto de1939, Brito defendeu o Vasco, inicialmente, entre 1955/1959. Como Bellini era o titular absoluto da zaga central, foi emprestado, em 1960, ao Internacional, de Porto Alegre. Depois, ao Inter de Santa Maria-RS. Voltou à Colina e ficou até 1969. Antes,  disputou a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Seu pré-nome de Hércules deveu-se ao fato de ter nascido pesando espantosos cinco quilos, o que fez  o carpinteiro Leonídio Ruas, seu pai, dar-lhe o nome do lendário e fortíssimo herói. Torcedor vascaíno, na infância, Brito alegrava as concentrações, contando piadas. Adorava a boemia e o carnaval das escolas de samba. Na Copa-70, foi eleito, pela Organização Mundial de Saúde, o atleta de melhor preparado físico, pesando 79 kg e com batimento cardíaco fenomenal: 44 pulsações por minuto.

3 - Vasco e Fluminense se enfrentaram 12 vezes, na década de 1980, pelo Brasileirão. Confira: 11.05.1980 Vasco 1 x 1; 09.04.1981 – Vasco 2 x 0; 12.04.1981 – Vasco 2 x 3; 24.05.1984 – Vasco 0 x 1; 27.04.1884 – Vasco 0 x 0; 16.02.1985 – Vasco 5 x 3; 17.03.1985 – Vasco 2 x 1; 25.10.1987 – Vasco 0 x 2; 23.10.1988 – Vasco 0 x 0; 29.01.1989 – Vasco 0 x 1; 01.02.1989 – Vasco 2 x 3 e 01.10.1989 – Vasco 0 x 0.

4 -  VASCO 2 X 2 FLUMINENSE  foi um pega entre os dois pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1967, o Robertão, um dos embriões do atual Campeonato Brasileiro. Rolou no Maracanã, assistido por 33.455 almas, que deixaram no cofrinho da casa NCr$ 57 mil.290 novos cruzeiros e 80 centavos, a inflacionada moeda da época. Apitado por José Aldo Pereira e teve gols de Oldair Barchi, aos 4; Moraes, aos 27; Cláudio, aos 40, e Gilson Nunes, de pênalti, aos 51 minutos. O Vasco, treinado por Zizinho, jogou com: Franz; Jorge Luis, Brito (Sérgio), Fontana e Oldair; Zezinho, Salomão (Maranhão) e Danilo; Adilson, Bianchini (Paulo Mata) e Morais. DETALHE: Oldair havia sido jogador do Fluminense. No Vasco, foi campeão da Taça Guanabara-1966. Gilson Nunes, na época tricolor, tornou-se cruzmaltino para ser campeão carioca-1970.

5 - Cláudio Adalberto Adão, nascido em Volta Redonda-RM, em 2 de julho de 1955. Esteve vascaíno em duas oportunidades: entre 1981 e 192. Voltou em 1985.

6 - Na data 11 de setembro, Bin Laden explodiu prédios gigantes, nos Estados Unidos, as chamadas “torres gêmeas” de Nova York. Na mesmas data, mas em 2013, em São Paulo, no clássico “luso”, a Portuguesa de Desportos explodiu o Vasco da Gama. Mandou 2 x 0, em uma quarta-freira, no Estádio Osvaldo Teixeira Duarte, o "Canindé", perante 4.207 pagantes. Time implodido: Diogo Silva; Nei, Cris, Jomar e Yotún; Abuda, Fillipe Soutto (Edmilson), Wendel (Juninho Pernambucano) e Marlone; Willie (Tenório) e André. Técnico: Dorival Júnior.

 7 - Primeiro destaque brasiliense levado pelo Vasco. Às 06h do dia 14 de julho de 1976, o voo 033, da VARIG, leva o meia-atacante Ernani Banana, o maior ídolo da época da bola candanga. Ele trocava o Taguatinga Esporte Clube, por São Januário, por empréstimo, até o último dia daquele ano, com passe fixado em Cr$ 200 mil cruzeiros. Se quisesse ficar com o atleta, em definitivo, o Vasco deveria pagar mais Cr$ 450 mil cruzeiros, além de ceder dois juvenis ao“Águia”. Banana fazia a torcida ir ao estádio Pelezão levando folhas de bananeiras, agitadas a cada seu lance emocionante. Por capricho do destino, seu último treino no Taguatinga, na tarde de 13 de julho, na campo do Itamaraty, foi dirigido pelo treinador Dida, o maior ídolo flamenguista, até o surgimento de Zico. Na época, Raimundinho, ex-atleta de Defelê, Rabello e Cruzeiro, e, então, supervisor do “Taguá”, declarou ao “Jornal de Brasília”: Ele começou, garoto, comigo, na escolinha de futebol do SESI/Taguatinga. Quando treinei o Ceub, só faltei pedir, de joelhos, a sua contratação, mas o supervisor Carlos Romeiro, dizia que aquilo não era nome de jogador, e que o assunto estava encerrado”. Ao final do empréstimo, o Vasco não quis pagar o que o Taguá pedia, e Banana rodou por Brasília Esporte Clube, Guarani de Campinas, Portuguesa de Desportos, Ferroviária de Araraquara e Paysandu-PA.

8 - Um outro grande nome do futebol candango levado pelo Vasco, foi o atacante Santos, em junho de 1985. Campeão e artilheiro do Candangão-1985, ele custou Cr$ 200 milhões e cruzeiros, parcelados em Cr$ 25 milhões, após 30 dias da assinatura do contrato, e Cr$ 50 milhões, ao final de agosto. Além disso, o Vasco teria que pagar Cr$ 30 milhões ao atleta, como parte dos seus direitos pelo 15% do valor da transação. Santos jogou ao lado de Roberto Dinamite. Depois, esteve na Portuguesa de Desportos e no futebol português. Vando, Jussiê, Souza e Lira foram outros candangos que o Vasco levou.

9 -   José Lázaro Robles, o Pinga foi um atacante paulistano que viveu entre 11 de fevereiro de1924 e 8 de maio de 1996. Esteve vascaíno de 1953 a 1962, como atleta de Seleção Brasileira, pela qual fez 19 jogos, vencendo 13, empatando três e perdendo outros três. Marcou  10 gols, dois deles na Copa do Mundo-1954, na Suiça, quando jogou duas vezes, vencendo e empatando.

10 - Como vascaíno, Pinga ajudou o time canarinho a conquistar a Taça Oswaldo Cruz, em  1955 – foi, também, do time campeão de 1950, mas ainda era da Portuguesa de Desportos, que o mandou para a Colina na então  maior transação do futebol brasileiro, Cr$ 2 milhões de cruzeiros. Mas compensou. Pinga marcou os dois gols da final do Torneio Torneio Octogonal Rivadavia Correia Meyer, no sábado 4 de julho de 1953, no Maracanã, nos 2 x 1 sobre o São Paulo, pela formação treinada pelo técnico Flávio Costa e que era: Ernani (Osvaldo Baliza), Mirim e Bellini: Ely, Danilo e Jorge; Maneca, Ipojucan, Ademir Menezes (Alfredo II), Pinga e Dejayr.

11 - Em 1956, aos 32 anos, Pinga deixou a meia e foi transformado em ponta-esquerda, pelo técnico Martim Francisco. Na nova função, sagrou-se campeão carioca da temporada e, um ano depois, buscou, na Europa a espanhola Taça Tereza Herrera e a do francês Torneio de Paris. Em 1958,  foi campeão carioca e do Torneio Rio-São Paulo. Em seu currículo cruzmaltino constam 232 gols, em 466 jogos, o que o torna o quarto maior artilheiro da história do clube, atrás de Roberto Dinamite, de Romário e de Ademir Menezes.

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